Figo não demorou para se adaptar ao Barcelona, onde mostrou um futebol incrível e conquistou os aficionados culés... (abola.pt)
Figo nasceu em Lisboa em uma família de classe média na capital portuguesa. Como costumeiramente acontece com os meninos, tinha o futebol como maior paixão e passava horas dedicando-se ao esporte. Nessa toada, começou a se destacar e seus pais pensaram em levar um pouco mais a sério a aptidão do garoto.
O primeiro clube que teve Luís Figo em suas fileiras foi o simpático Os Pastilhas, da Cova da Piedade, região onde o jovem morava. A primeira posição que pensou em ocupar foi a de zagueiro. Mas aos poucos a habilidade falou mais alto e os treinadores enxergavam que Figo teria mais sucesso se atuasse à frente. Não tardou muito para que Figo ingressasse nas equipes de base do Sporting, um dos gigantes de sua cidade. O clube alviverde é famoso por suas revelações da base e, naquele período final dos anos 1980, constituía-se como um dos melhores locais para que um garoto desse seus primeiros passos no futebol.
Em 1989, fez seu primeiro jogo pelo profissional do Sporting. Foi um dos principais jogadores do clube por todo o tempo que esteve lá – embora não tenha conseguido reverter o bom desempenho em títulos. A única taça que Figo levantou por lá foi a Copa de Portugal de 1994/5, quando o Sporting venceu o Marítimo na decisão, num dos últimos jogos de Figo pelo clube.
A ascensão da carreira de Figo se deu de maneira simultânea ao do próprio futebol português como um todo. Senão, vejamos: até a década de 1980, Portugal nada mais era do que um país de futebol medíocre e que se vangloriava à exaustão da campanha de 1966. Hoje, é uma seleção com duas participações seguidas na Copa, quatro na Eurocopa e que, caso não consiga se classificar para o Mundial da África do Sul, causará uma grande surpresa. Essa elevação do futebol de Portugal se explica quando se vê o que o país fez no futebol de base entre o final da década de 1980 e o início da de 1990. Foram dois títulos mundiais sub-20: na Arábia Saudita, em 1989, e em casa, em 1991.
Na segunda taça, Figo era titular do time e vestia uma exótica camisa de número 3 no meio-campo. Fez um gol de pênalti na disputa que deu o título ao seu país na final contra o Brasil – um chute certeiro, forte, no ângulo esquerdo do arqueiro brasileiro Roger (ele mesmo, o eterno reserva). Com a campanha, Figo se tornou, ao lado de Rui Costa, João Pinto e outros, uma das estrelas de uma geração que revitalizava o futebol de Portugal. Três anos depois, por pouco não conquistou outro título: a seleção portuguesa foi vice-campeã do Europeu Sub-21, perdendo para a Itália por 1x0 na decisão. Como consolação, Figo foi eleito o melhor jogador do torneio. Seria o seu segundo título europeu na base: em 1986, foi campeão sub-16, fazendo um dos gols na decisão.
Vale ressaltar que ainda em 1991, no ano do título mundial, Figo estrearia na seleção principal portuguesa – e contra Luxemburgo, o mesmo país que Eusébio, “concorrente” do lisboeta na posição de melhor jogador da história de Portugal, enfrentou quando começou. A camisa vermelha acabou se tornando sinônimo de Luís Figo e com certa naturalidade ele se tornou o principal nome da seleção portuguesa. Foi titular nas Copas de 2002 e 2006, sendo que nessa última carregou a braçadeira de capitão.
Se por um lado Figo se consagrou como o principal ídolo do esporte português na década, e carrega fama de bom-moço corroborada por dar o seu nome a uma fundação que ajuda crianças carentes, por outro sua trajetória não se viu livre de polêmicas. A mais célebre ocorreu quando trocou o Barcelona pelo Real Madrid, em 2000. Sim, o futebol de hoje é profissional e já não é mais tão surpreendente ver um atleta saindo de um clube e indo para um rival. Mas é que Figo sempre se identificou muito com o Barça e até mesmo com a Catalunha, e por isso a “traição” ganhou contornos épicos. Na primeira vez que Figo foi a Barcelona para jogar pelo Real, foi alvo de uma perseguição ímpar pelos torcedores blaugranas, com direito a ver uma cabeça de porco sendo jogada ao seu lado.
Anos antes, outra transferência sua também foi motivo de barulho. Foi quando quis deixar o Sporting para ir a um gigante do continente. Os primeiros times que se interessaram pelo seu futebol foi a tradicional Juventus e o emergente Parma. Na dúvida de qual agremiação escolher, Figo optou por assinar contrato com as duas. Evidentemente que tal situação foi coibida pela Uefa e assim Figo não pôde ir para a Itália – e foi o que o acabou levando para a Espanha.
Mesmo na Internazionale, já menos alvo dos holofotes, Figo chegou a aprontar uma situação inusitada: recebeu proposta de um time árabe para encerrar a carreira no Oriente Médio, chegou a dar entrevistas como atleta do clube, mas na última hora, optou por permanecer na Itália.
Esses incidentes não abalam a reputação de Figo, que viveu seu maior momento na carreira quando foi eleito o melhor jogador do mundo em 2001. Hoje, aposentado dos gramados, Figo é dirigente da Inter. Uma saída honrosa para aquele que é – no mínimo – o segundo melhor jogador da história de Portugal.
Luis Figo
Nome completo: Luís Filipe Madeira Caeiro Figo
Data de nascimento: 04/11/1972
Local de nascimento: Lisboa, Portugal
Clubes que defendeu: Sporting, Barcelona, Real Madrid, Internazionale
Títulos: Eurocopa Sub-20 1991, Copa de Portugal 1995, Supercopa de Portugal 1995, Supercopa da Espanha (1996, 2001, 2003), Copa del Rey (1997, 1998), Campeonato Espanhol (1997-98, 1998-99, 2000-01, 2002-03, Supercopa da UEFA (1997, 2002), Liga dos Campeões da Uefa (2001-2002), Mundial de Clubes (2002), Supercopa da Itália (2005, 2006, 2008), Coppa Itália (2006), Campeonato Italiano (2005-06, 2006-07, 2007-08, 2008-09).
O primeiro clube que teve Luís Figo em suas fileiras foi o simpático Os Pastilhas, da Cova da Piedade, região onde o jovem morava. A primeira posição que pensou em ocupar foi a de zagueiro. Mas aos poucos a habilidade falou mais alto e os treinadores enxergavam que Figo teria mais sucesso se atuasse à frente. Não tardou muito para que Figo ingressasse nas equipes de base do Sporting, um dos gigantes de sua cidade. O clube alviverde é famoso por suas revelações da base e, naquele período final dos anos 1980, constituía-se como um dos melhores locais para que um garoto desse seus primeiros passos no futebol.
Em 1989, fez seu primeiro jogo pelo profissional do Sporting. Foi um dos principais jogadores do clube por todo o tempo que esteve lá – embora não tenha conseguido reverter o bom desempenho em títulos. A única taça que Figo levantou por lá foi a Copa de Portugal de 1994/5, quando o Sporting venceu o Marítimo na decisão, num dos últimos jogos de Figo pelo clube.
A ascensão da carreira de Figo se deu de maneira simultânea ao do próprio futebol português como um todo. Senão, vejamos: até a década de 1980, Portugal nada mais era do que um país de futebol medíocre e que se vangloriava à exaustão da campanha de 1966. Hoje, é uma seleção com duas participações seguidas na Copa, quatro na Eurocopa e que, caso não consiga se classificar para o Mundial da África do Sul, causará uma grande surpresa. Essa elevação do futebol de Portugal se explica quando se vê o que o país fez no futebol de base entre o final da década de 1980 e o início da de 1990. Foram dois títulos mundiais sub-20: na Arábia Saudita, em 1989, e em casa, em 1991.
Na segunda taça, Figo era titular do time e vestia uma exótica camisa de número 3 no meio-campo. Fez um gol de pênalti na disputa que deu o título ao seu país na final contra o Brasil – um chute certeiro, forte, no ângulo esquerdo do arqueiro brasileiro Roger (ele mesmo, o eterno reserva). Com a campanha, Figo se tornou, ao lado de Rui Costa, João Pinto e outros, uma das estrelas de uma geração que revitalizava o futebol de Portugal. Três anos depois, por pouco não conquistou outro título: a seleção portuguesa foi vice-campeã do Europeu Sub-21, perdendo para a Itália por 1x0 na decisão. Como consolação, Figo foi eleito o melhor jogador do torneio. Seria o seu segundo título europeu na base: em 1986, foi campeão sub-16, fazendo um dos gols na decisão.
Vale ressaltar que ainda em 1991, no ano do título mundial, Figo estrearia na seleção principal portuguesa – e contra Luxemburgo, o mesmo país que Eusébio, “concorrente” do lisboeta na posição de melhor jogador da história de Portugal, enfrentou quando começou. A camisa vermelha acabou se tornando sinônimo de Luís Figo e com certa naturalidade ele se tornou o principal nome da seleção portuguesa. Foi titular nas Copas de 2002 e 2006, sendo que nessa última carregou a braçadeira de capitão.
... mas o carinho logo se transformou em revolta quando o português trocou o time pelo rival merengue, onde assumiu a camisa 10 e foi campeão europeu (article)
Se por um lado Figo se consagrou como o principal ídolo do esporte português na década, e carrega fama de bom-moço corroborada por dar o seu nome a uma fundação que ajuda crianças carentes, por outro sua trajetória não se viu livre de polêmicas. A mais célebre ocorreu quando trocou o Barcelona pelo Real Madrid, em 2000. Sim, o futebol de hoje é profissional e já não é mais tão surpreendente ver um atleta saindo de um clube e indo para um rival. Mas é que Figo sempre se identificou muito com o Barça e até mesmo com a Catalunha, e por isso a “traição” ganhou contornos épicos. Na primeira vez que Figo foi a Barcelona para jogar pelo Real, foi alvo de uma perseguição ímpar pelos torcedores blaugranas, com direito a ver uma cabeça de porco sendo jogada ao seu lado.
Anos antes, outra transferência sua também foi motivo de barulho. Foi quando quis deixar o Sporting para ir a um gigante do continente. Os primeiros times que se interessaram pelo seu futebol foi a tradicional Juventus e o emergente Parma. Na dúvida de qual agremiação escolher, Figo optou por assinar contrato com as duas. Evidentemente que tal situação foi coibida pela Uefa e assim Figo não pôde ir para a Itália – e foi o que o acabou levando para a Espanha.
Mesmo na Internazionale, já menos alvo dos holofotes, Figo chegou a aprontar uma situação inusitada: recebeu proposta de um time árabe para encerrar a carreira no Oriente Médio, chegou a dar entrevistas como atleta do clube, mas na última hora, optou por permanecer na Itália.
Esses incidentes não abalam a reputação de Figo, que viveu seu maior momento na carreira quando foi eleito o melhor jogador do mundo em 2001. Hoje, aposentado dos gramados, Figo é dirigente da Inter. Uma saída honrosa para aquele que é – no mínimo – o segundo melhor jogador da história de Portugal.
Luis Figo
Nome completo: Luís Filipe Madeira Caeiro Figo
Data de nascimento: 04/11/1972
Local de nascimento: Lisboa, Portugal
Clubes que defendeu: Sporting, Barcelona, Real Madrid, Internazionale
Títulos: Eurocopa Sub-20 1991, Copa de Portugal 1995, Supercopa de Portugal 1995, Supercopa da Espanha (1996, 2001, 2003), Copa del Rey (1997, 1998), Campeonato Espanhol (1997-98, 1998-99, 2000-01, 2002-03, Supercopa da UEFA (1997, 2002), Liga dos Campeões da Uefa (2001-2002), Mundial de Clubes (2002), Supercopa da Itália (2005, 2006, 2008), Coppa Itália (2006), Campeonato Italiano (2005-06, 2006-07, 2007-08, 2008-09).
Cena clássica: http://www.youtube.com/watch?v=YlPJAmIv7Ig
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