O dono da bola: super artilheiro do espanhol, Cristiano Ronaldo encerrou uma excelente temporada individualmente. Coletivamente, porém, o Real Madrid ficou devendo (reuters)
Campanha: 2ª colocação. 38 jogos, 29 vitórias, 5 empates e 4 derrotas. 102 gols pró e 33 gols contra.. Classificado à fase de grupos da Liga dos Campeões.
Time-base: Casillas; Sergio Ramos, Pepe, Ricardo Carvalho, Marcelo; Xabi Alonso, Khedira; Özil, Di María, Cristiano Ronaldo; Benzema.
Os Artilheiros: Cristiano Ronaldo (40 gols), Benzema (15), Higuain (10)
O Técnico: José Mourinho
O Destaque: Cristiano Ronaldo
A decepção: Sergio Canales
A temporada do Real Madrid acabou com uma pergunta no ar: como irá se comportar os comandados de Mourinho na segunda temporada do treinador no clube blanco? Em sua apresentação no clube merengue, Mou deixou claro que a primeira temporada em seus clubes nem sempre é a mais esperada pelos torcedores. Porém, não hesitou em dizer que na segunda a sede de títulos é a maior possível. A temporada do Real Madrid teve aspectos positivos, como a evolução do jogo coletivo em relação às últimas temporadas e a recuperação do espírito conquistador que está no sangue madridista. O time goleou vários adversários, Cristiano Ronaldo bateu recorde histórico de gols em um Campeonato Espanhol e o time passou das oitavas de final da LC. No entanto, ser superado tantas vezes pelo Barcelona não faz bem ao ego merengue e deixa a sensação de que a temporada foi um insucesso.
O ex-técnico da Inter fez o estilo paizão, conquistou os jogadores, conseguiu recuperar a coesão do grupo após a sacolada no primeiro superclássico e incentivou a briga contra o Barcelona. Até deu certo em alguns pontos: na maratona de superclássicos em abril, a equipe mostrou em alguns momentos ser capaz de parar o Barcelona, como na "vitória moral" no jogo da Liga e no título da Copa do Rei. Na Champions League, a solidez do Real Madrid apareceu cedo, como na vitória soberana para cima do Milan, e a equipe avançou para as quartas-de-finais pela primeira vez desde 2003/2004. Porém, contra os blaugrana, a expulsão correta de Pepe jogou por água abaixo todo o esquema de Mourinho, pois o português era responsável diretamente pela marcação em Messi, que, com espaços após o vermelho do zagueiro improvisado de volante, decidiu o jogo com um doblete. Outro momento negativo do Real Madrid na temporada foi a derrota no Santiago Bernabéu para o Sporting Gijón, que além de dar ao Barcelona a oportunidade de abrir sete pontos de vantagens, acabou com uma invencibilidade de nove anos de José Mourinho sem perder em casa por campeonatos nacionais.
No plano individual, alguns nomes brilharam. Ricardo Carvalho e Pepe formaram uma dupla de zaga bastante sólida e sofreram apenas 33 gols no campeonato, sendo a segunda defesa menos vazada da competição. Além disso, o número de gols sofridos foi o menor da equipe da capital em sete temporadas. Marcelo foi o jogador que mais evoluiu com a chegada de Mourinho na equipe de Chamartin. Se antes o brasileiro era constantemente criticado por abusar das subidas ao ataque e deixar o lado esquerdo da defesa madridista exposta, nesta temporada o ex-Fluminense conseguiu balancear tal tipo de jogada. Ainda que continuasse pecando na marcação, os erros foram bem menores em relação às outras temporadas e o brasileiro se consolidou no posto de melhor lateral esquerdo do mundo. Özil e Di María caíram como uma luva no 4-2-3-1 de Mou: o turco-alemão foi o grande maestro da equipe na temporada e terminou-a com 23 assistências, líder máximo no quesito na temporada europeia. O argentino, por sua vez, começou mal, mas rapidamente se adaptou à Liga e foi peça importante em jogos-chaves na temporada.
Mas nenhum jogou como Cristiano Ronaldo. Regular na temporada inteira, o gajo foi o motor da equipe desde as primeiras rodadas do campeonato e, polivalente, atuou em quase todas as funções do meio para frente - chegando a ser escalado como falso nove em alguns jogos de janeiro. Com 53 gols na temporada, sendo 40 na Liga (maior artilheiro da história da LFP), Ronaldo, de praxe, ainda decidiu a Copa do Rei ante o Barcelona. Já são 86 gols em 89 partidas trajando blanco. Para a próxima temporada, já foram confirmadas as contratações de Yuri Sahin e Altintop, além da repatriação de Callejón, que estava no Espanyol. A base para brigar por títulos já está formada e a equipe não precisa ser refundada, como diziam alguns nos piores momentos de 2010.
O ex-técnico da Inter fez o estilo paizão, conquistou os jogadores, conseguiu recuperar a coesão do grupo após a sacolada no primeiro superclássico e incentivou a briga contra o Barcelona. Até deu certo em alguns pontos: na maratona de superclássicos em abril, a equipe mostrou em alguns momentos ser capaz de parar o Barcelona, como na "vitória moral" no jogo da Liga e no título da Copa do Rei. Na Champions League, a solidez do Real Madrid apareceu cedo, como na vitória soberana para cima do Milan, e a equipe avançou para as quartas-de-finais pela primeira vez desde 2003/2004. Porém, contra os blaugrana, a expulsão correta de Pepe jogou por água abaixo todo o esquema de Mourinho, pois o português era responsável diretamente pela marcação em Messi, que, com espaços após o vermelho do zagueiro improvisado de volante, decidiu o jogo com um doblete. Outro momento negativo do Real Madrid na temporada foi a derrota no Santiago Bernabéu para o Sporting Gijón, que além de dar ao Barcelona a oportunidade de abrir sete pontos de vantagens, acabou com uma invencibilidade de nove anos de José Mourinho sem perder em casa por campeonatos nacionais.
No plano individual, alguns nomes brilharam. Ricardo Carvalho e Pepe formaram uma dupla de zaga bastante sólida e sofreram apenas 33 gols no campeonato, sendo a segunda defesa menos vazada da competição. Além disso, o número de gols sofridos foi o menor da equipe da capital em sete temporadas. Marcelo foi o jogador que mais evoluiu com a chegada de Mourinho na equipe de Chamartin. Se antes o brasileiro era constantemente criticado por abusar das subidas ao ataque e deixar o lado esquerdo da defesa madridista exposta, nesta temporada o ex-Fluminense conseguiu balancear tal tipo de jogada. Ainda que continuasse pecando na marcação, os erros foram bem menores em relação às outras temporadas e o brasileiro se consolidou no posto de melhor lateral esquerdo do mundo. Özil e Di María caíram como uma luva no 4-2-3-1 de Mou: o turco-alemão foi o grande maestro da equipe na temporada e terminou-a com 23 assistências, líder máximo no quesito na temporada europeia. O argentino, por sua vez, começou mal, mas rapidamente se adaptou à Liga e foi peça importante em jogos-chaves na temporada.
Mas nenhum jogou como Cristiano Ronaldo. Regular na temporada inteira, o gajo foi o motor da equipe desde as primeiras rodadas do campeonato e, polivalente, atuou em quase todas as funções do meio para frente - chegando a ser escalado como falso nove em alguns jogos de janeiro. Com 53 gols na temporada, sendo 40 na Liga (maior artilheiro da história da LFP), Ronaldo, de praxe, ainda decidiu a Copa do Rei ante o Barcelona. Já são 86 gols em 89 partidas trajando blanco. Para a próxima temporada, já foram confirmadas as contratações de Yuri Sahin e Altintop, além da repatriação de Callejón, que estava no Espanyol. A base para brigar por títulos já está formada e a equipe não precisa ser refundada, como diziam alguns nos piores momentos de 2010.
belo texto, Rodrigo. Parabéns!
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