A família Nadal, representada por Miguel Ángel Nadal, se desligou do Mallorca: os problemas não param (Marca)
As diversas desavenças entre Michael Laudrup, ex-treinador do Mallorca, e Serra Ferrer, vice-presidente do clube, valeu o cargo do dinamarquês, que foi oficialmente demitido do clube de Palma de Mallorca no início da semana passada. Em sua despedida, o ex-jogador afirmou, entre inúmeros motivos de sua decisão de deixar o cargo de treinador, que não concordava com a política de contratações do clube, que, segundo ele, não cumpriu com as palavras ditas antes do início da temporada.
A decisão de Laudrup de deixar o clube aconteceu um dia depois do seu assistente Erik Larsen ser demitido por dizer que Serra Ferrer é uma "pessoa ruim". O ex-jogador dinamarquês tinha criticado a decisão do clube de vender vários jogadores, incluindo o atacante Pierre Webó e o meio-campista Jonathan De Guzman durante a última janela de transferências. O clube de Palma de Mallorca é um dos vários da Espanha que teve de buscar proteção contra a falência nos últimos anos (lembrem-se da perda da vaga na Liga Europa passada, por dívidas enormes com a Uefa e o governo espanhol). Sua nova diretoria, portanto, adotou uma política de austeridade. "Eu não vim aqui pelo dinheiro. Eu vim porque era um bom projeto", disse Laudrup, em suas palavras finais.
Os problemas internos, que quase minaram as duas últimas temporadas do Mallorca, continuam imperando no clube mallorquino. Logo após a demissão de Laudrup, membros da Federação de Peñas Mallorquistas se reuniram nos arredores do Iberostar Estadio para discutir sobre os problemas do club. Em um dos assuntos em pauta, os sócios-torcedores chegaram a um consenso unanime e pediram, diretamente ao clube, a demissão de um dos conselheiros da chapa de Ferrer, Gabriel Cerdàs, que, segundo eles, não tem respeito a imagem do clube e aos outros membros da comissão técnica. Apesar do clima de tensão pairando sobre o ambiente do Mallorca, em uma reunião entre os dirigentes do clube nenhum membro da comissão-técnica foi demitido, apesar do pedido das peñas e da especulação da imprensa espanhola de que Ferrer iria demitir Pedro Terrasa, diretor geral do clube que foi acusado publicamente pelo vice-presidente pelo principal responsável pela crise interna com a qual vive o clube.
Para completar uma crise sem fim, a família Nadal, representada pelo ex-jogador Miguel Ángel Nadal, se desligou oficialmente do clube, em anúncio feito hoje à tarde, como o Marca havia especulado há uma semana. "Lamentamos a imagem que está sendo projetada nestes últimos dias", afirmou o presidente do Mallorca, Jaume Cladera, que garantiu que, apesar das divergências, a família do tenista Rafael Nadal seguirá tendo 10% das ações do clube. Os problemas extracampo, contudo, não vêm afetando muito o desempenho dos baleares dentro de campo: os bermellones ocupam a décima-colocação, com duas vitórias, um empate e três derrotas.
Injeção de ânimo?
Para o lugar de Michael Laudrup, Serra Ferrer anunciou na última quinta-feira um velho conhecido dele e do futebol espanhol: o andaluz Joaquín Caparrós, ex-Deportivo, Sevilla e Athletic Bilbao. Coincidentemente, o vice-presidente do Mallorca é sócio do Bétis, enquanto o novo treinador é sócio do Sevilla. Durante a temporada 2004/2005, os dois se "encontraram" no outro lado da moeda: enquanto Ferrer caminhava para sua segunda temporada à frente da presidência verdiblanca, Caparrós acumulava êxitos com os nervionenses. Os dois nunca foram amigos, é verdade, mas sempre manteram a educação em público. Agora, "jogarão" juntos no mesmo lado por um único motivo: ajudar o Mallorca.
Em campo, Caparrós, que costuma utilizar o 4-4-2 com dois volantes e dois meias no suporte aos atacantes, deverá apostar no 4-2-3-1 variando para o 4-1-4-1 de Laudrup. A defesa deverá seguir a mesma com o canterano Pedro Bigas na esquerda, enquanto Cáceres e Kevin não voltarem de suas respectivas lesões. O meio-campo, aliás, deverá ter algumas alterações: Michel Pereira deverá aparecer no lugar de Nsue, que iniciou muito mal a temporada, e Alfaro deve ser deslocado para a linha de três, abrindo espaço para Victor no ataque. Os primeiros jogos de Caparrós sob o comando rojo irá requer uma série de atenção e concentração: Valencia, Atlético de Madrid, Sporting Gijón e Barcelona. Uma prova de fogo para o treinador.
A decisão de Laudrup de deixar o clube aconteceu um dia depois do seu assistente Erik Larsen ser demitido por dizer que Serra Ferrer é uma "pessoa ruim". O ex-jogador dinamarquês tinha criticado a decisão do clube de vender vários jogadores, incluindo o atacante Pierre Webó e o meio-campista Jonathan De Guzman durante a última janela de transferências. O clube de Palma de Mallorca é um dos vários da Espanha que teve de buscar proteção contra a falência nos últimos anos (lembrem-se da perda da vaga na Liga Europa passada, por dívidas enormes com a Uefa e o governo espanhol). Sua nova diretoria, portanto, adotou uma política de austeridade. "Eu não vim aqui pelo dinheiro. Eu vim porque era um bom projeto", disse Laudrup, em suas palavras finais.
Os problemas internos, que quase minaram as duas últimas temporadas do Mallorca, continuam imperando no clube mallorquino. Logo após a demissão de Laudrup, membros da Federação de Peñas Mallorquistas se reuniram nos arredores do Iberostar Estadio para discutir sobre os problemas do club. Em um dos assuntos em pauta, os sócios-torcedores chegaram a um consenso unanime e pediram, diretamente ao clube, a demissão de um dos conselheiros da chapa de Ferrer, Gabriel Cerdàs, que, segundo eles, não tem respeito a imagem do clube e aos outros membros da comissão técnica. Apesar do clima de tensão pairando sobre o ambiente do Mallorca, em uma reunião entre os dirigentes do clube nenhum membro da comissão-técnica foi demitido, apesar do pedido das peñas e da especulação da imprensa espanhola de que Ferrer iria demitir Pedro Terrasa, diretor geral do clube que foi acusado publicamente pelo vice-presidente pelo principal responsável pela crise interna com a qual vive o clube.
Para completar uma crise sem fim, a família Nadal, representada pelo ex-jogador Miguel Ángel Nadal, se desligou oficialmente do clube, em anúncio feito hoje à tarde, como o Marca havia especulado há uma semana. "Lamentamos a imagem que está sendo projetada nestes últimos dias", afirmou o presidente do Mallorca, Jaume Cladera, que garantiu que, apesar das divergências, a família do tenista Rafael Nadal seguirá tendo 10% das ações do clube. Os problemas extracampo, contudo, não vêm afetando muito o desempenho dos baleares dentro de campo: os bermellones ocupam a décima-colocação, com duas vitórias, um empate e três derrotas.
Injeção de ânimo?
Em 2004, Ferrer era presidente do Bétis e Caparrós treinador do Sevilla. Hoje, os dois estarão do mesmo lado no clube balear (LFP)
Para o lugar de Michael Laudrup, Serra Ferrer anunciou na última quinta-feira um velho conhecido dele e do futebol espanhol: o andaluz Joaquín Caparrós, ex-Deportivo, Sevilla e Athletic Bilbao. Coincidentemente, o vice-presidente do Mallorca é sócio do Bétis, enquanto o novo treinador é sócio do Sevilla. Durante a temporada 2004/2005, os dois se "encontraram" no outro lado da moeda: enquanto Ferrer caminhava para sua segunda temporada à frente da presidência verdiblanca, Caparrós acumulava êxitos com os nervionenses. Os dois nunca foram amigos, é verdade, mas sempre manteram a educação em público. Agora, "jogarão" juntos no mesmo lado por um único motivo: ajudar o Mallorca.
Em campo, Caparrós, que costuma utilizar o 4-4-2 com dois volantes e dois meias no suporte aos atacantes, deverá apostar no 4-2-3-1 variando para o 4-1-4-1 de Laudrup. A defesa deverá seguir a mesma com o canterano Pedro Bigas na esquerda, enquanto Cáceres e Kevin não voltarem de suas respectivas lesões. O meio-campo, aliás, deverá ter algumas alterações: Michel Pereira deverá aparecer no lugar de Nsue, que iniciou muito mal a temporada, e Alfaro deve ser deslocado para a linha de três, abrindo espaço para Victor no ataque. Os primeiros jogos de Caparrós sob o comando rojo irá requer uma série de atenção e concentração: Valencia, Atlético de Madrid, Sporting Gijón e Barcelona. Uma prova de fogo para o treinador.
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