Há sete pontos do Real Madrid, o Barcelona confia que pode vencer a Liga. Por que não acreditar em uma equipe que possui Lionel Messi, Gerard Piqué, Andrés Iniesta, Cesc Fàbregas, Carles Puyol e Xavi Hernández? (getty images)
Ao empatar com o Villarreal, o Barcelona se complicou. Na busca pela tetracampeonato espanhol, os azulgrenás viram o Real Madrid vencer o Zaragoza por 4 x 1 e abrir uma vantagem considerável para quebrar a sequência de títulos barcelonista. No momento, a diferença entre os dois rivais são de 7 pontos. Ironicamente, vem à cabeça o fato de, na temporada passada, no mesmo período, quem comemorava uma larga vantagem em relação ao outro era exatamente o Barcelona. À época, os blaugranas venceram o Hércules com facilidade e viram o Real Madrid tropeçar em Pamplona ante um aguerrido Osasuna. Sete pontos de vantagem e título, praticamente, nas mãos.
Mas o discursso na Catalunha é que não há nada perdido. Há um ano, quando estava muito à frente do rival da capital, Guardiola declarou que, em janeiro, ninguém é campeão. "Si, se puede" é a mensagem que o treinador passa ao elenco. Pinto já declarou que a equipe vai brigar pela Liga, enquanto jogadores como Puyol, Iniesta, Piqué e Daniel Alves mostraram confiança nas redes sociais. A torcida também confia. No twitter, os culés lançaram a hashtag #ConfiamosEnEsteBarça, que tornou-se Trending Topics na Espanha. Além disso, ainda há um confronto direto para se fazer, que será no Camp Nou. Os culés tem fé porque, acima de tudo, falamos do Barcelona de Josep Guardiola, que venceu seis competições em um único ano, que não perde no Bernabéu desde 2008, que é a base da seleção campeã mundial. São sete pontos de diferença, mas o Quatro Tiempos mostra abaixo sete motivos para acreditar na remontada blaugrana.
Mudança na mentalidade: Há tempos o Barcelona deixou de lado uma corrente pessimista que envolvia o plantel a cada jogo decisivo. Há alguns anos, mais precisamente antes da chegada de Joan Laporta à presidência do clube, ponto crucial no desenvolvimente do Barça, a equipe sucumbia ante os momentos de pressão. De 2000 a 2003 viveu num período de ostracismo. Eliminações na UCL para Valencia e Real Madrid, eliminações na Copa para equipes de divisões inferiores e, sobretudo, briga pelo título nula. Atualmente, a postura é diametralmente oposta. Os catalães já sentenciaram duas Ligas no Bernabéu e ganharam títulos em demasia nos últimos anos. Psicologicamente, a equipe é bem preparada. Se há algo que o Barcelona não mostra é falhar nos momentos de decisão.
O fator Camp Nou: A inesperada mudança de imagem que o Real Madrid ofereceu no jogo de volta da Copa no estádio de Barcelona não abalou os ânimos culés de que o favoritismo no jogo pela Liga ainda é azulgrená. A melhor versão dos comandados de Mourinho desde que Guardiola assumiu o Barcelona coincidiu com o Barcelona mais inseguro das últimas temporadas. Mesmo assim o Real Madrid não conseguiu ganhar. Uma vitória nos últimos dez confrontos com o Pep Team é um exemplo claro da superioridade barcelonista no confronto direto perante o eterno rival. Aliás, vale lembrar: a última vez que o Real Madrid triunfou no Camp Nou foi em 2007, com Frank Rijkaard ainda no comando técnico barcelonista. Ou seja: Guardiola ainda não perdeu para os blancos na Catalunha.
Recuperação das peças-chaves: O Barcelona sofre com as lesões. O Departamento Médico está lotado. As constantes lesões de Alexis Sánchez, Iniesta e Pedro somadas às prolongadas ausências de Afellay e Villa obrigam Guardiola a preservar algumas de suas estrelas em alguns confrontos. O regresso de Keita da Copa Africana de Nações e a recuperação de algumas peças-chaves do onze inicial podem oferecer à equipe um plus de confiança na reta decisiva da temporada.
Os dérbis e os reinos antimadridistas: Dando uma atenção especial à tabela, o Barcelona se agarra há algumas pedras no sapato merengue. Getafe, Rayo Vallecano e Atlético de Madrid recebem o Real Madrid com um incentivo adicional de poder surpreender o líder em um dérbi. Os três, juntos, levaram 14 gols do rival nos confrontos do primeiro turno e querem dar a volta por cima. Outro que pode complicar para os comandados de Mourinho é o Osasuna. Visitar o Reyno de Navarra é sempre uma tarefa ingrata para os blancos. San Mamés, a três rodadas do final, é outro território hostil para o Madrid.
A possibilidade da Tríplice Coroa: Poucas equipes, à essa altura da temporada, mantém-se vivas em todas as competições. O Barcelona de Guardiola só perdeu três títulos nos últimos três anos (duas Copas do Rei e uma Champions League) e é precisamente na Liga Espanhola onde o Barcelona mais mostrou-se confiável. Com Pep, mantém 100% de aproveitamento na competição caseira: em três Ligas disputadas, três títulos. A possibilidade de repetir o mítico triplete da temporada 2008/2009 (Liga + Copa + UCL) também está em xeque. Os blaugranas já mostraram que não estão cansados de vencer. Portanto, nunca duvide da ambição barcelonista.
Só o Barcelona tem Lionel Messi: O Barcelona conta com o melhor futebolista do mundo e dos últimos anos em suas fileiras. Quer motivo maior para continuar acreditando? Uma vantagem única e decisiva para resolver situações de adversidades em momentos complicados. La Pulga mostrou sua melhor faceta no Camp Nou (19 gols), ainda que falta explorar mais seu futebol fora de casa, onde marcou apenas três gols (os três contra o Málaga). Messi sempre aparece quando o Barça mais necessita e são nesses momentos que o argentino mostra o porquê de ter sido eleito melhor jogador do mundo nos últimos três anos. Leo gosta de desafios.
"Uma hora eles tropeçarão": Palavras de Daniel Alves. E é verdade. Desde a derrota para o Levante e o empate ante o Racing Santander, a equipe de Mourinho perdeu apenas três pontos em 48 disputados. Dificilmente o Real Madrid manterá esse fôlego em mais quatro meses de campeonato e, certamente, desperdício de pontos virão pela frente. Todas as equipes passam por momentos de quedas na temporada e, pelo visto, os dos merengues ainda não chegou.
Mas o discursso na Catalunha é que não há nada perdido. Há um ano, quando estava muito à frente do rival da capital, Guardiola declarou que, em janeiro, ninguém é campeão. "Si, se puede" é a mensagem que o treinador passa ao elenco. Pinto já declarou que a equipe vai brigar pela Liga, enquanto jogadores como Puyol, Iniesta, Piqué e Daniel Alves mostraram confiança nas redes sociais. A torcida também confia. No twitter, os culés lançaram a hashtag #ConfiamosEnEsteBarça, que tornou-se Trending Topics na Espanha. Além disso, ainda há um confronto direto para se fazer, que será no Camp Nou. Os culés tem fé porque, acima de tudo, falamos do Barcelona de Josep Guardiola, que venceu seis competições em um único ano, que não perde no Bernabéu desde 2008, que é a base da seleção campeã mundial. São sete pontos de diferença, mas o Quatro Tiempos mostra abaixo sete motivos para acreditar na remontada blaugrana.
Mudança na mentalidade: Há tempos o Barcelona deixou de lado uma corrente pessimista que envolvia o plantel a cada jogo decisivo. Há alguns anos, mais precisamente antes da chegada de Joan Laporta à presidência do clube, ponto crucial no desenvolvimente do Barça, a equipe sucumbia ante os momentos de pressão. De 2000 a 2003 viveu num período de ostracismo. Eliminações na UCL para Valencia e Real Madrid, eliminações na Copa para equipes de divisões inferiores e, sobretudo, briga pelo título nula. Atualmente, a postura é diametralmente oposta. Os catalães já sentenciaram duas Ligas no Bernabéu e ganharam títulos em demasia nos últimos anos. Psicologicamente, a equipe é bem preparada. Se há algo que o Barcelona não mostra é falhar nos momentos de decisão.
O fator Camp Nou: A inesperada mudança de imagem que o Real Madrid ofereceu no jogo de volta da Copa no estádio de Barcelona não abalou os ânimos culés de que o favoritismo no jogo pela Liga ainda é azulgrená. A melhor versão dos comandados de Mourinho desde que Guardiola assumiu o Barcelona coincidiu com o Barcelona mais inseguro das últimas temporadas. Mesmo assim o Real Madrid não conseguiu ganhar. Uma vitória nos últimos dez confrontos com o Pep Team é um exemplo claro da superioridade barcelonista no confronto direto perante o eterno rival. Aliás, vale lembrar: a última vez que o Real Madrid triunfou no Camp Nou foi em 2007, com Frank Rijkaard ainda no comando técnico barcelonista. Ou seja: Guardiola ainda não perdeu para os blancos na Catalunha.
Recuperação das peças-chaves: O Barcelona sofre com as lesões. O Departamento Médico está lotado. As constantes lesões de Alexis Sánchez, Iniesta e Pedro somadas às prolongadas ausências de Afellay e Villa obrigam Guardiola a preservar algumas de suas estrelas em alguns confrontos. O regresso de Keita da Copa Africana de Nações e a recuperação de algumas peças-chaves do onze inicial podem oferecer à equipe um plus de confiança na reta decisiva da temporada.
Os dérbis e os reinos antimadridistas: Dando uma atenção especial à tabela, o Barcelona se agarra há algumas pedras no sapato merengue. Getafe, Rayo Vallecano e Atlético de Madrid recebem o Real Madrid com um incentivo adicional de poder surpreender o líder em um dérbi. Os três, juntos, levaram 14 gols do rival nos confrontos do primeiro turno e querem dar a volta por cima. Outro que pode complicar para os comandados de Mourinho é o Osasuna. Visitar o Reyno de Navarra é sempre uma tarefa ingrata para os blancos. San Mamés, a três rodadas do final, é outro território hostil para o Madrid.
A possibilidade da Tríplice Coroa: Poucas equipes, à essa altura da temporada, mantém-se vivas em todas as competições. O Barcelona de Guardiola só perdeu três títulos nos últimos três anos (duas Copas do Rei e uma Champions League) e é precisamente na Liga Espanhola onde o Barcelona mais mostrou-se confiável. Com Pep, mantém 100% de aproveitamento na competição caseira: em três Ligas disputadas, três títulos. A possibilidade de repetir o mítico triplete da temporada 2008/2009 (Liga + Copa + UCL) também está em xeque. Os blaugranas já mostraram que não estão cansados de vencer. Portanto, nunca duvide da ambição barcelonista.
Só o Barcelona tem Lionel Messi: O Barcelona conta com o melhor futebolista do mundo e dos últimos anos em suas fileiras. Quer motivo maior para continuar acreditando? Uma vantagem única e decisiva para resolver situações de adversidades em momentos complicados. La Pulga mostrou sua melhor faceta no Camp Nou (19 gols), ainda que falta explorar mais seu futebol fora de casa, onde marcou apenas três gols (os três contra o Málaga). Messi sempre aparece quando o Barça mais necessita e são nesses momentos que o argentino mostra o porquê de ter sido eleito melhor jogador do mundo nos últimos três anos. Leo gosta de desafios.
"Uma hora eles tropeçarão": Palavras de Daniel Alves. E é verdade. Desde a derrota para o Levante e o empate ante o Racing Santander, a equipe de Mourinho perdeu apenas três pontos em 48 disputados. Dificilmente o Real Madrid manterá esse fôlego em mais quatro meses de campeonato e, certamente, desperdício de pontos virão pela frente. Todas as equipes passam por momentos de quedas na temporada e, pelo visto, os dos merengues ainda não chegou.
ótimo texto. mas, eu nunca vi o Mourinho perder um título depois de abrir tamanha vantagem. Messi é Messi, Barça é Barca, mas Mourinho é Mourinho. Abraços
ResponderExcluirLucas Menezes
http://madeinlucas.blogspot.com/
Difícil é, claro. Mas esse Barcelona mostrou nos últimos anos ser capaz de bater o irreal.
ResponderExcluirAbraço!