Aplausos para nós: com um a menos, o Real Madrid buscou o empate (em pênalti polêmico) contra o Barcelona. O segundo round é na quarta-feira (getty images)
O que pensar de uma equipe que consegue um empate ante o melhor time do mundo com um a menos? O empate em 1 a 1 no Bernabéu praticamente sacramentou o titulo espanhol a favor do Barcelona, mas mostrou ao mundo que o Real Madrid é capaz de anular a equipe de Guardiola. Na primeira etapa, o 4-3-2-1 de Mourinho sufocou a saída de bola do Barcelona, que teve a posse de bola mas não levaram muito perigo à meta de Casillas. Os espaços, porém, não estiveram totalmente fechados em alguns contra-ataques azulgrenás e Messi acabou desperdiçando duas boas oportunidades. Na primeira, o argentino foi tentar encobrir Casillas e não executou a jogada do jeito que queria; na segunda, fez um carnaval no meio-campo blanco e chutou com força para bela defesa do capitão blanco.
O Real Madrid atuou no 4-3-2-1 que, às vezes, parecia com um 4-1-4-1. Pepe fazia a função de primeiro homem de meio-campo e à frente dele vinha uma linha com Di María, Xabi Alonso, Khedira e Cristiano Ronaldo, este último com mais liberdade para se juntar ao ataque. Na frente Benzema jogava centralizado. O Barcelona veio a campo no seu habitual 4-3-3 (4-2-3-1), com uma surpresa de última hora: Puyol, que não jogava há três meses, foi convocado e, não obstante, iniciou o superclássico como titular. El capitán blaugrana, porém, voltou a sentir dores musculares e saiu na segunda etapa por precaução, segundo o site oficial do Barcelona. Messi, Pedro e Villa compunham o ataque, sempre alternando-se nas funções de homem mais central.
A opção de um meio-campo mais defensivo que o comum deu certo durante todo o primeiro tempo. Porém, no segundo tempo, a entrada de Özil condicionou o jogo: o turco-alemão mudou a característica do Real Madrid e foi importante para que a equipe chegasse ao gol de empate. Na volância, Pepe não deixou passar batido: marcou Messi com solidez na primeira etapa, evitando que o argentino pudesse oferecer resistência ao gol merengue. O argentino pouco fez nos primeiros 45 minutos, mas seu brilhantismo ainda permitiu a criação de boa jogada individual aos 43 minutos, quando Casillas fez bela defesa. Apesar de ceder a posse de bola (que em momentos superou 80%), o Real Madrid também poderia ter aberto o placar: cabeçada de Cristiano Ronaldo salva em cima da linha por Adriano, no último lance da etapa inicial.
O lateral esquerdo brasileiro foi dono de uma grande partida. Marcou Cristiano Ronaldo com contundência quando este bordava pelo seu setor e evitou as subidas de Sergio Ramos ao ataque. O brasileiro, também, evitou por duas vezes um gol do gajo. Além da cabeçada ao fim da primeira etapa, Adriano tirou na hora exata uma bola que o português já preparava para chutar para as redes de Valdés. Cristiano Ronaldo recebeu de Marcelo mas acabou adiantando muito, o que facilitou a chegada de Adriano. Daniel Alves, na outra lateral, também fez boa partida. Apesar do pênalti, muito mal marcado pelo desastrado Muñiz Fernández, o baiano anulou Di María, em péssima noite, e, assim como Adriano na esquerda, praticamente impediu as subidas de Marcelo ao ataque. Porém, Daniel Alves não acrescentou nenhum poder de fogo ao Barcelona quando subiu para o ataque e se preocupou mais na marcação do extremo argentino.
Durante a semana, José Mourinho havia dito que, para jogar contra o Barcelona, estava treinando sua equipe para jogar com um homem a menos, insinuando que sempre alguém era expulso contra a equipe catalã. E, dessa vez, não foi diferente. Xavi lançou com maestria Villa, que ganhou na corrida de Raúl Albiol e acabou empurrado pelo zagueiro. O cartão vermelho, porém, foi mostrado corretamente, já que Villa iria finalizar para as redes de Casillas. Na cobrança, Messi converteu e abriu o placar para o Barcelona. O 49º gol do argentino na temporada destruiu o plano original de Mourinho, e a impressão era de que os dois times aproveitariam a circunstância para se poupar.
Villa, que vem brigado com as redes há alguns jogos, poderia ter matado o jogo, mas não o fez. A atuação do Guaje, e consequentemente sua fase, preocupa. Destaque no primeiro turno, hoje o atacante asturiano foi inoperante caindo às costas de Sergio Ramos, que teve facilidade para marcá-lo. Além disso, não foi por falta de oportunidades que Villa fez uma má partida: o ex-Valencia teve, no mínimo, três ótimas oportunidades de vencer Casillas; mas, na maioria das vezes, por displicência, acabou desperdiçando. Sem contar a falta de domínio na última chance da partida, quando Xavi lançou e o Guaje não conseguiu dominar uma bola, teoricamente, fácil.
Com a expulsão de Albiol, Mourinho refez sua tática com algumas alterações. A princípio, Pepe iria ocupar a vaga de Albiol na defesa, mas com a entrada de Arbeloa (e a de Adebayor, saindo Xabi Alonso e Di María) e o deslocamento de Sergio Ramos para a zaga, o luso-brasileiro voltou à função que vinha exercendo bem. Mas foi a primeira substituição, com a entrada de Özil no lugar de um nulo Benzema, logo após o gol sofrido, que deu novo gás aos merengues na partida. Com participação do turco-alemão, que deu inicio à jogada, Marcelo recebeu de Cristiano Ronaldo e "sofreu" pênalti de Daniel Alves. Com extrema categoria, Cristiano Ronaldo converteu e chegou ao seu primeiro tento contra o Barcelona em sete confrontos.
"Marcelo reconheceu e me disse que tinha que se jogar no lance", disse Daniel Alves após a partida. Fato é que houve falta de critério por parte de Muñiz Fernández. Em um lance bem semelhante, na primeira etapa, Villa foi derrubado por Casillas e caiu na área, mas o árbitro mandou seguir. No fim, o Real Madrid quase chegou à virada. Em jogada iniciada por Özil, que fez o que quis com Keita, Adebayor partiu em velocidade na direita e rolou para Khedira. O alemão, que tinha como opção Cristiano Ronaldo livre na esquerda, arriscou um belo chute de canhota, mas Valdés caiu para defender.
O empate foi justo pela superioridade do Barça e pela entregar do Real Madrid quando estava com um homem a menos. O 1 a 1 foi um bom placar para o primeiro de quatro clássicos. Com o empate, o Barça praticamente se define como o campeão espanhol mantendo a diferença de 8 pontos na ponta da tabela. Para a final da Copa do Rei, quarta-feira, o Barça terá de se preocupar com o possível desfalque de Puyol, que saiu machucado. Porém, Mascherano já estará de volta e, pelo menos contra o Shakthar, foi bem como zagueiro. O Real Madrid pode comemorar: apesar do empate ter selado o tri-campeonato barcelonista, a equipe jogou de igual para igual na primeira etapa e parece ter afastado seus complexos e se convencido de que pode acabar com a seca de vitórias contra o rival.
O Real Madrid atuou no 4-3-2-1 que, às vezes, parecia com um 4-1-4-1. Pepe fazia a função de primeiro homem de meio-campo e à frente dele vinha uma linha com Di María, Xabi Alonso, Khedira e Cristiano Ronaldo, este último com mais liberdade para se juntar ao ataque. Na frente Benzema jogava centralizado. O Barcelona veio a campo no seu habitual 4-3-3 (4-2-3-1), com uma surpresa de última hora: Puyol, que não jogava há três meses, foi convocado e, não obstante, iniciou o superclássico como titular. El capitán blaugrana, porém, voltou a sentir dores musculares e saiu na segunda etapa por precaução, segundo o site oficial do Barcelona. Messi, Pedro e Villa compunham o ataque, sempre alternando-se nas funções de homem mais central.
A opção de um meio-campo mais defensivo que o comum deu certo durante todo o primeiro tempo. Porém, no segundo tempo, a entrada de Özil condicionou o jogo: o turco-alemão mudou a característica do Real Madrid e foi importante para que a equipe chegasse ao gol de empate. Na volância, Pepe não deixou passar batido: marcou Messi com solidez na primeira etapa, evitando que o argentino pudesse oferecer resistência ao gol merengue. O argentino pouco fez nos primeiros 45 minutos, mas seu brilhantismo ainda permitiu a criação de boa jogada individual aos 43 minutos, quando Casillas fez bela defesa. Apesar de ceder a posse de bola (que em momentos superou 80%), o Real Madrid também poderia ter aberto o placar: cabeçada de Cristiano Ronaldo salva em cima da linha por Adriano, no último lance da etapa inicial.
Messi comemora: gol no Bernabéu foi o primeiro da Pulga em equipes treinadas por Mourinho (getty images)
O lateral esquerdo brasileiro foi dono de uma grande partida. Marcou Cristiano Ronaldo com contundência quando este bordava pelo seu setor e evitou as subidas de Sergio Ramos ao ataque. O brasileiro, também, evitou por duas vezes um gol do gajo. Além da cabeçada ao fim da primeira etapa, Adriano tirou na hora exata uma bola que o português já preparava para chutar para as redes de Valdés. Cristiano Ronaldo recebeu de Marcelo mas acabou adiantando muito, o que facilitou a chegada de Adriano. Daniel Alves, na outra lateral, também fez boa partida. Apesar do pênalti, muito mal marcado pelo desastrado Muñiz Fernández, o baiano anulou Di María, em péssima noite, e, assim como Adriano na esquerda, praticamente impediu as subidas de Marcelo ao ataque. Porém, Daniel Alves não acrescentou nenhum poder de fogo ao Barcelona quando subiu para o ataque e se preocupou mais na marcação do extremo argentino.
Durante a semana, José Mourinho havia dito que, para jogar contra o Barcelona, estava treinando sua equipe para jogar com um homem a menos, insinuando que sempre alguém era expulso contra a equipe catalã. E, dessa vez, não foi diferente. Xavi lançou com maestria Villa, que ganhou na corrida de Raúl Albiol e acabou empurrado pelo zagueiro. O cartão vermelho, porém, foi mostrado corretamente, já que Villa iria finalizar para as redes de Casillas. Na cobrança, Messi converteu e abriu o placar para o Barcelona. O 49º gol do argentino na temporada destruiu o plano original de Mourinho, e a impressão era de que os dois times aproveitariam a circunstância para se poupar.
Villa, que vem brigado com as redes há alguns jogos, poderia ter matado o jogo, mas não o fez. A atuação do Guaje, e consequentemente sua fase, preocupa. Destaque no primeiro turno, hoje o atacante asturiano foi inoperante caindo às costas de Sergio Ramos, que teve facilidade para marcá-lo. Além disso, não foi por falta de oportunidades que Villa fez uma má partida: o ex-Valencia teve, no mínimo, três ótimas oportunidades de vencer Casillas; mas, na maioria das vezes, por displicência, acabou desperdiçando. Sem contar a falta de domínio na última chance da partida, quando Xavi lançou e o Guaje não conseguiu dominar uma bola, teoricamente, fácil.
Com a expulsão de Albiol, Mourinho refez sua tática com algumas alterações. A princípio, Pepe iria ocupar a vaga de Albiol na defesa, mas com a entrada de Arbeloa (e a de Adebayor, saindo Xabi Alonso e Di María) e o deslocamento de Sergio Ramos para a zaga, o luso-brasileiro voltou à função que vinha exercendo bem. Mas foi a primeira substituição, com a entrada de Özil no lugar de um nulo Benzema, logo após o gol sofrido, que deu novo gás aos merengues na partida. Com participação do turco-alemão, que deu inicio à jogada, Marcelo recebeu de Cristiano Ronaldo e "sofreu" pênalti de Daniel Alves. Com extrema categoria, Cristiano Ronaldo converteu e chegou ao seu primeiro tento contra o Barcelona em sete confrontos.
"Marcelo reconheceu e me disse que tinha que se jogar no lance", disse Daniel Alves após a partida. Fato é que houve falta de critério por parte de Muñiz Fernández. Em um lance bem semelhante, na primeira etapa, Villa foi derrubado por Casillas e caiu na área, mas o árbitro mandou seguir. No fim, o Real Madrid quase chegou à virada. Em jogada iniciada por Özil, que fez o que quis com Keita, Adebayor partiu em velocidade na direita e rolou para Khedira. O alemão, que tinha como opção Cristiano Ronaldo livre na esquerda, arriscou um belo chute de canhota, mas Valdés caiu para defender.
O empate foi justo pela superioridade do Barça e pela entregar do Real Madrid quando estava com um homem a menos. O 1 a 1 foi um bom placar para o primeiro de quatro clássicos. Com o empate, o Barça praticamente se define como o campeão espanhol mantendo a diferença de 8 pontos na ponta da tabela. Para a final da Copa do Rei, quarta-feira, o Barça terá de se preocupar com o possível desfalque de Puyol, que saiu machucado. Porém, Mascherano já estará de volta e, pelo menos contra o Shakthar, foi bem como zagueiro. O Real Madrid pode comemorar: apesar do empate ter selado o tri-campeonato barcelonista, a equipe jogou de igual para igual na primeira etapa e parece ter afastado seus complexos e se convencido de que pode acabar com a seca de vitórias contra o rival.
O Barcelona deixou claro que não estava jogando sério após o gol do Messi. Vamos com tudo na Copa e na UCL. Visca el Barça
ResponderExcluirNa quarta-feira dá Real Madrid, na champions tou achando que dá Barcelona (nos 2 jogos)
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