Capitão por toda a vida. É assim que Carles Puyol, El Tarzan, é definido pelos torcedores do Barcelona. E não é por muito: o zagueiro é cria das canteras do clube blaugrana e está na equipe principal do time da Catalunha desde 1999. Apesar de começar sua carreira profissional como lateral direito, Puyol se consolidou no posto de um dos melhores zagueiros do mundo. Tecnicamente, é verdade, Tarzan deixa a desejar, mas compensa com uma raça invejável. Exemplo de jogador para os mais novos da filial do Barcelona, destaca-se por sua força física e pela dedicação dada em campo sempre que vesta a camisa azulgrená, principalmente.
El Capitán deu seus primeiros passos futebolísticos em uma pequena equipe de sua cidade natal, o Pobla de Segur. Com o passar dos anos, mostrou ser diferentes de seus companheiros de equipes e não demorou muito para que ingresasse no principal time da cidade: o Barcelona. Em 1995, incorporou-se ao futebol de base do Barça e passou a morar na residência da famosa La Masía. No Barcelona B, tornou-se uma das peças-chaves da equipe que militava na segunda división B e, em 1999, passou a ser frequentemente convocado por Louis Van Gaal para a equipe A. No dia 2 de outubro de 1999, fez sua estreia na Liga BBVA em uma partida contra o Valladolid, no Camp Nou. O Barcelona venceu por 4 a 1 e Puyol acabou o jogo sendo bastante elogiado pela crítica espanhola. Atuando de lateral direito, mostrou serviço e despertou mais o interesse do treinador holandês. A partir de então, Puyol passou a treinar regularmente com o plantel principal e, na temporada seguinte, assinou um contrato exclusivo para ser jogador somente da equipe A. Nessa temporada, ganhou o prêmio Dón Balón de revelação da temporada espanhola.
Polivalente, chegou a atuar até como volante, numa época escassa de jogadores para esse setor no Barcelona. Mas graças a sua determinação em melhorar sempre e sua grande capacidade, adaptou-se mesmo na posição de central, onde se converteu em nome certo em todas as escalações do Barça à época. Na temporada 2003/2004, com a chegada de Joan Laporta para a presidência, a crise que imperava no clube parecia estar chegando ao fim. Com a contratação de Frank Rijkaard para o cargo de treinador, Puyol passou a ser o terceiro capitão da equipe e foi uma das peças básicas da equipe que superou o primeiro turno horrível para dar a volta por cima e terminar o campeonato espanhol na segunda colocação, conseguindo na vaga na liga dos campeões da uefa da temporada posterior.
Apesar de já ter ficado conhecido internacionalmente, faltava a Puyol conquistar um título, seja pelo Barcelona ou pela seleção espanhola, com quem havia feito parte do elenco quarto-finalista da Copa do Mundo de 2002 e medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Sidney 2000. Na temporada 2004/2005, já como capitão do Barça após a partida de Cocu ao futebol holandês, supriu a grande lacuna de sua carreira profissional. Com um time que já começava a encantar o mundo, Puyol sagrou-se campeão espanhol pela primeira vez e o Barcelona encerrou um jejum de seis temporadas sem títulos. Foi o estopim para Puyol, enfim, tornar uma realidade.
Na temporada seguinte, El Capitán levantou a taça da Liga BBVA pela segunda vez e encerrou a temporada com sua maior glória até então: o título da Liga dos Campeões da Uefa, conquistada contra o Arsenal. Naquela temporada, Puyol só perdeu cinco jogos da equipe durante todo a campanha. No final da temporada posterior, Tarzan sofreu a pior lesão de sua carreira: rompeu o ligamento do tendão esquerdo e ficou parado cinco meses, voltando somente na temporada 2007/2008, que viu o Real Madrid sagra-se bi-campeão espanhol e o Barcelona cair de pé para o Manchester United de Cristiano Ronaldo na Champions League. Contra o português, um dos melhores do mundo, El Capitán sempre faz bonito: em dez jogos marcando diretamente Ronaldo, Puyol sempre o anulou, inclusive na Copa do Mundo de 2010. O gajo nunca marcou quando Puyol está em campo.
Com a chegada de Guardiola ao comando técnico blaugrana, a polivalência de Puyol foi colocada em xeque. Adepto às rotações, Guardiola optou por utilizar o jogador ora com zagueiro, ora como lateral esquerdo ou ora com lateral direito. Na última posição, aliás, foi quando atuou no jogo mais importante do Barcelona naquela temporada: a final da Champions League ante o Manchester United, quando o Barcelona venceu por 2 a 0 e Puyol sagrou bi-campeão europeu. A taça levantada pelo zagueiro o consolidou como o capitão blaugrana que mais taça levantou como jogador do Barcelona. Contra o Getafe, em abril de 2009, roubou 32 bolas, um recorde nunca antes visto na história da LFP.
Ao término da temporada 2008/2009, o Barcelona conquistou o inédito Triplete e o capitão adicionou a seu currículo uma Copa do Rei. Foi nessa temporada em que Puyol marcou pela primeira - e única, até então - vez diante do Real Madrid. Foi o gol que sacramentou a virada blaugrana em pleno Bernabéu, num jogo histórico que terminou 6 a 2 para o time da Catalunha. Após conquistar a Liga Espanhola pela quarta vez, conquistou o único título que faltava em sua carreira no verão de 2010: a Copa do Mundo. Na África do Sul, disputou todos os minutos das sete partidas da Fúria e, de praxe, ainda marcou um gol decisivo ante da Alemanha nas semifinais.
Na temporada recém-concluída, sofreu uma nova lesão grave em janeiro e ficou três meses parado. Porém, nos jogos finais, à medida que se aproximava a hora da verdade para o Barcelona e Guardiola tinha muitos jogadores no departamento médico, Puyol ressurgiu e mostrou que é um dos mais sólidos zagueiros do mundo. A atuação magnífica contra o Real Madrid na Champions League mostrou o porquê disso. Na final da LC, contudo, El Capitán voltou a sentir desconfortos musculares e, para não forçar, Guardiola preferiu poupá-lo. Entrou no final do jogo somente para poder levantar sua terceira orelhuda; porém, mostrou um novo gesto de solidariedade: deu a braçadeira de capitão para Abidal, que retornava dos gramados após uma recuperação recorde de tumor, e o francês ergue a taça da Liga dos Campeões, consolidando o terceiro título europeu da carreira de Puyol e o quarto da história do Barcelona.
Carles Puyol
Nome completo: Carles Puyol Saforcada.
Data de nascimento: 13 de abril de 1978, em Lérida, Catalunha.
Posição: Zagueiro
Clubes: Barcelona B e Barcelona
Títulos: Campeonato Espanhol 2004/2004, Campeonato Espanhol 2005/2006, Campeonato Espanhol 2008/2009, Campeonato Espanhol 2009/2010, Campeonato Espanhol 2010/2011, Copa do Rei 2008/2009, Supercopa 2005, Supercopa da Espanha 2006, Supercopa da Espanha 2009, Liga dos Campeões da Uefa 2005/2006, Liga dos Campeões da Uefa 2008/2009, Liga dos Campeões da Uefa 2010/2011, Mundial de Clubes da FIFA 2009, Supercopa da Uefa 2009, Eurocopa 2008 e Copa do Mundo de 2010
El Capitán deu seus primeiros passos futebolísticos em uma pequena equipe de sua cidade natal, o Pobla de Segur. Com o passar dos anos, mostrou ser diferentes de seus companheiros de equipes e não demorou muito para que ingresasse no principal time da cidade: o Barcelona. Em 1995, incorporou-se ao futebol de base do Barça e passou a morar na residência da famosa La Masía. No Barcelona B, tornou-se uma das peças-chaves da equipe que militava na segunda división B e, em 1999, passou a ser frequentemente convocado por Louis Van Gaal para a equipe A. No dia 2 de outubro de 1999, fez sua estreia na Liga BBVA em uma partida contra o Valladolid, no Camp Nou. O Barcelona venceu por 4 a 1 e Puyol acabou o jogo sendo bastante elogiado pela crítica espanhola. Atuando de lateral direito, mostrou serviço e despertou mais o interesse do treinador holandês. A partir de então, Puyol passou a treinar regularmente com o plantel principal e, na temporada seguinte, assinou um contrato exclusivo para ser jogador somente da equipe A. Nessa temporada, ganhou o prêmio Dón Balón de revelação da temporada espanhola.
Polivalente, chegou a atuar até como volante, numa época escassa de jogadores para esse setor no Barcelona. Mas graças a sua determinação em melhorar sempre e sua grande capacidade, adaptou-se mesmo na posição de central, onde se converteu em nome certo em todas as escalações do Barça à época. Na temporada 2003/2004, com a chegada de Joan Laporta para a presidência, a crise que imperava no clube parecia estar chegando ao fim. Com a contratação de Frank Rijkaard para o cargo de treinador, Puyol passou a ser o terceiro capitão da equipe e foi uma das peças básicas da equipe que superou o primeiro turno horrível para dar a volta por cima e terminar o campeonato espanhol na segunda colocação, conseguindo na vaga na liga dos campeões da uefa da temporada posterior.
Apesar de já ter ficado conhecido internacionalmente, faltava a Puyol conquistar um título, seja pelo Barcelona ou pela seleção espanhola, com quem havia feito parte do elenco quarto-finalista da Copa do Mundo de 2002 e medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Sidney 2000. Na temporada 2004/2005, já como capitão do Barça após a partida de Cocu ao futebol holandês, supriu a grande lacuna de sua carreira profissional. Com um time que já começava a encantar o mundo, Puyol sagrou-se campeão espanhol pela primeira vez e o Barcelona encerrou um jejum de seis temporadas sem títulos. Foi o estopim para Puyol, enfim, tornar uma realidade.
Na temporada seguinte, El Capitán levantou a taça da Liga BBVA pela segunda vez e encerrou a temporada com sua maior glória até então: o título da Liga dos Campeões da Uefa, conquistada contra o Arsenal. Naquela temporada, Puyol só perdeu cinco jogos da equipe durante todo a campanha. No final da temporada posterior, Tarzan sofreu a pior lesão de sua carreira: rompeu o ligamento do tendão esquerdo e ficou parado cinco meses, voltando somente na temporada 2007/2008, que viu o Real Madrid sagra-se bi-campeão espanhol e o Barcelona cair de pé para o Manchester United de Cristiano Ronaldo na Champions League. Contra o português, um dos melhores do mundo, El Capitán sempre faz bonito: em dez jogos marcando diretamente Ronaldo, Puyol sempre o anulou, inclusive na Copa do Mundo de 2010. O gajo nunca marcou quando Puyol está em campo.
Com a chegada de Guardiola ao comando técnico blaugrana, a polivalência de Puyol foi colocada em xeque. Adepto às rotações, Guardiola optou por utilizar o jogador ora com zagueiro, ora como lateral esquerdo ou ora com lateral direito. Na última posição, aliás, foi quando atuou no jogo mais importante do Barcelona naquela temporada: a final da Champions League ante o Manchester United, quando o Barcelona venceu por 2 a 0 e Puyol sagrou bi-campeão europeu. A taça levantada pelo zagueiro o consolidou como o capitão blaugrana que mais taça levantou como jogador do Barcelona. Contra o Getafe, em abril de 2009, roubou 32 bolas, um recorde nunca antes visto na história da LFP.
Ao término da temporada 2008/2009, o Barcelona conquistou o inédito Triplete e o capitão adicionou a seu currículo uma Copa do Rei. Foi nessa temporada em que Puyol marcou pela primeira - e única, até então - vez diante do Real Madrid. Foi o gol que sacramentou a virada blaugrana em pleno Bernabéu, num jogo histórico que terminou 6 a 2 para o time da Catalunha. Após conquistar a Liga Espanhola pela quarta vez, conquistou o único título que faltava em sua carreira no verão de 2010: a Copa do Mundo. Na África do Sul, disputou todos os minutos das sete partidas da Fúria e, de praxe, ainda marcou um gol decisivo ante da Alemanha nas semifinais.
Na temporada recém-concluída, sofreu uma nova lesão grave em janeiro e ficou três meses parado. Porém, nos jogos finais, à medida que se aproximava a hora da verdade para o Barcelona e Guardiola tinha muitos jogadores no departamento médico, Puyol ressurgiu e mostrou que é um dos mais sólidos zagueiros do mundo. A atuação magnífica contra o Real Madrid na Champions League mostrou o porquê disso. Na final da LC, contudo, El Capitán voltou a sentir desconfortos musculares e, para não forçar, Guardiola preferiu poupá-lo. Entrou no final do jogo somente para poder levantar sua terceira orelhuda; porém, mostrou um novo gesto de solidariedade: deu a braçadeira de capitão para Abidal, que retornava dos gramados após uma recuperação recorde de tumor, e o francês ergue a taça da Liga dos Campeões, consolidando o terceiro título europeu da carreira de Puyol e o quarto da história do Barcelona.
Carles Puyol
Nome completo: Carles Puyol Saforcada.
Data de nascimento: 13 de abril de 1978, em Lérida, Catalunha.
Posição: Zagueiro
Clubes: Barcelona B e Barcelona
Títulos: Campeonato Espanhol 2004/2004, Campeonato Espanhol 2005/2006, Campeonato Espanhol 2008/2009, Campeonato Espanhol 2009/2010, Campeonato Espanhol 2010/2011, Copa do Rei 2008/2009, Supercopa 2005, Supercopa da Espanha 2006, Supercopa da Espanha 2009, Liga dos Campeões da Uefa 2005/2006, Liga dos Campeões da Uefa 2008/2009, Liga dos Campeões da Uefa 2010/2011, Mundial de Clubes da FIFA 2009, Supercopa da Uefa 2009, Eurocopa 2008 e Copa do Mundo de 2010
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