O gol do título espanhol poderia ter saído do pé esquerdo do zagueirão catalão (EFE)
Piqué é um daqueles zagueiros que alia a técnica e força como poucos. Com 1,92m ele forma dupla perfeita com Puyol no Barcelona e na seleção espanhola. O poste defensivo além de ser muito seguro na defesa, mostra bom passe, fundamental aos esquemas da suas equipes. No ataque, Piqué também é presença certa, com ótimos cabeceios.
O defensor é um produto clássico das canteras blaugranas. Ele ingressou em La Masia aos dez anos de idade e por lá começou atuando como volante. Na base, o “princípe” passou por todas as categorias e foi campeão na maioria delas. Alex Ferguson mostrou que estava de olho e o levou para o Manchester United, onde fez parte do elenco principal até ser emprestado ao Zaragoza em 2006. À época, Piqué já se destacava nas seleções menores da Espanha, já havia sido vice-campeão europeu sub-17 e era campeão sub-19.
No clube espanhol, ele ora foi zagueiro, ora volante e rendeu muito bem. Nos maños jogou juntamente com Gabriel Milito, com quem se encontraria novamente no Barcelona anos depois. Na volta à Inglaterra, Piqué ganha ainda mais espaço e colobara bastante com o título europeu red devil, marcando duas vezes na competição. Os bons desempenhos e falta de opções para a zaga em seu elenco, fizeram o Barça trazer o alto zagueiro de volta ao Camp Nou.
No que podemos chamar de volta à sua casa, Piqué impressionou e logo se tornou o titular do miolo de zaga ao lado do capitão Puyol, em um ano que os blaugranas ganharam tudo. Além disso, no Santiago Bernabéu, no histórico 6 a 2, contra o Real Madrid, o camisa três marcou uma vez. Na final da Liga dos Campeões, o “princípe” teve que formar dupla de defensiva improvisada com o volante Yaya Toure e não foram vazados pelo United de Cristiano Ronaldo.
Piqué seguiu colecionando títulos com a camisa do Barcelona e com isso foi ganhando notoriedade, sendo mais vezes convocado à seleção espanhola. Em 2010, o princípe chegou ao Mundial como um dos titulares, embalado por mais uma temporada junto aos blaugranas.
Na África do Sul, o camisa três teve papel de destaque: jogou todos os jogos e todos os minutos de La Roja. Ao lado de Puyol formou uma defesa que foi vazada apenas duas vezes na Copa e nenhuma vez na fase mata-mata do torneio. Com o bom desempenho, ele foi incluido nos 11 dos sonhos pela FIFA. Mas o melhor foi poder comemorar a conquista inédita no Soccer City, com a fúria.
Como campeão do mundo, Piqué voltou ao Barça, onde ganhou a Supercopa Espanhola, sua terceira Liga dos Campeões de 2010-11 e a Liga Espanhola da temporada. Além disso, o camisa três blaugrana se tornou uma das bandeiras da rivalidade com o Real Madrid, intensificada no mês de abril, quando tivemos quatro clássicos em 18 dias. Houve o temor na Espanha que os problemas entre os atletas que formam a base de La Roja influenciasse no desempenho deles com a seleção. Mas as diferenças ficaram em “El Clásico”.
O campeão mundial, com apenas 24 anos já conquistou tudo o que um jogador pode querer e hoje é visto como um dos melhores zagueiros do mundo, exemplo pra futuros jogadores da posição.
Gerard Piqué
Nascimento: 2 de fevereiro de 1987, em Barcelona, Espanha
Posição: Zagueiro
Clubes: Barcelona (1997-04 e 2008-atualmente), Manchester United (2004-06 e 2007-08) e Zaragoza (2006-07)
Títulos: Premier League (2007-08), Copa da Liga (2005-06), Community Shield (2007), 3 Ligas dos Campeões (2007-08, 2008-09 e 2010-11), 3 Campeonatos Espanhois (2008-09, 2009-10 e 2010-11), Copa del Rey (2008-09), Supercopa da Espanha (2009 e 2010), Supercopa da Uefa (2009), Mundial de Clubes (2009), Europeu sub-19 (2006) e Copa do Mundo (2010)
Seleção espanhola: 33 partidas e quatro gols
o melhor zagueiro do mundo.
ResponderExcluirbom texto.