sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Análise do primeiro turno: Barcelona

Messi: ele é o cara do sempre líder Barcelona. Alguém vai encarar? (getty images)


Campanha
1ª posição. 16 jogos, 43 pontos. 14 vitórias, 1 empate, 1 derrota. 51 gols pró, 9 gols contra.

Técnico
Josep Guardiola. Com oito títulos em menos de dois anos de carreira profissional, Guardiola vai fazendo, como sempre, um ótimo trabalho. Após deixar de lado o 4-3-3 e implantar o módulo 4-1-2-1-2, com Messi de enganche, Pep vai vendo mais uma vez o Barcelona largar na frente pelos principais títulos. Prova disso é ver que, nesta metade da temporada, este Barcelona já supera aquele time de 2008-09, que terminou a temporada com a tríplice coroa. Nos bastidores, o catalão tem cumprido à risca seu discurso de trabalhar pelo futuro do clube. Rosell atendeu seus pedidos de reforma e amplicação do centro de treinamentos de La Masia, além de mais investimentos nas Canteras, o que tem contribuído para a maior profissionalização da sociedade e adaptação dos jovens ao futebol profissional. As expectativas de momento é que Guardiola renove por mais um ano seu contrato com o clube blaugrana. Rosell já chegou a declarar que, se quiser, Guardiola poderá trabalhar a vida inteira no clube azulgrená. Com carta branca para contratar, Guardiola já contará com Afellay, contratação do Barcelona para janeiro, para a partida contra o Levante e já avisou que quer encaixar o holandês no esquema, apesar de ter o time já montado.

Destaque
Lionel Messi. A maquina de fazer gols do Barcelona está numa fase perfeita. Autor de 58 gols em 2010, Messi é o melhor jogador do mundo hoje, mas o mau desempenho na Copa irá impedir a Pulga de conquistar o cobiçado prêmio por mais uma vez. Com 23 anos, Lionel Messi está no ápice de sua carreira. Atuando pelo Barcelona, Messi anotou nada menos que 58 gols em 54 partidas no ano que se encerra, conseguindo a incrível média de 1,07 gol por jogo. Na temporada 2010/11, o craque fez 27 gols em 24 jogos, sendo 17 no Campeonato Espanhol, seis na Liga dos Campeões da Europa, três na Supercopa da Espanha e um na Copa do Rei. Na temporada passada, a melhor da carreira de Messi, o jogador marcou 47 gols. Um mega craque. Um gênio. Iniesta e Xavi, concorrentes à Bola de Ouro FIFA ao lado de Messi, também seguem num momento bom e são os pilares deste Barcelona. Villa começou azedo, mas o seu futebol já começa a aparecer, e em momentos decisivos: o Guaje deixou um doblete contra Real Madrid e Espanyol. Já Pedro está numa crescente evolução e, a cada jogo, ajuda o Barcelona a conquistar resultados.

Decepção
Bojan. O canterano, que surgiu como um meteoro, parece ter parado no tempo. Após ver a evolução de Pedro no time principal, Bojan vem fazendo uma temporada opaca e timida e não aproveitou as chances que teve no time titular. A má fase, porém, parece ter acabado, quando El Principito foi o nome do amistoso da Catalunha diante de Honduras - 4 a 1, com dois gols e duas assistências do garoto. Com a chegada de Afellay, que deve jogar de atacante, Bojan terá que voltar à boa fase se quiser continuar ganhando chances no time titular. Quem também está fazendo menos do que pode é Piqué. Apesar de não comprometer e ter feito um superclássico impecável, mas falhar em quesitos como posicionamento, o zagueiro campeão mundial está abaixo do nível da última temporada, que o levou a ser considerado o melhor zagueiro do mundo. No início, falava-se que estes problemas teriam ligação com o impasse de sua má preparação pós-Copa. Keita também não consegue repetir as atuações brilhantes no Sevilla, que o levou ao Barcelona, quando jogava em um meio-campo em linha, mas com quatro jogadores, e não três, como na Catalunha. Além de ganhar poucas chances com Guardiola, o malines não as aproveita. Outra decepção é Adriano. Não pelo seu desempenho, mas sim porque raramente joga. Jogou duas vezes como titular e foi muito bem, mas é a última opção de Guardiola para a lateral-esquerda.

Perspectiva
Tríplice Coroa. Após o início opaco, que levaram dúvidas quanto a seu desempenho, o Barcelona está no ápice da boa forma na temporada. Os preparadores físicos do time já avisavam que o time chegariam ao seu auge entre o fim de novembro e o começo de dezembro. Na Champions League, o Barcelona terá a difícil missão de passar pelo Arsenal, que vive um ótimo momento. Mas vale lembrar que, na temporada passada, foi este mesmo Arsenal que saiu da Champions League com um agregado de 6 a 3 contra o Barcelona. Caso passe pelo Arsenal mais uma vez, a confiança e a moral barcelonista subirá. Bicampeão espanhol em maio, o time do técnico Pep Guardiola disputou 39 jogos pelo torneio em 2010 e venceu 33, com um aproveitamento de 88,03% dos pontos. Ao marcar cinco gols contra o Espanyol, os azulgrenás chegaram a expressiva marca de vinte e seis gols nas últimas cinco partidas. Feito que não acontecia desde 1959, com o Real Madrid de Di Stefano. Em 2010-11, o Barça entrou em campo 25 vezes (16 pelo Campeonato Espanhol, seis pela Liga dos Campeões e três pela Copa do Rei) e anotou 72 gols. Uma média de quase três gols por partida. De uma delicadeza futebolística que ninguém se lembra de ter visto até o momento. E a pergunta fica no ar: o que falta acontecer?

Um comentário:

  1. Texto muito show Victor, parabéns.

    minha Inter parou o Barcelona na temporada passada, mas nesta temporada não tem para ninguém, a Champions será do Barcelona

    abraços e feliz 2011!

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