Apontado ao lado de Raúl como um das principais promessas madridistas dos anos 90, o atacante Jorge Marco López, o Tote, não teve o mesmo sucesso que o colega de base. Hoje, a presença dele em campo é tida como a certeza de muitas trapalhadas e gols perdidos. E se atacante vive de gol, aquele que não possui um aproveitamento minimamente razoável não consegue se manter por muito tempo em clubes de alto nível. Foi o que aconteceu com o espanhol, que completou 32 anos no fim do ano passando, acumulando uma série de fracassos na carreira.
O início
Antes de chegar ao Real, ele passou pelas categorias juvenis do Atlético de Madrid, time do qual é torcedor confesso. Nascido na capital espanhola, o garoto deixou o clube do coração aos 15 anos para terminar sua formação nas categorias de base do Real, em 93. Nos treinamentos, quase sempre se destacava com toques de qualidade e visão de jogo, o que o fez ascender rapidamente aos times C e B do Real.
Na temporada 98/99 pelo Real B, Tote marcou nove gols em 23 jogos e passou a ser visto como uma das principais promessas do futebol espanhol. Em 8 de maio de 99, ele estreou na equipe principal, em jogo contra o Real Sociedad pelo campeonato espanhol. Os galáticos venceram La Real por três a dois, mas Tote não marcou nenhum gol, tendo, na verdade, uma atuação apagada ao lado de Raúl.
O treinador John Benjamin Toshack atribuiu o baixo rendimento à pouca experiência e o atacante acabou emprestado ao Benfica de Portugal por uma temporada. A ideia era de que ele jogasse a primeira divisão em um campeonato de menor pressão, para que sua evolução não fosse prejudicada.
Totti não, Tote
Em 2000, uma confusão da imprensa portuguesa anunciava a chegada de Totti aos encarnados. O atacante italiano que aos 22 anos já era estrela da Roma chegaria ao Benfica por um preço acessível e ficaria uma temporada em Portugal. Como tudo que é bom dura pouco, a euforia benfiquista foi acalmada logo no dia seguinte, quando os jornais desculpavam-se pelo erro e estampavam o rosto de Tote, o promissor atacante espanhol que chegava para ser titular ao lado de Nuno Gomes.
Em campo, o espanhol não fazia diferença para melhor e com o tempo, foi caindo nas opções do treinador. Ele ainda foi relacionado para algumas partidas por conta do bom rendimento nos treinamentos, mas não conseguiu render o mesmo em campo. Trapalhão nas finalizações, o atacante fez uma temporada desastrosa pelo Benfica, onde jogou sete partidas, marcou três gols e perdeu dezenas deles. Na memória benfiquista ficou o jogo contra o Dínamo Bucareste pela antiga Taça UEFA 99/00, quando Tote perdeu três gols feitos e os encarnados perderam por um a zero em pleno Estádio da Luz.
Aos 21 anos, o atacante sofreu a primeira de muitas baixas e foi mandado de volta ao Real Madrid. Com tempo pela frente e força de vontade de sobra para provar que podia fazer melhor, Tote voltou ao Real, jogou mais três partidas e acabou novamente emprestado, dessa vez, para o Real Valladolid, time que disputa a segunda divisão espanhola atualmente. No início da temporada 01/02 pelo time de Valladolid, Tote esboçou o que seria um recomeço. O jogador participou de 36 jogos e marcou sete gols, acumulando mais um desempenho abaixo do esperado, embora o melhor de sua carreira profissional.
De volta a Madrid, o Real tratou logo de acertar a venda do atacante para o Real Betis. Com a camisa merengue, Tote jogou seis partidas e não marcou um gol sequer. O jogador esteve em Sevilha entre 2003 e 2005, participou de 17 partidas e marcou apenas dois gols. Certos de que a compra do atacante foi um mal negócio, os béticos trataram logo de emprestá-lo ao Málaga, onde Tote jogou nove vezes sem marcar gol algum. Na temporada 05/06, o atacante espanhol voltou ao Valladolid, que o aguentou por mais 30 jogos, nos quais ele marcou apenas três gols. Com a ridícula média de um gol a cada dez jogos, o atacante consagrou-se como eterna promessa aos 28 anos, sendo transferido para o Hércules, onde joga até hoje.
Capitão Hércules
Em Alicante, Tote se destaca pela força de vontade. Os gols continuam poucos - são 145 jogos e apenas 27 gols marcados. Contudo, o atacante acabou se tornando peça-chave do esquema montado pelo treinador Esteban Vigo. Com 1,77m e 75 kg, o diferencial de Tote sempre foi a técnica. Ele é um atacante com bom toque de bola, que dribla bem, mas finaliza terrivelmente. Capitão do Hércules, hoje ele é um dos mais queridos jogadores do time, muito mais pela seriedade profissional do que pelo que demonstra em campo.
Na Espanha, há quem goste e odeie seu futebol, e muitos atribuem o seu fiasco profissional à falta de sorte. Com nenhum título expressivo e poucos gols marcados nesses doze anos como jogador, Tote entrou, definitivamente, para a lista das eternas promessas do futebol.
Originalmente de Clarissa Caramilo, do site olheiros
Jorge López Marco, o "Tote"
Nome completo: Jorge López Marco
Data de nascimento: 23/11/1978
Local de nascimento: Madrid, Espanha
Clubes que defendeu: Atlético de Madrid, Real Madrid, Benfica, Valladolid, Real
Betis, Málaga, Hércules
O início
Antes de chegar ao Real, ele passou pelas categorias juvenis do Atlético de Madrid, time do qual é torcedor confesso. Nascido na capital espanhola, o garoto deixou o clube do coração aos 15 anos para terminar sua formação nas categorias de base do Real, em 93. Nos treinamentos, quase sempre se destacava com toques de qualidade e visão de jogo, o que o fez ascender rapidamente aos times C e B do Real.
Na temporada 98/99 pelo Real B, Tote marcou nove gols em 23 jogos e passou a ser visto como uma das principais promessas do futebol espanhol. Em 8 de maio de 99, ele estreou na equipe principal, em jogo contra o Real Sociedad pelo campeonato espanhol. Os galáticos venceram La Real por três a dois, mas Tote não marcou nenhum gol, tendo, na verdade, uma atuação apagada ao lado de Raúl.
O treinador John Benjamin Toshack atribuiu o baixo rendimento à pouca experiência e o atacante acabou emprestado ao Benfica de Portugal por uma temporada. A ideia era de que ele jogasse a primeira divisão em um campeonato de menor pressão, para que sua evolução não fosse prejudicada.
Totti não, Tote
Em 2000, uma confusão da imprensa portuguesa anunciava a chegada de Totti aos encarnados. O atacante italiano que aos 22 anos já era estrela da Roma chegaria ao Benfica por um preço acessível e ficaria uma temporada em Portugal. Como tudo que é bom dura pouco, a euforia benfiquista foi acalmada logo no dia seguinte, quando os jornais desculpavam-se pelo erro e estampavam o rosto de Tote, o promissor atacante espanhol que chegava para ser titular ao lado de Nuno Gomes.
Em campo, o espanhol não fazia diferença para melhor e com o tempo, foi caindo nas opções do treinador. Ele ainda foi relacionado para algumas partidas por conta do bom rendimento nos treinamentos, mas não conseguiu render o mesmo em campo. Trapalhão nas finalizações, o atacante fez uma temporada desastrosa pelo Benfica, onde jogou sete partidas, marcou três gols e perdeu dezenas deles. Na memória benfiquista ficou o jogo contra o Dínamo Bucareste pela antiga Taça UEFA 99/00, quando Tote perdeu três gols feitos e os encarnados perderam por um a zero em pleno Estádio da Luz.
Aos 21 anos, o atacante sofreu a primeira de muitas baixas e foi mandado de volta ao Real Madrid. Com tempo pela frente e força de vontade de sobra para provar que podia fazer melhor, Tote voltou ao Real, jogou mais três partidas e acabou novamente emprestado, dessa vez, para o Real Valladolid, time que disputa a segunda divisão espanhola atualmente. No início da temporada 01/02 pelo time de Valladolid, Tote esboçou o que seria um recomeço. O jogador participou de 36 jogos e marcou sete gols, acumulando mais um desempenho abaixo do esperado, embora o melhor de sua carreira profissional.
De volta a Madrid, o Real tratou logo de acertar a venda do atacante para o Real Betis. Com a camisa merengue, Tote jogou seis partidas e não marcou um gol sequer. O jogador esteve em Sevilha entre 2003 e 2005, participou de 17 partidas e marcou apenas dois gols. Certos de que a compra do atacante foi um mal negócio, os béticos trataram logo de emprestá-lo ao Málaga, onde Tote jogou nove vezes sem marcar gol algum. Na temporada 05/06, o atacante espanhol voltou ao Valladolid, que o aguentou por mais 30 jogos, nos quais ele marcou apenas três gols. Com a ridícula média de um gol a cada dez jogos, o atacante consagrou-se como eterna promessa aos 28 anos, sendo transferido para o Hércules, onde joga até hoje.
Capitão Hércules
Em Alicante, Tote se destaca pela força de vontade. Os gols continuam poucos - são 145 jogos e apenas 27 gols marcados. Contudo, o atacante acabou se tornando peça-chave do esquema montado pelo treinador Esteban Vigo. Com 1,77m e 75 kg, o diferencial de Tote sempre foi a técnica. Ele é um atacante com bom toque de bola, que dribla bem, mas finaliza terrivelmente. Capitão do Hércules, hoje ele é um dos mais queridos jogadores do time, muito mais pela seriedade profissional do que pelo que demonstra em campo.
Na Espanha, há quem goste e odeie seu futebol, e muitos atribuem o seu fiasco profissional à falta de sorte. Com nenhum título expressivo e poucos gols marcados nesses doze anos como jogador, Tote entrou, definitivamente, para a lista das eternas promessas do futebol.
Originalmente de Clarissa Caramilo, do site olheiros
Jorge López Marco, o "Tote"
Nome completo: Jorge López Marco
Data de nascimento: 23/11/1978
Local de nascimento: Madrid, Espanha
Clubes que defendeu: Atlético de Madrid, Real Madrid, Benfica, Valladolid, Real
Betis, Málaga, Hércules
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