sábado, 29 de maio de 2010

Preguiçosa

No finalzinho, Llorente, após cruzamento de Xabi Alonso, definiu a suada vitória roja (getty images)


"A confiança é a primeira pedra do fracasso". Foi o aviso de Del Bosque na coletiva. A Arábia deixou outro. A seleção saudita recordou a fúria que em uma Copa do Mundo o perigol está ao seu redor. A seleção espanhola entrou sem tensão no último amistoso antes de embarcar à Africa e jogou com muita preguiça. Cresceu com a partidaça de Iniesta e Xabi Alonso, e acabou penando e vencendo nos acréscimos com um gol de Llorente, cuja jogada aérea é o primeiro item para um plano B. Há 2 meses, a Espanha vencera a França com uma grande moral e impondo o seu belo futebol, que hoje não se viu.

Com Fernando Torres lesionado, Del Bosque mandou à campo um 4-5-1, com David Villa isolado no ataque, e Busquets como titular. Mantendo sempre o seu padrão de jogo, a Espanha começou a partida trocando passes e envolvendo o time saudita. No entanto, apesar da troca de passes, errava muito na defesa e cedia muitos espaços. Aos dez minutos, a Arábia Saudita assustou pela primeira vez. Hazazi driblou o Casillas, que superou Raúl em números de jogos pela Espanha, e, com o gol vazio, chutou para fora, perdendo um gol incrível. Porém, os árabes não desperdiçaram sua segunda chance. Aos 17, após cobrança de escanteio, Casillas saiu mal do gol e não conseguiu cortar o cruzamento. Hawsawi cabeceou para o gol vazio, abrindo o placar.

Em desvantagem, a fúria começou a acordar e acelerar mais o rítmo. O empate veio aos 30, com uma jogada com um pingo de toque blaugrana. Após troca de passes no meio-campo com Busquets, Xavi lançou Iniesta na esquerda. O camisa 6 da Espanha levantou a cabeça e cruzou na medida para Villa, nova contratação culé , mandar para o fundo das redes. O gol fez o atacante asturiano ficar a apenas 7 tentos de Raúl (são 37 gols de Villa pela seleção). O segundo tempo começou com o mesmo panorama: a Espanha manteve a posse de bola e criava oportunidades com naturalidade. A virada veio na segunda etapa, com Xabi Alonso, aos 13. Depois do gol, Vicente del Bosque mudou bastante o time, e colocou Pedro, Jesus Navas, Capdevilla, Llorente, Marchena e Javi Martinez, sendo o primeiro e o último estreantes da noite em campo. A entrada em campo de Marchena, e a consequente vitória roja, fez com que o defensor ultrapassasse o recorde de Garrincha de ficar 50 jogos consecutivos sem perder com a sua seleção nacional.

Mas aos 29 minutos nova surpresa. Sahlawi balançou as redes novamente em Innsbruck, na Áustria, para os árabes e voltou a deixar tudo igual no placar. Quando parecia que a Espanha ira tropeçar, eis que apareceu Xabi Alonso. Aos 45 minutos, o meio-campista, autor do segundo gol, cobrou escanteio na medida para Llorente cabeçear e pôr números finais na suada vitória roja. A vitória "dramáticas" deixou Vicente Del Bosque muito insatisfeito. Para o técnico da fúria, a nota positiva da partida foi a partidaça de Andrés Iniesta.

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