sábado, 29 de maio de 2010

Especial: As 15 revelações da Liga Espanhola

De Gea surgiu como um meteoro no Atlético de Madrid. Hoje, já é ídolo da torcida colchonera e esteve presente na pré-lista da Espanha para a Copa do Mundo (getty images)


Um dos grandes clichês do futebol reza que “todo grande time começa com um grande goleiro”. O que nem sempre é verdade, mas, nesse caso, pode ser aplicado à lista de revelações do Campeonato Espanhol 2009/10. Isso porque ela se inicia com David De Gea, que simplesmente atropelou a concorrência no Atlético de Madrid, acabou com os problemas no setor, faturou a Liga Europa e quase foi à Copa do Mundo, se tornando, aos 20 anos, ídolo da torcida.

Além dele, podem ser citados bons zagueiros, como Álvaro Domínguez e Mikel San José, e extremos como Jordi Alba e o talentosíssimo Iker Muniaín, que prometia muito no início da temporada e até teve um bom desempenho mas ainda não chegou à titularidade. O polivalente Jeffrén Suárez é o único representante do Barcelona, que também tem Alberto Botía, do Sporting Gijón, sob contrato e mais três ex-atletas na lista: Raúl Baena, Toríbio e Jordi Alba.

Entre os clubes, destaque para o Atlético de Madrid, que apresentou quatro bons nomes e mostrou, novamente, que apostar na molecada é bem mais interessante do que torrar dinheiro com nomes de qualidade duvidosa, como Cléber Santana. O Espanyol aparece em segundo, com três, e promete ainda mais para os próximos anos. Confira a lista:

Nome: David De Gea
Idade: 20 anos
Posição: Goleiro
Clube: Atlético de Madrid
Quando o Atlético de Madrid contratou o badalado Sergio Asenjo no final da temporada passada, imaginava que estava trazendo um goleiro que seria titular do clube por muitos anos e acabaria com o problema na posição. Asenjo, porém, falhou seguidamente, e David De Gea, reserva dele no Mundial Sub-20 em 2009, tomou o lugar para não largar mais e passar a ser apontado como o sucessor natural de Iker Casillas na seleção espanhola. A convocação para a pré-lista de Vicente del Bosque mostra isso e confirma de vez o nome de De Gea como um dos grandes da posição no país.

Com apenas 17 anos, Muniaín já está fazendo história no Athletic Bilbao (AP Photo)


Nome: Iker Muniaín
Idade: 17 anos
Posição: Meia/Extremo direito
Clube: Athletic Bilbao
Tratado como joia já há algum tempo, Muniaín finalmente estreou nos profissionais do Athletic Bilbao e contribuiu, durante a temporada, com gols decisivos, como contra os Young Boys-SUI pela Liga Europa. Ele também se tornou o segundo jogador mais jovem da história do clube e fez uma boa temporada de estreia, mesmo tendo jogado o Mundial Sub-17 e interrompido a sequência do bom início que teve. Reserva em 22 das 26 partidas que atuou, foi às redes quatro vezes, deu três assistências e deixou a impressão de que ainda tem muito a evoluir, embora mostre um potencial imenso.

Nome:
Jordi Alba
Idade: 21 anos
Posição: Extremo esquerdo
Clube: Valencia
Dispensado do Barcelona em função da sua fragilidade física, o pequenino Jordi Alba parece mostrar, a cada dia, que pode compensar a baixa estatura com o talento que possui e se tornar um jogador interessante. Depois de fazer uma boa Liga Adelante em 2008/09 pelo Gimnàstic de Tarragona, ele retornou ao Valencia, clube ao qual pertence, para buscar um lugar na equipe principal, e conseguiu. Ao todo, Alba atuou em 15 partidas dos Ches, sendo 12 como titular, e terminou o ano em alta com a torcida, mesmo tendo sido deslocado para a lateral esquerda em função da alta concorrência em sua posição de origem.

Nome: Mikel San José
Idade: 21 anos
Posição: Zagueiro
Clube: Athletic Bilbao
Revelado pelo Athletic, o jovem Mikel San José se transferiu para o Liverpool ainda na base, mas, sem chances nos Reds, retornou a Bilbao e parece ter tomado a decisão certa, pois, logo de cara, tornou-se titular absoluto dos Leones. Exibindo muita segurança e solidez, San José atuou em 30 partidas da Liga e marcou três gols, figurando sempre em listas de melhores defensores da competição e tendo o nome cogitado para a disputa da Copa do Mundo. Ele quer permanecer na Espanha por mais tempo, mas os ingleses já solicitaram seu retorno para a disputa da Premier League 2010/11.

Nome: Ander Herrera
Idade: 21 anos
Posição: Meia
Clube: Zaragoza
Depois de surgir como grande promessa na Liga Adelante 2008/09, Ander Herrera estreou na primeira divisão espanhola cercado de expectativas. Não repetiu, naturalmente, o desempenho do ano passado, mas mostrou qualidade, regularidade e, principalmente, muita versatilidade, atuando em várias posições no meio-campo e ajudando sua equipe a se livrar de um rebaixamento que parecia certo. Ao todo, Ander disputou 30 partidas, sendo 23 como titular, marcando dois gols. Em um time mais arrumado, poderá crescer muito.

Nome: Ibrahima Baldé
Idade: 19 anos
Posição: Atacante
Clube: Atlético de Madrid
O senegalês, que começou a carreira no Vélez Sarsfield, começa a colher os frutos da aposta ousada que fez ao sair do país e tentar a sorte na América do Sul, e, em sua primeira temporada com os Colchoneros, já mostrou talento. Baldé atuou, ao todo, em 18 partidas, sendo cinco delas como titular e foi capaz de ofuscar o desempenho de jogadores mais caros e experientes, como Eduardo Salvio, além de adiar a progressão de Borja Bastón, que disputou o Mundial Sub-17 e é apontado dentro do clube como um possível sucessor de Fernando Torres.

Nome: Álvaro Domínguez
Idade: 21 anos
Posição: Zagueiro
Clube: Atlético de Madrid
O Atlético de Madrid teve a pior defesa do Campeonato Espanhol entre os dez primeiros colocados, com 61 gols sofridos, mas os jovens parecem ter ignorado essa estatística. Além do supracitado David De Gea, o /89 Álvaro Domínguez também conseguiu aproveitar as oportunidades que teve e se firmar no time titular com uma naturalidade surpreendente. Versátil e qualificado tecnicamente, ele pode atuar também como lateral esquerdo e deixou, durante toda a temporada, o badalado Leandro Cabrera ausente inclusive do banco de reservas.

Nome: Didac
Idade: 21 anos
Posição: Lateral esquerdo
Clube: Espanyol
Titular da seleção espanhola no Mundial Sub-20, Didac é um dos expoentes de uma nova geração que surgiu com muita qualidade nos blanquiblaus em 2009/10. Rápido, relativamente habilidoso e eficiente na defesa, ele se firmou como titular a partir do início do segundo turno e fez frente a Daniel Alves no empate sem gols do clássico da Catalunha, marcando-o com muita qualidade. Mais um bom nome para a excelente safra espanhola de laterais esquerdos, que já contava com Roberto Canella, Nacho Monreal e José Ángel, entre outros.

Nome: Raúl Baena
Idade: 21 anos
Posição: Volante
Clube: Espanyol
Outro nome pinçado por Mauricio Pochettino nesta temporada, Raúl Baena começou a carreira no Málaga e se transferiu para o Barcelona, onde ficou em 2003 e 2007. Após abandonar os culés, acertou com o Espanyol e foi pinçado por Mauricio Pochettino para o time de cima em 2009/10, demonstrando boa técnica, combatividade e dinamismo dentro de campo. Atuou, ao todo, em 19 partidas, sendo onze delas como titular, e também se destacou no empate sem gols contra o seu ex-clube, para o qual terá de pagar uma indenização de 3.5 milhões de euros.

Nome: Víctor Ruiz
Idade: 21 anos
Posição: Zagueiro
Clube: Espanyol
Sem dúvidas, a principal revelação do Espanyol na temporada. Canhoto, habilidoso e viril quando necessário, Ruiz logo se firmou como titular, abrindo espaço para outros companheiros da base e mostrando que poderá crescer ainda mais num futuro próximo. A boa temporada do defensor atraiu o interesse de clubes como Napoli e Tottenham, mas é provável que ele permaneça na Catalunha por mais algum tempo, para seguir jogando com regularidade e evoluir mais rapidamente. É outro que tem condições de chegar à seleção depois da Copa do Mundo.

Sem muitas chances no Barcelona, Botía foi para o Sporting Gijón e fez uma grande temporada (AP Photos)


Nome: Alberto Botía
Idade: 21 anos
Posição: Zagueiro
Clube: Sporting Gijón
Também titular no Mundial Sub-20, Alberto Botía é cria das divisões de base do Barcelona, mas, com a contratação de Dmitro Chigrynskiy e a ascensão do jovem Marc Muniesa à equipe principal, se viu sem espaço. Emprestado ao Sporting Gijón, porém, ele teve a chance de, em uma sequência de jogos, mostrar qualidades e se valorizar muito no mercado europeu. Rápido, forte e eficiente no jogo aéreo, Botía poderá até retornar à Catalunha na próxima temporada, graças ao seu desempenho e à inconstância de alguns defensores culés.

Nome: Keko
Idade: 18 anos
Posição: Extremo direito
Clube: Atlético de Madrid/ Valladolid
Revelado pelo Atlético de Madrid, o extremo direito Keko estreou pelo clube nessa temporada, mas, em função do excesso de concorrência e do caos vivido no Vicente Calderón, acabou sendo emprestado ao Valladolid. Ele não conseguiu evitar o rebaixamento dos blanquivioletas, mas deixou boa impressão ao disputar 14 partidas no Campeonato Espanhol e efetuar duas assistências, mostrando boa velocidade e precisão nos cruzamentos. Nascido em 1991, ele poderá, nos próximos anos, reeditar a dupla com Koke, volante /92 que deverá subir aos profissionais dos Colchoneros em breve.

Nome: Toríbio
Idade: 21 anos
Posição: Volante
Clube: Málaga
Assim como Baena, Botía e Jordi Alba, Toribio também passou pelas divisões de base do Barcelona, mas não teve muito espaço por lá e rumou para o Málaga B em 2009. Logo de cara, subiu para os profissionais e não demorou para conseguir um lugar entre os titulares, sempre mostrando muita combatividade no meio-campo. Versátil, ele também chegou a atuar como zagueiro durante a temporada e, dada a excessiva juventude dos Boquerones, acabou se tornando um dos líderes de uma geração de garotos que salvou o clube do rebaixamento na última rodada com um empate contra o Real Madrid.

Nome: Michel Macedo
Idade: 20 anos
Posição: Lateral direito
Time: Almeria
Com a saída do experiente e regular Bruno para o Valencia, o então técnico do Almeria, Hugo Sánchez, resolveu dar um voto de confiança ao jovem brasileiro Michel Macedo, efetivando-o no posto. E o ex-flamenguista, que teve passagens pela seleção sub-17, não decepcionou, mostrando boa desenvoltura no apoio ao ataque, além de muita velocidade e alguma qualidade nos cruzamentos. Seu estilo de jogo é semelhante ao do também brasileiro Guilherme, ex-Vasco, que já milita na equipe principal há mais tempo, mas só ganhou a posição de titular nesse ano.

Jeffrén entrou muito bem na final do Mundial, contra o Estudiantes, e passou a ter a confiança de Guardiola (getty images)


Nome: Jeffrén Suárez
Idade: 22 anos
Posição: Extremo direito
Time: Barcelona
Depois de tanto esperar e ver o sucesso de ex-companheiros do time B, como Pedro, Sergio Busquets e Piqué, o hispano-venezuelano Jeffrén Suarez finalmente teve as chances pelas quais aguardava já há algum tempo, e não decepcionou. Versátil, atuou em várias posições, desde a lateral direita até a ponta esquerda, e fez uma belíssima partida na final do Mundial Interclubes, contra o Estudiantes, além de mostrar que pode, sim, ser muito útil no elenco de canteranos superstars que Guardiola possui.

Preguiçosa

No finalzinho, Llorente, após cruzamento de Xabi Alonso, definiu a suada vitória roja (getty images)


"A confiança é a primeira pedra do fracasso". Foi o aviso de Del Bosque na coletiva. A Arábia deixou outro. A seleção saudita recordou a fúria que em uma Copa do Mundo o perigol está ao seu redor. A seleção espanhola entrou sem tensão no último amistoso antes de embarcar à Africa e jogou com muita preguiça. Cresceu com a partidaça de Iniesta e Xabi Alonso, e acabou penando e vencendo nos acréscimos com um gol de Llorente, cuja jogada aérea é o primeiro item para um plano B. Há 2 meses, a Espanha vencera a França com uma grande moral e impondo o seu belo futebol, que hoje não se viu.

Com Fernando Torres lesionado, Del Bosque mandou à campo um 4-5-1, com David Villa isolado no ataque, e Busquets como titular. Mantendo sempre o seu padrão de jogo, a Espanha começou a partida trocando passes e envolvendo o time saudita. No entanto, apesar da troca de passes, errava muito na defesa e cedia muitos espaços. Aos dez minutos, a Arábia Saudita assustou pela primeira vez. Hazazi driblou o Casillas, que superou Raúl em números de jogos pela Espanha, e, com o gol vazio, chutou para fora, perdendo um gol incrível. Porém, os árabes não desperdiçaram sua segunda chance. Aos 17, após cobrança de escanteio, Casillas saiu mal do gol e não conseguiu cortar o cruzamento. Hawsawi cabeceou para o gol vazio, abrindo o placar.

Em desvantagem, a fúria começou a acordar e acelerar mais o rítmo. O empate veio aos 30, com uma jogada com um pingo de toque blaugrana. Após troca de passes no meio-campo com Busquets, Xavi lançou Iniesta na esquerda. O camisa 6 da Espanha levantou a cabeça e cruzou na medida para Villa, nova contratação culé , mandar para o fundo das redes. O gol fez o atacante asturiano ficar a apenas 7 tentos de Raúl (são 37 gols de Villa pela seleção). O segundo tempo começou com o mesmo panorama: a Espanha manteve a posse de bola e criava oportunidades com naturalidade. A virada veio na segunda etapa, com Xabi Alonso, aos 13. Depois do gol, Vicente del Bosque mudou bastante o time, e colocou Pedro, Jesus Navas, Capdevilla, Llorente, Marchena e Javi Martinez, sendo o primeiro e o último estreantes da noite em campo. A entrada em campo de Marchena, e a consequente vitória roja, fez com que o defensor ultrapassasse o recorde de Garrincha de ficar 50 jogos consecutivos sem perder com a sua seleção nacional.

Mas aos 29 minutos nova surpresa. Sahlawi balançou as redes novamente em Innsbruck, na Áustria, para os árabes e voltou a deixar tudo igual no placar. Quando parecia que a Espanha ira tropeçar, eis que apareceu Xabi Alonso. Aos 45 minutos, o meio-campista, autor do segundo gol, cobrou escanteio na medida para Llorente cabeçear e pôr números finais na suada vitória roja. A vitória "dramáticas" deixou Vicente Del Bosque muito insatisfeito. Para o técnico da fúria, a nota positiva da partida foi a partidaça de Andrés Iniesta.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Balanço final: Tenerife

Com uma temporada fraca, o Tenerife não conseguiu pontos suficientes para continuar na Liga BBVA (reuters)

TENERIFE (19º COLOCADO)

TÉCNICO: José Luis Oltra
COMPETIÇÃO EUROPEIA: não participou de nenhuma
COPA DEL REY: caiu na primeira fase
DESTAQUE: Alejandro Alfaro (meia)
ARTILHEIRO: Nino (14 gols)
NOTA DA TEMPORADA: 3,5

O Tenerife não foi completamente ruim. Apresentou bom futebol em alguns momentos e teve uma campanha em casa acima da média para equipes que lutam contra o rebaixamento. No entanto, é inadmissível um time conquistar apenas uma vitória como visitante, e apenas na 32ª rodada. Para piorar, a defesa deu pane em diversos jogos, fragilizando a confiança da equipe em algumas goleadas sofridas. Desse modo, foi difícil conseguir uma sequência mínima de bons resultados, o suficiente para propiciar aos tinerfeños um salto na classificação.

Chegando a incomodar o Barcelona, no Camp Nou, quando deixou o jogo empatado até os 30 do segundo tempo, o Tenerife fez boas partidas contra os grandes, mas faltou experiências para os blanquiazules em determinados momentos. Como por exemplo, na partida do turno contra o próprio Barcelona, nos primeiros 10 minutos de partidas, o Tenerife chegou ao gol de Victor Valdés 4 vezes e em 2 delas enxergou a trave no seu caminho. Para comprovar a falta de sorte, viu o Barcelona, que sofreu sufoco durante os primeiro 30 minutos da primeira parte, abrir 3 a 0 só no primeiro tempo. E ainda teve que aguentar uma partida inspirada de Lionel Messi, que marcou um dos seus 3 hat-tricks na temporada.

Para a próxima temporada, de certeza mesmo, apenas a de que os seus grandes destaque na temporada, Alfáro e Nino, não continuarão mais no clube.

Os piores aproveitamentos da Europa

Jogando no José Zorilla, o Valladolid tomou muitas goleadas... muitas (AP Photos)

Ainda considerando as cinco grandes ligas europeias (Itália, Inglaterra, Espanha, Alemanha e França), copiaremos, mais uma vez, o texto de Braitner Moreira, do Quattro Tratti, que desta vez traz os times que marcaram o pior aproveitamento jogando dentro e fora de seus domínios na temporada 2009-10. Nos sempre lotados estádios alemães, três equipes do país se "destacam" entre os piores mandantes, mas nenhuma visita tão mal quanto os ingleses. Na Liga BBVA, o Valladolid fez muito feio em casa e terminou com o pior mandante. Confira as estatísticas:

Pior aproveitamento em jogos dentro de casa
1. Hertha Berlim (Alemanha): 17,6%
2. Bochum (Alemanha): 23,5%
3. Köln (Alemanha): 29,4%
4. Boulogne (França): 29,8%
4. Grenoble (França): 29,8%
4. Racing Santander (Espanha): 29,8%
7. Portsmouth (Inglaterra): 31,6%
8. Siena (Itália): 33,3%
9. Livorno (Itália): 35,1%
9. Valladolid (Espanha): 35,1%

Pior aproveitamento em jogos fora de casa
1. Burnley (Inglaterra): 7%
2. Grenoble (França): 10,5%
2. Hull City (Inglaterra): 10,5%
2. Tenerife (Espanha): 10,5%
5. Le Mans (França): 14%
6. Atalanta (Itália): 15,7%
6. Livorno (Itália): 15,7%
6. Udinese (Itália): 15,7%
6. West Ham (Inglaterra): 15,7%
10. Fulham (Inglaterra): 17,5%
10. Sunderland (Inglaterra): 17,5%
10. Portsmouth (Inglaterra): 17,5%

Os melhores aproveitamentos da Europa

A torcida do Barcelona teve muitos motivos para comemorar: venceu 18 de 19 jogos no Camp Nou (Bernardo Pombo)

Para mostrarmos para vocês os melhores e piores aproveitamentos das principais liga da Europa, iremos copiar aqui o texto de Braitner Moreira, do QuattroTratti, o mesmo blog que colaborou com a gente na prévia de Barcelona x Inter. Considerando as cinco grandes ligas europeias (Itália, Inglaterra, Espanha, Alemanha e França), o Quattro Tratti traz os times que conseguiram melhor aproveitamento jogando dentro e fora de seus domínios na temporada 2009-10. Estes índices são interessantes, também, para pensarmos no nível de dificuldade dos campeonatos analisados. Na Bundesliga, por exemplo, o Bayern fechou com o melhor aproveitamento em casa, mas não entra nem entre os dez melhores da Europa. Ao contrário do Barcelona, que venceu 18 dos 19 jogos no Camp Nou e terminou invicto em seus domínios. No campeonato italiano, a Inter foi a melhor em casa, enquanto a Roma se destacou longe dela. Estatísticas:

Melhor aproveitamento em jogos dentro de casa
1. Barcelona (Espanha): 96,5%
2. Real Mardid (Espanha): 94,7%

3. Chelsea (Inglaterra): 91,2%
4. Inter (Itália): 86%
4. Manchester United (Inglaterra): 86%
6. Arsenal (Inglaterra): 82,5%
7. Mallorca (Espanha): 80,7%
7. Roma (Itália): 80,7%
9. Lille (França): 78,9%
9. Olympique Marseille (França): 78,9%
9. Palermo (Itália): 78,9%
9. Sampdoria (Itália): 78,9%

Melhor aproveitamento em jogos fora de casa
1. Barcelona (Espanha): 77,2%
2. Real Madrid (Espanha): 73,7%

3. Manchester United (Inglaterra): 63,2%
4. Werder Bremen (Alemanha): 60,8%
5. Chelsea (Inglaterra): 59,6%
5. Roma (Itália): 59,6%
7. Bayern de Munique (Alemanha): 58,8%
7. Schalke 04 (Alemanha): 58,8%
9. Inter (Itália): 57,9%
9. Olympique Marseille (França): 57,9%
9. Auxerre (França): 57,9%

Técnicos: Vicente Del Bosque

Vicente Del Bosque já está na África, assim como a seleção espanhola, e terá uma grande missão pela frente: levar a Espanha ao primeiro título Mundial (getty images)


Como jogador, Vicente Del Bosque jogou na posição de meio-campo em um total de 441 partidas oficiais pelo Castilla, Córdoba, Castellón e Real Madrid, onde ganhou 5 ligas e 4 Copas del Rey. Com a seleção espanhola, jogou a Eurocopa de 1980.

Uma vez abandonada a carreira como jogador de futebol, del Bosque se incorporou como técnico nas categorias de base do Real Madrid. Em 1994, estreou como treinador da equipe A dos blancos graças a demissão de Benito Floro, mas só ocupou esse posto durante 1 mês, voltando, logo, ao seu trabalho na cantera merengue. Da mesma maneira, dirigiu uma partida da primeira equipe em 1996, quando o Real Madrid derrotou o Athletic Bilbao, no San Mamés, por 5 a 0.

Finalmente, na temporada 99/2000, o clube decidiu confiar a gestão de maneira estável para Vicente del Bosque em substituição à John B. Toshack. O resultado foi muito satisfatória ao clube: conseguiu ganhar a Champions League dessa temporada, eliminando equipes como Manchester United, até então atual campeão da competição, Bayern de Munich e Valencia, na final, quando arrasou os chés: 3 a 0.

Como contra-ponto, o clube, presidido por Florentino Pérez, começou a Era Galática - ao incorporar os três ganhadores da Bola de Ouro, como Luís Figo, procedente do Barcelona, Zinedine Zidane, da Juventus, e Ronaldo, da Inter de Milão. Em suas 4 temporadas como treinador da primeira equipe, Del Bosque conseguiu duas Champions League, 2000 e 2002; duas Ligas, 2001 e 2003; uma Supercopa da Espanha, 2001; uma Supercopa da Europa, 2002; e um Mundial Interclubes, em 2002. Essa grande trajetória do Real Madrid chegou a ser comparada como grande Real Madrid dos anos 50 e 60 líderados por Alfredo Di Stéfano e Ferenc Puskás.

Mas em junho de 2003, um dia após o Real Madrid conquistar o seu 29º título da Liga, o clube informou que não iria renovar o contrato do treinador espanhol, que expirou no dia 30 de junho desse ano. Apesar de tantos títulos e de ter trago o Real Madrid à glórias europeias novamente, Del Bosque foi acusado de usar métodos ultrapassados ou de concessão de muito poder no vestiário por jogadores como Fernando Hierro, cujo contrato não foi renovado. No verão de 2004, trás a demissão de Iñaki Sáez como treinador da fúria, Del Bosque foi sondado como um dos possíveis candidatos de ocupar o cargo, mas o eleito foi Luis Aragonéz, que fracassou na Copa do Mundo de 2006, mas conquistou a tão "pedida" Eurocopa de 2008.

Na temporada 2004-05, foi contratado pelos turcos do Besiktas, mas, após uma temporada medíocre, acabou demitido no mesmo ano. Em julho de 2006, a Federação Mexicana de Futebol ofereceu ao treinador o cargo da seleção após a eliminação no Mundial desse mesmo ano, com um saldo mínimo de $2.000.000 por, mas, no entanto, rejeitou a proposta.

Nas eleições à presidência do Real Madrid, em julho de 2006, esteve muito perto de regressar ao clube, mas a vitória de Ramón Calderón impediu que isso acontecesse, e Fábio Capello acabou como treinador do clube. Em julho de 2008, confirmou em entrevista à Cadenar SER ser o novo treinador da seleção espanhol, substituindo Luis Aragonéz, onde estreou em agosto de 2008, em um amistoso contra a Dinamarca. Vitória da fúria por 3 a 0. Um ano depois, disputou a Copa das Confederações e chegou ao torneio como um dos grandes favoritos para levar a taça, mas acabou caindo de maneira surpreendente para a seleção dos Estados Unidos, nas semifinais, por 2 a 0. A fúria acabou levando o terceiro lugar do torneio após vencer a Africa do Sul por 3 a 2.

Vicente Del Bosque chegou a atuar também como comentarista de futebol do canal Tele5, onde comentou algumas partidas da Copa del Rey e da SuperCopa da Espanha.

VICENTE DEL BOSQUE
Nome completo: Vicente Del Bosque González
Nascimento: 23 de dezembro de 1990, em Salamanca
Posição: Meio-campo
Clubes: Castilla, Córdoba, Castellón e Real Madrid
Clubes como técnico: Real Madrid, Besiktas, Seleção Espanhola
Títulos: 2 Ligas dos Campeões, 2 Ligas Espanholas, 2 Supercopa da Espanha, 1 Supercopa da UEFA, 1 Mundial de Clubes

Balanço final: Xerez

A partir de hoje, o Quatro Tiempos convida seus leitores a acompanhar um raio-x das 20 equipes que disputaram a Liga BBVA, do lanterna Xerez até o bícampeão Barcelona.

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Com um segundo turno surpreendente, o Xerez ficou no quase e caiu para a Liga Adelante (AS)

XEREZ (20º colocado)

TÉCNICOS: José Ángel Ziganda e Néstor Gorosito.
COMPETIÇÃO EUROPEIA: não participou de nenhuma.
COPA DEL REY: caiu na primeira fase para o Osasuna.
DESTAQUE: Renan (goleiro).
ARTILHEIRO: Mario Bermejo (12 gols).


Quando os cartolas pararam de atrapalhar, o Xerez até que não fez feio. No primeiro turno, com dirigentes promovendo vaivém no comando do futebol com a temporada em andamento, os andaluzes tiveram desempenho vexatório. Apenas oito pontos. Com o rebaixamento praticamente definido – e a falta de responsabilidade que isso traz –, Gorosito reagrupou o elenco e comandou uma reação notável. A equipe de Jerez de la Frontera brigou pela permanência até a última rodada e saiu de cabeça erguida. Para um clube tão pequeno e despretensioso, não foi tão ruim assim.

Algumas contratações deram certos, como Renan, eleito o destaque no índice, e Victor Sanchéz, que saiu das canteras do Barça, e o argentino Alustiza. Com o rebaixamento, alguns jogadores já foram vendidos, como o atacante Francis, que foi para o Villarreal.

Com um melhor segundo turno, o Xerez chegou à última rodada com mínimas chances de permanecer na Liga BBVA, o que, de fato, ninguém acreditava. O time que jogou o segundo turno na base da raça, comoveu até a torcida do Osasuna, seu último adversário, que "torceu" descaradamente para os azulinos.

Promessas: Paco Alcácer

Destaque da Euro Sub-17, Paco Alcácer pode ser o substituto de Villa no Valencia (uefa.com)

Originalmente do site Olheiros

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David Villa não é fruto das canteiras do Valencia, mas, pode-se dizer, é tão filho da família Ché como qualquer outro garoto que esteja na base da equipe. Grande ídolo do clube nos últimos anos, o goleador recentemente deixou órfã a torcida que lotava o Mestalla para vê-lo, ao se transferir para o Barcelona. Mas ao que parece, é na própria formação valenciana que está o atacante que pinta como mais provável e imediato substituto de Villa – algo, aliás, almejado pelo próprio jogador: Paco Alcácer.

O atleta é o principal destaque da seleção espanhola sub-17, favoritíssima ao título do Europeu da categoria, cuja fase final está sendo realizada em Liechtenstein. Com um faro de gol que faz lembrar o ídolo valenciano, Paco já deixou sua marca quatro vezes nos dois jogos dessa última etapa da competição, além de dar uma assistência. Isso porque nas fases anteriores, o atacante já havia marcado oito gols. Ao todo, dos 31 tentos feitos pela Fúria no torneio, o jogador fez, sozinho, 12 deles.

As últimas vítimas do artilheiro foram França e Suíça. Contra os Bleus, fez um gol típico de centroavante, surgindo por trás da defesa e desviando o lançamento de Jesé Rodríguez, fechando o placar em 2 a 1 para os espanhois. Já no duelo contra os atuais campeões do mundo sub-17, Paco fez logo três dos quatro gols da Fúria, com destaque para o terceiro tento, onde brigou pela bola na entrada da área e, ao recuperá-la, limpou os zagueiros para chutar no contrapé do goleiro.

Como se vê, são lances que evidenciam tanto o bom posicionamento como técnica para controlar a bola. Características importantes para um atacante com presença de área. E a facilidade do jogador em causar estragos nas defesas rivais, mesmo com uma estatura baixa, já havia sido premiada no próprio Valencia. Com 16 anos, na temporada recém-encerrada, tornou-se o mais jovem atleta a marcar gols com a camisa da equipe B dos Chés, o Mestalla, pela Segunda Divisão B espanhola, e logo na primeira vez que pegara na bola em campo.

Já no elenco juvenil, Paco Alcácer era o garoto mais badalado. Foi destaque na campanha da equipe no campeonato espanhol da categoria, em que o Valencia chegou à decisão, sendo superado pelo Real Madrid. Na ocasião, aliás, o atacante teve um gol legal mal anulado, quando a partida estava 1 a 1 (terminou 3 a 1 para os merengues). Hoje, o atleta intercala treinos entre os juvenis, os juniores, o elenco Mestalla e já é cogitado para fazer a pré-temporada com a equipe principal. Possibilidade que ganhou força com a venda de Villa.

E o futebol apresentado pela promessa goleadora do Mestalla, como de se esperar, já é conhecido de olheiros e clubes de ponta europeus. Conforme a imprensa espanhola, Paco está sob a mira de times como os italianos Milan e Inter de Milão, o inglês Arsenal, além de Barcelona e Real Madrid. Os madrilenhos, na verdade, miram o atacante desde que este tinha 13 anos e ainda defendia o pequeno Torrent, clube que a jovem promessa Ché defendia antes de rumar ao Valencia.

Naturalmente, não há nenhuma pretensão de negociar ou perder a pequena jóia que, aos olhares de torcedores e da diretoria, é o nome ideal para, gradativamente, substituir David Villa. Mas o desafio, como se sabe, atende pela ótica financeira. Já há um tempo o Valencia vive uma grave crise financeira, que promete ser um pouco aliviada com a venda do ídolo do clube nos últimos anos. Manter Paco e outros destaques da base, como o também atacante Roger e o meia Isco será importante tanto para a formação da futuras equipes, como para a própria venda destes, mais adiante.

Euro Sub-17

Nesta segunda, a Euro Sub-17, aonde Paco Alcácer vem se notabilizando como principal nome do torneio, chega à rodada final da fase de grupos de sua etapa decisiva. Com seis pontos em dois jogos, os espanhois estão praticamente assegurados nas semifinais, e precisam de apenas um empate com Portugal para sacramentar a liderança do grupo A. Os lusos, por sua vez, necessitam da vitória e de um tropeço da França contra a lanterna Suíça, que só avança em caso de milagre, para chegar à próxima fase. Portugueses e franceses têm três pontos cada.

No grupo B, a Inglaterra, com seis pontos, já está classificada, e encara a Turquia (quatro pontos), que depende de apenas um empate para fazer companhia ao English Team. Aos britânicos, uma igualdade no marcador assegura a liderança. Eliminados e ainda sem pontos, os gregos podem complicar a vida dos tchecos, que têm um ponto e precisam que os turcos percam para os ingleses para avançar. As semifinais estão marcadas para o próximo dia 27, em Vaduz.

domingo, 23 de maio de 2010

Venceu o melhor

O Sevilla comemora no Camp Nou a conquista do "segundo" título na temporada (getty images)

Não se esperava menos da partida. Futebol total desde o início. Sevilla e Atlético de Madrid jogaram sem especulações e sem temores, algo impróprio para uma final e o futebol agradeceu.

Transcorridos apenas três minutos, Agüero pôde marcar, porém, não chegou na bola e a reação hispalense foi própria de um grande. Jesús Navas aparecia sobre o campo para arrancar e chegar a frontal da área, onde estava Diego Capel, que mandou a bola pras redes junto com todas as almas sevillistas. Sem opções de descanso, o Atléti teve a chance mais clara até o momento e numa dupla tentativa, Ujfalusi invadiu a área pela direita e seu cruzamento foi finalizado primeiro por Agüero, depois por Forlán. Squillaci e Escudé apareceram de forma milagrosa quando o empate era ouvido nas arquibancadas. Susto superado, o objetivo seguinte era ir pra cima dos colchoneros.

No minuto 26, depois de um cruzamento sem perigo, Perea deixou a bola na entrada da área, num erro fora do comum. Porém, Squillaci não aproveitou o presente e finalizou fraco, perdendo a chance de ampliar o placar. A partir daí e até o intervalo, pouco se viu do Sevilla e tampouco os jogadores de Quique assediaram Palop, porém, a sensação de perigo reinava no ambiente até chegar ao ponto dos cinco últimos minutos terem se convertido num suplício. Forlán, em duas chances, e Agüero, aproveitando uma saída em falso de Palop, fizeram a torcida do Atléti quase comemorar. E assim chegou o intervalo: com todo o banco do Sevilla o pedindo, em um claro sintoma de que apesar do resultado, a partida era um sofrimento total.

No começo do segundo tempo, ao menos outra coisa sucedeu. Apesar dos rojiblancos levarem o peso da partida por necessidade, o Sevilla tocava melhor a bola, com objetivo e buscando surpreender em um contra ataque, sabendo que o tempo jogava a seu favor. Um longo disparo de Tiago foi a única aproximação perigosa dos colchoneros antes do minuto 10, e isso era um bom sinal. Capel e Navas, pelos lados, eram dois punhais afiados, desejosos a fincar os dentes, e pouco a pouco, o Sevilla se fez dono da final. Menção especial para a dupla de zaga Escudé e Squillaci, soberanos na partida inteira ante as duas estrelas colchoneras, Forlán e Agüero. E tampouco deixou despercebido o nível de Negredo.

O madrileño teve a melhor ocasião para quase sentenciar a final: estava sozinho ante De Gea depois de uma fenomenal assistência de Kanouté, porém, optou por perder um gol incrível e dar vida a um rival que começava a se sentir pressionado. Quique decidiu então fazer uma dupla substituição na sua equipe, para dar novas alternativas e refrescar seu time. Assunção e um desaparecido Simão saíram para a entrada de Raúl Garcia e Jurado. O efeito foi imediato e Álvarez se viu na obrigação de tirar Negredo pra colocar Romaric. Era o momento de tentar recuperar a posse de bola com a metade do segundo tempo pela frente. Á favor estava o passar do tempo, a impotência do Atlético e a segurança de uma defesa muito acima do nível demonstrado na temporada. Uma grande combinação entre Tiago e Jurado obrigou Squillaci a aparecer novamente de forma providencial para impedir o empate de Agüero. Tudo isso antes de uma rixa imprópria para o momento, mas que era o fiel reflexo da tensão vivida. Assim, começou o último quarto de hora. Forlán tentou de novo, porém, Palop respondeu fazendo boa defesa.

Mas faltava o delírio, a jogada mestre de um craque que esses momentos tanto pedem e que fazia falta pra ele uma consagração desse tipo: Jesus Navas fez uso de sua velocidade, qualidade e sangue frio pra deixar vários jogadores do Atlético sentados, que fizeram o impossível para derruba-lo, porém, sem sucesso. O jogador de Los Palácios ficou frente a frente com De Gea, o driblou e com suspense sentenciou. Gol. 2 a 0 e Sevilla campeão!

sábado, 15 de maio de 2010

De tirar o fôlego

Em apenas seu segundo jogo como profissional, Rodri marcou um gol histórico, classificando o Sevilla para a próxima Champions League (getty images)

Histórico. Só essa palavra pode definir como foi a "decisão" para a última vaga da Champions League da próxima temporada. No Ono Estadí, o Mallorca encarava o Espanyol precisando da vitória e torcendo por um empate ou uma derrota do Sevilla, que encarava o Almería, no Juegos Mediterráneos.

A vitória e a classificação do Sevilla começaram a ser construídas logo aos 16 minutos de jogo, com um gol de Kanouté. Ainda na etapa inicial, o Almería deixou tudo igual com Soriano. Na etapa complementar, os rojiblancos ficaram novamente à frente no placar graças a um gol contra de Chico, aos oito minutos.

Mas a luz amarela começou a se acender no Sevilla a partir da expulsão de Negredo, aos 20 minutos. O espanhol, com a expulsão, está de fora da final da Copa del Rey, na próxima quarta-feira. E a situação piorou muito aos 34, quando Ortiz deixou novamente tudo igual no placar e empatou para o Almería: 2 a 2. A essa altura, o Mallorca já vencia o Espanyol por 2 a 0, gols de Victor e Suarez, e estava ficando com a classificação para a Liga dos Campeões, empurrando o Sevilla para a Liga Europa.

Webó, à esquerda, e Gonzalo Castro, à direita. É, não deu... (AP Photo)

Quando os torcedores do Mallorca já comemoravam a quarta colocação da equipe e a vaga na Champions, o Sevilla chegou ao terceiro gol heroicamente, nos acréscimos da etapa final. O canterano Rodri, que fez apenas o seu segundo jogo como profissional, marcou um gol histórico, fazendo 3 a 2 e reconduzindo os sevillistas ao torneio continental.

Com o resultado, o Sevilla encerra sua participação na liga espanhola em quarto lugar, com 63 pontos, um a mais que o Mallorca, com 62. O Mallorca esteve muito perto de assegurar presença na Champions, pois venceu o Espanyol por 2 a 0 e, até os acréscimos do jogo do Sevilla, contava com o empate do rival.

O Mallorca, que irá voltar a disputar uma competição europeia seis anos depois, a Liga Europa, terá que reforçar o seu time para disputar a competição. Afinal, Manzano, Gonzalo "Chori" Castro, Aduriz, Borja Valero, Mario Suarez, os pilares do time, não ficam pro time para a próxima temporada. Apesar de toda a festa, Del Nido, presidente do Sevilla, já deixou bem claro: "agora, iremos em busca da Copa del Rey".

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Jogadores: Bernd Schuster

Schuster já jogou no Barcelona... (blaugranas.com)

Nos últimos anos tornou-se comum craques abandonarem suas seleções pelos mais diversos motivos. Já consagrados e tidos como unanimidades( e via de regra após ganhar um título), decidem não jogar mais pela equipe nacional, seja pelo desgaste decorrente desses compromissos, seja para preservar a imagem do “auge” ou mesmo para não ficar no banco para qualquer molecote que apareça. No entanto, poucos sabem que há 23 anos, um rapaz loiro, aos 24 anos de idade, resolveu largar de vez a seleção por razões muito mais profundas do que as dos craques recentes.

Bernd Schuster iniciou sua carreira no Colônia aos 18 anos em 1978 com a bagagem de já ter sido um dos principais nomes nas seleções de base da Alemanha Ocidental. Talvez por isso, aos 19 anos, tenha sido convocado para a seleção alemã que venceu a Eurocopa de 1980, cuja fase final foi realizada na Itália, jogando 2 dos 4 jogos da equipe. Essas duas atuações foram suficientes para premia-lo com a Bola de Prata desse ano, ficando atrás de seu compatriota, o já consagrado Karl-Heinz Rummenigge. As boas atuações e o grande destaque conseguido após o torneio fizeram com que o poderoso Barcelona o levasse para Catalunha.

Em Barcelona, Schuster foi peça fundamental e pilar da equipe durante praticamente toda a década de 80. Marcou 63 gols em 170 jogos, número excelente para um meio campista. No Barça jogou com craques como Maradona, Simonsen e Lineker e curiosamente só o controverso Schuster, que em sua passagem de 8 pelos culés colecionou brigas com todos os técnicos, de Aragonés a Helenio Herrera, teve grande destaque.

... e no Real Madrid (muymerengue)

No entanto, tratando-se de Bernd Schuster, nem tudo poderiam ser flores em sua aventura catalã. Além das já citadas brigas com os técnicos, o alemão teve uma séria contusão no joelho direito após uma entrada de Andoni Goikoetxea( o mesmo que quebrou Maradona) em 1981. Além desse período de um ano parado, em 1987, uma temporada antes de se transferir para o Real Madrid, o “anjo loiro” se envolveu numa séria discussão com o presidente do Barcelona, que também o deixou parado como castigo por toda a temporada. Tratado como ídolo por alguns torcedores e tido como polêmico demais por outros, Schuster conseguiu dividir até mesmo o sempre unido espírito catalão.

Durante seu período na Catalunha, Bernd Schuster decidiu abandonar a seleção alemã com tenros 23 anos de idade e menos de 30 partidas no currículo. As constantes divergências com a federação e com o técnico Jupp Derwall, além de brigas com companheiros como Paul Braitner, Stielike e Rummenigge foram minando seu ambiente na equipe. A sua decisão de não aceitar uma convocação para um jogo contra a Albânia para estar em casa no momento do nascimento do seu segundo filho gerou uma trauma irremediável à já conturbada relação entre Schuster e a Nationalef e, após severas críticas da imprensa, o meio campista decidiu de uma ver por todas que era hora de parar. Sua última partida foi contra a França em 1984. Sua recusa o deixou fora de todas as grandes competições em um período em que a Alemanha era protagonista do futebol mundial e,assim sendo, Schuster deixou de participar das Copas de 1986,1990 e 1994, além das Eurocopas de 88 e 92 apesar de ser um dos maiores jogadores desse período.

Apesar de 8 anos no Barcelona, Schuster se transferiu ao Real Madrid. Uma passagem sempre traumática ( vide Luis Figo) que foi tirada de letra por “Don Bernardo”. Na capital espanhola, talvez pelo avanço da idade, o alemão se envolveu em menos polêmicas e venceu mais títulos. Foi o grande maestro do lendário time do Real Madrid conhecido como “La Quinta del Buitre”, apelido dado por um jornalista espanhol a equipe que dominou o cenário espanhol no fim dos anos 80 e contava com 5 jogadores crescidos no Real: Sanchis,Butragueno(cujo apelido deu origem ao da equipe),Vazques,Michel e Pardeza. Além de ganhar o bi-campeonato espanhol 88/89 e 89/90, Schuster participou da equipe que detém o recorde de gols numa temporada da Liga: 107 gols.

Final da carreira

Mas como tudo na vida desse alemão é controvérsia, após problemas com a direção do Madrid, o arqui-rival do clube merengue, o Atlético de Madrid contrata-o para o meio campo. Com pretensões mais modestas, Los colchoneros guiados por Schuster conseguem vencer 2 Copas do Rey, numa delas inclusive batendo o próprio Real Madrid em pleno Bernabeu, com um gol antológico de falta do “anjo loiro”.

Em 1993, retorna a seu país natal para defender o Bayer Leverkusen. Numa eleição de gol do ano, as três primeiras posições são obras primas de Schuster. Apesar de não ter ganho nenhum título com o time das aspirinas, sua ótima temporada 93/94 fazem com que boa parte da imprensa, apesar dos 33 anos cogite sua ida à Copa dos EUA. No entanto, apesar das pressões midiáticas, jogadores e comissão técnica preferem deixá-lo de fora temendo possíveis rachas e brigas no elenco. Coisas que aconteceriam mesmo sem a sua presença na equipe, já que o não menos polêmico Effemberg tratou de dividir o elenco que foi aos EUA. Talvez o talento e a experiência de Schuster pudessem acalmar os ânimos alemães na tensa partida contra a Bulgária.

Até o dia 22 de maio, a Europa é rojiblanca!

Após 46 anos, o Atlético de Madrid volta a vencer uma competição europeia (as)

Em uma temporada de altos e baixos, o Atlético de Madrid carimbou o primeiro de dois títulos que o time busca na temporada. Após sair da Uefa Champions League de forma melancólica, a torcida colchonera parecia ter desistido de acompanhar o time na temporada... porém, desistir é uma palavra que não existe no dicionário colchonero. De forma heróica, o clube rojiblanco voltou a vencer uma competição europeia após 46 anos, e voltou a ganhar um título de prestígio, depois de 14 anos.

Ambas as equipes entraram em campo nas posições intermediárias de seus respectivos campeonatos. O Atléti está em nono na La Liga com uma rodada faltando para o fim, enquanto o Fulham chegou na 12ª colocação na Premier League. Aos 11 minutos de jogo, Diego Forlán criou a primeira boa oportunidade do jogo ao acertar um chute cruzado na trave de Schwarzer. Pouco tempo depois, Reyes obrigou o goleiro australiano a fazer uma boa defesa em cobrança de falta do espanhol.

Nos 20 minutos iniciais, o Atléti conseguiu criar as duas únicas boas chances do jogo, porém o Fulham conseguia ficar mais tempo com a posse de bola. Os rojiblancos abriram o placar aos 31 minutos do primeiro tempo. O argentino Agüero arriscou um chute de fora da área. A bola saiu fraca e Forlán, em posição duvidosa, desviou para o fundo das redes. Este foi o quinto gol do atacante uruguaio na competição.

O empate veio quatro minutos depois. Davies recebeu um cruzamento da direita de Gera e completou com um voleio de dentro da área para o fundo do gol do Atlético de Madrid. No segundo tempo, o Fulham voltou com um volume de jogo melhor do que no primeiro tempo e conseguiu chegar com perigo ao gol de adversário.

No decorrer da etapa final, as equipes corriam mais com a bola e o jogo ficou bastante equilibrado com ambos os times chegando com perigo no gol adversário, porém ninguém conseguia convertar as chances em gols.

Novidade: Forlán decidiu! (AP Photo)

Durante os minutos finais do tempo regulamentar, o Atlético pressionava mais, enquanto o Fulham tentava definir o jogo em um contra-ataque. Apesar disso, o empate permaneceu no placar ao final do segundo tempo e o jogo foi para a prorrogação. Nos 90 minutos, o time rojiblanco chutou 20 bolas no gol contra oito dos ingleses.

Na prorrogação, os colchoneros ficavam mais com a posse de bola, enquanto os londrinos se pstavam mais na defesa. Durante uma das poucas chances criadas pelos dois times no tempo extra, o Atlético quase fez seu segundo gol com o argentino Agüero, que perdeu uma oportunidade incrível ao se esticar para tentar encostar a bola para o gol com o goleiro Shwarzer caído no chão. Com exceção deste lance, pouco aconteceu na prorrogação.

Até que, faltando seis minutos para o fim do tempo extra, o uruguaio Forlán mais uma vez decidiu para sua equipe na prorrogação. O atacante recebeu um cruzamento da direita e desviou para o gol. A bola desviou no zagueiro do Fulham antes de entrar no fundo das redes.

Liga Adelante: Um pouco sobre o Cartagena, que está próximo de subir

O novo e desconhecido Cartagena está perto de realizar uma façanha gigantesca. Maior até que o próprio clube que tem apenas 14 anos e que estreou nesta temporada na Liga Adelante. Há seis rodadas do fim, é o terceiro colocado, e conseguiria a última vaga para a primeira divisão. Caso confirme o acesso, vai faltar espaço no Estádio Cartagonova para receber Messi, Xavi, Kaká e Cristiano Ronaldo.

Por isso, os cuidados são totais. Os dirigentes não falam sobre a próxima temporada para não desmobilizar o grupo. Os jogadores receberam semanas atrás a missão de “dar a vida em campo”. A ordem teve efeito imediato e o time nunca baixou da quarta posição. Venceu os dois jogos contra o rival Múrcia e ficou 11 rodadas sem perder. A campanha deve-se, principalmente, ao “craque” do clube. Ele não corre, nem marca, tampouco chuta. Apenas observa. E paga. O presidente Francisco Hernández tirou o Cartagena do buraco e prometeu levá-lo ao topo. Só não imaginava que chegaria lá tão rápido.

Com Hernández no comando, o Cartagena se profissionalizou. Ele bancou salários e cobriu dívidas. Correu atrás de patrocínios mais poderosos e de jogadores famosos para atrair – e criar - torcedores. Era um processo demorado. O objetivo final: a segunda divisão. Depois de chegar perto em 2006, o Cartagena subiu em 2009. Venceu o Alcoyano, no jogo de ida das quartas de final, por 2x1, em casa. Na volta, segurou um dramático 2 a 2 e pôde, enfim, vibrar. A classificação direcionou recursos e holofotes para o Cartagonova até então distantes e desconhecidos. A realidade mudou e com ela o clube cresceu.

Para a atual temporada, Hernández trocou o treinador. Tirou o campeão da terceira divisão, Paco Jémez, e fechou com o experiente Juan Ignacio Martínez. Juntos, montaram o melhor time da curta história do Cartagena. Foram a Portugal contratar o ex-atacante do Real Madrid Javier Balboa junto ao Benfica e tiraram do Villarreal o zagueiro francês Pascal Cygan, campeão inglês pelo Arsenal, em 2004. Também estiveram em Barcelona para buscar o meia Antonio Longás, 25 anos, do Barça B e com passagem pelo Zaragoza. Tem sido o melhor jogador do Cartagena e é candidato a estrela do campeonato.

Projetando a próxima temporada

Se esta temporada tem sido boa, os poucos torcedores projetam 2010/11 ainda melhor. Os 2,5 mil sócios já procuram hotéis e organizam excursões para Madrid e Barcelona. Querem estar no Camp Nou e no Santiago Bernabéu quando o clube viverá momentos mágicos, independente do placar das partidas. Mais importantes até que o eventual acesso à Liga.

Isso porque o Cartagena não tem nenhum título oficial. Nunca levantou uma taça ou vestiu uma faixa. O estádio onde joga também não pode chamar de seu. Emprestado pela prefeitura, o Cartagonova pode receber até 15 mil pessoas, mas raramente o público passa de 5 mil. Construído no fim da década de 80, foi baseado no Miniestadi, do Barcelona, que o usa em partidas da equipe B e das categorias de base.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A falta que fez um lateral

Filipe Luís está de volta: estará na lista de Dunga? (AS)

À primeira vista muitos iriam estranhar um pouco o título da matéria. Mas isso aconteceu, de fato. E com o Deportivo La Coruña. O clube blanquiazul fazia uma temporada muito boa e estava cotado para assumir uma das vagas para a Champions League. Brigava fortemente com Sevilla, Mallorca e até mesmo o Valencia.

Até que, na vitória por 3 a 1 contra o Athletic Bilbao, no dia 23 de Janeiro, uma lesão mudou a temporada dos galegos. Aos 5 minutos do segundo tempo, com o jogo 0 a 0, Filipe Luís dividiu com o goleiro Goirka Iraizoz, do Athletic, e acabou mandando a bola para as redes. Mas, além do gol, sofreu um choque pior: o jogador fraturou o tornozelo direito quando sua perna ficou presa sobre o goleiro adversário, quando este caiu após o lance e, segundo os médicos, estava praticamente de fora da Copa do Mundo. O brasileiro, que foi convocado pela primeira vez por Dunga para a seleção em agosto, deixou os gramados de maca e vou levado imediatamente para o hospital local.

Filipe Luís dividindo com Iraizoz no lance ao qual se lesionou (getty images)

De lá pra cá, o Deportivo sofreu uma queda surreal, caindo da 4ª posição e chegando até a 12ª (hoje está em 10º). Mesmo contando com jogadores de alta produção, o Deportivo sentiu muito a falta de Filipe quando este esteve lesionado. Desde o jogo contra o Athletic Bilbao, o time somava 10 vitórias, 4 derrotas e 6 empates. Após o jogo contra os leones, a queda foi incrível: o time perdeu 12 vezes, incluindo a queda do tabu contra o Real Madrid, e venceu apenas DUAS vezes, empatando quatro vezes. Além disso, foi eliminado da Copa del Rey pelo Sevilla, perdendo em casa por 0 a 3.

Quando entrara em campo, contra o Mallorca, a torcida galega o ovacionou e fez um gesto semelhante à que a torcida do Barça faz para Messi. Uma reverência. Quando entraste em campo, o jogo estava 0 a 0, e o brasileiro mostrou ter estrela e "justificou" o motivo da queda de rendimento do Deportivo no período à qual ficou lesionado: em um jogo em que o Mallorca comandava e tinha mais chances reais de abrir o placar, logo após o retorno do brasileiro, Riki abriu o placar para o Deportivo, dando a vitória para os blanquiazules.

Filipe Luís marcando Messi: o brasileiro, na maioria das vezes, leva a melhor sobre o argentino... só individualmente (reuters)


Amanhã, Dunga dilvugará a lista com os nomes dos jogadores que irão à Copa representando a seleção brasileira. Filipe Luís tem esperança: ele será chamado?

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ATUALIZADO (11/03):

Filipe Luís não foi convocado. Nem na lista de espera o lateral está. Dos que atuam no futebol espanhol, apenas Daniel Alves (Barcelona) e Kaká (Real Madrid) foram convocados. Marcelo (Real Madrid) está na lista de espera.

domingo, 9 de maio de 2010

Jogadores: Josep Guardiola

Guardiola na foto oficial do clube na temporada do centenário blaugrana. Um vitorioso como jogador e como técnico (fcbonline)


Quando assumiu o comando do Barcelona em junho de 2008, pouca gente acreditou que Pep Guardiola, um treinador novo e sem grande experiência no mundo do futebol, seria capaz de colocar os blaugrana novamente no caminho dos títulos. Não demorou muito para que os críticos se calassem com o futebol ofensivo, plástico e efetivo praticado pela equipe espanhola tanto em nível nacional, quanto continental. Para muitos foi uma surpresa, mas não para aqueles que se lembram dos feitos desse homem como jogador e capitão do Barcelona. Hoje, é impossível falar de Xavi, Iniesta e Fabregas sem fazer referência e reverência às características que fizeram de Pep um jogador único em seu tempo.

Ao lado dos habilidosos companheiros, Guardiola conquistou, em sua primeira temporada como profissional, o título do Campeonato Espanhol e da Supercopa da Espanha. Na temporada seguinte, Pep foi um dos pilares daquele que viria a ser conhecido posteriormente como o Dream Team do Barcelona, garantindo uma marcação firme e saída de bola precisa com sua visão de jogo apurada e lançamentos precisos para Stoichkov e Laudrup. Por conta das qualidades já citadas e liderança e carisma notórios para alguém de tão pouca idade, Guardiola era tido como um dos líderes do time e o homem de confiança de Cruyff dentro das quatro linhas. Na temporada 1991-92, com um time mais entrosado e efetivo, o Barcelona venceu novamente o título nacional e faturou a Copa dos Campeões da Europa com uma vitória emocionante sobre a Sampdoria na prorrogação. As atuações impecáveis na cabeça de área do melhor time do continente renderam a Guardiola uma convocação para a seleção olímpica da Espanha que disputaria e ganharia o ouro nos Jogos de Barcelona em 1992. Poucos meses depois foi convocado para a seleção principal para um jogo contra a Irlanda do Norte e recebeu o Trofeo Bravo daquele ano, prêmio dado à revelação europeia da temporada.

As duas épocas seguintes serviriam para consolidar a hegemonia do Barça em território nacional com a conquista de mais dois títulos da Liga e da Copa do Rei. No entanto, o timaço formado nos anos anteriores e reforçado por Romário a partir de 93, não foi capaz de conquistar novamente a Liga dos Campeões da Europa, o que deixou os torcedores com a sensação de que Dream Team poderia ter ido ainda além do que foi. Guardiola, no entanto, continuou evoluindo e criando toda uma mística em torno da camisa 4 blaugrana.

Além de ídolo do Barcelona, Pep era também um símbolo para o povo da Catalunha. Entusiasta da região espanhola, defendia a criação de uma seleção nacional de futebol catalã, além de fazer questão de comemorar diversos títulos enrolado em uma bandeira da Catalunha.

Os anos seguintes foram de mudanças, com troca de técnicos e a chegada e saída de grandes jogadores. O que não mudou foi a titularidade de Guardiola e sua liderança e carisma absolutos com a camisa do Barcelona. Em 1994 participou de dois jogos da Copa do Mundo, marcando um gol de pênalti e, depois de duas temporadas sem tanto brilho, tornou-se capitão do clube com a aposentadoria de Jose Bakero. No mesmo ano o Barça voltou ao caminho dos títulos se sagrando campeão da Liga e da Copa do Rey em 1997-98 e 1998-99 e da Recopa Europeia de 1997. Titular da Espanha durante as eliminatórias para a Copa de 98, acabou não indo à França em virtude de uma lesão.

sábado, 8 de maio de 2010

De volta à Champions, duas temporadas depois

Após uma campanha sem sal na liga, o Valencia assegurou a terceira vaga e está de volta à Champions League (AP)

Há três temporadas atrás, no dia 10 de abril de 2007, a torcida ché lotava o estádio Mestalla, acreditando fielmente que o Valencia poderia chegar à semifinal da Uefa Champions League daquela temporada. O Valencia tinha construido uma bela vantagem no jogo de ida, onde tinha empatado por 1 a 1, em pleno Stamford Bridge. Foi no último minuto de jogo, mas o Chelsea conseguiu avançar às semifinais da Liga dos Campeões. Morientes marcou o gol espanhol, enquanto Shevchenko e Essien fizeram os gols dos azuis. Foi a primeira vez em 40 anos que um time inglês vence o Valencia no estádio Mestalla. Na última ocasião, o Leeds United bateu os espanhóis por 2 a 0, em 1967.

O Valencia, então, deu adeus a competição, deixando os seus torcedores tristes e decepcionados. Mas não tanto como eles imaginavam. Ao término da Liga daquela temporada, o Valencia terminou em terceiro e garantiu novamente a vaga à Champions. Ficou no Grupo B, junto com Chelsea, Rosenborg e Schalke 04. Era de longe, um dos favoritos para pegar umas das duas vagas para a próxima fase. Não conseguiu. E fez pior: terminou em quarto colocado (5 pontos; 1 vitória, 2 empates e 3 derrotas), não conseguindo nem uma vaga para a Copa da Uefa. Conseguiu o feito de perder duas vezes para o Rosenborg.

Após essa vergonha, o Valencia nunca mais voltou à Champions e ficou armagurando as quintas, sextas e sétimas posições da Liga. Porém, nesta temporada, o time conseguiu assegurar uma das vagas na UCL. Para a Champions da próxima temporada, a equipe precisa (e muito) mudar. Começando pelos pilares do time: David Villa e David Silva. Pelo que parece, nenhum dos dois jogadores irão continuar no clube. Se saírem, o Valencia tem a obrigação de contratar jogadores com o peso dos dois.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Briga pela salveza

O Xerez (com o jogador com a camisa coral) empatou com o Valencia na última rodada e deu adeus à Liga BBVA (reuters)

A duas rodadas do fim da Liga BBVA, muitas "brigas" por "glórias" vão esquentando. Temos Barcelona e Real Madrid disputando o título (apenas 1 ponto separa os dois times); Mallorca e Sevilla brigando para assumir a quarta posição da Champions; Getafe, Athletic Bilbao e Villarreal lutando por uma vaga na Liga Europa (tendo em vista que uma delas já é do Mallorca ou do Sevilla); e a briga intensa pelo rebaixamente, que envolve nada mais nada menos do que SEIS TIMES.

Faremos uma análise dos seis times para as duas rodadas que faltam. Veja um rápido guia do que espera cada uma das equipes que ainda se preocupam com o rebaixamento.

Sporting Gijón


Pontos: 39
Partidas restantes: Atlético de Madrid (C) e Racing de Santander (F)
O que precisa fazer: Vencer o Atlético de Madrid, no El Molinón, o que garantiria os rojiblancos na Liga BBVA por mais um temporada. O Atlético de Madrid está se arrastando em campo, com cabeça apenas em Liga Europa e Copa do Rei. Santander e Gijón são cidades próximas, capitais de regiões vizinhas no norte da Espanha. Deixar a definição para a última rodada, fora de casa nesse quase-dérbi com o Racing é perigosíssimo.

Málaga

Pontos: 36
Partidas restantes: Getafe (F) e Real Madrid (C)
O que precisa fazer: Sejamos honestos, a tabela do Málaga é uma desgraça. Visita Getafe e pega o Real Madrid. Se perder pro Getafe fora de casa, clube que briga por Liga Europa, e deixar para a decidir a vaga contra o Real Madrid, que briga por título, pode complicar... e muito. Se o Real Madrid já estiver desinteressado na última rodada, é possível vencê-lo. Mas o Málaga precisa de uma margem de segurança maior. Se cair à zona de rebaixamento, talvez não tenha forças para sair.

Racing Santander

Pontos: 36
Partidas restantes: Valladolid (F) e Sporting Gijón (C)
O que precisa fazer: Enfrentará dois times que briga pela salveza. Se perder para o Valladolid entra na zona de rebaixamento. A partida no José Zorilla é uma final pro Racing Santander. Enfrenta um Sporting Gijón possivelmente livre do rebaixamento, o que transforma a partida de sábado, contra o Valladolid, na mais importante.

Tenerife

Pontos: 35
Partidas restantes: Almería (C) e Valencia (F)
O que precisa fazer: Vencer o Almería, no Heliodorio Rodriguez López, e torcer por uma derrota, ou empate, do Racing Santader e do Málaga. Casa aconteça os três resultados, os canários estarão praticamente livre do descenso.

Valladolid

Pontos: 33
Partidas restantes: Racing Santander (C) e Barcelona (F)
O que precisa fazer: Vencer de qualquer jeito possível do Racing Santander e torcer por um tropeço do Tenerife ante o Almería. Deixar para decidir a vaga no Camp Nou seria horrível. Se perder pro Racing e o Tenerife vencer o Almería, os pucelanos serão rebaixados.

Xerez

Pontos: 30
Partidas restantes: Zaragoza (C) e Osasuna (F)
O que precisa fazer: Vencer o Zaragoza e torcer por uma derrota do Valladolid e de uma milagrosa combinação de resultados na última rodada.

sábado, 1 de maio de 2010

Pode carimbar

Após a vitória no dérbi contra o Real Madrid, eu usei como título da matéria do jogo, que "o título está mais perto". Mas não "estava" como "todos" esperavam. Duas rodada após o superclássico, o Barcelona disputou o derby barceloní e tropeçou na tática de Mauricio Pochettino. O clube azulgrená só empatou por 0 a 0 e viu o Real Madrid voltar a encostar, ao vencer o Valencia pelo placar de 2 a 0.

Neste sábado, o Barcelona viajou até a Comunidade Valenciana para disputar um dos jogos mais difíceis da reta final de campeonato: os blaugranas iriam enfrentar o Villarreal, no El Madrigal.

Contra o Villarreal, Pep Guardiola optou por Bojan no lugar de Ibrahimovic. E o garoto brilhou, ao lado de Messi (getty images)

A semana do Barcelona não era nada favorável para o confronto difícil contra o Villarreal. Na quarta-feira, o time havia sido eliminado em pleno Camp Nou da UCL. A participação de Xavi pro jogo contra o Villarreal foi uma icógnita. Ele se recuperou à tempo e entrou na lista de final, mas com dúvidas sobre se começaria ou não como titular.

Como disse Júlio Gomes, no blog dele, a escalação do técnico do Villarreal, José Garrido, contribuiu muito para a vitória do Barça. Ele escalou um time com Ibagaza, Cani, Cazorla, Nilmar e Rossi. Todos jogadores ofensivos. Jogar assim contra o Barcelona é a mesma coisa que se auto suicidar.

A ideia do Villarreal era surpreender, agredir e, claro, ganhar do Barcelona. Nilmar teve duas chances claríssimas nos primeiros minutos, perdeu as duas. E aí o Barça passou a dominar o meio-de-campo. Com uma diferença básica: contra um time sem jogadores pegadores, sem marcação dura. O resultado foram os três gols no primeiro tempo, todos eles saindo dos pés do melhor meio-campista do mundo: Xavi. A "icógnita", como citado no meio do post, brilhou muito e contribui veementemente para o resultado. Primeiro ele deixou Messi na cara do gol. Depois fez um golaço de falta. E ainda deu outra assistência, para Bojan marcar um que também foi um primor. Em um tempo, jogo decidido. Não à toa uma das chaves de Mourinho foi justamente anular Xavi. O Villarreal não passou nem perto de fazer isso.

No segundo tempo, os amarillos se acertaram. Entrou em campo Marcos Senna para deixar o meio mais sólido. Com a acomodação do Barça, o time da casa passou a jogar melhor e veio o gol. No momento de maior pressão, Xavi resolveu de novo, dando um passe magnífico para Daniel Alves cruzar e Messi marcar. No meio disso tudo, uma lambança do árbitro, que deu dois amarelos e não expulsou Busquets (vai dar uma polêmica danada). Segundo o jornal sport, Teixera Vitienes computou o cartão na súmula como dado para Llorente, que reclamou com o árbitro por causa da "cera" de Busquets. O Barça terá na reta final, apenas um jogo de risco, que é contra o Sevilla, no Ramon Sanchéz-Pizjuan, na próxima semana. Além deste confronto, irá encarar Tenerife, na terça-feira, e Valladolid, daqui a duas semanas, no Camp Nou.


Decidindo

Bojan: como titular no lugar de Ibrahimovic, marcou novamente (AP)

A escalação de Bojan no time titular não surtiu como um ato de surpresa no mundo barcelonista. Parte da torcida culé parece ter perdido a paciência com Ibrahimovic. Numa votação do Mundo Deportivo em que pedia o time titular ante o Villarreal, os mais votados foram: Valdés; Dani Alves, Puyol, Piqué, Maxwell; Touré, Busquets, Xavi; Pedro, Messi, Bojan. Com exceção de Keita no lugar de Touré, todos os outros 10 nomes eleitos na votação foram à campo.

Hoje, além do gol, Bojan participou diretamente de muitas jogadas de perigo do Barcelona. O garoto, que quase foi heroi da classificação do Barça na UCL, mas teve seu gol anulado, já soma, com o tenho de hoje, 9 gols na temporada. Todos no Camp Nou. Bojan parece ter recuperado o bom futebol que o mesmo apresentou na pré-temporada e no início da temporada, quando se lesionou e ficou de fora por 3 semanas.

Marcou o primeiro gol do Barça nesta Liga Espanhola, contra o Sporting Gijón, no dia 31 de agosto; marcou 2 gols contra o Cultural Leonesa pela Copa del Rey, no dia 10 de novembro; voltou a marcar durante muito tempo na vitória contra o Stuttgart, no dia 17 de março; 1 contra o Osasuna, no dia 24 de março; 2 contra o Athletic Bilbao, no dia 3 de abril; 1 contra o Deportivo, no dia 14 de abril; e por fim 1 no jogo de hoje contra o Villarreal.

Mais uma final na temporada

O Atlético de Madrid disputará no dia 12 de maio mais uma final na temporada (getty images)


Um gol de Forlán, aos 12 minutos do primeiro tempo da prorrogação, colocou o Atlético de Madrid na decisão da Liga Europa. Os rojiblancos perderam por 2 a 1 para o Liverpool em Anfield Road, mas avançou graças ao gol marcado fora de casa. Na decisão, o Atléti enfrentará o Fulham, que passou pelo Hamburgo.

A decisão será a primeira do Atlético de Madrid na Liga Europa, incluindo os tempos da Copa da Uefa – antes, a equipe havia chegado às semifinais em 1997/98 e em 1998/99. Além disso, o clube impediu uma decisão entre ingleses, que seria a segunda da história; em 1971/72, o Tottenham levou a melhor sobre o Wolverhampton.

Antes do confronto desta quinta-feira, o brasileiro Lucas deixou claro que o Liverpool precisava tomar a iniciativa da partida. Era necessário sufocar o rival para fazer rapidamente um gol. Até deu sinais de que sufocaria o time madrileño. Na primeira jogada e com menos de 1min, Benayoun bateu forte e viu o goleiro De Gea evitar a abertura do marcador. Mas os visitantes não ficaram apenas recuados. O Atlético de Madrid não se intimidou com o estádio Anfield lotado e partiu para cima do Liverpool. As melhores jogadas da equipe espanhola nasciam pelos lados do campo, onde o português Simão Sabrosa, de 30 anos, se deslocava com velocidade. Com isto, as chances apareciam e obrigavam o goleiro espanhol da equipe inglesa, Pepe Reina, a realizar grandes defesas. Porém, os dois principais jogadores dos rojiblancos, Agüero e Forlán, não conseguiam finalizar em boas condições.

Aos poucos, os reds iam se encaixando na partida e conseguindo subir para o campo de ataque. Com uma escalação inusitada (Mascherano na lateral direita, Johnson na esquerda, Aquilani no meio e Kuyt isolado no ataque), a primeira grande oportunidade de marcar só surgiu aos 25 minutos, quando Javier Mascherano cruzou da direita e Dirk Kuyt finalizou para fora. A chance empolgou os ingleses que passaram a se impor em seu estádio e pressionar o jovem goleiro David De Gea. Após desperdiçar boas chances, o Liverpool chegou ao gol apenas aos 44 minutos, quando o israelense Yossi Benayoun cruzou da direita e o volante italiano Alberto Aquilani chutou com um 'voleio' meio desajeitado e acertou no canto esquerdo da meta de De Gea.

Na segunda etapa, Simão seguiu dando muito trabalho para Carragher e Agger. Porém, o time do participativo Gerrard era perigoso no contra ataque, deixando o resultado do jogo aberto. Lucas e Benayoun, do lado red, Raúl García e Reyes, pelo rojiblanco , tiveram suas oportunidades, mas desperdiçaram.

Com isto, a partida foi para a prorrogação e o Liverpool se saiu melhor. Aos 5 minutos do primeiro tempo, o brasileiro Lucas deu ótimo passe para Benayoun, que invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado para fazer o segundo gol dos anfitriões.

Porém, aos 12 minutos, Reyes escapou pela direita e cruzou para a boa chegada do artilheiro uruguaio Diego Forlán, que subiu de cabeça, deixou sua marca e comemorou muito. No segundo tempo da prorrogação, o Liverpool sentiu o golpe. Apático em campo, o time não conseguiu mostrar um bom futebol, não pressionou De Gea e foi eliminado em casa.

O gigante cai!

Jogadores do Barça parecem não acreditar: favoritaço ao bí-campeonato, o gigante cai e não irá à final (AP)

A Inter foi para o Camp Nou com uma boa vantagem diante do Barcelona, já que vencera a partida de ida das semifinais da Liga dos Campeões por 3 a 1. O que não surpreendeu ninguém foi a forma como o Barcelona começou a partida, jogando em cima dos italianos. Nos primeiros 20 minutos, o Barça teve 81% de posse de bola. É bem verdade que, durante esse período, aconteceu apenas uma chance boa de gol para os blaugranas. Aos dois minutos, Pedro recebeu passe de Messi e chutou de fora da área, a bola passou perto do gol de Júlio César.

Pedro mais uma vez levou perigo para o gol da Inter aos 22 minutos, quando chutou de primeira após cruzamento de Daniel Alves. A bola passou pertinho da trave. O jogo seguia sob domínio espanhol, mas a Internazionale estava com uma marcação implacável. Só que, aos 27 minutos, após falta em Busquets, Thiago Motta recebeu o cartão vermelho. O brasileiro colocou a mão no rosto do espanhol, e o árbitro entendeu como agressão.

Como era de se esperar, a expulsão fez com que o Barcelona aumentasse a pressão. Aos 32 minutos, Messi fez grande jogada na entrada da área e chutou para excepcional defesa de Júlio César que, com a ponta dos dedos, mandou para escanteio. Seis minutos depois, Daniel Alves recebeu dentro da área e rolou para Ibrahimovic. O sueco chutou em cima de Samuel.

A última chance do Barcelona na primeira etapa foi de Ibrahimovic em cobrança de falta. A bola foi para fora. Na segunda etapa, o Pep Guardiola apostou na entrada de Maxwell no lugar de Gabriel Milito. Mas o panorama da partida seguiu o mesmo. Barcelona com maior posse de bola, mas sem conseguir criar chances muito claras de gol.

Apesar de estar muito marcado, as principais chances do Barça foram com Messi (reuters)


Guardiola ainda trocou nos primeiros 20 minutos Ibrahimovic e Busquets, por Bojan e Jeffrén. Aos 36 minutos, o Barcelona criou sua melhor chance no segundo tempo. Messi cruzou para Bojan, que cabeceou forte. A bola triscou a trave de Júlio César. Dois minutos depois, o time espanhol trocou passes na frente da área. Xavi encontrou Piqué, que deu um belo drible para enganar Córdoba e Júlio César e tocou para as redes: 1 a 0 Barcelona. Faltavam menos de 10 minutos para o fim da partida. E a pressão aumentou. Aos 41 minutos, Xavi chutou forte para defesa de Júlio César, no lance seguinte, mais uma defesa do goleiro brasileiro, após chute de Messi.

O árbitro apontou quatro minutos e, logo aos 46 minutos, Bojan marcou para o Barça, mas o gol foi anulado, já que Touré tinha tocado com a mão no início da jogada. Depois disso o Barcelona não conseguiu marcar o segundo gol, que daria a classificação para o time blaugrana. Ao final da partida, Mourinho correu para celebrar a classificação, o que, na "cabeça" de Victor Valdés, foi gerado como uma "provocação". Valdés até chegou a discutir com Mourinho, mas não tinha força, por causa da "decepção". Segundo dados do jornal catalão Sport, os jogadores da Inter exageraram demais na comemoração... nos vestiários!

Levantar a cabeça
A torcida culé acreditava fielmente numa remontada histórica. O mosaico na entrada das equipes a campo demonstrava muito bem a confiança. Foco de uma jogada polêmica, o gol anulado de Bojan, no final do jogo, o meio-campista Yaya Touré criticou a decisão do árbitro Frank de Bleeckere, que anulou a jogada por suposto toque de mão seu.

Sábado, contra o Villarreal, o Barça volta a campo para mais um jogo decisivo na temporada. Se vencer, poderá dar um passo enorme para a conquista da Liga. Porém se perder, irá se complicar muito na Liga.