Milosevic foi um dos principais nomes do Osasuna vice-campeão da Copa do Rei e semifinalista da Copa Uefa (ESPN Soccernet)
Nascido em Bijeljina, cidade do extremo nordeste da Bósnia, “Cabo”, como se pronuncia seu nome, foi encontrado em 1989, com apenas 16 anos, na base do pequeno Radnik. Com características ofensivas assaz destacáveis, foi fisgado pelo Partizan Belgrado — arqui-rival do Estrela Vermelha, clube com o qual Milosevic (o assassino) tinha tênue relação, especialmente com a torcida. Pelos Grobari, conquistou o bicampeonato nacional em 1993/94 e 1994/95, e levou, em duas oportunidades (sendo a primeira com apenas 19 anos) o posto de artilheiro do nacional. O então menino Savo fez incríveis 74 gols em 98 partidas, ganhando as primeiras chances na seleção iugoslava, estreando, contra o Brasil, em 1994.
Após ser o grande nome do Partizan em duas das três temporadas em que atuou, foi comprado pelo Aston Villa por 3,5 milhões de euros. Em Birmingham, aos 21 anos, Milosevic veio com a missão de substituir um dos ídolos do time, o galês Dean Saunders. No primeiro momento, mostrou estar apto a tentar cumprir a missão, assinalando 14 gols em sua temporada de estreia, ajudando a equipe a terminar a Premier League em 4° lugar e a se sagrar campeã da Copa da Liga Inglesa de 1996, marcando um dos gols da vitória por 3 a 0 frente o Liverpool na decisão. No entanto, o desempenho nos dois anos seguintes foi pífio, com apenas 15 gols em 53 jogos. Com isso, além de Savo ser enxotado para o Real Zaragoza pelo mesmo valor de compra e obter o desagradável apelido de “miss-a-lot-evic” — em alusão ao número de gols que estava perdendo —, foi listado como uma das dez piores contratações estrangeiras da liga inglesa em todos os tempos. Antes de ir para a Espanha, disputou a Copa de 1998, embora, dando prosseguimento à fase negativa, não tenha marcado gols.
Pelos blanquillos, Milosevic demonstrou que poderia recuperar o ritmo que o fez ser matador no Partizan, assumindo a titularidade e assinalando 17 gols em sua primeira temporada pelo clube. Na seguinte, o número de bolas na rede aumentou para 21, sendo, inclusive, o quinto colocado na artilharia da liga espanhola. Uma volta por cima que teria as pinceladas mais firmes com o início da Eurocopa, em 2000. Não que os iugoslavos tivessem feito grande campanha na competição (apenas uma vitória em quatro jogos, com um empate e duas derrotas). No entanto, para Savo, o momento foi único. Logo na estreia da competição, no confronto contra a Eslovênia, tudo parecia que ia dar errado, já que, com 12 minutos da segunda etapa, os iugoslavos já perdia por 3 a 0. Foi quando o atacante entrou em cena. E na partida que, para muitos, é considerada uma das mais inesquecíveis daquela Eurocopa, o avante de naturalidade bósnia fez chover em Charleroi. Com dois gols em sete minutos, ressuscitou a Iugoslávia na partida, que terminou empatada em 3 a 3.
Com moral, “Cabo” se tornaria o principal jogador da seleção nas partidas que se sucederam, mesmo tendo, como companheiros de equipe, nomes então mais bem reconhecidos, como Dejan Stankovic, Sinisa Mihajlovic e, principalmente, o ídolo do Real Madrid, Predag Mijhatovic. Contra a Noruega, na rodada seguinte, precisou de apenas oito minutos para decretar a primeira — e única! — vitória da seleção no torneio. No jogo contra a Espanha, derrota dramática por 4 a 3, e Milosevic, antes criticado pela falta de tentos, fez o seu. Mesmo na goleada sofrida para a Holanda, por 6 a 1, Savo deixou sua marca de matador. Com cinco gols em quatro jogos, alcançou uma inesperada artilharia, ao lado de Patrick Kluivert (um jogo a mais). ). Era o momento mais importante da carreira do atacante, segundo o próprio atleta, que, em boa fase, recebeu nova chance em um time de maior panorama, sendo negociado, por 16 milhões de euros, com o Parma. No entanto, a forte pressão da diretoria gialloblu e a modesta quarta posição em sua temporada de estreia fizeram com que fosse emprestado ao futebol espanhol, voltando ao Zaragoza.
Savo não repetiu as boas atuações em seu retorno aos Blanquillos. Além disso, nos demais times em que esteve emprestado — Espanyol e Celta de Vigo —, os desempenhos foram apenas regulares. Em 71 jogos, somando-se as atuações por ambas as equipes, foram 26 gols. Parecia que a Espanha, seu reduto de sucesso de outrora, já não lhe fazia tão bem para seu faro de gol como antes. Apenas parecia. Foi quando veio o Osasuna, onde descobriria — mais tarde, talvez? — que poderia ser mais do que um matador.
Milosevic nunca foi um artilheiro nato pelos Rojillos. Por exemplo: em sua primeira temporada, em 2004/05, fez apenas sete gols em 27 partidas. No entanto, até pela experiência que adquiriu, foi o cabeça do time que alcançaria, de maneira espetacular, a decisão da Copa do Rei e, posteriormente, uma vaga para a Copa da UEFA. Começava ali, aliás, o principal momento da equipe vermelha e azul nos últimos anos, já que, no campeonato seguinte, alcançaria o 4º lugar (Savo fez 11 gols).
Após uma temporada 2006/07 apagada — e apenas quatro gols em 23 jogos — Milosevic chegou ao final de seu contrato, e o fim de sua carreira, até pela idade — já tinha seus 34 anos —, eminente. Porém, recebeu um último convite, para atuar no Rubin Kazan, da Rússia. Entrou apenas 16 vezes em campo, mas o suficiente para fazer o gol mais importante da história do clube, que assegurou o primeiro título russo à equipe, na vitória sobre o Saturn.
Pela seleção, por sua vez, mesmo com a divisão da Iugoslávia em Sérvia e Montenegro, o jogador bósnio tem seu nome escrito na história. É quem mais atuou e marcou pelo país, com 101 jogos e 32 gols. Teve, ainda, a oportunidade de encerrar a carreira em grande estilo pela seleção sérvia (após nova divisão com os montenegrinos), na goleada por 6 a 1 sobre a Bulgária. Mostrando que, mesmo às portas da aposentadoria e já atuando de maneira mais contida em campo, não esqueceu como fazer gols. Foi quando o maior artilheiro da Iugoslávia fez seus dois últimos tentos em sua vida futebolística.
Savo Milosevic
Local de nascimento: Bijeljina, Bósnia
Data de nascimento: 02/09;1973
Clubes que defendeu: Radnik (BOS), Partizan, Aston Villa, Real Zaragoza, Parma, Espanyol, Celta Vigo, Osasuna, Rubin Kazan
Após ser o grande nome do Partizan em duas das três temporadas em que atuou, foi comprado pelo Aston Villa por 3,5 milhões de euros. Em Birmingham, aos 21 anos, Milosevic veio com a missão de substituir um dos ídolos do time, o galês Dean Saunders. No primeiro momento, mostrou estar apto a tentar cumprir a missão, assinalando 14 gols em sua temporada de estreia, ajudando a equipe a terminar a Premier League em 4° lugar e a se sagrar campeã da Copa da Liga Inglesa de 1996, marcando um dos gols da vitória por 3 a 0 frente o Liverpool na decisão. No entanto, o desempenho nos dois anos seguintes foi pífio, com apenas 15 gols em 53 jogos. Com isso, além de Savo ser enxotado para o Real Zaragoza pelo mesmo valor de compra e obter o desagradável apelido de “miss-a-lot-evic” — em alusão ao número de gols que estava perdendo —, foi listado como uma das dez piores contratações estrangeiras da liga inglesa em todos os tempos. Antes de ir para a Espanha, disputou a Copa de 1998, embora, dando prosseguimento à fase negativa, não tenha marcado gols.
Pelos blanquillos, Milosevic demonstrou que poderia recuperar o ritmo que o fez ser matador no Partizan, assumindo a titularidade e assinalando 17 gols em sua primeira temporada pelo clube. Na seguinte, o número de bolas na rede aumentou para 21, sendo, inclusive, o quinto colocado na artilharia da liga espanhola. Uma volta por cima que teria as pinceladas mais firmes com o início da Eurocopa, em 2000. Não que os iugoslavos tivessem feito grande campanha na competição (apenas uma vitória em quatro jogos, com um empate e duas derrotas). No entanto, para Savo, o momento foi único. Logo na estreia da competição, no confronto contra a Eslovênia, tudo parecia que ia dar errado, já que, com 12 minutos da segunda etapa, os iugoslavos já perdia por 3 a 0. Foi quando o atacante entrou em cena. E na partida que, para muitos, é considerada uma das mais inesquecíveis daquela Eurocopa, o avante de naturalidade bósnia fez chover em Charleroi. Com dois gols em sete minutos, ressuscitou a Iugoslávia na partida, que terminou empatada em 3 a 3.
Com moral, “Cabo” se tornaria o principal jogador da seleção nas partidas que se sucederam, mesmo tendo, como companheiros de equipe, nomes então mais bem reconhecidos, como Dejan Stankovic, Sinisa Mihajlovic e, principalmente, o ídolo do Real Madrid, Predag Mijhatovic. Contra a Noruega, na rodada seguinte, precisou de apenas oito minutos para decretar a primeira — e única! — vitória da seleção no torneio. No jogo contra a Espanha, derrota dramática por 4 a 3, e Milosevic, antes criticado pela falta de tentos, fez o seu. Mesmo na goleada sofrida para a Holanda, por 6 a 1, Savo deixou sua marca de matador. Com cinco gols em quatro jogos, alcançou uma inesperada artilharia, ao lado de Patrick Kluivert (um jogo a mais). ). Era o momento mais importante da carreira do atacante, segundo o próprio atleta, que, em boa fase, recebeu nova chance em um time de maior panorama, sendo negociado, por 16 milhões de euros, com o Parma. No entanto, a forte pressão da diretoria gialloblu e a modesta quarta posição em sua temporada de estreia fizeram com que fosse emprestado ao futebol espanhol, voltando ao Zaragoza.
Savo não repetiu as boas atuações em seu retorno aos Blanquillos. Além disso, nos demais times em que esteve emprestado — Espanyol e Celta de Vigo —, os desempenhos foram apenas regulares. Em 71 jogos, somando-se as atuações por ambas as equipes, foram 26 gols. Parecia que a Espanha, seu reduto de sucesso de outrora, já não lhe fazia tão bem para seu faro de gol como antes. Apenas parecia. Foi quando veio o Osasuna, onde descobriria — mais tarde, talvez? — que poderia ser mais do que um matador.
Milosevic nunca foi um artilheiro nato pelos Rojillos. Por exemplo: em sua primeira temporada, em 2004/05, fez apenas sete gols em 27 partidas. No entanto, até pela experiência que adquiriu, foi o cabeça do time que alcançaria, de maneira espetacular, a decisão da Copa do Rei e, posteriormente, uma vaga para a Copa da UEFA. Começava ali, aliás, o principal momento da equipe vermelha e azul nos últimos anos, já que, no campeonato seguinte, alcançaria o 4º lugar (Savo fez 11 gols).
Após uma temporada 2006/07 apagada — e apenas quatro gols em 23 jogos — Milosevic chegou ao final de seu contrato, e o fim de sua carreira, até pela idade — já tinha seus 34 anos —, eminente. Porém, recebeu um último convite, para atuar no Rubin Kazan, da Rússia. Entrou apenas 16 vezes em campo, mas o suficiente para fazer o gol mais importante da história do clube, que assegurou o primeiro título russo à equipe, na vitória sobre o Saturn.
Pela seleção, por sua vez, mesmo com a divisão da Iugoslávia em Sérvia e Montenegro, o jogador bósnio tem seu nome escrito na história. É quem mais atuou e marcou pelo país, com 101 jogos e 32 gols. Teve, ainda, a oportunidade de encerrar a carreira em grande estilo pela seleção sérvia (após nova divisão com os montenegrinos), na goleada por 6 a 1 sobre a Bulgária. Mostrando que, mesmo às portas da aposentadoria e já atuando de maneira mais contida em campo, não esqueceu como fazer gols. Foi quando o maior artilheiro da Iugoslávia fez seus dois últimos tentos em sua vida futebolística.
Savo Milosevic
Local de nascimento: Bijeljina, Bósnia
Data de nascimento: 02/09;1973
Clubes que defendeu: Radnik (BOS), Partizan, Aston Villa, Real Zaragoza, Parma, Espanyol, Celta Vigo, Osasuna, Rubin Kazan
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