sábado, 4 de junho de 2011

Balanço Final: Mallorca

Webó agradece: camaronês jogou como nunca para fazer os torcedores do Mallorca acreditarem em Liga Europa (getty images)

Campanha: 17ª colocação, 38 jogos, 12 vitórias, 8 empates e 18 derrotas. 41 gols pró e 46 gols contra.
Competição europeia: Não participou.
Copa del Rey: Eliminado pelo Almería nas oitavas-de-finais.
Time-base: Aouate; João Victor, Nunes, Ramis, Ayoze; De Guzmán, Martí; Gonzalo Castro, Víctor, Pereira; Webó.
Os artilheiros: Pierre Webó (11 gols), De Guzmán (5), Gonzalo Castro (4).
O técnico: Michael Laudrup.
O destaque: Pierre Webó.
A decepção: Cavenaghi.

A boa temporada do Mallorca quase foi por água abaixo nas últimas rodadas. Brigando por uma vaga na Liga Europa até a 32ª rodada, a equipe dirigida por Michael Laudrup vinha fazendo uma temporada acima da média, mas emplacou uma sequência negativa de sete jogos sem vitória, o que, numa disputa parelha pelo rebaixamento, colocou os bermellones na boca do rebaixamento. Na realidade, o Mallorca ficou a um gol do descenso: um gol do Deportivo no jogo contra o Valencia rebaixaria o time de Palma de Mallorca, mas Soldado acabou matando o jogo e sacramentando o descenso blanquiazul, para alívio de Laudrup.

Após a excelente temporada 2009/2010, quando terminou em quinto colocado e ficou a um ponto da Champions League, o Mallorca passou por um grande redimensionamento. Primeiramente, a Uefa impediu o Mallorca de participar da competição europeia, alegando uma dívida de mais de 50 milhões de euros, sendo que mais de 15 milhões eram para o ministério da Fazenda da Espanha - principal motivo alegado pela Uefa, que não permite aos participantes de suas competições tal dívida. om isso, restou à diretoria entrar em lei concursal e vender seus principais jogadores. Mario Suárez, Trejo, Borja Valero e o técnico Gregório Manzano tiveram que sair para outras equipes na tentativa de sanar as dívidas do clube. As previsões para a temporada eram terríveis, principalmente após a péssima pré-temporada, mas a equipe deu a volta por cima. Logo em sua estreia na Liga BBVA, fez José Mourinho provar de seu veneno: contra o Real Madrid, Laudrup jogou no 5-4-1, com Gonzalo Castro, a única referência que sobrou do time da temporada passada, escalado como atacante. O 0 a 0 foi bastante comemorado, e marcou um novo início à equipe mallorquina.

No restante da temporada, Laudrup resolveu apostar no 4-2-3-1. A linha de três ofensiva não era tão feroz, mas Nsue, à direita, Castro, centralizado, e Pereira, aberto na esquerda, cumpriram bem seus respectivos papéis. O 4-2-3-1 passou também proteção para a zaga, com De Guzmán de primeiro volante e João Victor saindo para o jogo e ajudando na criação das jogadas. Webó, referência no ataque, voltou à ótima forma de algumas temporadas atrás e foi o autor de uma grande temporada. Cavenaghi, entretanto, chegou com principal contratação, mas não engrenou, foi decepção e acabou vendido ao Internacional. Porém, um de seus principais trunfos na temporada, a zaga, transformou-se em seu calcanhar de aquiles na fase negra de fim de temporada: foram 13 gols sofridos nas últimas sete rodadas. Com a lesão de De Guzmán, Tereja assumiu a titularidade na volância e em momento algum passou a qualidade do holandês no setor. Para a próxima temporada, José María Pons Irazazábal, presidente do Mallorca, prometeu cinco contratações de jogadores da Liga BBVA, em entrevista ao AS, onde falou da economia do clube. Dani Guiza, super artilheiro da equipe há algumas temporadas, reiterou seu desejo de voltar ao clube bermellón.

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