sábado, 4 de junho de 2011

Balanço Final: Getafe

Dani Parejo foi uma das poucas notas positivas na temporada do Getafe (getty images)

Campanha: 16a posição. 38 jogos, 12 vitórias, 8 empates e 18 derrotas. 49 gols pró e 60 gols contra.
Competição europeia: Eliminado na fase de grupos da Liga Europa
Copa del Rey: Eliminado nas oitavas-de-finais para o Real Bétis
Time-base: Ustari; Miguel Torres, Cata Díaz, Mané, Marcano; Boateng, Víctor Sánchez; Pedro Ríos, Manu, Dani Parejo; Colunga.
Os artilheiros: Manu (9 gols), Miku e Colunga (7 gols), Pedro Ríos (6 gols).
O técnico: Míchel.
O destaque: Dani Parejo
A decepção: Arizmendi

A pior temporada do Getafe em anos por pouco não teve um final infeliz. Longe da equipe que presava a posse de bola e era bem arisca ante as equipes grandes, o Getafe passou a temporada inteira penando contra o rebaixamento. Competição europeia, ao contrário dos anos anteriores, passou bem distante. Na Liga Europa, o desastre foi maior ainda: a terceira colocação em um grupo fraco, que tinha Odense e Young Boys foi só um prenúncio do que viria pela frente na temporada. A falta de um homem-gol foi o principal aspecto para o revés azulón. Arizmendi foi uma decepção enorme, enquanto Adrian Colunga caiu um pouco de rendimento a partir de fevereiro. Fato é que os aficionados do Getafe sentiram-se órfãos de Roberto Soldado, em uma temporada em que o artilheiro da equipe foi Manu, com 9 gols. A exemplo de comparação, Soldado marcou 16 vezes na temporada passada. Para completar, o atacante de nome militaresco marcou quatro vezes no duelo entre Getafe e Valencia no Coliseum Alfonso Pérez.

De positivo, a boa temporada de Dani Parejo, Manu e Víctor Sánchez. com destaque para o primeiro. Os gols foram poucos (apenas quatro), mas as assistências demonstraram o porquê da disputa entre Valencia e Real Madrid para contratá-lo (no caso do Real Madrid, para repatriá-lo): foram oito assistências na Liga BBVA e duas na Liga Europa. Com as contratações de Callejón e Sahin, tudo leva a crer que o jovem madrileño tenha o Valencia como provável destino. Os chés estariam dispostos a desembolsarem seis milhões de euros + o empréstimo de algum jogador da base para contratar o promissor meio-campista. Artilheiro da equipe na temporada com nove gols, Manu não recebeu nenhuma proposta e deve permanecer na equipe. Víctor Sánchez foi o que mais surpreendeu. Emprestado pelo Barcelona por não ter muitas oportunidades com Guardiola, o lateral chegou sob desconfiança, mas de grão em grão foi se tornando xodó da torcida. Os três gols e as sete assistências já fizeram com que Guardiola voltasse atrás, segundo o El Mundo Deportivo, querendo a incorporação do canterano ao elenco principal para 2011/2012.

Míchel em momento algum conseguiu emplacar um padrão de jogo à equipe. A variação inútil do 4-2-3-1 com Miku ou Colunga na frente para o 4-4-2 com os dois como dupla de ataque em momento algum "fez bom" ao time, com elenco grande mas com poucas rotações. Para a próxima temporada, a diretoria já confirmou o bom Luis García Plaza, ex-Levante, para tentar levar a equipe de volta à Liga Europa. Tudo leva a crer que o 4-2-3-1 continuará na equipe, já que o catalão é adepto ao esquema que sempre utilizou em suas equipes. Na parte das contratações, a diretoria agiu rápido e anunciou quatro nomes a custo zero (Lacen, Juan Rodríguez, Diego Castro e Lopo). Ustari rompeu os ligamentos do joelho e ficará de fora por sete meses. Sendo assim, o clube corre atrás urgentemente de um goleiro. O nome mais especulado é o de Moyá, do Valencia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário