O Málaga teve a vitória contra o Real Madrid nas mãos, mas deixou escapar. Apesar disso, tem o que comemorar (reuters)
A Copa do Rei chega às oitavas-de-finais com contornos peculiares. As precoces eliminações de Atlético de Madrid e Villarreal para Albacete e Mirandés parece não ter sido obra do acaso. Os dois pequenos aprontaram para cima de Athletic Bilbao e Racing Santander, respectivamente. Apesar de não vencer, a equipe de Castilla La-Mancha impôs um cenário de desconforto ao Athletic Bilbao, mas, por culpa da jornada inspirada de Iraizoz, não conseguiu tirar o zero do marcador. O Mirandés, que eliminou o Villarreal e teve participação direta na demissão de Garrido, foi além e fez uma nova vítima: venceu o Racing Santander por 2 a 0.
A chance de haver surpresas e desequilíbrio nas próximas fases é, conforme ensina a história, considerável. O Alcorcón, que eliminou o Real Madrid há duas temporadas, já despachou o Zaragoza na fase 16 avos e, ontem, saiu na frente no duelo contra o Levante ao fazer 2 a 1 no quarto colocado da primeira divisão. A tarefa passou a ser difícil após o gol de Pallardó, que obriga os azulgrenás a vencerem pelo placar mínimo para avançar de fase. Mas não podemos subestimar o "poder de decisão" (está entre aspas, hein) dessas equipes: as possibilidades de zebras são enormes e plausíveis.
Os favoritos para levar a competição são, comos sempre, Barcelona e Real Madrid, com Valencia e Sevilla, que se enfrentam nesta fase, aparecendo em segundo plano. Os andaluzes não vivem um momento bom, mas sabem, como ninguém, como disputar uma Copa. Nas últimas temporadas, foram dois títulos, além de quatro participações em semifinais. O sorteio favoreceu os dois gigantes nas oitavas, ao colocar a dupla frente a frente com Málaga e Osasuna. Apesar disso, caso as duas equipes avançem, se matam na fase seguinte: o novo emparelhamento reservou a possibilidade de um superclássico nas quartas-de-finais.
Porém, de 100%, a porcentagem de haver dois novos duelos entre as melhores equipes do mundo diminuiu, sem exagerar, para 30%. O Málaga que perdeu para o Real Madrid por 3 a 2 vive um paradoxo. Assim como tem o que o lamentar, tem o que comemorar. Não pelo fato de ter sofrido uma remontada com o plavar favorável por dois gols de diferença. E sim porque soube se comportar positivamente na maior parte do duelo frente ao líder do campeonato nacional e fez uma de suas melhores partidas na temporada. O gol que culminou no empate merengue saiu no único erro individual da equipe blanquiazul: Sergio Sánchez, que havia marcado o tento inicial, recuou displicentemente uma bola para Caballero que Higuaín, esperto, aproveitou para levar o Bernabéu à loucura e colocar o Real Madrid a um passo da virada, que veio em seguida com Benzema.
Os dois gols e a momentânea vitória ante o Real Madrid no Bernabéu por dois a zero pode aumentar a auto-estima dos jogadores, que farão, na semana que vem, um dos jogos mais decisivos da história do clube andaluz nas últimas temporadas. A torcida acredita: mais de 10 mil ingressos foram vendidos para o jogo da volta em menos de três horas. Seria cômico se não fosse "trágico". Manuel Pellegrini armou sua equipe com bastante segurança e chegou a dar um nó tático em José Mourinho. Jogando com inteligência e, sobretudo, obediência tática, os blanquiazules engoliram os merengues na etapa inicial. Monreal, em dia feliz, anulou Callejón, enquanto Sánchez teve dificuldades, mas soube se sair bem contra Cristiano Ronaldo durante os noventa minutos. A dupla de zaga formada por Mathijsen e Demichelis, por sua vez, anulou Higuaín e os ataques blancos foram nulos.
Talvez faltasse mais participação de Cazorla. O ex-Villarreal fez uma partida opaca, preguiçosa, perdendo na maioria dos embates contra Marcelo. van Nistelrooy, em sua volta ao Bernabéu, também passou em branco. Após o jogo, Pellegrini não lamentou os três gols sofridos na etapa complementar, e sim as chances desperdiçadas que poderiam sentenciar sua ex-equipe. Um pouco antes do gol de Khedira, que deu início à remontada, Seba Fernández e van Nistelrooy desperdiçaram gols que, contra uma equipe como o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, não podem desperdiçar. As consequências, no fim, foram negativas.
A atual 7ª posição na Liga é consequência de uma fase negra que atravessou a equipe na metade do primeiro turno, quando engataram uma sequência de quatro jogos sem vitórias, sendo três derrotas (uma delas, inclusive, para o Real Madrid, quando Cristiano Ronaldo marcou três e dançou "Ai Se Eu Te Pego). A cinco pontos da zona de Champions League, sonhar com sua primeira participação na principal competição europeia é possível. Tem mais elenco que Osasuna, que aparece na quinta colocação mas não deve ter tanto força para brigar até o final, e Levante e uma maior regularidade que o Sevilla. Difícil, o tabela do segundo turno exigirá concentração e menos desperdício de pontos. Além disso, jogará contra todos seus adversários diretos, inclusive o Valencia, no La Rosaleda.
Aos vencedores, as batatas
Mourinho teve méritos na virada ao apostar numa troca tripla e, até mesmo, arriscada na volta do intervalo. Özil, Benzema e Khedira deram um upgrade nas jogadas ofensivas merengues, lentas com Kaká na armação e com Callejón sumido na esquerda. Khedira, quem diria, participou de quase todas as jogadas de perigo no segundo tempo e saiu como o melhor em campo. Özil ainda não recuperou seu belo futebol de outrora, mas os lampejos de ontem pode servir para levantar sua auto-estima. Deve ser titular nos próximos jogos, já que Di María só volta a duas semanas e Kaká novamente fez uma má partida.
A chance de haver surpresas e desequilíbrio nas próximas fases é, conforme ensina a história, considerável. O Alcorcón, que eliminou o Real Madrid há duas temporadas, já despachou o Zaragoza na fase 16 avos e, ontem, saiu na frente no duelo contra o Levante ao fazer 2 a 1 no quarto colocado da primeira divisão. A tarefa passou a ser difícil após o gol de Pallardó, que obriga os azulgrenás a vencerem pelo placar mínimo para avançar de fase. Mas não podemos subestimar o "poder de decisão" (está entre aspas, hein) dessas equipes: as possibilidades de zebras são enormes e plausíveis.
Os favoritos para levar a competição são, comos sempre, Barcelona e Real Madrid, com Valencia e Sevilla, que se enfrentam nesta fase, aparecendo em segundo plano. Os andaluzes não vivem um momento bom, mas sabem, como ninguém, como disputar uma Copa. Nas últimas temporadas, foram dois títulos, além de quatro participações em semifinais. O sorteio favoreceu os dois gigantes nas oitavas, ao colocar a dupla frente a frente com Málaga e Osasuna. Apesar disso, caso as duas equipes avançem, se matam na fase seguinte: o novo emparelhamento reservou a possibilidade de um superclássico nas quartas-de-finais.
Porém, de 100%, a porcentagem de haver dois novos duelos entre as melhores equipes do mundo diminuiu, sem exagerar, para 30%. O Málaga que perdeu para o Real Madrid por 3 a 2 vive um paradoxo. Assim como tem o que o lamentar, tem o que comemorar. Não pelo fato de ter sofrido uma remontada com o plavar favorável por dois gols de diferença. E sim porque soube se comportar positivamente na maior parte do duelo frente ao líder do campeonato nacional e fez uma de suas melhores partidas na temporada. O gol que culminou no empate merengue saiu no único erro individual da equipe blanquiazul: Sergio Sánchez, que havia marcado o tento inicial, recuou displicentemente uma bola para Caballero que Higuaín, esperto, aproveitou para levar o Bernabéu à loucura e colocar o Real Madrid a um passo da virada, que veio em seguida com Benzema.
Os dois gols e a momentânea vitória ante o Real Madrid no Bernabéu por dois a zero pode aumentar a auto-estima dos jogadores, que farão, na semana que vem, um dos jogos mais decisivos da história do clube andaluz nas últimas temporadas. A torcida acredita: mais de 10 mil ingressos foram vendidos para o jogo da volta em menos de três horas. Seria cômico se não fosse "trágico". Manuel Pellegrini armou sua equipe com bastante segurança e chegou a dar um nó tático em José Mourinho. Jogando com inteligência e, sobretudo, obediência tática, os blanquiazules engoliram os merengues na etapa inicial. Monreal, em dia feliz, anulou Callejón, enquanto Sánchez teve dificuldades, mas soube se sair bem contra Cristiano Ronaldo durante os noventa minutos. A dupla de zaga formada por Mathijsen e Demichelis, por sua vez, anulou Higuaín e os ataques blancos foram nulos.
Talvez faltasse mais participação de Cazorla. O ex-Villarreal fez uma partida opaca, preguiçosa, perdendo na maioria dos embates contra Marcelo. van Nistelrooy, em sua volta ao Bernabéu, também passou em branco. Após o jogo, Pellegrini não lamentou os três gols sofridos na etapa complementar, e sim as chances desperdiçadas que poderiam sentenciar sua ex-equipe. Um pouco antes do gol de Khedira, que deu início à remontada, Seba Fernández e van Nistelrooy desperdiçaram gols que, contra uma equipe como o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, não podem desperdiçar. As consequências, no fim, foram negativas.
A atual 7ª posição na Liga é consequência de uma fase negra que atravessou a equipe na metade do primeiro turno, quando engataram uma sequência de quatro jogos sem vitórias, sendo três derrotas (uma delas, inclusive, para o Real Madrid, quando Cristiano Ronaldo marcou três e dançou "Ai Se Eu Te Pego). A cinco pontos da zona de Champions League, sonhar com sua primeira participação na principal competição europeia é possível. Tem mais elenco que Osasuna, que aparece na quinta colocação mas não deve ter tanto força para brigar até o final, e Levante e uma maior regularidade que o Sevilla. Difícil, o tabela do segundo turno exigirá concentração e menos desperdício de pontos. Além disso, jogará contra todos seus adversários diretos, inclusive o Valencia, no La Rosaleda.
Aos vencedores, as batatas
Mourinho teve méritos na virada ao apostar numa troca tripla e, até mesmo, arriscada na volta do intervalo. Özil, Benzema e Khedira deram um upgrade nas jogadas ofensivas merengues, lentas com Kaká na armação e com Callejón sumido na esquerda. Khedira, quem diria, participou de quase todas as jogadas de perigo no segundo tempo e saiu como o melhor em campo. Özil ainda não recuperou seu belo futebol de outrora, mas os lampejos de ontem pode servir para levantar sua auto-estima. Deve ser titular nos próximos jogos, já que Di María só volta a duas semanas e Kaká novamente fez uma má partida.
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