Após superar a síndrome do pânico, Jesus Navas foi muito importante na final da Copa do Mundo contra a Holanda (FIFA)
Um dos principais motivos que ajudam a constituir a seleção espanhola é a qualidade de jogo de seu meio-campo. O setor concentra valorosos nomes disponíveis ao técnico Vicente Del Bosque, o que resulta em um leque de variações táticas e na manutenção da eficiência do time mesmo quando há algum desfalque. Contando com craques do quilate de Fàbregas, Iniesta, Xavi, David Silva e Xabi Alonso, não à toa há sempre um craque sentado no banco de reservas da Fúria. Um pouco antes do mundial, Del Bosque ganhou mais uma opção de extrema qualidade no meio. Jesús Navas foi convocado pela primeira vez no fim de 2009. O veloz meia direita já chamava atenção dos treinadores espanhóis há tempos, mas um grave problema de ansiedade patológica fazia com que ele tivesse que evitar a seleção.
Superando gradativamente a sua doença psiquiátrica e o trauma psicológico decorrente dela, Navas começa a se integrar definitivamente à equipe nacional. E, às portas do Mundial da África do Sul, o jogador teve a chance de se firmar como uma das grandes estrelas de seu país. Não é por menos que o Real Madrid demonstrou interesse em contratá-lo já no segundo semestre, mas acabou acertando com Özil e Di María. Na África do Sul, Navas desempenhou um papel importante: na final contra a Holanda, entrou no lugar de um bem marcado Pedro e colocou fogo no lado esquerdo da zaga holandesa, sendo importante pelas infiltrações por este setor.
Nascido na cidade de Los Palacios, localizada na província de Sevilla, Navas começou a dar os seus primeiros passos na equipe da terra natal, o modesto UD Los Palacios. Desde os oito anos, o jogador já demonstrava a sua habilidade com a bola nos pés, sempre atuando em categorias maiores que a sua. A técnica do meia logo chamou a atenção dos olheiros do Sevilla. Em 2000, o diretor das categorias de base do clube, Pablo Blanco, foi até os treinos do Los Palacios para observar a atuação do goleiro Wilfred. Mais que o arqueiro, quem encantou Blanco foi o jovem Navas. Em um dia muito chuvoso, o olheiro ficou impressionado com a facilidade que o garoto tinha de passar pelos seus marcadores no campo encharcado. Mesmo reticente pela frágil estrutura física de Navas, baixo e muito magro, Blanco resolveu apostar em sua técnica e levá-lo ao Ramón Sánchez-Pizjuán, a fim de lapidá-lo pessoalmente nas canteras rojiblancas.
Chegando ao Sevilla aos 15 anos, o “duende” - apelido de Navas por sua baixa estatura - não demorou muito para ganhar seu espaço e foi integrado ao Sevilla Atletico, segundo elenco do clube andaluz. Em sua temporada de estreia, em 2002/03, pouco entrou em campo. Mesmo assim, atuou em um número suficiente de partidas para que demonstrasse a sua categoria. Na temporada seguinte suas participações se multiplicaram. No entanto, mais que jogar pelo Sevilla Atletico, Navas já recebia as primeiras garantias de que se firmaria no time principal. Ainda no segundo semestre de 2003, dois dias após completar 18 anos, fez a sua estreia entre os profissionais, em partida diante do Espanyol. Ao fim da temporada, totalizou sete partidas, sendo duas delas começando na equipe titular.
A partir da segunda metade de 2004, Jesús Navas se incorporou de forma definitiva ao elenco treinado pelo técnico Joaquín Caparrós. E, concomitantemente à afirmação da jovem promessa como um jogador prodigioso, o Sevilla também cresceu e chegou a uma das fases mais vitoriosas de sua história. De volta à elite da La Liga desde 2001, os rojiblancos fizeram grande campanha na temporada 2004/05, alcançando a sexta posição. Peça fundamental no elenco, Navas marcou os seus primeiros dois gols com a camisa da equipe, e ia sendo beneficiado por uma política interna de se aproveitar os jovens valores, tal qual o hoje madrileno Sergio Ramos.
O boom do time e de Navas aconteceram em 2005/06. Após a saída de Júlio Baptista para o Real Madrid no meio de 2005, o meia assumiu a responsabilidade de ser o principal homem de ligação entre o ataque e a defesa de sua equipe, sempre aberto à direita do meio-campo. Deu seis passes para gol durante os 34 jogos que fez no Campeonato Espanhol, titular absoluto no certame, com 21 anos. Na Copa da UEFA daquele ano, jogou por 12 vezes, deu duas assistências e se sagrou campeão, em final na qual sua equipe goleou o Middlesbrough. Meses depois, ainda levaria a Super Copa da Europa, derrubando o favoritíssimo Barcelona. No ano seguinte, mais glórias. Atrapalhado por problemas físicos, foi um pouco menos frequente em campo. Nada que tirasse o brilho de suas jogadas poderosas ao lado de Daniel Alves pelo flanco direito, fundamentais para o terceiro lugar do Sevilla na Liga, o bicampeonato da Copa da Uefa e o título da Copa do Rei.
Navas, porém, não conseguia se firmar na seleção, não participando de nenhuma competição importante. O motivo? O fato de ter síndrome do pânico o impedia de se afastar da família e se concentrar com o restante do elenco longe de casa; sentia uma angústia, um mal-estar, físico e psicológico, que o forçava sempre a pedir dispensa e voltar a Andaluzia. Tal situação fez até mesmo com que Luis Aragonés, então treinador da seleção principal, desistisse da ideia de convocá-lo, além de desencorajar Chelsea e Arsenal, ambos interessados em sua contratação. Hoje, tratando do problema com remédios e terapia, contudo, Navas está totalmente recuperado e já é nome certo, a menos que se lesione, no grupo que irá tentar o bi-europeu.
Jesus Navas
Nome completo: Jesus Navas González
Data de nascimento: 21 de novembro de 1985, em Sevilla, Espanha
Posição: Meia-atacante
Clubes: Sevilla
Títulos: Copa da Uefa 2005/2006, Copa da Uefa 2006/2007, Copa del Rey 2006/2007, Copa del Rey 2009/2010, Supercopa da Uefa 2006, Supercopa da Espanha 2007, Copa do Mundo 2010
Superando gradativamente a sua doença psiquiátrica e o trauma psicológico decorrente dela, Navas começa a se integrar definitivamente à equipe nacional. E, às portas do Mundial da África do Sul, o jogador teve a chance de se firmar como uma das grandes estrelas de seu país. Não é por menos que o Real Madrid demonstrou interesse em contratá-lo já no segundo semestre, mas acabou acertando com Özil e Di María. Na África do Sul, Navas desempenhou um papel importante: na final contra a Holanda, entrou no lugar de um bem marcado Pedro e colocou fogo no lado esquerdo da zaga holandesa, sendo importante pelas infiltrações por este setor.
Nascido na cidade de Los Palacios, localizada na província de Sevilla, Navas começou a dar os seus primeiros passos na equipe da terra natal, o modesto UD Los Palacios. Desde os oito anos, o jogador já demonstrava a sua habilidade com a bola nos pés, sempre atuando em categorias maiores que a sua. A técnica do meia logo chamou a atenção dos olheiros do Sevilla. Em 2000, o diretor das categorias de base do clube, Pablo Blanco, foi até os treinos do Los Palacios para observar a atuação do goleiro Wilfred. Mais que o arqueiro, quem encantou Blanco foi o jovem Navas. Em um dia muito chuvoso, o olheiro ficou impressionado com a facilidade que o garoto tinha de passar pelos seus marcadores no campo encharcado. Mesmo reticente pela frágil estrutura física de Navas, baixo e muito magro, Blanco resolveu apostar em sua técnica e levá-lo ao Ramón Sánchez-Pizjuán, a fim de lapidá-lo pessoalmente nas canteras rojiblancas.
Chegando ao Sevilla aos 15 anos, o “duende” - apelido de Navas por sua baixa estatura - não demorou muito para ganhar seu espaço e foi integrado ao Sevilla Atletico, segundo elenco do clube andaluz. Em sua temporada de estreia, em 2002/03, pouco entrou em campo. Mesmo assim, atuou em um número suficiente de partidas para que demonstrasse a sua categoria. Na temporada seguinte suas participações se multiplicaram. No entanto, mais que jogar pelo Sevilla Atletico, Navas já recebia as primeiras garantias de que se firmaria no time principal. Ainda no segundo semestre de 2003, dois dias após completar 18 anos, fez a sua estreia entre os profissionais, em partida diante do Espanyol. Ao fim da temporada, totalizou sete partidas, sendo duas delas começando na equipe titular.
A partir da segunda metade de 2004, Jesús Navas se incorporou de forma definitiva ao elenco treinado pelo técnico Joaquín Caparrós. E, concomitantemente à afirmação da jovem promessa como um jogador prodigioso, o Sevilla também cresceu e chegou a uma das fases mais vitoriosas de sua história. De volta à elite da La Liga desde 2001, os rojiblancos fizeram grande campanha na temporada 2004/05, alcançando a sexta posição. Peça fundamental no elenco, Navas marcou os seus primeiros dois gols com a camisa da equipe, e ia sendo beneficiado por uma política interna de se aproveitar os jovens valores, tal qual o hoje madrileno Sergio Ramos.
O boom do time e de Navas aconteceram em 2005/06. Após a saída de Júlio Baptista para o Real Madrid no meio de 2005, o meia assumiu a responsabilidade de ser o principal homem de ligação entre o ataque e a defesa de sua equipe, sempre aberto à direita do meio-campo. Deu seis passes para gol durante os 34 jogos que fez no Campeonato Espanhol, titular absoluto no certame, com 21 anos. Na Copa da UEFA daquele ano, jogou por 12 vezes, deu duas assistências e se sagrou campeão, em final na qual sua equipe goleou o Middlesbrough. Meses depois, ainda levaria a Super Copa da Europa, derrubando o favoritíssimo Barcelona. No ano seguinte, mais glórias. Atrapalhado por problemas físicos, foi um pouco menos frequente em campo. Nada que tirasse o brilho de suas jogadas poderosas ao lado de Daniel Alves pelo flanco direito, fundamentais para o terceiro lugar do Sevilla na Liga, o bicampeonato da Copa da Uefa e o título da Copa do Rei.
Navas, porém, não conseguia se firmar na seleção, não participando de nenhuma competição importante. O motivo? O fato de ter síndrome do pânico o impedia de se afastar da família e se concentrar com o restante do elenco longe de casa; sentia uma angústia, um mal-estar, físico e psicológico, que o forçava sempre a pedir dispensa e voltar a Andaluzia. Tal situação fez até mesmo com que Luis Aragonés, então treinador da seleção principal, desistisse da ideia de convocá-lo, além de desencorajar Chelsea e Arsenal, ambos interessados em sua contratação. Hoje, tratando do problema com remédios e terapia, contudo, Navas está totalmente recuperado e já é nome certo, a menos que se lesione, no grupo que irá tentar o bi-europeu.
Jesus Navas
Nome completo: Jesus Navas González
Data de nascimento: 21 de novembro de 1985, em Sevilla, Espanha
Posição: Meia-atacante
Clubes: Sevilla
Títulos: Copa da Uefa 2005/2006, Copa da Uefa 2006/2007, Copa del Rey 2006/2007, Copa del Rey 2009/2010, Supercopa da Uefa 2006, Supercopa da Espanha 2007, Copa do Mundo 2010
Navas é bom jogador, mas só fica ali naquele cantinho destro do campo.
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