Agüero comemora, para desespero de Gonzalo, ao fundo: o Villarreal está próximo da eliminação precoce na Champions (getty images)
O Villarreal viajou a Manchester com a sensação de final de campeonato. Contra o poderoso Manchester City, líder da Premier League, o Submarino Amarelo fez sua melhor partida na temporada, chegou, inclusive, a estar vencendo por um a zero, mas sucumbiu nos finais da primeira e segunda etapa e saiu da Inglaterra virtualmente eliminado da Champions League. Com nenhum ponto em três jogos, sonhar com a Liga Europa também complicou: Manchester City e Napoli, seus "concorrentes", estão com quatro e cinco pontos, respectivamentes. Aos amarillos, restam fazer uma returno perfeito e saber o usar o fator casa: irá enfrentar os azuis de Manchester e Napoles no El Madrigal. O Bayern lidera o grupo com folgas: com sete pontos, já está praticamente classificado à próxima fase.
Curiosamente, o gol que decretou a vitória mancuniana veio através de um velho conhecido dos aficionados amarillos: Agüero, que entrou em meados do segundo tempo, sacramentou a virada dos anfitriões e chegou ao seu oitavo gol em dez partidas contra a equipe de Castilla e Leão. David Silva, que vive bela fase, passou em branco e, bem marcado pelo meio-campo amarillo nos primeiros quarenta e cinco minutos da partida, passou a crescer apenas no segundo tempo, com a saída de Nasri, muito marcado por Zapata, que liberou o espanhol para jogar mais aberto à esquerda. A defesa do Villarreal se comportou muito bem, mas falhou em dois lances capitais que decidiram a partida: no gol de empate do City, marcado por Marchena contra, e no de Kun, quando, mal posicionado, deixou três jogadores dos sky blues sozinhos (Silva chegou a desviar) e Agüero completou.
O capitão Gonzalo Rodríguez se comportou, de fato, como um capitão. Limpo e seguro, foi um dos melhores em campo. Dzeko, isolado no 4-2-3-1 de Roberto Mancini, foi anulado pelo camisa dois. Marchena foi do céu ao inferno: o ex-Valencia fazia uma partida bastante correta até o momento que, numa jogada de infelicidade e falta de comunicação com Diego López, cortou para o gol um cruzamento de Kolarov. Talvez faltou ao Villarreal mais ousadia. Atuando num inédito 4-2-3-1 (até pela lesão de Nilmar), o Submarino Amarelo dominou o City na primeira etapa e levaram muito perigo à meta de Hart. No segundo tempo, Garrido recuou demais o Villarreal, chamando o Manchester para cima. Ao tirar De Guzmán e Cani, dois dos melhores em campo, e colocar o canterano Gullón e Mário, o treinador deu um tiro pela culatra: além de perder em experiência, Garrido mudou o módulo tático da equipe paraum 4-4-1-1, o suficiente para tirar, praticamente, Rossi da partida, que ficou mais isolado do que já estava.
O pós-jogo foi marcado por polêmicas. José Manuel Llaneza, vice-presidente do Villarreal, acusou Agüero de zombar do clube e dos jogadores no caminha para os vestuários. "O que o Agüero fez foi falta de ética, respeito e, acima de tudo, companheirismo", esbravejou Llaneza. "É uma pena que um jogador tão talentoso como Agüero tenha uma cabeça tão pequena", disse Marchena. Por sua vez, Agüero negou qualquer tipo polêmica: "todos conhecem minha trajetória e minha conduta. Não sou e jamais farei isso", afirmou Kun. José Ortiz, zagueiro do Almería, colocou mais lenha no fogo ao afirmar que, em 2007, o atacante já havia tido uma atitude semelhante a este após uma vitória do Atlético de Madrid. Os castellonenses, agora, não poderão nem pensar em empatar: se ainda pensa em classificação - muito improvável, agora - terão que somar, no mínimo, sete pontos dos nove possíveis.
A Espanha que dá certo
Diante de um Lyon tímido e omisso e sentindo a falta do artilheiro Lisandro López, o Real Madrid passou como um rolo compressor e aplicou 4 a 0 em Santiago Bernabéu para disparar na liderança do Grupo D da Liga dos Campeões. A postura agressiva do time espanhol, que tinha toque de bola e capacidade de chegar à frente, rendeu os tentos marcados por Benzema, Khedira, Özil e Sérgio Ramos.
Mesmo com o ótimo final de semana de Kaká e Higuaín, Mourinho fez jus às palavras ditas após a partida contra o Racing Santander, no qual havia afirmado que, com tanto talento à disposição, não existe jogador titular e reserva: iniciou o jogo com Benzema e Di María, em dentrimento da dupla citada acima. O francês voltou a ser uma pedra no sapato de sua ex-equipe: além de ser um dos melhores em campo, ao lado de Özil, marcou o primeiro gol e deu a assistência para o tento de Khedira. O turco-alemão, por outro lado, lembrou Zidane, dominando o meio-campo e deixando Cristiano Ronaldo e Benzema na cara de Lloris por muitas vezes.
Se, por um lado, o craque português não marcou um dos últimos 12 gols do Real Madrid nas últimas três partidas, isso serve para mostrar que uma possível "CR7dependência" inexiste. Ao contrário da temporada passada, quando o gajo foi disparado o artilheiro merengue, na atual temporada os gols estão bem divididos: Cristiano Ronaldo permanece como o máximo artilheiro, com nove gols, mas seguido de perto por Higuaín (9), Benzema (6) e Kaká (4). O que surpreende nesta seca de Ronaldo é uma versão mais solidária do craque: foram cinco passes para gols nesses 12 tentos.
Curiosamente, o gol que decretou a vitória mancuniana veio através de um velho conhecido dos aficionados amarillos: Agüero, que entrou em meados do segundo tempo, sacramentou a virada dos anfitriões e chegou ao seu oitavo gol em dez partidas contra a equipe de Castilla e Leão. David Silva, que vive bela fase, passou em branco e, bem marcado pelo meio-campo amarillo nos primeiros quarenta e cinco minutos da partida, passou a crescer apenas no segundo tempo, com a saída de Nasri, muito marcado por Zapata, que liberou o espanhol para jogar mais aberto à esquerda. A defesa do Villarreal se comportou muito bem, mas falhou em dois lances capitais que decidiram a partida: no gol de empate do City, marcado por Marchena contra, e no de Kun, quando, mal posicionado, deixou três jogadores dos sky blues sozinhos (Silva chegou a desviar) e Agüero completou.
O capitão Gonzalo Rodríguez se comportou, de fato, como um capitão. Limpo e seguro, foi um dos melhores em campo. Dzeko, isolado no 4-2-3-1 de Roberto Mancini, foi anulado pelo camisa dois. Marchena foi do céu ao inferno: o ex-Valencia fazia uma partida bastante correta até o momento que, numa jogada de infelicidade e falta de comunicação com Diego López, cortou para o gol um cruzamento de Kolarov. Talvez faltou ao Villarreal mais ousadia. Atuando num inédito 4-2-3-1 (até pela lesão de Nilmar), o Submarino Amarelo dominou o City na primeira etapa e levaram muito perigo à meta de Hart. No segundo tempo, Garrido recuou demais o Villarreal, chamando o Manchester para cima. Ao tirar De Guzmán e Cani, dois dos melhores em campo, e colocar o canterano Gullón e Mário, o treinador deu um tiro pela culatra: além de perder em experiência, Garrido mudou o módulo tático da equipe paraum 4-4-1-1, o suficiente para tirar, praticamente, Rossi da partida, que ficou mais isolado do que já estava.
O pós-jogo foi marcado por polêmicas. José Manuel Llaneza, vice-presidente do Villarreal, acusou Agüero de zombar do clube e dos jogadores no caminha para os vestuários. "O que o Agüero fez foi falta de ética, respeito e, acima de tudo, companheirismo", esbravejou Llaneza. "É uma pena que um jogador tão talentoso como Agüero tenha uma cabeça tão pequena", disse Marchena. Por sua vez, Agüero negou qualquer tipo polêmica: "todos conhecem minha trajetória e minha conduta. Não sou e jamais farei isso", afirmou Kun. José Ortiz, zagueiro do Almería, colocou mais lenha no fogo ao afirmar que, em 2007, o atacante já havia tido uma atitude semelhante a este após uma vitória do Atlético de Madrid. Os castellonenses, agora, não poderão nem pensar em empatar: se ainda pensa em classificação - muito improvável, agora - terão que somar, no mínimo, sete pontos dos nove possíveis.
A Espanha que dá certo
Benzema e Özil, melhores em campo, comemoram: enquanto o Villarrel está praticamente fora, os merengues estão a um empate da classificação (getty images)
Diante de um Lyon tímido e omisso e sentindo a falta do artilheiro Lisandro López, o Real Madrid passou como um rolo compressor e aplicou 4 a 0 em Santiago Bernabéu para disparar na liderança do Grupo D da Liga dos Campeões. A postura agressiva do time espanhol, que tinha toque de bola e capacidade de chegar à frente, rendeu os tentos marcados por Benzema, Khedira, Özil e Sérgio Ramos.
Mesmo com o ótimo final de semana de Kaká e Higuaín, Mourinho fez jus às palavras ditas após a partida contra o Racing Santander, no qual havia afirmado que, com tanto talento à disposição, não existe jogador titular e reserva: iniciou o jogo com Benzema e Di María, em dentrimento da dupla citada acima. O francês voltou a ser uma pedra no sapato de sua ex-equipe: além de ser um dos melhores em campo, ao lado de Özil, marcou o primeiro gol e deu a assistência para o tento de Khedira. O turco-alemão, por outro lado, lembrou Zidane, dominando o meio-campo e deixando Cristiano Ronaldo e Benzema na cara de Lloris por muitas vezes.
Se, por um lado, o craque português não marcou um dos últimos 12 gols do Real Madrid nas últimas três partidas, isso serve para mostrar que uma possível "CR7dependência" inexiste. Ao contrário da temporada passada, quando o gajo foi disparado o artilheiro merengue, na atual temporada os gols estão bem divididos: Cristiano Ronaldo permanece como o máximo artilheiro, com nove gols, mas seguido de perto por Higuaín (9), Benzema (6) e Kaká (4). O que surpreende nesta seca de Ronaldo é uma versão mais solidária do craque: foram cinco passes para gols nesses 12 tentos.
Higuain tem 8 gols, nao?
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