domingo, 26 de setembro de 2010

Resumo: 5ª Rodada (2ª Parte)

A cara feia de Acosta (de vermelho, à direita) representa o momento do Sevilla: em mais um tropeço na temporada, sobrou para Álvarez, demitido após o jogo (eldesmarque.es)
Hércules 2x0 Sevilla
Dessa vez não teve jeito. Na primeira derrota no Campeonato Espanhol - somados a dois empate e apenas uma vitória - Antonio Álvarez não aguentou e foi demitido pela direção sevillista ao término da rodada. Ao novo cargo, os andaluzez agora contarão com Gregório Manzano, um dos técnicos mais reconhecidos no futebol espanhol. O time da gestão de Álvarez dava pena. Hoje, foi só mais uma amostra de um Sevilla irreconhecível, com Luis Fabiano isolado no ataque e um estranho 4-5-1. Um único lance aos 5min representou tudo que o Sevilla fez no primeiro tempo. A jogada teve início nos pés de Luís Fabiano, que se livrou de um adversário no meio campo e deu ótimo passa para Acosta. O meia avançou com a bola até a área e bateu cruzado, de esquerda, para boa defesa do goleiro Calatayud. Depois, só deu Hércules. Isolado no ataque, Luis Fabiano sofria com a falta de criatividade de sua equipe. A falta de criatividade do clube rojiblanco, aliás, é o ponto mais preocupante. E, estranhamente, Álvarez deixou de fora da partida Perroti e Konko, os dois melhores sevillistas neste início de temporada. Aliás, como se estivesse sobrando de nível futebolísticos e de resultados, o técnico de Marchena não para(va) de fazer rotações. Tal panorama resultou em dois gols do Hércules ainda no primeiro, ambos do experiente atacante Trezeguet. O primeiro saiu de pênalti, após falta infantil de Zokora em Tiago Gomes, aos 20min. No segundo, tudo começou com uma linda jogada pela esquerda de Drenthe, que passou como quis pelo defensor e cruzou na segunda trave; Kiko bateu cruzado e Trezeguet, de joelho, conseguiu desviar para as redes.

A parte de Crônicas do Eldesmarque - jornal que cobre o Sevilla e as outras equipes andaluzes - tocou em um ponto importante: a plantilla do Sevilla só piora ao passar do anos. E isso se deve, principalmente, pelas contratações ruins que a cúpula rojiblanca faz (um dos motivos para a queda na Champions). Empatar com Deportivo e Racing e não ganhar do Hércules é uma boa prova disso.

Atlético de Madrid 1x0 Zaragoza
Um Atlético jogando mais na base da vontade resistiu ante um Zaragoza sem pegada. O conjunto colchonero voltou a somar três pontos após derrota para o Barcelona e empate contra o Valencia.O único gol da partida nasceu nos pés de Filipe Luis, que só foi fazer sua estreia no clube rojiblanco somente hoje. O brasileiro fez bela jogada invidual pela esquerda e cruzou para Diego Costa concluir ao gol de Leo Franco. O lateral esquerdo, aliás, foi muito bem e, possivelmente, sendo o melhor em campo: além da assistência para o único gol da partida, ajudou muito a defesa quando o Atléti foi pressionado no segundo tempo e foi muito importante e incisivo nas infilitrações pelo lado esquerdo. Após jogar por "diversão" e dominar o primeiro tempo inteiro, o conjunto de Quique se difuminaram e o jogo passou a zer dos maños, que acabaram não convertendo em gols as suas chances, muito por causa da falta de pegada do ataque alarmante. A árbitragem de Muñiz Fernández foi bastante controversa. O árbitro não assinalou um pênalti em Diego Costa e expulsou - desta vez de maneira correta - Reyes, após este agredir Contini.

Espanyol 1x0 Osasuna
A noite foi boa para os estreantes. Após Filipe Luis comandar o Atlético de Madrid, um pouco mais cedo, Álvarez Vázquez foi o autor do único tento da vitória dos péricos, que fazem uma boa campanhia, apesar da derrota para o Real Madrid. O garoto, de apenas 19 anos, recem-chegado à Liga BBVA, foi o destaque: além do gol, provocou a expulsão de Lolo, aos 20 minutos. Os rojones foram vítima do talento e da ilusão de Vázquez, um atacante "elétrico", formado nas canteras do Espanyol desde a categoria cadete (aqui no Brasil, pré-mirim). Talentoso e com fome de jogou, disputou sua primeira partida como titular na Liga, depois de jogar pouco menos de meia-hora no Santiago Bernabéu. A aposta de Pochettino rompeu a partida aos 25': após chute de Luis Garcia afastado pela zaga basca, Vázquez dominou, enganou os marcadores após fingir que iria chutar de direita, ajeitou para a canhota e, com extrema categoria, finalizou às redes de Ricardo. Após o gol, o Espanyol se acomodou um pouco na partida, mas se manteve intacto, com uma defesa sólida, praticamente formada por becários (Chica, Amat, Víctor Ruiz e Dídac) e sustentadas por Javi Márquez e Duscher na volância. A equipe navarra adiantou as linhas e, por pouco, não empatou, em uma cabeçada de Damia, defendida por Kameni. A equipe catalã joga com ráfagas e brilha por momentos, mas a falta de constância e de maturidade é necessária para fechar uma partida.

Deportivo 0x2 Almería
Depois de cinco rodadas, o Almería finalmente conquistou sua primeira vitória no campeonato. Com uma atuação segura de Diego Alves, a equipe do brasileiro venceu o La Coruña fora de casa por 2 a 0, com dois gols do nigeriano Kalu Uche, e deixou a zona de rebaixamento da Liga das Estrelas. Os andaluzes se encontraram muito pronto para a partida com o primeiro gol, que deu-lhe mais tranquilidade para controlar o resto da partida, que foi mais ajudado após a expulsão de Colotto, antes mesmo do intervalo. As duas equipes, e seus respectivos técnicos, chegaram ao Riazor pressionados, já que não conheciam a vitória em quatro rodadas e estavam na boca do decenso. O Deportivo, derrotado, segue mal: apenas três pontos em quinze disputados. Após lutar tanto para não cair, o Deportivo fez uma temporada anterior mediana, mas e agora? Quando será que os galegos abrirão os olhos para o campeonato? Ainda dá tempo, já que estamos apenas na quinta rodada. Um bom exemplo para os blanquizules buscarem inspiração é o Villarreal da temporada passada, que começou desta maneira, mas recuperou-se e conseguiu uma vaga na Liga Europa.

Mallorca 2x0 Real Sociedad
Dois gols do experiente argentino Fernando Cavenaghi, um em cada período de tempo, selaram a vitória do Mallorca frente a Real Sociedad em um jogo frouxo em Palmo de Mallorca. A Real Sociedad, após a ótima estreia, não ganha mais: em quatro rodadas, três derrotas e um único empate. Já os baleares se reergueram após o tropeço no País Basco. O Mallorca demonstrou no primeiro tempo o mesmo tipo de jogo mostrado em boa parte da temporada passada: que quando joga em casa, a coisa é outra. Diferentemente do futebol inútil e hesitantes mostrado longe da Ilhas Baleares. Ante a Real Sociedad, foi um conjunto muito sério, aplicado, disciplinado e, acima de tudo, muito vertical. O primeiro gol de Cavenaghi foi o principal ponto para o desenrolar da partida. O Mallorca mostrou-se mais confiante, enquanto que a Real Sociedad mostro um futebol opaco e imprevisível. Raúl Tamudo, que fez do Mallorca sua vitima predileta em sua passagem pelo Espanyol, teve sua sorte abandonada. Não ajudou em nada. O meio-campo dos donostiarra naufragou e seus jogadores cometeram muitos erros. Quando jogava melhor, a Real Sociedad tomou um banho de água fria: após Griezzman desperdiçar a chance de empatar, Cavenaghi foi fatal e, aproveitando erro da zaga euskara, marcou seu doblete, sentenciando a partida.

Para saber dos três jogos de Sábado, clique aqui. Amanhã, encerraremos o resumo desta rodada com o jogo isolado entre Villarreal x Málaga, os craques da rodada e a escalação da rodada.

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