Ele é diferente. Para alguns, até diferenciado. Custa caro, mas dá retorno. Geralmente em forma de gols. Muitos gols. Nascido Fernando José Torres Sanz, o pequeno "El Niño" começou a carreira como goleiro, seguindo os passos de seu irmão. Colchonero desde nascença, contrariando a lógica em uma cidade onde o gigante e rival Real Madrid tem muito mais holofotes, Fernando Torres viu no ataque uma chance de vingar no futebol, já que a altura não era das mais apropriadas para um guarda-redes. A inspiração dessa vez vinha da televisão: o seriado "Oliver y Benji", que são os famosos Oliver Tsubasa e Benji Wakabayashi, protagonistas da série Super Campeões, como é conhecido o seriado no Brasil.
Entre as tentativas de bicicletas após bolas no travessão e chutes de trivela, Fernando atuava na base de um clube de Madrid que cedia jovens atletas para as categorias de base do Atlético. El Niño foi um dos três selecionados logo no primeiro ano, após marcar absurdos 55 gols. Estreou nos profissionais do Atlético de Madrid na temporada 2000/01, marcando seu primeiro gol diante do Albacete.
El Niño tinha status de estrela no clube. Era a maior jóia produzida nas canteras dos colchoneros em muito tempo. E correspondeu as expectativas enquanto atuou pelo clube madrilenho: foram 249 jogos e 91 gols em sete temporadas com a camisa tricolor. Como o Atlético não lutava pelo título dos campeonatos que disputava, grandes clubes de outros países e locais também se interessavam pelo futebol do atacante. Ao longo dos anos, os ingleses de Newcastle e Chelsea chegaram a entregar propostas por El Niño para o presidente Enrique Cerezo. A imprensa espanhola especulava, semana sim, semana também que o Barcelona via em Torres o seu #9 ideal.
Mas a proposta que seduziu Torres e a direção colchonera foi a do Liverpool. O manager Rafa Benítez, espanhol que treinava o clube da terra dos Beatles desde 2004, ofereceu 20 milhões de libras mais o meia esquerdo Luís García para o camisa #9 do Atlético ir jogar em Anfield Road.
Era o momento de Fernando Torres. Chegava a Premier League com um dos maiores salários do futebol, vestia a camisa de um clube tradicional e que tinha elenco para disputar o caneco de todos torneios que fosse jogar. E Torres correspondia a isso com gols. Foram 33 na primeira temporada com os Reds, além do terceiro lugar no prêmio de Melhor jogador do Mundo Fifa, no final da temporada.
Foram quatro temporadas em Anfield, com 81 gols marcados em 142 partidas. Nesse meio tempo, ele era a estrela da favorita Espanha na Euro 2008. Cumpriu seu papel de referência e foi líder da equipe rumo ao título, que veio com um gol dele, é claro. Pela Fúria em Copas do Mundo, Torres não teve tanto destaque. Nas categorias de base foi campeão europeu na Sub-16 e Sub-19 (2001 e 2002, respectivamente), mas em Mundiais foi discreto: em 2006, fez três gols em quatro jogos, mas a Fúria ficou nas oitavas-de-final. Na África do Sul em 2010, começou como titular, foi parar no banco de reservas durante o torneio e não marcou nenhuma vez, além de sair machucado na final. Mas levantou a taça de campeão...
Depois da Copa, Liverpool e Fernando Torres não tinham mais o mesmo entendimento. O Chelsea sabia disso e ofereceu algo entre 35 e 40 milhões de libras para ter El Niño em Stamford Bridge. A direção do clube não quis conversa e Torres jogou a primeira metade da temporada com a #9 vermelha. Em janeiro, o assédio foi tamanho que o Liverpool cedeu: o atacante espanhol custou 50 milhões de libras aos cofres de Roman Abramovich. O alto custo ainda não teve o retorno desejado: em 17 partidas, Torres marcou apenas uma vez - o segundo da vitória por 3-0 contra o rebaixado West Ham.
Aos 27 anos, com mais de uma década de carreira, Torres espera fazer no Chelsea o que todos esperam dele desde seu surgimento: a diferença. Ele, colchonero de infância em uma cidade de maioria merengue. Ele, desafiador de tabus desde a juventude. Ele, considerado a estrela de uma seleção antes que ela ganhasse tudo o que fosse possível - e que na hora H, não teve o poder de decisão que todos esperavam. A pressão está em cima de Fernando. Mas antes do apito final, sempre aparece um chute de trivela para resolver o problema.
Fernando Torres
Nome: Fernando José Torres Sanz
Apelido: El Niño
Nascimento: 20/03/1984 - 27 anos
Local: Fuenlabrada, Madrid, Espanha
Clubes que defendeu: Atlético de Madrid, Liverpool e Chelsea
Títulos: Segunda Divisão Espanhola (2001/02 - Atlético de Madrid)
Seleção: 86 jogos e 27 gols
Títulos pela Seleção: Europeu Sub-16 (2001), Europeu Sub-19 (2002), Euro 2008 e Copa do Mundo 2010
Entre as tentativas de bicicletas após bolas no travessão e chutes de trivela, Fernando atuava na base de um clube de Madrid que cedia jovens atletas para as categorias de base do Atlético. El Niño foi um dos três selecionados logo no primeiro ano, após marcar absurdos 55 gols. Estreou nos profissionais do Atlético de Madrid na temporada 2000/01, marcando seu primeiro gol diante do Albacete.
El Niño tinha status de estrela no clube. Era a maior jóia produzida nas canteras dos colchoneros em muito tempo. E correspondeu as expectativas enquanto atuou pelo clube madrilenho: foram 249 jogos e 91 gols em sete temporadas com a camisa tricolor. Como o Atlético não lutava pelo título dos campeonatos que disputava, grandes clubes de outros países e locais também se interessavam pelo futebol do atacante. Ao longo dos anos, os ingleses de Newcastle e Chelsea chegaram a entregar propostas por El Niño para o presidente Enrique Cerezo. A imprensa espanhola especulava, semana sim, semana também que o Barcelona via em Torres o seu #9 ideal.
Mas a proposta que seduziu Torres e a direção colchonera foi a do Liverpool. O manager Rafa Benítez, espanhol que treinava o clube da terra dos Beatles desde 2004, ofereceu 20 milhões de libras mais o meia esquerdo Luís García para o camisa #9 do Atlético ir jogar em Anfield Road.
Era o momento de Fernando Torres. Chegava a Premier League com um dos maiores salários do futebol, vestia a camisa de um clube tradicional e que tinha elenco para disputar o caneco de todos torneios que fosse jogar. E Torres correspondia a isso com gols. Foram 33 na primeira temporada com os Reds, além do terceiro lugar no prêmio de Melhor jogador do Mundo Fifa, no final da temporada.
Foram quatro temporadas em Anfield, com 81 gols marcados em 142 partidas. Nesse meio tempo, ele era a estrela da favorita Espanha na Euro 2008. Cumpriu seu papel de referência e foi líder da equipe rumo ao título, que veio com um gol dele, é claro. Pela Fúria em Copas do Mundo, Torres não teve tanto destaque. Nas categorias de base foi campeão europeu na Sub-16 e Sub-19 (2001 e 2002, respectivamente), mas em Mundiais foi discreto: em 2006, fez três gols em quatro jogos, mas a Fúria ficou nas oitavas-de-final. Na África do Sul em 2010, começou como titular, foi parar no banco de reservas durante o torneio e não marcou nenhuma vez, além de sair machucado na final. Mas levantou a taça de campeão...
Depois da Copa, Liverpool e Fernando Torres não tinham mais o mesmo entendimento. O Chelsea sabia disso e ofereceu algo entre 35 e 40 milhões de libras para ter El Niño em Stamford Bridge. A direção do clube não quis conversa e Torres jogou a primeira metade da temporada com a #9 vermelha. Em janeiro, o assédio foi tamanho que o Liverpool cedeu: o atacante espanhol custou 50 milhões de libras aos cofres de Roman Abramovich. O alto custo ainda não teve o retorno desejado: em 17 partidas, Torres marcou apenas uma vez - o segundo da vitória por 3-0 contra o rebaixado West Ham.
Aos 27 anos, com mais de uma década de carreira, Torres espera fazer no Chelsea o que todos esperam dele desde seu surgimento: a diferença. Ele, colchonero de infância em uma cidade de maioria merengue. Ele, desafiador de tabus desde a juventude. Ele, considerado a estrela de uma seleção antes que ela ganhasse tudo o que fosse possível - e que na hora H, não teve o poder de decisão que todos esperavam. A pressão está em cima de Fernando. Mas antes do apito final, sempre aparece um chute de trivela para resolver o problema.
Fernando Torres
Nome: Fernando José Torres Sanz
Apelido: El Niño
Nascimento: 20/03/1984 - 27 anos
Local: Fuenlabrada, Madrid, Espanha
Clubes que defendeu: Atlético de Madrid, Liverpool e Chelsea
Títulos: Segunda Divisão Espanhola (2001/02 - Atlético de Madrid)
Seleção: 86 jogos e 27 gols
Títulos pela Seleção: Europeu Sub-16 (2001), Europeu Sub-19 (2002), Euro 2008 e Copa do Mundo 2010
show de bola, voces são feras. Eu li todos,e até agora gostei de todos.
ResponderExcluir"A inspiração dessa vez vinha da televisão: o seriado "Oliver y Benji", que são os famosos Oliver Tsubasa e Benji Wakabayashi, protagonistas da série Super Campeões!"Gostei dessa parte.hauhauahuauhahu.:)
Sabia que era um achado essa informação do Torres ter se inspirado no Super Campeões quando criança, jajajaj
ResponderExcluirValeu pela audiência, Léo! Continue nos prestigiando!