segunda-feira, 11 de abril de 2011

Resumo: 31ª Rodada (2ª parte)

Espetacular. Digno de aplausos, o Valencia enfiou uma impiedosa manita em seu rival Villarreal e se consolidou na terceira colocação (getty images)

O domingo prometia na Liga BBVA. A noite espanhola seria fechada com um incrível dérbi valenciano entre Valencia e Villarreal, que há tempos não disputavam uma partida com um importante valor. Em campo, o Valencia fez uma de suas melhores partidas em anos e garantiu uma manita histórica para cima de seu rival, colocando seis pontos de vantagem para cima dos amarillos e garantindo, praticamente, a vaga direta na próxima Champions League. Antes, às 14h, o Atlético de Madrid também fez uma de suas melhores partidas em anos e venceu a Real Sociedad, chegando à sétima colocação. O Espanyol, que só empatou com o Hércules, "conseguiu" o que "queria": saiu da disputa pela Liga Europa. Confira a segunda parte do resumo da trigésima primeira rodada. Boa leitura!

Valencia 5x0 Villarreal (Pedro Spiacci)
O Mestalla recebeu o clássico da comunidade valenciana, envolvendo Valencia e Villarreal. Antes da bola rolar, o palco da final da Copa del Rey homenageou Guaita, goleiro reserva do time da casa, que perdeu o pai nessa semana. Ao ver os cartezes com imagens suas e do patriarca, o goleiro se emocionou muito. Unai Emery armou os ches no 4-3-2-1, com Pablo Hernández cirando à direita e Mata fazendo o mesmo papel pela esquerda. No ataque, apenas o homem de 11 gols em La Liga, Soldado. Já o Villarreal veio no 4-1-3-2. Marchena era o “1” que funcionava muitas vezes como um terceiro zagueiro; no ataque, a ótima dupla Nilmar e Rossi. Mesmo atuando com praticamente cinco defensores, o Submarino Amarelo não conseguia conter Soldado, que recebendo passes de Hernández e Mata aparecia na cara de Diego López. Em uma das jogadas, Miguel recebeu do camisa 19 e descobriu o centroavante, que aproveitou a chance para abrir o placar.

Os ches “transpiravam” muito e não davam espaço para os visitantes. Com isso, na primeira etapa, Nilmar e Rossi pouco fizeram. O Valencia ainda perdeu Tino Costa, por lesão. A saída do volante e a entrada do zagueiro Dealbert resultou em uma mudança tática: saiu o 4-3-2-1 e entrou em ação o 5-4-1. Entre o final do primeiro tempo e o início do segundo, o Villarreal cresceu e deu sinais de que poderia dificultar a vida dos donos da casa. Porém, quando parecia que se complicaria na partida, o Valencia explorou os contra-ataques e matou a partida. Primeiro, através de muitas trocas de bolas, Mata recebeu livre e fez o segundo. O gol foi um balde de água fria nos visitantes. O submarino amarelo sumiu em campo após o 2 a 0, e Nilmar e Rossi sofriam muito com isso, pois não recebiam bolas em condições de criar chances de gols.

Depois Banega fez o terceiro, Mata o quarto e Soldado recebeu de Topal para fazer o quinto, garantindo a manita para os mandantes. O 5 a 0 agora é a maior vitória alcançada pelo Valencia no clássico da região. E hoje, o resultado não poderia ser diferente, pois os ches controlaram as ações durante praticamente todos os 90 minutos. Com os três pontos de hoje, a diferença entre as duas equipes na classificação pulou para seis. Assim, o Villarreal não tem muito o que fazer e deve ficar mesmo com a quarta vaga à Liga dos Campeões 2011-12 e terá que jogar os Play-offs.

Atlético de Madrid 3x0 Real Sociedad (Pedro Spiacci)
Antes do jogo, a torcida colchonera que lotou o Vicente Calderón, prostestou contra a gestão do presidente Enrique Cerezo e da família Gil, que controla as ações do clube. Mas durante a partida, os donos da casa não deixaram a torcida reclamar. Diego Costa, após o triplete na última rodada, deixou Diego Forlán no banco. Quique Sánchez Flores armou o Atlético de Madrid no 4-4-2 ortodoxo, com Suárez e Tiago na volância e Reyes e Koke mais à frente encostando na dupla de ataque Diego Costa e Agüero. Do outro lado, a Real Sociedad veio no tradicional 4-2-3-1, tendo apenas Tamudo no ataque. O Atléti decidiu o jogo cedo. Sem receber pressão alguma, o time controlou a posse de bola, pressionou e atacou muito até Filipe Luís abrir o placar. A bela jogada iniciada com ótimo lançamento de Agüero, que teve a assistência de Diego Costa, resultou no primeiro gol do brasileiro com a camisa rojiblanca.

O Atlético podia ter feito mais gols nos 45 minutos iniciais; porém, o segundo tento só saiu no final da primeira etapa. Reyes fez o que quis com Martínez pelo lado esquerdo da área, passou pelo marcador e rolou para trás, onde Suárez apareceu para marcar o seu primeiro gol em La Liga 2010-11. No segundo tempo, a Real Sociedad ameaçou nos minutos iniciais. Mas não levou muito tempo para o Atlético retomar o domínio total da partida. Bravo, o goleiro rival, teve que se virar para impedir que colchoneros fizessem o terceiro. Porém, o Atléti tinha Agüero, que conseguiu o terceiro tento em um contra-ataque que puxou sozinho. Forlán também foi destaque no segundo tempo. O uruguaio entrou aos 70 minutos de partidas sob vaias e pouco participou do jogo. Cada vez fica mais claro que o tempo do Cachavacha no atléti já está se esgotando. Com os três pontos, o Atlético alcança a sétima colocação, que hoje lhe garantiria a vaga à Liga Europa.

Hércules 0x0 Espanyol
Na segunda partida de Miroslav Djukic no comando técnico do Hércules, um avanço. O empate com o Espanyol no Rico Pérez não tirou os herculinos da zona de rebaixamento, mas já é um grande passo segurar uma equipe da parte de cima da tabela, mesmo que esta esteja em clara má fase. Os blanquiazules atuaram com contudência e até poderiam sair com os três pontos, mas a falta de pegada e a boa partida de Kameni impediram isso. Drenthe parece ser mesmo o pilar da equipe de Djukic. Hoje o holandês chamou para si a responsabilidade e deu muito trabalho a Galán. No lado do Espanyol, Pochettino está preocupado. E não é para menos: há dois meses, o Espanyol estava brigando pela terceira posição. Hoje, a equipe está na oitava posição, fora da zona de Liga Europa e faz na próxima rodada uma final: irá receber no Cornellà o Atlético de Madrid, sétimo colocado. A sete rodadas do fim, os blanquiazules ainda receberão até o término do campeonato, além do Atléti, o Athletic Bilbao e o Sevilla, dois adversário diretos. A vantagem é que irá disputar as partidas em casa, com o apoio da torcida.

Málaga 0x0 Deportivo La Coruña
Num La Rosaleda com mais de trinta mil espectadores, o Málaga não conseguiu furar o bloqueio galego, que jogou com um a menos durante quarenta e cinco minutos finais, e deu continuidade ao inferno do descenso. De volta ao 5-3-2, os comandados de Garrido saíram de campo com a noção de que o ponto conquistado pode ter sido importante para o futuro da equipe, a cinco da zona de rebaixamento. Mesmo após a expulsão de Lopo, os jogadores continuaram exercendo um muro à frente da meta de Aranzubia e abafaram os constantes ataques malagueses, que tiveram uma posse de bola na casa dos 73%. Os acontecimentos desta tarde na Andaluzia só refletem como o Málaga está sem confiança. Manuel Pelegrinni se esgoelou no banco de reservas e não conseguiu mudar a postura de um time com bons valores, mas que não forma um conjunto digno de permanecer na elite. Contra o Hércules, na 33ª rodada, o La Rosaleda voltará a presenciar um confronto direto, mas, desta vez, o peso será outro: só a vitória interessa para o conjunto de Pelegrinni, que irá encarar uma equipe que subiu de produção após a ida de um novo técnico.

Racing Santander 1x1 Levante
No jogo das duas equipes que mais subiram de produção no segundo semestre, um empate com sabor de derrota para o Racing. O gol de empate dos levantinos, marcado por Rafa Jordá, saiu aos 44 minutos do segundo tempo e após erro clamoroso de Torrejón. Os racinguistas também podem lamentar as oportunidades perdidas e a grande jornada de Reina. O catalão fez, pelo menos, três defesas providenciais quando o Racing mais atacava em busca do gol da vitória. A má notícia que fica é a lesão de Bolado, que provavelmente o tira dos gramados por dois meses. O atacante foi o que mais cresceu após o retorno de Marcelino Toral ao comando técnico dos verdiblancos. Para o Levante, que fez uma má partida, fica a notícia de que a invencibilidade de um mês e meio ainda dura. Desde a derrota para o Real Madrid, em fevereiro, a equipe disputou sete jogos e não perdeu nenhum (dois empates e cinco vitórias).

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