Para o alto, e avante: após vencer o Real Madrid, o Levante deu mais uma prova de força ao bater o Málaga. Quem para a sensação espanhola? (reuters)
Com uma postura cada vez mais convincente, o Levante fez mais uma vítima no campeonato. Em mais um grande teste, os azulgrenás foram aprovados após vencerem com contundência o Málaga por 3 a 0 no Ciutat de Valencia. Os andaluzes não suportaram o voo de um time muito bem armado, que tem uma base sólida na defesa e joga sem sofrer riscos. Enquanto o azul e grená de Valencia vai bem, o branco e negro do principal clube da cidade decepcionou: numa partida na qual dominou por completo o Mallorca, mas prendeu muito o jogo, o Valencia sofreu o castigo no último suspiro do duelo, permitindo o empate dos baleares na estreia de Caparrós. A rodada também marcou as novas decepções de Getafe e Villarreal, a recuperação de Zaragoza e, principalmente, Athletic Bilbao, que convenceu contra o Osasuna, e a continuação da invencibilidade de um inconstante Sevilla, que derrotou o Sporting Gijón e continua sem perder no campeonato. Confira, abaixo, o resumo da oitava rodada da Liga BBVA.
Levante 3x0 Málaga
Os granotes atravessaram sem maiores traumas um dos desafios mais complicados deste início de temporada: o Málaga de Pellegrini, que vem em boa fase. Se ainda havia alguém que desconfiasse dos valencianos mesmo após a vitória contra o Real Madrid, a equipe de Juan Ignácio Martínez segue calando a boca dos críticos: ontem, venceu com autoridade os blanquiazules, que foram engolidos pelos donos da casa. O Ciutat de Valencia é um dos maiores trunfos da sensação da temporada: nos últimos 13 jogos no estádio, os levantinos só perderam uma (incluindo aí partidas contra Barcelona e Real Madrid). O bom desempenho do Levante tem a ver com as palavras que Juan Ignácio Martínez passa aos seus comandados e a humildade com a qual o elenco trata esse período da equipe: no vestiário ninguém fala de título, Champions ou Liga Europa. O objetivo maior é conseguir a permanência na Liga. E, nesse ponto, os azulgrenás já estão muito bem encaminhados: com 17 pontos e a co-liderança ao lado do Barcelona, o Levante já acumula dois pontos a mais que os 15 conseguidos no primeiro turno da liga passada.
O Málaga sentiu muito a falta de Júlio Baptista. Isco, titular pela primeira vez na temporada, não substituiu o brasileiro à altura e foi peça-nula na esquerda. Cazorla, que começou a temporada muito bem, também não resistiu à dura marcação levantina e passou despercebido no duelo. A expulsão de Caballero foi determinante: expulso de maneira infantil (e até rigorosa), após "colocar" a mão na bola fora da área, o goleiro ainda viu o segundo gol do Levante sair na falta oriunda de sua expulsão e seu reserva, Rúben, cochilar também infantilmente frente a Koné no terceiro gol. O dia após a derrota ante o Levante foi de reflexão, visando o próximo jogo do Málaga: o Real Madrid, no La Rosaleda. Hoje, em entrevista à rádio Onda Cero, o treinador chileno criticou Florentino Pérez e José Mourinho, a quem já havia criticado na temporada passada.
Athletic Bilbao 3x1 Osasuna
Marcelo Bielsa já respira. Não bastasse a vitória no dérbi, o Athletic Bilbao deu mais uma prova de recuperação na temporada ao bater com contundência o Osasuna, em nova boa partida de Muniain. O treinador argentino, dessa vez, não inventou: jogou no 4-2-3-1 com Javi Martínez na volância (tem sido zagueiro neste início de temporada) e viu a melhor partida dos leones desde sua chegada ao País Basco. De pouco e pouco o estilo de jogo do treinador vai funcionando. Contra os rojos, vimos um Athetic Bilbao menos vertical que os jogos passados e praticando um futebol mais elaborado, com boas trocas de passes e prezando pela posse de bola. Muniain está em estado de graça: autor de um gol, La Joya, como vem sendo tratado por Bielsa, só cresce desde a chegada do argentino. Atrevido e ousado, o jogador marcou mais um gol e foi novamente o melhor em campo, jogando um pouco mais centralizado como de costume.
O Osasuna se entregou aos bascos à medida que os minutos passavam. Após iniciar o duelo com intensidade, caíram muito de produção após o 1 a 0 e morreram depois do 2 a 0, marcado por Gabilondo. Lamah foi o melhor rojillo em campo, dando muito trabalho a Ekiza e Amorebieta, e desbordando graças à sua velocidade. Contudo, acabou expulso após dar um tapa na cara de Muniain, mostrando um gesto de impotência. A defesa, mais vazada da competição, preocupa: já são 15 gols sofridos em apenas sete jogos. Para completar, o iraniano Masoud, que está fazendo muita falta no meio-campo rojillo, pode ficar mais seis meses de baixa após complicações na fratura no pé esquerdo. Quando a fase não é boa, nada dá certo.
Sevilla 2x1 Sporting Gijón
O Sevilla tinha que ganhar a partida ante o Sporting e ganhou. Sempre que continuar fazendo o que tem de ser feito, irá trilhar o bom caminho. O Sevilla de Marcelino está se convertendo em uma equipe confiável, que ganha quando tem de ganhar com mais ou menos sofrimento, e que quando não consegue vencer, ao menos empata. Com esse invejável ritmo, o conjunto nervionense já está em postos de Champions e se abastece de pontos antes de viajar para Barcelona. Não é um mal começo. É possível pedir mais a essa equipe, claro. Sobretudo mais continuidade no jogo, mais regularidade para dominar os rivais, mais controle de bola talvez, e por alguns momentos, mais presença ofensiva. Porém, o Sevilla segue oferecendo grandes serviços atrás (Varas esteve ótimo, Spahic esteve gigante e Escudé esteve regular), maneja os ritmos da partida perfeitamente e independente do resultado, dá a sensação de ter a situação sob controle. É aguerrido, muito aguerrido, e complicado.
O Sevilla desse domingo não foi brilhante, e não foi até hoje na Liga, mas foi efetivo, tremendamente efetivo. Nessa partida recebeu um gol, o que frustrou o récorde de imbatibilidade de Varas, mas Manu Del Moral se encontrou com as redes de forma impressionante, que aclarou seu panorama desde o começo da temporada e também o do Sevilla na partida. O conjunto nervionense, quando não tinha ainda as idéias claras ante um Sporting valente, se encontrou com o marcador à favor e optou pela solução que marca a toada de Marcelino nesses casos: recuar, dar um passo atrás e buscar definir nos contra-ataques ante uma adiantada defesa asturiana. Porém, o Sevilla não encontrou esses contra-ataques. Os jogadores de Preciado recuperavam quase sempre a bola e as imprecisões dos anfitriões não permitiram a criação de jogadas que metessem medo nos sportinguistas. Sofreu em algumas jogadas na área e novamente surgiu a figura de Varas, melhor goleiro do campeonato até aqui. Porém, teve chances em alguns contra-ataques desperdiçados. Assim chegou ao fim da partida, onde foi regular para matar o encontro e somar outros três pontos que colocam os nervionenses na zona nobre da classificação, e invictos.
Mallorca 1x1 Valencia
Matar a partida ou cozinhar à espera do apito final do árbitro? O Valencia que foi a Palma de Mallorca optou pela segunda opção e acabou engolindo em seco o gol de Hemed, de pênalti, aos 49 minutos do segundo tempo. Pênalti, aliás, que gerou muita discussão e resultou na expulsão do bom zagueiro Rami, que, segundo Paradas Romeros escreveu na súmula, o chingou com palavras de baixo calão no caminho ao vestiário após o término do jogo (o jogador teria chingado a mão do árbitro). A arbitragem de Paradas foi bastante controversa: os chés, além do pênalti mal marcado de Topal, reclamaram de um pênalti não marcado de Chico em Piatti quando o jogo ainda estava zero a zero. Para o Mallorca, valeu pela persistência. Na estreia de Caparrós, o ponto foi comemorado pelo treinador, que pediu mais o futebol apresentado no segundo tempo e menos apresentado no segundo tempo. O gol de Hemed foi o terceiro do israelense em três jogos, marca obtida somente por Eto'o, na temporada 2004/2005.
Getafe 0x0 Villarreal
Decepceções. Não há outra palavra que define melhor Getafe e, sobretudo, Villarreal. Os azulones por terem feito um ótimo mercado, ambicioso, e ter começado a Liga com uma vontade de brigar por competições europeis. Os amarillos pelos simples fato de ter conseguido manter Rossi e Nilmar em seu elenco. Os atacantes, por enquanto, não têm decepcionado, mas parecem sozinhos imerso num confuso Villarreal. O meio-campo, setor de destaque da equipe na temporada, bate cabeça sem a presença de Cazorla. De Guzmán, inexplicavelmente, tem jogado como armador da equipe com Borja Valero lesionado, em uma das ações sem explicação de Garrido. E é assim, com resquícios de crise, que o Submarino Amarelo viaja a Manchester para o jogo decisivo contra o Manchester City, pela LC. Sem opção, Garrido não teve outra escolha a não ser arriscar e convocar Borja Valero, que ainda não está 100%. No lado madrileño, a decepção fica por conta de Guiza, contratação mais cara da história do Getafe, mas que ainda não mostrou a que veio.
Zaragoza 2x0 Real Sociedad
Teria, tão cedo, acabado o encanto da Real Sociedad? Após começar a Liga Espanhola a todo vapor, chegando a tirar pontos do líder Barcelona, os txuri-urdins emplacaram uma sequência de três jogos sem vitórias e deixaram de vez o top-10. Em Aragão, a Real Sociedad fez sua pior partida na temporada. Com Griezmann novamente no banco e Xabi Prieto sobrecarregado no meio-campo pela má partida de Sarpong e Zurutuza, os bascos não levaram perigo algum à meta de Roberto. No lado maño, destaque para Helder Postiga, autor de um doblete, sendo um deles um golaço de bicicleta. O português, que já começava a ser questionado, respondeu à altura os críticos e foi essencial para a vitória, além de sair dem campo aplaudido pela primeira vez pela torcida. O domínio territorial valeu pela boa partida de Ponzio, que ganhou todas no meio-campo. A Real Sociedad, quem diria, tem sentido a falta de Illarramendi, lesionado. Mesmo após a terceira vitória consecutiva, Javier Aguirre manteve os pés no chão: "estou bastante satisfeito, mas ainda há muito o que trabalhar", alertou o treinador. Após o mau início de liga, o Zaragoza já soma nove pontos e ocupa a nona colocação.
Rayo Vallecano 0x1 Espanyol
Em um jogo bastante movimentado marcado pelo reencontro de Tamudo com o Espanyol, um gol de Romaric deu uma vitória merecida ao Espanyol, que segue sendo uma incógnita total. Valeu pela boa partida de Sérgio García, melhor em campo, e do canterano Thievy Bifouma, que segue caindo nas graças da torcida desde o doblete contra o Barcelona pela Copa Catalunha. Ramón Sandoval, treinador do Rayo Vallecano, foi valente o jogar num 4-2-3-1 que tornava-se um 4-3-3 super ofensivo, mas certamente não esperava um Rayo Vallecano sentindo o calor do meio-dia, horário cada vez mais contestado pela imprensa espanhola. Os ataques franjiroyos foram bastante previsíveis, sobretudo no segundo tempo, quando Christian Álvarez quase não teve trabalho. O treinador reclamou após partida da falta de ímpeto de sua equipe: "se não chutar a gol, não iremos vencer nunca", esbravejou após a partida. Pochettino, por sua vez, comemorou o resultado (merecido, nas palavras dos dois treinadores) e voltou a pedir paciência com essa "nova" equipe.
Levante 3x0 Málaga
Os granotes atravessaram sem maiores traumas um dos desafios mais complicados deste início de temporada: o Málaga de Pellegrini, que vem em boa fase. Se ainda havia alguém que desconfiasse dos valencianos mesmo após a vitória contra o Real Madrid, a equipe de Juan Ignácio Martínez segue calando a boca dos críticos: ontem, venceu com autoridade os blanquiazules, que foram engolidos pelos donos da casa. O Ciutat de Valencia é um dos maiores trunfos da sensação da temporada: nos últimos 13 jogos no estádio, os levantinos só perderam uma (incluindo aí partidas contra Barcelona e Real Madrid). O bom desempenho do Levante tem a ver com as palavras que Juan Ignácio Martínez passa aos seus comandados e a humildade com a qual o elenco trata esse período da equipe: no vestiário ninguém fala de título, Champions ou Liga Europa. O objetivo maior é conseguir a permanência na Liga. E, nesse ponto, os azulgrenás já estão muito bem encaminhados: com 17 pontos e a co-liderança ao lado do Barcelona, o Levante já acumula dois pontos a mais que os 15 conseguidos no primeiro turno da liga passada.
O Málaga sentiu muito a falta de Júlio Baptista. Isco, titular pela primeira vez na temporada, não substituiu o brasileiro à altura e foi peça-nula na esquerda. Cazorla, que começou a temporada muito bem, também não resistiu à dura marcação levantina e passou despercebido no duelo. A expulsão de Caballero foi determinante: expulso de maneira infantil (e até rigorosa), após "colocar" a mão na bola fora da área, o goleiro ainda viu o segundo gol do Levante sair na falta oriunda de sua expulsão e seu reserva, Rúben, cochilar também infantilmente frente a Koné no terceiro gol. O dia após a derrota ante o Levante foi de reflexão, visando o próximo jogo do Málaga: o Real Madrid, no La Rosaleda. Hoje, em entrevista à rádio Onda Cero, o treinador chileno criticou Florentino Pérez e José Mourinho, a quem já havia criticado na temporada passada.
Athletic Bilbao 3x1 Osasuna
Marcelo Bielsa já respira. Não bastasse a vitória no dérbi, o Athletic Bilbao deu mais uma prova de recuperação na temporada ao bater com contundência o Osasuna, em nova boa partida de Muniain. O treinador argentino, dessa vez, não inventou: jogou no 4-2-3-1 com Javi Martínez na volância (tem sido zagueiro neste início de temporada) e viu a melhor partida dos leones desde sua chegada ao País Basco. De pouco e pouco o estilo de jogo do treinador vai funcionando. Contra os rojos, vimos um Athetic Bilbao menos vertical que os jogos passados e praticando um futebol mais elaborado, com boas trocas de passes e prezando pela posse de bola. Muniain está em estado de graça: autor de um gol, La Joya, como vem sendo tratado por Bielsa, só cresce desde a chegada do argentino. Atrevido e ousado, o jogador marcou mais um gol e foi novamente o melhor em campo, jogando um pouco mais centralizado como de costume.
O Osasuna se entregou aos bascos à medida que os minutos passavam. Após iniciar o duelo com intensidade, caíram muito de produção após o 1 a 0 e morreram depois do 2 a 0, marcado por Gabilondo. Lamah foi o melhor rojillo em campo, dando muito trabalho a Ekiza e Amorebieta, e desbordando graças à sua velocidade. Contudo, acabou expulso após dar um tapa na cara de Muniain, mostrando um gesto de impotência. A defesa, mais vazada da competição, preocupa: já são 15 gols sofridos em apenas sete jogos. Para completar, o iraniano Masoud, que está fazendo muita falta no meio-campo rojillo, pode ficar mais seis meses de baixa após complicações na fratura no pé esquerdo. Quando a fase não é boa, nada dá certo.
Sevilla 2x1 Sporting Gijón
O Sevilla tinha que ganhar a partida ante o Sporting e ganhou. Sempre que continuar fazendo o que tem de ser feito, irá trilhar o bom caminho. O Sevilla de Marcelino está se convertendo em uma equipe confiável, que ganha quando tem de ganhar com mais ou menos sofrimento, e que quando não consegue vencer, ao menos empata. Com esse invejável ritmo, o conjunto nervionense já está em postos de Champions e se abastece de pontos antes de viajar para Barcelona. Não é um mal começo. É possível pedir mais a essa equipe, claro. Sobretudo mais continuidade no jogo, mais regularidade para dominar os rivais, mais controle de bola talvez, e por alguns momentos, mais presença ofensiva. Porém, o Sevilla segue oferecendo grandes serviços atrás (Varas esteve ótimo, Spahic esteve gigante e Escudé esteve regular), maneja os ritmos da partida perfeitamente e independente do resultado, dá a sensação de ter a situação sob controle. É aguerrido, muito aguerrido, e complicado.
O Sevilla desse domingo não foi brilhante, e não foi até hoje na Liga, mas foi efetivo, tremendamente efetivo. Nessa partida recebeu um gol, o que frustrou o récorde de imbatibilidade de Varas, mas Manu Del Moral se encontrou com as redes de forma impressionante, que aclarou seu panorama desde o começo da temporada e também o do Sevilla na partida. O conjunto nervionense, quando não tinha ainda as idéias claras ante um Sporting valente, se encontrou com o marcador à favor e optou pela solução que marca a toada de Marcelino nesses casos: recuar, dar um passo atrás e buscar definir nos contra-ataques ante uma adiantada defesa asturiana. Porém, o Sevilla não encontrou esses contra-ataques. Os jogadores de Preciado recuperavam quase sempre a bola e as imprecisões dos anfitriões não permitiram a criação de jogadas que metessem medo nos sportinguistas. Sofreu em algumas jogadas na área e novamente surgiu a figura de Varas, melhor goleiro do campeonato até aqui. Porém, teve chances em alguns contra-ataques desperdiçados. Assim chegou ao fim da partida, onde foi regular para matar o encontro e somar outros três pontos que colocam os nervionenses na zona nobre da classificação, e invictos.
Mallorca 1x1 Valencia
Matar a partida ou cozinhar à espera do apito final do árbitro? O Valencia que foi a Palma de Mallorca optou pela segunda opção e acabou engolindo em seco o gol de Hemed, de pênalti, aos 49 minutos do segundo tempo. Pênalti, aliás, que gerou muita discussão e resultou na expulsão do bom zagueiro Rami, que, segundo Paradas Romeros escreveu na súmula, o chingou com palavras de baixo calão no caminho ao vestiário após o término do jogo (o jogador teria chingado a mão do árbitro). A arbitragem de Paradas foi bastante controversa: os chés, além do pênalti mal marcado de Topal, reclamaram de um pênalti não marcado de Chico em Piatti quando o jogo ainda estava zero a zero. Para o Mallorca, valeu pela persistência. Na estreia de Caparrós, o ponto foi comemorado pelo treinador, que pediu mais o futebol apresentado no segundo tempo e menos apresentado no segundo tempo. O gol de Hemed foi o terceiro do israelense em três jogos, marca obtida somente por Eto'o, na temporada 2004/2005.
Getafe 0x0 Villarreal
Decepceções. Não há outra palavra que define melhor Getafe e, sobretudo, Villarreal. Os azulones por terem feito um ótimo mercado, ambicioso, e ter começado a Liga com uma vontade de brigar por competições europeis. Os amarillos pelos simples fato de ter conseguido manter Rossi e Nilmar em seu elenco. Os atacantes, por enquanto, não têm decepcionado, mas parecem sozinhos imerso num confuso Villarreal. O meio-campo, setor de destaque da equipe na temporada, bate cabeça sem a presença de Cazorla. De Guzmán, inexplicavelmente, tem jogado como armador da equipe com Borja Valero lesionado, em uma das ações sem explicação de Garrido. E é assim, com resquícios de crise, que o Submarino Amarelo viaja a Manchester para o jogo decisivo contra o Manchester City, pela LC. Sem opção, Garrido não teve outra escolha a não ser arriscar e convocar Borja Valero, que ainda não está 100%. No lado madrileño, a decepção fica por conta de Guiza, contratação mais cara da história do Getafe, mas que ainda não mostrou a que veio.
Zaragoza 2x0 Real Sociedad
Teria, tão cedo, acabado o encanto da Real Sociedad? Após começar a Liga Espanhola a todo vapor, chegando a tirar pontos do líder Barcelona, os txuri-urdins emplacaram uma sequência de três jogos sem vitórias e deixaram de vez o top-10. Em Aragão, a Real Sociedad fez sua pior partida na temporada. Com Griezmann novamente no banco e Xabi Prieto sobrecarregado no meio-campo pela má partida de Sarpong e Zurutuza, os bascos não levaram perigo algum à meta de Roberto. No lado maño, destaque para Helder Postiga, autor de um doblete, sendo um deles um golaço de bicicleta. O português, que já começava a ser questionado, respondeu à altura os críticos e foi essencial para a vitória, além de sair dem campo aplaudido pela primeira vez pela torcida. O domínio territorial valeu pela boa partida de Ponzio, que ganhou todas no meio-campo. A Real Sociedad, quem diria, tem sentido a falta de Illarramendi, lesionado. Mesmo após a terceira vitória consecutiva, Javier Aguirre manteve os pés no chão: "estou bastante satisfeito, mas ainda há muito o que trabalhar", alertou o treinador. Após o mau início de liga, o Zaragoza já soma nove pontos e ocupa a nona colocação.
Rayo Vallecano 0x1 Espanyol
Em um jogo bastante movimentado marcado pelo reencontro de Tamudo com o Espanyol, um gol de Romaric deu uma vitória merecida ao Espanyol, que segue sendo uma incógnita total. Valeu pela boa partida de Sérgio García, melhor em campo, e do canterano Thievy Bifouma, que segue caindo nas graças da torcida desde o doblete contra o Barcelona pela Copa Catalunha. Ramón Sandoval, treinador do Rayo Vallecano, foi valente o jogar num 4-2-3-1 que tornava-se um 4-3-3 super ofensivo, mas certamente não esperava um Rayo Vallecano sentindo o calor do meio-dia, horário cada vez mais contestado pela imprensa espanhola. Os ataques franjiroyos foram bastante previsíveis, sobretudo no segundo tempo, quando Christian Álvarez quase não teve trabalho. O treinador reclamou após partida da falta de ímpeto de sua equipe: "se não chutar a gol, não iremos vencer nunca", esbravejou após a partida. Pochettino, por sua vez, comemorou o resultado (merecido, nas palavras dos dois treinadores) e voltou a pedir paciência com essa "nova" equipe.
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