quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Menos um espanhol

O Sevilla crescia na partida, mas Alexis jogou tudo por água abaixo (demotix images)

Nos dois jogos envolvendos equipes espanholas na Liga Europa, apenas um sobreviveu: o Villarreal venceu heróicamente de virada o Napoli, no El Madrigal, e manteve vivo o sonho de conquistar seu primeiro título em sua curta história. O Sevilla, por sua vez, deu "adeus" à temporada após vencer o Porto em Portugal por 1 a 0, mas ser eliminado no critério de desempate (havia sofrido dois gols na Andaluzia).

No estádio do Dragão, mesmo necessitando da vitória por dois gols de diferença, Manzano surpreendeu em sua escalação: preferiu ir a campo com um esquisitíssimo 4-2-3-1, com Kanouté fazendo o papel de enganche e Negredo como o atacante de referência. Escalado no 4-3-3, com Hulk e Varela aberto pelos lados do campo, o Porto comandou as ações durante boa parte do jogo, à exceção dos últimos vinte minutos, quando Luis Fabiano abrira o placar e o Sevilla passara a acreditar na classificação.

Após ter sua vida infernizado por Hulk durante o primeiro tempo inteiro, Sergio Sánchez deu lugar ao Fabuloso em uma troca de "tudo ou nada" de Manzano. O brasileiro mostrou por que foi uma opção para lá de infeliz de Gregório colocá-lo no banco em um jogo decisivo: o brasileiro recebeu bom passe de Negredo, livrou-se de Otamendi e bateu firme à meta de Helton paraabrir o placar para o Nervionenses. Após o tento, tudo parecia conspirar a favor dos rojiblancos da Andaluzia, com a expulsão de Álvaro Pereira, mas Alexis colocou tudo por água abaixo: após cometer falta boba em Hulk, o ex-Valencia recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, justamente no momento em que o Sevilla pressionava em busca do gol da classificação.

Nos minutos finais, Hulk, principalmente, e Guarín tiveram duas ótimas oportunidades de matar a classificação, mas pararam nas mãos de Javi Varas, o melhor em campo. O canterano vai sendo essencial na ausência de Palop e, a cada jogo, vai ganhando a confiança de Manzano e dos aficionados. Agora, resta ao Sevilla concentrar suas forças na Liga BBVA, onde a equipe terá um duelo decisivo nesta semana: encara o Atlético de Madrid no Vicente Calderón, em jogo que pode definir uma das três vagas para a próxima Liga Europa.

No El Madrigal...

Nilmar marcou seu primeiro tento em 2011 e o Villarreal conseguiu uma virada histórica ante o Napoli (AP Photos)

... o Villarreal sai atrás do marcador, mas, na raça, foi atrás do resultado e virou a partida, garantido vaga nas oitavas-de-finais da competição europeia. Jogando no 4-4-2 com dois meias abertos pelo flancos, ao invés de um meio-campista a rombo, como vem jogando em boa parte na temporada, os amarillos começaram impondo muita velocidade pelos lados.

Aos 15', porém, um verdadeiro banho de água frio nos aficionados castellonenses: Hamsik apareceu sozinho dentro da área, mergulhou de cabeça e fez 1 a 0 para o Napoli. Em êxtase, os tifosi napolitanos exageraram na celebração e acabaram caindo um sobre os outros derrubando o pequeno alambrado do estádio El Madrigal que os separavam do gramado. De acordo com relatos da imprensa europeia, alguns torcedores se feriram, sendo rapidamente atendidos por médicos e encaminhados a hospitais.

Ainda no primeiro tempo, orquestrados por um mágico Borja Valero, aos 43', Nilmar aproveitou bobeada de Cribari e empatou a partida, marcando seu primeiro tento em 2011. A igualdade no placar colocou fogo na partida, já que os napolitanos seguiam com a classificação em mãos, mas apenas pelos gols marcados fora de casa. A esperança, porém, foi dizimada logo em seguida, aos 45', pelo italiano Rossi. Com 2 a 1 no placar, o Villarreal aproveitou a esfriada do intervalo para tomar as rédeas da partida.

No retorno para a etapa final, mesmo com o apoio de sua torcida, o Villarreal não conseguiu impor seu futebol e sofreu uma forte pressão do Napoli, que acertou a trave espanhola em quatro oportunidades. Após segurar o resultado, o Submarino Amarelo conseguiu avançar de fase e terá pela frente o Bayer Leverkusen nas oitavas.

Um comentário:

  1. É, Sevilla, que temporada catastrófica... e, quem diria, os portugueses foram os pesadelos.

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