sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sofrendo até o final


Sofrimento. Nos últimos três anos, é a palavra que mais representa bem o Sporting Gijón. As costumeiras brigas contra o rebaixamento é uma tensão a mais aos aficionados do clube asturiano. Na atual temporada, o risco de rebaixamento é mais real em relação às temporadas anteriores. Com 19 pontos e na 19ª colocação, pensar num Sporting de volta à Liga Adelante após quatro temporadas na elite não é algo inimaginável. Os concorrentes na disputa para fugir no inferno mostram uma imagem superior em relação aos rojiblancos. Granada, Mallorca, Bétis e Villarreal têm crescido no futebol, enquanto Racing Santander (18º), Sevilla e o virtual rebaixado Zaragoza estão numa situação tão crítica quando a do Gijón quando falamos de desempenho dentro dos gramados.

Ainda há tempo para uma reação. Racing Santander, Mallorca e Zaragoza são exemplos notórios de ressurreição à essa altura nas temporadas anteriores. Porém, no final do mês passado, a cúpula rojiblanca tomou uma decisão que, talvez, possa ter jogada contra a equipe. A demissão de Manolo Preciado, no comando do clube desde 2006, foi sentida pelo elenco e gerou protesto por parte dos aficionados. Estava claro, contudo, que o clima do ex-treinador estava no limite. A política de futebol de resultados proposta pelo presidente Manuel Vega-Arango não estava sendo cumprinda à risca por Preciado. Em 22 jogos, apenas cinco vitórias. São 13 derrotas no total, o que vale como a equipe que mais perdeu ao lado do Zaragoza. Mas o que foi visto como uma solução por Arango, até o momento não tem surtido efeito nenhum.

Se o Sporting Gijón está onde está não é por casualidade. É uma equipe que demora a encaixar jogadas ofensivas e passa por muitos apuros defensivamente. São 43 gols sofridos, pior defesa do campeonato. Outro problema que evidencia a má temporada é a falta de gols. Marcar tem sido uma tarefa árdua no El Molinón. Esse déficit penaliza muito. O mau trabalho em conjunto, o acúmulo de erros e os poucos acertos também representam um time que vive um ano infernal. O Molinón, antes um caldeirão, está frio e não é mais utilizado como um 12º jogador. O caldeirão já não pesa a favor.

No início da semana, foi confirmado o nome do ex-treinador da seleção espanhola Javier Clemente para substituir Inaki Tejada, que treinou os asturianos após a demissão de Preciado, em duas partidas. O treinador, que treinou a Espanha nas Copas de 94 e 98, chega num momento crítico não só dentro como fora de campo. A rescisão de contrato de Nacho Novo para assinar com o Legia Varsóvia foi visto por maus olhos nos bastidores, mas a mensagem é de esperança. Os jogadores parecem dispostos a permanecer na elite espanhola e estão juntos para fugir do descenso. A esperança dos aficionados passa pelo fato de o time estar acostumado com esses momentos de tensão. "Cada duelo é uma final a partir de agora", disse Clemente em sua apresentação.

23ª rodada
Sábado, 18/fev
Getafe x Espanyol
Real Madrid x Racing
Sevilla x Osasuna

Domingo, 19/fev
Granada x Real Sociedad
Athletic Bilbao x Málaga
Sporting x Atlético de Madrid
Mallorca x Villarreal
Levante x Rayo Vallecano
Barcelona x Valencia

Segunda-feira, 20/fev
Zaragoza x Betis

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