terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Valencia ressurge

Soldado vibra: ele brilhou e o Valencia jogou como nunca para dar um passo enorme às oitavas da Champions League (AP)

O Valencia chegava para o duelo desta terça-feira contra o Rangers pressionado. Se já não bastasse a perda de liderança na Liga, o tropeço da última rodada contra o Zaragoza não foi muito aceito por parte da torcida, e as vaias após o término da partida explicou muito bem isso. Porém, contra os escoceses, o Valencia mostrou sua melhor versão e aplicou um 3 a 0 convicente no Rangers. Com o resultado, o Valencia volta à segunda colocação e chegar às oitavas de finais é questão de tempo, já que, na próxima rodada, é difícil imaginar que o Valencia perderá pontos contra o saco de pancadas do grupo, Busaspor.

Se Unay Emery havia sido muito criticado por não ter escalado Áduriz e Soldado no jogo contra o Zaragoza, o técnico valenciano resolveu agradar a torcida e mandou a campo o seu já tradicional 4-2-2-2, com Joaquín e Mata nos flancos e Áduriz e Soldado um pouco mais à frente. A defesa foi a mesma utilizada no jogo do último sábado, mas, desta vez, Mathieu fez uma boa partida e marcou muito bem Whittaker. O lateral também se destacou por trabalhar bem tanto em suas subidas ao ataque, quanto na volta para marcar, mostrando um fôlego invejável. Enquanto os blues revesavam entre um 4-1-4-1 e um 5-4-1, a tática obrigava a Naismith a auxiliar bem de perto o isolado Miller. E foi desse jeito que o Rangers chegou com perigo logo aos oito minutos. Após Naismith deixar Navarro e Albelda para trás, Miller soltou um belo chute no canto direito de Cesar Sánchez, que só olhou ela sair levemente para fora.

O lance de perigo de Miller foi o único após o bombardeio ché. Para se ter ideia, os valencianistas finalizaram oito vezes na etapa inicial, sendo cinco certas. Numa delas, aos 33min, Soldado aproveitou falha de McGregor no alto para marcar o primeiro dos donos da casa. O Rangers procurou a reação na segunda etapa, tentando aproveitar os espaços raramente deixados por Navarro e Ricardo Costas, duas muralhas na segunda etapa.

O jogo ficava ainda mais favorável ao Valencia e McGregor começava a se redimir de seu erro no gol de Soldado. Áduriz vem cumprindo um papel tático muito importante. Se Soldado tem decidido por jogar mais infiltrado entre os zagueiros adversários, o papel que Áduriz tem desempenhando contribuiu muito para isso, porque o ex-Mallorca puxa os zagueiros para sí. Faltando 19 minutos para o final, Soldado resolveu matar partida. Após deixar Papac para trás, tabelou com Mata, melhor da partida, e chutou rasteiro no canto de McGregor. Naismith ainda tentou trazer os escoceses de volta à partida, mas Tino Costa definiu a vitória ché após receber passe de Pablo Hernández, que entrara no lugar de um cada vez mais brilhante Joaquín.

O Valencia voltou a mostrar um futebol convicente levando o confronto a serio desde o início da partida. O Valencia mostrou, principalmente, solidez e maturidade, características que lhe faltaram nos últimos jogos. A vitória serviu também para amenizar uma possível demissão de Unay Emery.

Na Dinamarca...

Com 15 gols em 12 partidas, Messi marcou mais uma vez, mas o Barcelona ficou no empate em Copenhague (El Mundo Deportivo)

Guardiola teve muita razão ao dizer, na coletiva, que o jogo seria duríssimo em todos os sentidos. Com cinco minutos de jogo, duas confusões envolvendo blaugranas e dinamarqueses. A primeira delas com 40 segundos de partida, quando Bolaños atingiu Puyol de maneira imprudente. Imprudente também foi a maneira duríssima ao qual Valdés chegou em N'Doye, aos quatro. Victor Valdés acertou uma joelhada no rosto do senegalês, que caiu em campo desarcodado. A arbitragem, além de não punir o arqueiro do Barcelona, ainda deu uma falta N’Doye sobre Puyol.

Apesar de poder ser considerado um resultado positivo pelas circunstâncias do jogo, o empate frustrou os planos do Barcelona, que chegou a oito pontos e, apesar de estar na liderança do grupo D, ainda não conseguiu garantir vaga para a próxima fase da Liga dos Campeões. O Kobenhavn, por sua vez, subiu a sete pontos e segue na segunda colocação. Guardiola trocou o time que goleou o Sevilla por 5 a 0. Apesar de ter mantido o 4-1-2-1-2, o técnico de Santpedor tirou Pedro do time titular para pôr Keita e adiantou Iniesta à ponta esquerda. E, novamente, Iniesta foi mal jogando nesta posição. O jogador de Albacete simplesmente foi anulado por Parpesch na primeira etapa, e nada acrescentou no lado esquerdo dos azulgrenás.

Messi novamente marcou, chegando a expressiva marca de 30 gols na Champions League e tornando-se o jogador mais jovem a alcançar tal marca. Além do feito, a Pulga chegou a 100 gols na era Guardiola em 117 partidas. Com o jogo encerrado e o empate confirmado, o treinador Stale Solbakken, do clube dinamarquês, foi tirar satisfações com Pep Guardiola, e só não conseguiu fazer uso da violência pois foi contido pelo Busquets.

A torcida que lotou o estádio Parken, em Copenhague, participou ativamente da partida. Além das vaias, principalmente a Valdés, o público colaborou para a atitude ofensiva e destemida do Copenhaque, que, já sabendo do empate entre Rubin e Panatinaikos, pressionou o Barcelona e foi superior em diversos momentos, como aos 30min do segundo tempo, quando N’Doye marcou de cabeça, mas a arbitragem, desta vez de forma correta, anulou o lance.

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