Mesmo sem ainda convencer, o Sevilla aparece no alto da tabela, assim como Málaga e Bétis, outras equipes da região da Andaluzia (AP Photos)
Se a zona de classificação às competições europeias pudesse ser representada por alguma região da Espanha, ela seria, certamente, a Andaluzia. Cinco semanas e seis rodadas após o início do campeonato, três dos quatro times das região somam, juntos, 37 pontos e ocupam a zona conhecida como Europa. Enquanto o projeto de Euro Málaga vai dando certo neste início de temporada, com a equipe blanquiazul sendo a única representante da Andaluzia a estar entre os quatro primeiros, os rivais Sevilla e Bétis ameaçam: os verdiblancos chegaram a liderarem a competição, mas caíram de rendimento nos últimos jogos e ocupam a sexta colocação, logo atrás dos nervionenses.
Dentre os quatro representantes da região, apenas o novato Granada está destoando: recém-chegado à Liga Espanhola, os horizontales só conseguiram quatro pontos até o momento e já são candidatos reais à briga pelo rebaixamento. No último sabado, diante do Valencia no Mestalla, mostrou uma evolução, ao jogar de igual para igual contra os chés. Contudo, o empate - ou até mesmo a vitória - acabou não saindo por falta de experiência: os rojiblancos pecaram bastante na finalização e mostraram-se bastante acuados nos primeiros minutos, quando sofreram o gol de Canales. A vitória contra o Villarreal, há três rodadas, foi um lâmpejo do bom futebol que o elenco granadense pode mostrar.
O Sevilla, por sua vez, está pouco a pouco se encontrando. O mercado tímido no verão somado à vergonha pela eliminação precoce na Liga Europa colocaram em xeque o cargo de Marcelino Toral como treinador da equipe e a temporada dos nervionenses. Porém, quebrando qualquer tipo de prognósticos negativos, o Sevilla começou a Liga BBVA disposto a recuperar-se: em seis jogos, ainda mantem-se invicto, com duas vitórias e quatro empates. O treinador ainda não é nenhuma unanimidade, mas vai encontrando um padrão de jogo ao time.
Ainda há algumas escolhas a se corrigir. Marcelino arriscou e resolveu mexer no esquema tático da equipe, mudando o 4-4-2 a rombo que deu certo com Manzano no primeiro semestre deste ano para usar o 4-2-3-1. Acontece que, com a nova tática, Rakitic é recuado para jogar na volância ao lado de Medel, posição totalmente diferente da época de Manzano. O croata, que caiu como uma bênção na equipe de Manzano (jogando centralizado, no suporte a Kanouté e Negredo), ainda não "estreou" na temporada.
O Bétis foi a grande surpresa deste início de temporada (clique aqui e leia uma análise mais completa do Bétis). Do time-base, apenas quatro jogadores (Chica, Mario, Montero e Santa Cruz) não estavam no clube no título da Liga Adelante na temporada passada. Quem também já estava em Heliópolis era o técnico Pepe Mel. De carreira discreta, com apenas uma passagem pela elite (em 2001/02, no comando do Tenerife), ele soube agrupar o elenco. Montou o time em um 4-5-1 que pode se transformar em 4-2-3-1, mas os números são secundários. O fundamental é a confiança que esse time tem, mesmo sem grife.
Voltou à primeira divisão falando em entrar em campo como protagonista e disposto a brigar por competições europeias. E é isso que tem feito nestas primeiras rodadas. Mesmo com as duas derrotas consecutivas, a discurso no Benito Villamarín é otimista. É evidente que esse time não tem fôlego para ocupar as primeiras posições por muito tempo. De qualquer modo, é um novo Betis que se vê na primeira divisão. Um Betis sem megalomania e sem gastar mais do que pode.
No Málaga, as aquisições poderosas no mercado já não são mais incógnitas. Com quatro vitórias, um empate e uma derrota em seis jogos, os blanquiazules estabeleceram o melhor início de temporada desde 1983 e chegaram a liderarem a competição por pelo menos oito horas. O clube de Martirico ainda não tem rendido 100% do que pode, mostrando carências em alguns setores, mas a torcida está ilusionada: a cada jogo no La Rosaleda, o alto-falante do estádio colocar a música oficial da Champions League para tocar antes da bola rolar.
Em campo, Pellegrini não tem inventado: mesmo afeito a rodízios, o treinado pouco tem trocado jogadores de um jogo para outro e, mesmo acenando com a possibilidade de voltar ao 4-4-2 utilizado na pré-temporada, tem jogado no 4-2-3-1, a melhor tática para a equipe. Com Júlio Baptista tinindo após a volta da lesão, Cazorla justificando os milhões de euros pago junto ao Villarreal e a capacidade goleadora de van Nistelrooy começando a aparecer, os blanquiazules prometem muito.
O Sevilla, por sua vez, está pouco a pouco se encontrando. O mercado tímido no verão somado à vergonha pela eliminação precoce na Liga Europa colocaram em xeque o cargo de Marcelino Toral como treinador da equipe e a temporada dos nervionenses. Porém, quebrando qualquer tipo de prognósticos negativos, o Sevilla começou a Liga BBVA disposto a recuperar-se: em seis jogos, ainda mantem-se invicto, com duas vitórias e quatro empates. O treinador ainda não é nenhuma unanimidade, mas vai encontrando um padrão de jogo ao time.
Ainda há algumas escolhas a se corrigir. Marcelino arriscou e resolveu mexer no esquema tático da equipe, mudando o 4-4-2 a rombo que deu certo com Manzano no primeiro semestre deste ano para usar o 4-2-3-1. Acontece que, com a nova tática, Rakitic é recuado para jogar na volância ao lado de Medel, posição totalmente diferente da época de Manzano. O croata, que caiu como uma bênção na equipe de Manzano (jogando centralizado, no suporte a Kanouté e Negredo), ainda não "estreou" na temporada.
O Bétis foi a grande surpresa deste início de temporada (clique aqui e leia uma análise mais completa do Bétis). Do time-base, apenas quatro jogadores (Chica, Mario, Montero e Santa Cruz) não estavam no clube no título da Liga Adelante na temporada passada. Quem também já estava em Heliópolis era o técnico Pepe Mel. De carreira discreta, com apenas uma passagem pela elite (em 2001/02, no comando do Tenerife), ele soube agrupar o elenco. Montou o time em um 4-5-1 que pode se transformar em 4-2-3-1, mas os números são secundários. O fundamental é a confiança que esse time tem, mesmo sem grife.
Voltou à primeira divisão falando em entrar em campo como protagonista e disposto a brigar por competições europeias. E é isso que tem feito nestas primeiras rodadas. Mesmo com as duas derrotas consecutivas, a discurso no Benito Villamarín é otimista. É evidente que esse time não tem fôlego para ocupar as primeiras posições por muito tempo. De qualquer modo, é um novo Betis que se vê na primeira divisão. Um Betis sem megalomania e sem gastar mais do que pode.
No Málaga, as aquisições poderosas no mercado já não são mais incógnitas. Com quatro vitórias, um empate e uma derrota em seis jogos, os blanquiazules estabeleceram o melhor início de temporada desde 1983 e chegaram a liderarem a competição por pelo menos oito horas. O clube de Martirico ainda não tem rendido 100% do que pode, mostrando carências em alguns setores, mas a torcida está ilusionada: a cada jogo no La Rosaleda, o alto-falante do estádio colocar a música oficial da Champions League para tocar antes da bola rolar.
Em campo, Pellegrini não tem inventado: mesmo afeito a rodízios, o treinado pouco tem trocado jogadores de um jogo para outro e, mesmo acenando com a possibilidade de voltar ao 4-4-2 utilizado na pré-temporada, tem jogado no 4-2-3-1, a melhor tática para a equipe. Com Júlio Baptista tinindo após a volta da lesão, Cazorla justificando os milhões de euros pago junto ao Villarreal e a capacidade goleadora de van Nistelrooy começando a aparecer, os blanquiazules prometem muito.
Belo texto e bom destaque Victor, os Andaluzes (com a exceção do Granada, futuro rebaixado) estão muito bem, apesar dos últimos tropeços do Beis e do Sevilla jogar muito recuado.
ResponderExcluirVale o destaque também para a administração da família Pozzo, donos da Udinese co-lider do Calcio e do Granada onde só o fato de está na primeira divisão é um grande feito.
Além do bom desempenho dentro de campo a família consegue vender as revelações (como Alexis Sanchez) e manter um time forte.