Melhor jogador da partida, Marcelo marcou o único gol da importante vitória do Real Madrid em Barcelona (AP Photos)
Sim, há liga. A 23ª rodada marcou o tropeço do Barcelona em Gijón e a vitória do Real Madrid contra o Espanyol, fazendo a diferença cair para cinco pontos e mostrando que ainda há liga. Em outros jogos importantes, destaque para o bom jogo no Vicente Calderón entre Valencia e Atlético de Madrid, que perdeu e continua numa crise que já dura tempos. Confira o resumo da 23ª rodada.
Sporting Gijón 1x1 Barcelona
O Sporting Gijón está bem distante do título espanhol, bem distante da Champions League e bem distante da Liga Europa e sequer venceu, mas conseguiu um feito histórico neste sábado. A equipe até levou um golaço de David Villa, mas se segurou na retranca e arrancou um empate por 1 a 1 com o Barcelona, pondo fim ao recorde de 16 vitórias seguidas da equipe na liga. Para isso, todos os méritos ao técnico do time asturiano, Manolo Preciado. A estratégia do técnico deu certo e a equipe soube suportar a pressão exercida pelo Barcelona durante quase todo o segundo tempo.
Os rojiblancos começaram agredindo os blaugranas, e abriram o placar após bela jogada individual de Barral, e depois passaram a jogar atrás, chamando o Barcelona pro jogo sem o menor medo. Ironicamente, Preciado pode ter ajudado Mourinho, desafeto assumido seu. Outro problema que o Barcelona mostrou é perder pontos após datas fifas. Cinco dos sete pontos perdidos pelo Barcelona no torneio veio após a rodada internacional. Se o empate teve sabor de surpresa para boa parte dos críticos, para Guardiola já era esperado. O técnico catalão já havia destacado que o Sporting Gijón vive seu melhor momento na temporada e que os principais jogadores do Barcelona chegaram de seus compromissos com a seleção um pouco desgastado. Após a partida, Guardiola afirmou que esse time não é invencível.
Espanyol 0x1 Real Madrid
A torcida do Espanyol comemorou a expulsão de Casillas logo após o apito inicial. Com menos de dois minutos, Callejón foi lançado entre a zaga do Real, ganhou de Pepe na corrida e levou falta do goleiro, que saiu da área para tentar tirar a bola. O árbitro Matéu Lahoz entendeu que o capitão do Madrid era o último homem e deu cartão vermelho. José Mourinho então tirou o meia-atacante argentino Di María e colocou o goleiro Adán em campo (Kaká ficou no banco e não entrou em campo). O reserva de Casillas foi importante e fez defesas difíceis que ajudaram o Real a vencer no Cornella El Prat. Marcelo, indiscutivelmente o melhor jogador em campo, foi premiado com um belo gol ainda no primeiro tempo.
Quando o Espanyol parecia se aproveitar de ter um a mais e pressionava em busca do primeiro gol, Galán saiu jogando errado e a bola caiu nos pés de Özil. O turco-alemão tocou para Cristiano Ronaldo, que, rapidamente, acionou Marcelo. O brasileiro chegou a linha de fundo e, aparentemente sem ângulo, soltou a bomba para as redes de Kameni. A alta posse de bola e os contra-ataques bem montados do time de Pochettino, contudo, não deixaram o Real Madrid chegar com muito perigo e tornaram o Espanyol uma equipe indesejada. Após o apito final do árbitro, um gesto peculiar dos aficionados blanquiazul: os torcedores mostraram-se "contentes "com a derrota do time, mesmo sabendo que, com isso, o time deu praticamente adeus ao sonho de jogar a Champions.
Atlético de Madrid 1x2 Valencia
No começo da partida, parecia que a crise colchonera iria enfim acabar. Forlán brigou pela bola na lateral e pressionou Bruno, que acabou tocando errado para a entrada da área. Reyes, esperto, dominou a bola, deixou Stankevicius para trás e chutou com raiva no canto esquero de Guaita. Mas aí, a zaga voltou a falhar e tudo foi por água abaixo. Pablo fez boa jogada pelo meio, abriu para Alba na esquerda e o canterano cruzou à área. Perea, simplesmente, não cortou e a bola sobrou limpa para Joaquín empurrar para as redes. Antes da partida, porém, protestos da torcida rojiblanca. Um grupo de colchoneros encabeçado por Vicente Calderón Suárez, filho do mais vitorioso presidente que o Atlético de Madrid já teve, e que já havia demonstrado interesse em comprar o clube e reergue-lo, voltou a se manifestar. Desta vez pregando a redemocratização do clube.
Na segunda etapa, Forlán desperdiçou um pênalti e abriu um novo debate: por que mesmo contando com dois ótimos atacantes o ataque improduvito do Atlético de Madrid? Se os rojiblancos já passam por apuros na zagas, agora, mesmo contando com Forlán e Agüero, é no ataque. O uruguaio já não marca um tento há quatro partidas e Agüero, há seis. No final, Joaquín chegou ao seu doblete, após boa jogada de Pablo, e colocou mais fogo na crise do time de Manzanares. Se o ambiente rojiblanco está conturbado, o do Valencia é totalmente o oposto. O triunfo foi o sétimo nos últimos oito jogos, o que já não acontecia há nove temporadas. O time de Unai Emery agora se concentra na Champions, onde encara o Schalke 04 de Raúl na terça-feira.
Deportivo 1x0 Villarreal
Um irreconhecível Villarreal perdeu pela segunda vez consecutiva e deixou o terceiro lugar, que dá a vaga direta na Champions, ao Valencia. Os dois treinadores inovaram na escalação. Sem Rossi, Garrido aposta num 4-2-3-1, com Nilmar como única referência no ataque; enquanto Lotina manda a campo um inédito 4-3-3. A ferocidade dos três atacantes blanquiazules, principalmente de Adrián, foi o ponto principal para o resultado. No lado amarillo, nada a se elogiar. Nilmar continua fora de ritmo e a equipe sentiu muito a falta de Rossi, que se lesionou no compromisso com a seleção italiana no meio da semana. Marchena novamente falhou, assim como no jogo passado. O zagueirão, também fora de ritmo, deixou Lopo em condições, após passe de Tomás, e o zagueirão não desperdiçou. Garrido ainda recorreu a Marco Ruben no lugar de um apagado Cani, mudando para um 4-2-2-2, mas o Villarreal seguiu mal. O Deportivo começou a partida na zona de rebaixamento, mas conseguiu sair dela.
Málaga 2x2 Getafe
O Málaga segue decepcionando. Apesar de ter conseguido achar um gol no final após estar com uma desvantagem de dois gols, a má partida não pode apagar a euforia pelo ponto conquistado. O Getafe, muito incisivo, começou com tudo e, com 23', já havia marcado duas vezes, com Miku e Adrian Colunga. Com o resultado a favor, o Getafe aproveitou o nervosismo da equipe anfitriã para tentar aumentar mais a vantagem. Gavilán e Pedro Ríos, nos flancos, auxiliando Miku e Colunga davam trabalho em dobro à zaga malaguesa, que estava muito desordenada. No segundo tempo, as mudanças de Pelegrini fez efeito: o técnico colocou Seba, Portillo e Sandro Silva, tirando Camacho, Maresca e Fernández. Os três jogadores deram novo gás à equipe. O Getafe, por sua vez, não soube administrar a vantagem e deixou de matar a partida. Após o gol de Júlio Batista, de pênalti, Michel recuou o time. Mas de nada adiantou: após pressionar em busca do gol, Rondón, aos 48', achou o gol de empate, levando La Rosaleda ao delírio. Pelegrini, após o jogo, destacou que falta para essa equipe mais espírito e espera que a reação mude a dinâmica do time.
Racing Santander 3x2 Sevilla
No retorno de Marcelino Toral ao comando técnico do Racing Santander, uma vitória dos cantabrianos provando que troca de ares era necessário no time. A equipe demonstrou um futebol bem superior ao da época de Miguel Ángel Portugal e mesmo caindo de produção, após o gol de empate do Sevilla, não desistiu e foi em busca do gol da vitória, marcado por Aranda. Destaca-se a postura exercida por Marcelino no banco de reservas, que “jogou” junto com sua equipe e mostrou-se muito “nervoso” na sua volta à Cantábria. Péssima partida de Palop, que falhou em dois gols. No último, aliás, saiu de forma desesperado do gol e acabou sendo encobrido por Arana.
Sporting Gijón 1x1 Barcelona
O Sporting Gijón está bem distante do título espanhol, bem distante da Champions League e bem distante da Liga Europa e sequer venceu, mas conseguiu um feito histórico neste sábado. A equipe até levou um golaço de David Villa, mas se segurou na retranca e arrancou um empate por 1 a 1 com o Barcelona, pondo fim ao recorde de 16 vitórias seguidas da equipe na liga. Para isso, todos os méritos ao técnico do time asturiano, Manolo Preciado. A estratégia do técnico deu certo e a equipe soube suportar a pressão exercida pelo Barcelona durante quase todo o segundo tempo.
Os rojiblancos começaram agredindo os blaugranas, e abriram o placar após bela jogada individual de Barral, e depois passaram a jogar atrás, chamando o Barcelona pro jogo sem o menor medo. Ironicamente, Preciado pode ter ajudado Mourinho, desafeto assumido seu. Outro problema que o Barcelona mostrou é perder pontos após datas fifas. Cinco dos sete pontos perdidos pelo Barcelona no torneio veio após a rodada internacional. Se o empate teve sabor de surpresa para boa parte dos críticos, para Guardiola já era esperado. O técnico catalão já havia destacado que o Sporting Gijón vive seu melhor momento na temporada e que os principais jogadores do Barcelona chegaram de seus compromissos com a seleção um pouco desgastado. Após a partida, Guardiola afirmou que esse time não é invencível.
Espanyol 0x1 Real Madrid
A torcida do Espanyol comemorou a expulsão de Casillas logo após o apito inicial. Com menos de dois minutos, Callejón foi lançado entre a zaga do Real, ganhou de Pepe na corrida e levou falta do goleiro, que saiu da área para tentar tirar a bola. O árbitro Matéu Lahoz entendeu que o capitão do Madrid era o último homem e deu cartão vermelho. José Mourinho então tirou o meia-atacante argentino Di María e colocou o goleiro Adán em campo (Kaká ficou no banco e não entrou em campo). O reserva de Casillas foi importante e fez defesas difíceis que ajudaram o Real a vencer no Cornella El Prat. Marcelo, indiscutivelmente o melhor jogador em campo, foi premiado com um belo gol ainda no primeiro tempo.
Quando o Espanyol parecia se aproveitar de ter um a mais e pressionava em busca do primeiro gol, Galán saiu jogando errado e a bola caiu nos pés de Özil. O turco-alemão tocou para Cristiano Ronaldo, que, rapidamente, acionou Marcelo. O brasileiro chegou a linha de fundo e, aparentemente sem ângulo, soltou a bomba para as redes de Kameni. A alta posse de bola e os contra-ataques bem montados do time de Pochettino, contudo, não deixaram o Real Madrid chegar com muito perigo e tornaram o Espanyol uma equipe indesejada. Após o apito final do árbitro, um gesto peculiar dos aficionados blanquiazul: os torcedores mostraram-se "contentes "com a derrota do time, mesmo sabendo que, com isso, o time deu praticamente adeus ao sonho de jogar a Champions.
Atlético de Madrid 1x2 Valencia
No começo da partida, parecia que a crise colchonera iria enfim acabar. Forlán brigou pela bola na lateral e pressionou Bruno, que acabou tocando errado para a entrada da área. Reyes, esperto, dominou a bola, deixou Stankevicius para trás e chutou com raiva no canto esquero de Guaita. Mas aí, a zaga voltou a falhar e tudo foi por água abaixo. Pablo fez boa jogada pelo meio, abriu para Alba na esquerda e o canterano cruzou à área. Perea, simplesmente, não cortou e a bola sobrou limpa para Joaquín empurrar para as redes. Antes da partida, porém, protestos da torcida rojiblanca. Um grupo de colchoneros encabeçado por Vicente Calderón Suárez, filho do mais vitorioso presidente que o Atlético de Madrid já teve, e que já havia demonstrado interesse em comprar o clube e reergue-lo, voltou a se manifestar. Desta vez pregando a redemocratização do clube.
Na segunda etapa, Forlán desperdiçou um pênalti e abriu um novo debate: por que mesmo contando com dois ótimos atacantes o ataque improduvito do Atlético de Madrid? Se os rojiblancos já passam por apuros na zagas, agora, mesmo contando com Forlán e Agüero, é no ataque. O uruguaio já não marca um tento há quatro partidas e Agüero, há seis. No final, Joaquín chegou ao seu doblete, após boa jogada de Pablo, e colocou mais fogo na crise do time de Manzanares. Se o ambiente rojiblanco está conturbado, o do Valencia é totalmente o oposto. O triunfo foi o sétimo nos últimos oito jogos, o que já não acontecia há nove temporadas. O time de Unai Emery agora se concentra na Champions, onde encara o Schalke 04 de Raúl na terça-feira.
Deportivo 1x0 Villarreal
Um irreconhecível Villarreal perdeu pela segunda vez consecutiva e deixou o terceiro lugar, que dá a vaga direta na Champions, ao Valencia. Os dois treinadores inovaram na escalação. Sem Rossi, Garrido aposta num 4-2-3-1, com Nilmar como única referência no ataque; enquanto Lotina manda a campo um inédito 4-3-3. A ferocidade dos três atacantes blanquiazules, principalmente de Adrián, foi o ponto principal para o resultado. No lado amarillo, nada a se elogiar. Nilmar continua fora de ritmo e a equipe sentiu muito a falta de Rossi, que se lesionou no compromisso com a seleção italiana no meio da semana. Marchena novamente falhou, assim como no jogo passado. O zagueirão, também fora de ritmo, deixou Lopo em condições, após passe de Tomás, e o zagueirão não desperdiçou. Garrido ainda recorreu a Marco Ruben no lugar de um apagado Cani, mudando para um 4-2-2-2, mas o Villarreal seguiu mal. O Deportivo começou a partida na zona de rebaixamento, mas conseguiu sair dela.
Málaga 2x2 Getafe
O Málaga segue decepcionando. Apesar de ter conseguido achar um gol no final após estar com uma desvantagem de dois gols, a má partida não pode apagar a euforia pelo ponto conquistado. O Getafe, muito incisivo, começou com tudo e, com 23', já havia marcado duas vezes, com Miku e Adrian Colunga. Com o resultado a favor, o Getafe aproveitou o nervosismo da equipe anfitriã para tentar aumentar mais a vantagem. Gavilán e Pedro Ríos, nos flancos, auxiliando Miku e Colunga davam trabalho em dobro à zaga malaguesa, que estava muito desordenada. No segundo tempo, as mudanças de Pelegrini fez efeito: o técnico colocou Seba, Portillo e Sandro Silva, tirando Camacho, Maresca e Fernández. Os três jogadores deram novo gás à equipe. O Getafe, por sua vez, não soube administrar a vantagem e deixou de matar a partida. Após o gol de Júlio Batista, de pênalti, Michel recuou o time. Mas de nada adiantou: após pressionar em busca do gol, Rondón, aos 48', achou o gol de empate, levando La Rosaleda ao delírio. Pelegrini, após o jogo, destacou que falta para essa equipe mais espírito e espera que a reação mude a dinâmica do time.
Racing Santander 3x2 Sevilla
No retorno de Marcelino Toral ao comando técnico do Racing Santander, uma vitória dos cantabrianos provando que troca de ares era necessário no time. A equipe demonstrou um futebol bem superior ao da época de Miguel Ángel Portugal e mesmo caindo de produção, após o gol de empate do Sevilla, não desistiu e foi em busca do gol da vitória, marcado por Aranda. Destaca-se a postura exercida por Marcelino no banco de reservas, que “jogou” junto com sua equipe e mostrou-se muito “nervoso” na sua volta à Cantábria. Péssima partida de Palop, que falhou em dois gols. No último, aliás, saiu de forma desesperado do gol e acabou sendo encobrido por Arana.
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