domingo, 26 de dezembro de 2010

Análise do primeiro turno: Deportivo La Coruña

O Deportivo sonha com alguma competição europeia, mas o ataque improdutivo complica (reuters)

Campanha
13ª posição. 16 jogos, 18 pontos. 4 vitórias, 6 empates e 6 derrotas. 13 gols pró e 19 gols contra.

Técnico
Miguel Ángel Lotina. Na temporada passada, o Deportivo viveu um primeiro semestre muito bom, chegando a ocupar a terceira posição do campeonato. Porém, o cenário começou a ficar turbulento após a lesão de Filipe Luís e, a partir daí, os blanquiazules caíram numa má fase brusca. Boa parte do sucesso do primeiro trimestre era por causa do módulo 5-3-2 de Lotina, que privilegiava a defesa. Porém, de uma hora para outra, Lotina resolveu começar o campeonato em um 4-3-1-2, o que fez o Deportivo chegar a assumir a último posição. Sem opção, restou a Lotina voltar ao 5-3-2, que logo deu resultado. Com uma defesa sólida e poucas vezes ameaçada, o Deportivo voltou a respirar aliviado na competição, e o rebaixamento parece longe. Disputar uma competição europeia é o desejo de Lotina.

Destaque
Guardado. O mexicano começou muito bem a temporada comandando o meio-campo galego. Em votação recente no país, foi considerado o segundo melhor jogador do México, ficando atrás apenas do mancuniano Javier Hernándes, o Chicharito. No entanto, Guardado se lesionou e ficou afastados algumas rodadas, que acabaram essênciais à recuperação do Depor na competição. Nesse tempo, foi o espanhol Antonio Tomás que apareceu bem e não deixou o padrão de jogo do meio-campo cair.

Decepção
O ataque. Os torcedores galegos são, definitivamente, orfãos de Roy Makaay e, principalmente, Diego Tristán. Há muito tempo o ataque blanquiazul não impõe respeito desde a ida de Tristán ao futebol inglês. Com apenas 13 gols marcados, o Deportivo tem o terceiro pior ataque da compeitção. O promissor Adrián Lopez ainda não despontou e só conseguiu balançar as redes duas vezes até aqui. Riki não passou de um tento. A recuperação do bom momento desses jogadores vai ser essencial para definir se o time terá ou não condições de disputar uma competição europeia.

Perspectiva
Meio da tabela ou competição europeia. Não dá para saber realmente o que esperar desse Deportivo. A defesa é sólida; porém, o ataque é improdutivo. Uma sequência de vitórias é o necessário para fazer a equipe acreditar que pode chegar numa Liga Europa. Segundo o defensor Zé Castro, o grupo encontrou confiança recentemente. E, com confiança, um bom meio-campista como Guardado, um goleiro regular como Aranzubia e gente como Lopo, Tomás e Lassad é possível, sim, sonhar.

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