Mata ganhou a Eurocopa Sub-19 e Sub-21 com as seleções de base e o Mundial com a seleção principal (getty images)
Na Espanha, poucos meio-campistas são tão completos quanto Juan Manuel Mata. Capitão do Valencia, o jogador alia a técnica para distribuir passes precisos à boa marcação quando necessário, dando-lhe uma capacidade ímpar de organização de jogo. Sua posição natural dentro dentro de campo é a meia-esquerda, ainda que jogue, naturalmete, como segundo atacante ou ponta, dependendo do esquerma. Em 2007/2008, com Ronaldo Koeman como treinador do clube ché, atuou muitas vezes como extremo pelo flanco direito do 4-2-3-1 do holandês. Entretanto, "manifestou" publicamente que, por ser canhoto, o flanco esquerdo é seu lugar preferido. Pedido atendido: Koeman o colocou no setor esquerdo e Mata nunca mais saiu da equipe titular.
El Mágico iniciou sua carreira futebolistica nas canteras do Oviedo, principal clube de sua cidade natal, Burgos. Com 12 anos, já mostrava uma técnica impressionante, além da velocidade e da naturalidade para dar passes e assistências precisas. O assédio do Real Madrid era enorme, e os azulones não conseguiram segurar o jovem Mata. No clube merengue, com 15 anos, chegou com status de grande promessa e foi o principal jogador da equipe juvenil A: na temporada 2005/2006 ganhou a Liga e a Copa del Rey, onde foi eleito o melhor jogador das duas competição. Com 17 anos, foi convocado para a disputar a Eurocopa Sub-19 com a seleção espanhola e seguiu mostrando suas virtudes: acabou o torneio como campeão e melhor jogador, marcando quatro gols e dando cinco assistências.
Não demorou muito para que Mata subisse para o Real Madrid Castilla: em 2006/2007, já era titular da filial merengue que disputava a Segunda División B. Mais deslocado para a esquerda do que de costume, devido ao 4-3-3 de Juan Ferrer, treinador do Castilla à época, terminou a temporada com dez gols (ficando atrás apenas de Álvaro Negredo) e oito assistências. Bernd Schuster, que havia sido eleito o novo treinador da equipe principal do Real Madrid em 2007/2008 após boa campanha com o Getafe, chamou três jogadores da filial para treinos da pré-temporada. Contudo, mesmo sendo um dos principais jogadores da filial e vindo de um bom Mundial Sub-2, Mata não fora chamado pelo alemão, o que acabou gerando bastante controvérsias nos bastidores merengue: o jogador era xodó de Ramón Calderón, presidente do Real Madrid à época.
Sem muitas chances em Chamartin, acabou rumando ao Valencia sem ao menos ter jogado uma partida pela equipe principal dos merengues. Nos blanquinegros, um déjà vu: inicialmente fora jogador do Valencia Mestalla (filial da equipe A) e não sendo aproveitado por Quique Sánchez Flores na equipe principal. Porém, ao contrário do que aconteceu na capital, El Mágico não abaixou os braços e continuou jogando com a filial. Com a chegada de Koeman para substituir Quique, as participações de Mata com a equipe principal passaram a ser mais habituais. Na Liga BBVA, o Valencia passou por uma de suas maiores crises nos últimos anos, o que serviu para os chés concentrarem-se mais na Copa do Rei.
Na segunda principal competição nacional, Mata se destacou: marcou cinco gols, sendo um contra o Barcelona na semifinal decisivo, foi o artilheiro do Valencia (vice-artilheiro da competição) e acabou campeão, após vitória na final ante o Getafe. No campeonato espanhol, foram poucos minutos, mas quatro gols. A partir de 2008/2009, tudo ganhou novo rumo para o meio-campista (e para o Valencia). Após um início bastante promissor, porém, o Valencia acabou falhando na reta final e perde uma vaga na Champions League. Individualmente, a temporada de Mata foi notável. Marcou doze gols e deu assistência para seis, além de formar parte do tridente ché, ao lado de David Villa e David Silva. Os três, juntos, garantiram 71% dos pontos do Valencia na Liga e participaram de 34 dos 55 gols da equipe de Unai Emery, uma porcentagem de 62% de acerto.
Na temporada 2009/2010, o Valencia voltou a se classificar para a Champions League, com Mata mais efetivo e vestindo a camisa dez, procedente de Angulo. Seus números aumentaram: 14 gols e oito assistências. O prêmio pela boa temporada foi a convocação para a Copa do Mundo, onde não titular devido a concorrência com jogadores como Iniesta, Xavi e, se deslocado, Pedro. Nos amistosos de preparação, chegou a ser titular contra a Arábia Saudita, mas não foi bem, atuando mais isolado do que de costume no 4-5-1 de Del Bosque.
No retorno a Paterna, Mata sabia que iria se tornar o protagonista: o Valencia não conseguiu segurar David Villa e David Silva, que rumaram para o Barcelona e para o Manchester City, respectivamente. Em uma de suas enrolações, o Marca chegou a confimar que o Barcelona havia pagado 20 milhões e contratado o jogador. Apesar de Unai ser adepto às rotações, Mata raramente sai da equipe titular e, após pegar a braçadeira de capitão, tornou-se, literalmente, um líder nato dos vestiários, mesmo com apenas 22 anos. Eleito um dos destaques do Valencia no especial Balanço Geral feito pelo blog, renovou seu contrato com os chés em janeiro de 2011. Fechou a temporada com o título do Europeu Sub-21, tornando-se, junto com Javi Martinez, os dois únicos jogadores a conquistarem primeiro a Copa do Mundo e depois a Eurocopa da categoria.
Apesar das muitas investidas do Liverpool, Barcelona, Arsenal e Tottenham, Manuel Llorente, presidente do Valencia, afirmou em uma entrevista ao Superdeporte (leia aqui) que o clube não pretende se desfazer de seu principal jogador. O Barcelona chegou a ficar de olho no jogador caso a contratação de Alexis Sánchez falhasse, mas o chileno está muito próximo dos blaugrana. Possivelmente, Mata irá continuar mesmo no Valencia, que chegará forte para a nova temporada: conseguiu a manuntenção da base terceira colocada da temporada passada e trouxe os bons Piatti e Dani Parejo. É esperar para ver.
Juan Mata
Nome completo: Juan Manuel Mata García
Data de nascimento: 28 de abril de 1988, em Burgos, Espanha.
Posição: Meio-campista.
Clubes: Oviedo, Real Madrid Castilla e Valencia
Títulos: Copa do Rei 2007/2008, Eurocopa Sub-19 2006, Eurocopa Sub-21 2011 e Copa do Mundo de 2010.
El Mágico iniciou sua carreira futebolistica nas canteras do Oviedo, principal clube de sua cidade natal, Burgos. Com 12 anos, já mostrava uma técnica impressionante, além da velocidade e da naturalidade para dar passes e assistências precisas. O assédio do Real Madrid era enorme, e os azulones não conseguiram segurar o jovem Mata. No clube merengue, com 15 anos, chegou com status de grande promessa e foi o principal jogador da equipe juvenil A: na temporada 2005/2006 ganhou a Liga e a Copa del Rey, onde foi eleito o melhor jogador das duas competição. Com 17 anos, foi convocado para a disputar a Eurocopa Sub-19 com a seleção espanhola e seguiu mostrando suas virtudes: acabou o torneio como campeão e melhor jogador, marcando quatro gols e dando cinco assistências.
Não demorou muito para que Mata subisse para o Real Madrid Castilla: em 2006/2007, já era titular da filial merengue que disputava a Segunda División B. Mais deslocado para a esquerda do que de costume, devido ao 4-3-3 de Juan Ferrer, treinador do Castilla à época, terminou a temporada com dez gols (ficando atrás apenas de Álvaro Negredo) e oito assistências. Bernd Schuster, que havia sido eleito o novo treinador da equipe principal do Real Madrid em 2007/2008 após boa campanha com o Getafe, chamou três jogadores da filial para treinos da pré-temporada. Contudo, mesmo sendo um dos principais jogadores da filial e vindo de um bom Mundial Sub-2, Mata não fora chamado pelo alemão, o que acabou gerando bastante controvérsias nos bastidores merengue: o jogador era xodó de Ramón Calderón, presidente do Real Madrid à época.
Sem muitas chances em Chamartin, acabou rumando ao Valencia sem ao menos ter jogado uma partida pela equipe principal dos merengues. Nos blanquinegros, um déjà vu: inicialmente fora jogador do Valencia Mestalla (filial da equipe A) e não sendo aproveitado por Quique Sánchez Flores na equipe principal. Porém, ao contrário do que aconteceu na capital, El Mágico não abaixou os braços e continuou jogando com a filial. Com a chegada de Koeman para substituir Quique, as participações de Mata com a equipe principal passaram a ser mais habituais. Na Liga BBVA, o Valencia passou por uma de suas maiores crises nos últimos anos, o que serviu para os chés concentrarem-se mais na Copa do Rei.
Na segunda principal competição nacional, Mata se destacou: marcou cinco gols, sendo um contra o Barcelona na semifinal decisivo, foi o artilheiro do Valencia (vice-artilheiro da competição) e acabou campeão, após vitória na final ante o Getafe. No campeonato espanhol, foram poucos minutos, mas quatro gols. A partir de 2008/2009, tudo ganhou novo rumo para o meio-campista (e para o Valencia). Após um início bastante promissor, porém, o Valencia acabou falhando na reta final e perde uma vaga na Champions League. Individualmente, a temporada de Mata foi notável. Marcou doze gols e deu assistência para seis, além de formar parte do tridente ché, ao lado de David Villa e David Silva. Os três, juntos, garantiram 71% dos pontos do Valencia na Liga e participaram de 34 dos 55 gols da equipe de Unai Emery, uma porcentagem de 62% de acerto.
Na temporada 2009/2010, o Valencia voltou a se classificar para a Champions League, com Mata mais efetivo e vestindo a camisa dez, procedente de Angulo. Seus números aumentaram: 14 gols e oito assistências. O prêmio pela boa temporada foi a convocação para a Copa do Mundo, onde não titular devido a concorrência com jogadores como Iniesta, Xavi e, se deslocado, Pedro. Nos amistosos de preparação, chegou a ser titular contra a Arábia Saudita, mas não foi bem, atuando mais isolado do que de costume no 4-5-1 de Del Bosque.
No retorno a Paterna, Mata sabia que iria se tornar o protagonista: o Valencia não conseguiu segurar David Villa e David Silva, que rumaram para o Barcelona e para o Manchester City, respectivamente. Em uma de suas enrolações, o Marca chegou a confimar que o Barcelona havia pagado 20 milhões e contratado o jogador. Apesar de Unai ser adepto às rotações, Mata raramente sai da equipe titular e, após pegar a braçadeira de capitão, tornou-se, literalmente, um líder nato dos vestiários, mesmo com apenas 22 anos. Eleito um dos destaques do Valencia no especial Balanço Geral feito pelo blog, renovou seu contrato com os chés em janeiro de 2011. Fechou a temporada com o título do Europeu Sub-21, tornando-se, junto com Javi Martinez, os dois únicos jogadores a conquistarem primeiro a Copa do Mundo e depois a Eurocopa da categoria.
Apesar das muitas investidas do Liverpool, Barcelona, Arsenal e Tottenham, Manuel Llorente, presidente do Valencia, afirmou em uma entrevista ao Superdeporte (leia aqui) que o clube não pretende se desfazer de seu principal jogador. O Barcelona chegou a ficar de olho no jogador caso a contratação de Alexis Sánchez falhasse, mas o chileno está muito próximo dos blaugrana. Possivelmente, Mata irá continuar mesmo no Valencia, que chegará forte para a nova temporada: conseguiu a manuntenção da base terceira colocada da temporada passada e trouxe os bons Piatti e Dani Parejo. É esperar para ver.
Juan Mata
Nome completo: Juan Manuel Mata García
Data de nascimento: 28 de abril de 1988, em Burgos, Espanha.
Posição: Meio-campista.
Clubes: Oviedo, Real Madrid Castilla e Valencia
Títulos: Copa do Rei 2007/2008, Eurocopa Sub-19 2006, Eurocopa Sub-21 2011 e Copa do Mundo de 2010.
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