segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Análise do primeiro turno: Sevilla

Antes unanimidades, Jesus Navas e Luís Fabiano convivem com lesões e são as decepções sevillistas na temporada (eldesmarque)

Campanha
11ª posição. 16 jogos, 20 pontos. 6 vitórias, 2 empates e 8 derrotas. 21 gols pró e 27 gols contra.

Técnico
Antonio Álvarez, até a quinta rodada; e Gregório Manzano, a partir da sexta rodada. Em apenas um mês e meio, as coisas mudaram bastante no Sevilla. Antes tido como salvador da pátria, Gregorio Manzano vem amargurando péssimos resultados à frente dos rojiblancos. E o pior de tudo: tem batido recordes negativos. Foram seis derrotas contra quatro vitórias. Isso dá uma média de 1,2 pontos ganhos por jogo. Em comparação com os técnicos anteriores, Manzano leva uma verdadeira goleada. Antonio Álvarez, técnico duramente criticado, apesar de ajudar o clube a faturar a Copa do Rey na temporada passada, tem média de 1,62 pontos por jogo. Manolo Jiménez, que dirigiu o time por três anos, é o que tem a melhor média entre todos, marcando 1,75 pontos por jogo. Já Juande Ramos, melhor técnico da história do Sevilla, responsável direto por elevar o clube no cenário nacional, conseguiu uma média de 1,74 pontos por partida.

Destaque
Kanouté. Em meio à crise, Kanouté é um dos poucos que se salvam. Com cinco gols é o artilheiro do Sevilla ao lado de Negredo, outro que vem se destacando. O malinês tem decidido em dobro já que seu companheiro de ataque, Luis Fabiano, não faz uma boa temporada e perdeu o lugar para Negredo no time, que cumpre seu papel regularmente. Negredo surpreende: antes criticado, o canterano do Real Madrid está exercendo um papel importante e, apesar de continuar perdendo gols bobos, também é um dos que se salvaram no primeiro semestre. Destaque positivo também para o uruguaio Cáceres, que driblou a desconfiança após a "flopada" no Barcelona e virou o xerifão da zaga andaluza. Quem demorou a aparecer, mas tem voltado a ganhar destaque é Perrotti e Diego Capel, os extremos direito e esquerdo, respectivamente, no 4-1-3-2 de Manzano.

Decepção
Há muitas opções para colocar aqui, mas pela sua importância para o time e pelo futebol não apresentado devido às lesões, a decepção é Jesus Navas. Navas começou a preparação para esta temporada mais tarde do que os outros jogadores do elenco do Sevilla, por causa de sua participação - muito boa, diga-se de passagem, principalmente na final - na Copa do Mundo. Fora de forma, o meio-campista parece alheio aos jogos e não tem conseguido acompanhar o ritmo dos companheiro. Sempre lesionado, Jesus Navas já sabe que, quando voltar ao time, terá que suar para ganhar a vaga de Perrotti, que vem ganhando pontos com a torcida e com Manzano. Luis Fabiano também decepciona e não é nem sombra daquele atacante da temporada passada. O brasileiro caiu de produção e viu sua vaga no ataque rojiblanco perdida para Negredo, artilheiro do time.

Perspectiva
Competição europeia. A fase não é animadora, mas não se deve subestimar o Sevilla, clube mais vencedor espanhol nos últimos seis anos fora Barcelona e Real Madrid. Com 20 pontos em 16 jogos, os sevillista encontram-se apenas na décima primeira colocação do Campeonato Espanhol. Além do mais, amargam cinco derrotas consecutivas na competição, o que não acontecia desde 2000 e posiciona Gregorio Manzano como o pior treinador do século 21 no clube. Mesmo assim, a confiança do presidente do time, José María del Nido, é tão grande de que a equipe irá reagir na competição, que já conta com o dinheiro que receberá por uma eventual participação na UEFA Champions League da próxima temporada.

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