No Levante, todos são unidos. Disposto a fazer história, o clube de Valencia é a sensação da temporada e quer uma vaga na próxima Liga dos Campeões (reuters)
Se, antes da temporada começar, alguém pedisse para um amigo adivinhar um time que estaria, com quase um turno de Liga BBVA já disputada, em quarto lugar, com trinta pontos e a quatro do terceiro colocado, essa pessoa citaria, certamente (excluindo Real Madrid, Barcelona e Valencia), Sevilla, Athletic Bilbao, Atlético de Madrid, Villarreal e até mesmo o Málaga. Mas, quebrando todos os tipos de prognósticos possíveis, atualmente quem ocupa este lugar da tabela é o Levante, pequeno clube da cidade de Valencia. Fundado em 1909, em homenagem a uma praia da cidade que possuia o nome Levante, o clube é pioneiro na introdução do futebol profissional na região da Comunidade Valenciana. O único título relevante em 101 anos do clube foi uma Liga Adelante na temporada 2003/2004.
Por todos esses fatores, surpreende o fato do Levante ocupar a zona de Liga dos Campeões, competição no qual nunca disputou. Com seis pontos à frente do quinto colocado Osasuna, outro que também surpreende, os granotes, momentaneamente, têm chances reais de se classificarem pela primeira vez em sua história a uma competição europeia. Na verdade, a campanha tinha tudo para dar errado, por dois fatores em especial. O ex-treinador Luis García Plaza, responsável pela boa temporada em 2010/2011, havia se transferido para o Getafe e o artilheiro Caicedo, principal jogador da equipe nas duas últimas temporadas, se transferiu para o futebol russo para fazer caixa ao clube.
Porém, seis meses depois, o Levante é, até aqui, a sensação da temporada. E desde a primeira rodada, quando estreou batendo o Rayo Vallecano por 2 a 1 em Madrid. Depois, engatou uma sequência de cinco vitórias consecutivas, incluindo uma ante o Real Madrid, o que valeu a liderança da Liga Espanhola, algo inédito na história do clube. E se desde a primeira rodada dizem que a equipe possui prazo de validade, a verdade é que até agora esse prazo não se esgotou. O sucesso inicial desse Levante mostra uma grande adaptação às limitações da equipe. A base é formada por jogadores veteranos que não tinham muito espaço em equipes maiores. O orçamento do clube é pouco superior a 20 milhões de euros, menos do que se gastou nas transferências de jogadores como Alexis Sánchez, Cesc Fàbregas e Fábio Coentrão. Só o salário de um Messi ou Cristiano Ronaldo paga a folha salarial dos 25 jogadores do Levante.
A chave do sucesso da equipé é o técnico Juan Ignácio Martínez. Elogiado publicamente por treinadores do naipe de José Mourinho e Josep Guardiola, o espanhol vem se destacando por tirar leite de pedra de um elenco limitado. Enquanto a maioria dos treinadores de clubes pequenos limitam-se a impor um estilo de jogo defensivo, Martínez faz justamente ao contrário. Na frente, o time faz o básico: contra-ataques e bola parada. Apesar do estilo de jogo voltado ao ataque, a defesa é a quarta menos vazada da competição, com 19 gols. A exemplo de comparação, a defesa merengue, segunda melhor da competição, sofreu 16 gols. O ataque, terceiro melhor da Liga, também cumpre bem seu papel: são 27 gols. Nesse ponto, é difícil comparar com os de Real Madrid (61) e Barcelona (51).
Esses números fazem com que a campanha atual do Levante seja muito parecida com a de um pequeno clube que conseguiu terminar entre os quatro primeiros colocados e , consequentemente, copou uma vaga na Champions League: o Osasuna. Na temporada 2005/2006, os rojillos fizeram um primeiro turno sensacional. Em 19 jogos, foram incríveis 13 vitórias, o que valeu o vice-campeonato de inverno. No segundo turno, à época, aconteceu o esperado e a equipe caiu de produção. Porém, graças ao primeiro semestre, a equipe de Navarra conseguiu a sonhada e histórica classificação à principal competição do velho continente. Foram 68 pontos, um a menos que o terceiro colocado Valencia e dois a menos que o segundo colocado Real Madrid. A equipe também se destacou por quebrar uma sequência de 14 vitórias consecutivas do campeão Barcelona, derrotando-o no Reyno de Navarra por 2 a 1.
Otimismo e confiança são as palavra que soam no Ciutat de Valencia. Times como Málaga, Sevilla, Athletic Bilbao e até mesmo Atlético de Madrid possuem elencos mais homegêneos e qualificados para suportarem mais um turno de Liga BBVA e eliminar o Levante da zona de LC. Martínez tem total consciência disso, ao mesmo tempo em que sabe das qualidades de sua equipe e tenta aprimorá-las. É certamente uma tarefa difícil, mas não impossível para quem vem superando todas as expectativas até o momento.
Enquanto isso, na Copa do Rei...
... o Levante segue vivo. Após perder o jogo de ida contra o Alcorcón por 2 a 1, os azulgrenás do leste espanhol avançaram com facilidades: 4 a 0 no Ciutat de Valencia. Barkero, um dos destaques da equipe na temporada, foi o nome do duelo. Marcou o primeiro gol e originou o segundo, marcado por Roger, canterano que começa a se destacar. Principal nome da filial, Levante B, na terceira divisão, o meio-campista, que atua pela esquerda, começou pela primeira vez como titular na equipe A e ganhou moral com Martínez e a torcida. Iborra e Suárez completaram a goleada. O próximo desafio será complicado: o temido e rival Valencia, que já o derrotou na temporada. Ignácio Martínez já afirmou que a prioridade do Levante no momento é a Liga, mas quando se tem um dérbi na Copa a aura de competição fala mais alto.
Por todos esses fatores, surpreende o fato do Levante ocupar a zona de Liga dos Campeões, competição no qual nunca disputou. Com seis pontos à frente do quinto colocado Osasuna, outro que também surpreende, os granotes, momentaneamente, têm chances reais de se classificarem pela primeira vez em sua história a uma competição europeia. Na verdade, a campanha tinha tudo para dar errado, por dois fatores em especial. O ex-treinador Luis García Plaza, responsável pela boa temporada em 2010/2011, havia se transferido para o Getafe e o artilheiro Caicedo, principal jogador da equipe nas duas últimas temporadas, se transferiu para o futebol russo para fazer caixa ao clube.
Porém, seis meses depois, o Levante é, até aqui, a sensação da temporada. E desde a primeira rodada, quando estreou batendo o Rayo Vallecano por 2 a 1 em Madrid. Depois, engatou uma sequência de cinco vitórias consecutivas, incluindo uma ante o Real Madrid, o que valeu a liderança da Liga Espanhola, algo inédito na história do clube. E se desde a primeira rodada dizem que a equipe possui prazo de validade, a verdade é que até agora esse prazo não se esgotou. O sucesso inicial desse Levante mostra uma grande adaptação às limitações da equipe. A base é formada por jogadores veteranos que não tinham muito espaço em equipes maiores. O orçamento do clube é pouco superior a 20 milhões de euros, menos do que se gastou nas transferências de jogadores como Alexis Sánchez, Cesc Fàbregas e Fábio Coentrão. Só o salário de um Messi ou Cristiano Ronaldo paga a folha salarial dos 25 jogadores do Levante.
A chave do sucesso da equipé é o técnico Juan Ignácio Martínez. Elogiado publicamente por treinadores do naipe de José Mourinho e Josep Guardiola, o espanhol vem se destacando por tirar leite de pedra de um elenco limitado. Enquanto a maioria dos treinadores de clubes pequenos limitam-se a impor um estilo de jogo defensivo, Martínez faz justamente ao contrário. Na frente, o time faz o básico: contra-ataques e bola parada. Apesar do estilo de jogo voltado ao ataque, a defesa é a quarta menos vazada da competição, com 19 gols. A exemplo de comparação, a defesa merengue, segunda melhor da competição, sofreu 16 gols. O ataque, terceiro melhor da Liga, também cumpre bem seu papel: são 27 gols. Nesse ponto, é difícil comparar com os de Real Madrid (61) e Barcelona (51).
Esses números fazem com que a campanha atual do Levante seja muito parecida com a de um pequeno clube que conseguiu terminar entre os quatro primeiros colocados e , consequentemente, copou uma vaga na Champions League: o Osasuna. Na temporada 2005/2006, os rojillos fizeram um primeiro turno sensacional. Em 19 jogos, foram incríveis 13 vitórias, o que valeu o vice-campeonato de inverno. No segundo turno, à época, aconteceu o esperado e a equipe caiu de produção. Porém, graças ao primeiro semestre, a equipe de Navarra conseguiu a sonhada e histórica classificação à principal competição do velho continente. Foram 68 pontos, um a menos que o terceiro colocado Valencia e dois a menos que o segundo colocado Real Madrid. A equipe também se destacou por quebrar uma sequência de 14 vitórias consecutivas do campeão Barcelona, derrotando-o no Reyno de Navarra por 2 a 1.
Otimismo e confiança são as palavra que soam no Ciutat de Valencia. Times como Málaga, Sevilla, Athletic Bilbao e até mesmo Atlético de Madrid possuem elencos mais homegêneos e qualificados para suportarem mais um turno de Liga BBVA e eliminar o Levante da zona de LC. Martínez tem total consciência disso, ao mesmo tempo em que sabe das qualidades de sua equipe e tenta aprimorá-las. É certamente uma tarefa difícil, mas não impossível para quem vem superando todas as expectativas até o momento.
Enquanto isso, na Copa do Rei...
... o Levante segue vivo. Após perder o jogo de ida contra o Alcorcón por 2 a 1, os azulgrenás do leste espanhol avançaram com facilidades: 4 a 0 no Ciutat de Valencia. Barkero, um dos destaques da equipe na temporada, foi o nome do duelo. Marcou o primeiro gol e originou o segundo, marcado por Roger, canterano que começa a se destacar. Principal nome da filial, Levante B, na terceira divisão, o meio-campista, que atua pela esquerda, começou pela primeira vez como titular na equipe A e ganhou moral com Martínez e a torcida. Iborra e Suárez completaram a goleada. O próximo desafio será complicado: o temido e rival Valencia, que já o derrotou na temporada. Ignácio Martínez já afirmou que a prioridade do Levante no momento é a Liga, mas quando se tem um dérbi na Copa a aura de competição fala mais alto.
Fácil.Caiu,caiu,caiu e se levantou
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