Benzema entrou em campo, aplaudido, e, no primeiro toque na bola, marcou o primeiro gol da história do Real Madrid em Lyon (AP Photos)
Texto de Filipe Papini, do Brasil Lyonnais
Depois de muito tempo aguardando, eis que Lyon e Real Madrid finalmente se encontram novamente. O duelo tão aguardado pelos dois times, finalmente estava prestes a acontecer no Stade Gerland. O clube espanhol tinha uma missão: tentar fazer um bom resultado em casa e evitar de tomar gols, uma vez que sua vantagem em casa é enorme sobre o comando de Mou. Por outro lado, o Lyon buscava um jogo no ataque para tentar liquidar a partida na primeira rodada e arrancar um empate no segundo duelo, assim como fez na temporada passada.
O time de Puel entrou sem segredos. Algumas alterações táticas e nada mais, além disso. O responsável por substituir Licha, acabou sendo mesmo Delgado. No setor defensivo, Réveillère atuava quase como um zagueiro, evitando as jogadas individuais de Cristiano Ronaldo. Toulalan ficava na sobra. No lado de Mourinho, ele realmente entrou com certa cautela. Decidiu por colocar Marcelo no banco e entrou com Arbeloa, responsável por segurar as subidas de Bastos. Kaká e Benzema também começaram o duelo no banco. O técnico português contava com seus homens de frente para fazer a diferença com a bola no pé.
Logo nos primeiros 10’, o Lyon mostrava que procurava fazer valer sua vantagem. César Delgado, em jogada pela ponta direita, sofreu falta de Sérgio Ramos. Era o primeiro amarelo do jogo. Na cobrança, Gourcuff cobrou e a zaga afastou. No bate-rebate, Cris emendou e quase marcou de bicicleta. Com um jogador amarelado, Puel fez questão de inverter Michel Bastos. Agora ele caia pelo lado esquerdo, na tentativa de forçar jogadas em cima de Ramos. O Lyon era ligeiramente melhor em campo e mais organizada no meio. Enquanto o Real Madrid esperava um erro para agilizar um contra-golpe em rapidez. Aos 25’, do primeiro tempo, o goleiro Lloris não tinha sequer encostado na bola, enquanto Casillas teve que trabalhar em algumas oportunidades.
A primeira boa chance dos Merengues surgiu só aos 31’, quando Cristiano Ronaldo cobrou falta da intermediária, mas ainda sim, Lloris defendeu com certa tranqüilidade. A partir daí, o Real começava a gostar do jogo e já tomava espaços na defesa do OL. Mas ainda assim, o jogo tomava proporções emocionantes. Aos 34’, foi a vez do Lyon ligar seu contra-ataque e chegar na velocidade de Bastos. No lançamento pra área, o brasileiro não achou ninguém, mas Casillas saiu errado e entregou nos pés de Gomis. No entanto, o centro-avante francês errou por muito e chutou de maneira bisonha.
No fim do primeiro tempo, o Real Madrid até conseguiu criar algumas coisas, principalmente com Di Maria e Adebayor, que se movimentavam bastante. Cristiano Ronaldo e Özil tiveram uma primeira etapa bastante apagada, não por apatia, mas sim por estarem muito bem marcados. Definitivamente o Lyon poderia ter saído do primeiro tempo com a vitória. Não o fez por falta de capricho e algumas vaciladas do ataque, mas certamente jogou mais bola que o time de Mourinho.
No intervalo, parece que o professor Mou deu uma dura em sua turma. O Madrid voltava melhor do que foi na primeira etapa. Logo aos 48’, após vacilada de Michel Bastos, Di María roubou-lhe a bola pela direita e sofreu falta. Amarelo para o brasileiro, que fica suspenso para o jogo de volta. Na cobrança, Cristiano Ronaldo tentou cruzar, mas acabou acertando a segunda trave de Lloris. A bola já tinha passado por todo mundo. No lance seguinte, a segunda bola no travessão. Dessa vez foi Sérgio Ramos quem quase abateu Lloris, após bom cruzamento de Özil. Aos 64’, Karim Benzema, muito aplaudido pelos torcedores no Gerland, entra em campo no lugar de Adebayor. Em seu primeiro lance, em um misto de raça com a qualidade do ataque, o francês, ex-jogador do Lyon, abre o placar em um belo lance dentro da área. Deixou metade da defesa adversária no chão e marcou com a bola chorando para não entrar. Acaso do destino. O bom filho marcou contra seu progenitor. Real Madrid 1 a 0.
O placar era reflexo da competência que faltou ao Lyon. Se no primeiro tempo o time de Puel não teve a capacidade de fazer, enquanto jogava melhor, o time de Mourinho fez isso no segundo tempo e ainda assim buscava o segundo. A entrada de Benzema permitiu o time Merengue jogar com mais tranqüilidade. Mou trocou Khedira por Lass e posteriormente Marcelo por Özil. A alternativa de Puel foi fazer duas trocas ao mesmo tempo. Jérémy Pied e Jimmy Briand entraram nos lugares de Michel Bastos – que já não jogava tão bem como no início – e César Delgado. Cinco minutos depois, foi a vez de Källström deixar o campo para a entrada de Pjanic. Puel arriscava e buscava um jogo mais avançado, tentando quebrar a barreira defensiva que Mourinho armou. Aos 82’, tudo parecia estar perdido, o Lyon arrumou uma falta na intermediária. Gourcuff foi pra cobrança, enquanto Claude Puel pedia o time quase que inteiro na área. Na área, Cris escorou de cabeça e entregou nos pés de Bafé Gomis, que só teve o trabalho de empurrar. Era o Lyon empatando o jogo, em casa, para o delírio de sua torcida.
Após o gol do OL, o time cresceu em campo. Jogava na base do abafa e dos passes longos. Até conseguiu criar algumas jogadas, mas os ataques puxados por Briand e Pied não tinham qualidade para chegar até a meta de Casillas. Mas ainda assim, o Lyon pressionou até o último instante da partida.
O resultado foi justo pelo contexto geral da partida. Os Gones até poderiam ter marcado no primeiro tempo e não soube fazer isto. Já o Real, conseguiu, mas cochilou no momento do gol adversário. Mourinho provavelmente saiu satisfeito com o empate, e Puel também, uma vez que, nas atuais circunstâncias, o resultado foi até favorável pelo que o time apresentava na segunda etapa. Sem Michel Bastos e com Lisandro em dúvida, o OL perde muito em seu setor ofensivo. É preciso colocar os preparadores fiscos em observação especial a Ederson, para ver se colocam o brasileiro para atuar no jogo de volta, que promete também ser pegado.
Lyon 1x1 Real Madrid
Lyon: Lloris; Reveillere, Cris, Lovren e Cissokho; Toulalan, Gourcuff e Kallstrom (Pjanic); Michel Bastos (Briand), César Delgado (Pied) e Gomis.
Real Madrid: Casillas; Sérgio Ramos, Pepe, Ricardo Carvalho e Arbeloa; Xabi Alonso, Khedira (Lass Diarra), Di María, Özil (Marcelo) e Cristiano Ronaldo; Adebayor (Benzema).
Árbitro: Wolfgang Stark (ALE)
Cartões Amarelos: Cris, Michel Bastos e Pied (Lyon); Sérgio Ramos, Di María e Casillas (Real)
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Depois de muito tempo aguardando, eis que Lyon e Real Madrid finalmente se encontram novamente. O duelo tão aguardado pelos dois times, finalmente estava prestes a acontecer no Stade Gerland. O clube espanhol tinha uma missão: tentar fazer um bom resultado em casa e evitar de tomar gols, uma vez que sua vantagem em casa é enorme sobre o comando de Mou. Por outro lado, o Lyon buscava um jogo no ataque para tentar liquidar a partida na primeira rodada e arrancar um empate no segundo duelo, assim como fez na temporada passada.
O time de Puel entrou sem segredos. Algumas alterações táticas e nada mais, além disso. O responsável por substituir Licha, acabou sendo mesmo Delgado. No setor defensivo, Réveillère atuava quase como um zagueiro, evitando as jogadas individuais de Cristiano Ronaldo. Toulalan ficava na sobra. No lado de Mourinho, ele realmente entrou com certa cautela. Decidiu por colocar Marcelo no banco e entrou com Arbeloa, responsável por segurar as subidas de Bastos. Kaká e Benzema também começaram o duelo no banco. O técnico português contava com seus homens de frente para fazer a diferença com a bola no pé.
Logo nos primeiros 10’, o Lyon mostrava que procurava fazer valer sua vantagem. César Delgado, em jogada pela ponta direita, sofreu falta de Sérgio Ramos. Era o primeiro amarelo do jogo. Na cobrança, Gourcuff cobrou e a zaga afastou. No bate-rebate, Cris emendou e quase marcou de bicicleta. Com um jogador amarelado, Puel fez questão de inverter Michel Bastos. Agora ele caia pelo lado esquerdo, na tentativa de forçar jogadas em cima de Ramos. O Lyon era ligeiramente melhor em campo e mais organizada no meio. Enquanto o Real Madrid esperava um erro para agilizar um contra-golpe em rapidez. Aos 25’, do primeiro tempo, o goleiro Lloris não tinha sequer encostado na bola, enquanto Casillas teve que trabalhar em algumas oportunidades.
A primeira boa chance dos Merengues surgiu só aos 31’, quando Cristiano Ronaldo cobrou falta da intermediária, mas ainda sim, Lloris defendeu com certa tranqüilidade. A partir daí, o Real começava a gostar do jogo e já tomava espaços na defesa do OL. Mas ainda assim, o jogo tomava proporções emocionantes. Aos 34’, foi a vez do Lyon ligar seu contra-ataque e chegar na velocidade de Bastos. No lançamento pra área, o brasileiro não achou ninguém, mas Casillas saiu errado e entregou nos pés de Gomis. No entanto, o centro-avante francês errou por muito e chutou de maneira bisonha.
No fim do primeiro tempo, o Real Madrid até conseguiu criar algumas coisas, principalmente com Di Maria e Adebayor, que se movimentavam bastante. Cristiano Ronaldo e Özil tiveram uma primeira etapa bastante apagada, não por apatia, mas sim por estarem muito bem marcados. Definitivamente o Lyon poderia ter saído do primeiro tempo com a vitória. Não o fez por falta de capricho e algumas vaciladas do ataque, mas certamente jogou mais bola que o time de Mourinho.
No intervalo, parece que o professor Mou deu uma dura em sua turma. O Madrid voltava melhor do que foi na primeira etapa. Logo aos 48’, após vacilada de Michel Bastos, Di María roubou-lhe a bola pela direita e sofreu falta. Amarelo para o brasileiro, que fica suspenso para o jogo de volta. Na cobrança, Cristiano Ronaldo tentou cruzar, mas acabou acertando a segunda trave de Lloris. A bola já tinha passado por todo mundo. No lance seguinte, a segunda bola no travessão. Dessa vez foi Sérgio Ramos quem quase abateu Lloris, após bom cruzamento de Özil. Aos 64’, Karim Benzema, muito aplaudido pelos torcedores no Gerland, entra em campo no lugar de Adebayor. Em seu primeiro lance, em um misto de raça com a qualidade do ataque, o francês, ex-jogador do Lyon, abre o placar em um belo lance dentro da área. Deixou metade da defesa adversária no chão e marcou com a bola chorando para não entrar. Acaso do destino. O bom filho marcou contra seu progenitor. Real Madrid 1 a 0.
O placar era reflexo da competência que faltou ao Lyon. Se no primeiro tempo o time de Puel não teve a capacidade de fazer, enquanto jogava melhor, o time de Mourinho fez isso no segundo tempo e ainda assim buscava o segundo. A entrada de Benzema permitiu o time Merengue jogar com mais tranqüilidade. Mou trocou Khedira por Lass e posteriormente Marcelo por Özil. A alternativa de Puel foi fazer duas trocas ao mesmo tempo. Jérémy Pied e Jimmy Briand entraram nos lugares de Michel Bastos – que já não jogava tão bem como no início – e César Delgado. Cinco minutos depois, foi a vez de Källström deixar o campo para a entrada de Pjanic. Puel arriscava e buscava um jogo mais avançado, tentando quebrar a barreira defensiva que Mourinho armou. Aos 82’, tudo parecia estar perdido, o Lyon arrumou uma falta na intermediária. Gourcuff foi pra cobrança, enquanto Claude Puel pedia o time quase que inteiro na área. Na área, Cris escorou de cabeça e entregou nos pés de Bafé Gomis, que só teve o trabalho de empurrar. Era o Lyon empatando o jogo, em casa, para o delírio de sua torcida.
Após o gol do OL, o time cresceu em campo. Jogava na base do abafa e dos passes longos. Até conseguiu criar algumas jogadas, mas os ataques puxados por Briand e Pied não tinham qualidade para chegar até a meta de Casillas. Mas ainda assim, o Lyon pressionou até o último instante da partida.
O resultado foi justo pelo contexto geral da partida. Os Gones até poderiam ter marcado no primeiro tempo e não soube fazer isto. Já o Real, conseguiu, mas cochilou no momento do gol adversário. Mourinho provavelmente saiu satisfeito com o empate, e Puel também, uma vez que, nas atuais circunstâncias, o resultado foi até favorável pelo que o time apresentava na segunda etapa. Sem Michel Bastos e com Lisandro em dúvida, o OL perde muito em seu setor ofensivo. É preciso colocar os preparadores fiscos em observação especial a Ederson, para ver se colocam o brasileiro para atuar no jogo de volta, que promete também ser pegado.
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Lyon: Lloris; Reveillere, Cris, Lovren e Cissokho; Toulalan, Gourcuff e Kallstrom (Pjanic); Michel Bastos (Briand), César Delgado (Pied) e Gomis.
Real Madrid: Casillas; Sérgio Ramos, Pepe, Ricardo Carvalho e Arbeloa; Xabi Alonso, Khedira (Lass Diarra), Di María, Özil (Marcelo) e Cristiano Ronaldo; Adebayor (Benzema).
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Hoje o Real Madrid foi muito mal no primeiro tempo graças as más partidas de Özil e Xabi Alonso, que são os "fantasistas" da equipe, mas estiveram muito bem marcado. No segundo tempo, os dois acordaram (principalmente o espanhol) e foi o caminho da vitória merengue. Porém, Sergio Ramos, péssimo na partida, deixou Cris ganhar no alto e Gomis, livre, não falhou. O resultado é bom, mas no Bernabéu não pode vacilar, como na temporada passada.
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