O Real Madrid começou muito bem sobre o comando de José Mourinho, com uma boa sequência de vitórias e um futebol muito rápido e objetivo, mas aí veio a derrota dolorosa para o arquirrival Barcelona: 5 a 0 no Camp Nou. Com certeza esse jogo é um divisor de águas para o elenco merengue na temporada e desde lá o Real não foi mais o mesmo. A partir do jogo no Camp Nou, o Real Madrid tropeçou mais algumas vezes, porém Mourinho buscou um novo padrão de jogo para equipe e com o tempo os muitos jogadores contratados para esta temporada se assentaram em seu esquema.
No último jogo antes da Data FIFA, diante do Atlético de Madrid, o time merengue parece ter encontrado o melhor posicionamento em campo. No dérbi da capital, o Real entrou em campo no 4-1-4-1, com uma linha defensiva, mais um volante (Lassana Diarra e Xabi Alonso se revezando na função) à frente desta linha defensiva. Logo a frente uma linha composta por Ronaldo pela esquerda, Xabi Alonso e Khedira centralizados e Özil aberto pela direita. No comando do ataque, Benzema. Com essa formação, o Real se fechava para sustentar a pressão do Atlético e tinha rápidos contra-ataques com Özil e Ronaldo pelas beiradas do campo, além de ser um esquema que favorece a subida dos laterais, pela grande cobertura dada pelos três volantes (Diarra, Alonso e Khedira).
Nessa partida, o Real teve o seu lado esquerdo como determinante para a vitória. Marcelo, de grande inspiração ofensiva, junto a Cristiano Ronaldo e Özil, quando este caía por ali, armavam a maior parte das jogadas de ataque. Outro ponto positivo no Real atualmente tem sido o reencontro de Benzema com seu bom futebol, fazendo lembrar o jogador dos tempos de Lyon. Benzema não só tem feito os gols, como tem participado efetivamente das jogadas de ataque da equipe, com grande qualidade nos passes e muita movimentação. Essa nova formatação merengue dá maior estabilidade ao setor defensivo, principalmente pelas laterais do campo, onde Marcelo tem o apoio de pelo menos dois jogadores capazes de fazerem a sua cobertura, o que diminui suas falhas defensivas, ao meu ver, sua maior deficiência.
Essa equipe do Real está se tornando mais madura e prestes a enfrentar seu algoz novamente. Contra o Barcelona, o Real será testado novamente, porém desta vez não vejo as mesmas deficiências defensivas, apesar de ser uma equipe com menor capacidade de retenção de bola do que os catalães. O grande ponto que Mourinho ainda necessita corrigir é o espaço atrás de seus volantes, principalmente quando se utiliza de um esquema com duas linhas de quatro e dois atacantes. Nesse espaço, Messi participa constantemente do jogo, além de Iniesta e Xavi que infiltram por ali diversas vezes. O esquema utilizado contra o Atlético pode ser a prova de que o Real encontrou esse equilíbrio, pois ali Diarra faz a cobertura desses espaços atrás da linha de meio-campo.
Já no 4-4-2 (uma variação defensiva do 4-2-3-1 para quando a equipe não possui a bola), Mourinho normalmente opta pela utilização de Arbeloa pelo lado esquerdo, principalmente pela necessidade de uma melhor marcação naquele lado do campo, já que sem Diarra, Marcelo acabaria por ficar muito exposto aos ataques adversários. Nesse esquema, quando o Real tem a bola a equipe se articula no 4-2-3-1, com Ronaldo fechando uma linha com Di María e Özil, para armar o jogo. No 4-4-2, Mourinho ainda não encontrou o mesmo equilíbrio defensivo, ainda que tenha maior efetividade ofensiva. Com a nova lesão de Ronaldo, Mourinho deve optar pela manutenção do esquema 4-1-4-1, com Di María sendo o substituto natural para o craque português.
O Real Madrid ainda não atingiu seu auge, tendo ainda um potencial muito alto pelas peças que Mourinho possui no elenco. É uma equipe mais pronta que aquele que fora derrotada pelo Barcelona no 1º turno do espanhol, mas isso não garante que vá sair vencedora do próximo confronto. O Real é uma equipe que está subindo de produção, o que pode ser crucial para sua campanha na Champions League. No último jogo, uma prova de sua força: a equipe goleou o surpreendente Tottenham por 4 a 0 e deu um passo enorme rumo à semifinal.
Taticamente, a pequena mudança de Mourinho fez efeito e o Real Madrid mostra sua força a cada jogo (getty images)
No último jogo antes da Data FIFA, diante do Atlético de Madrid, o time merengue parece ter encontrado o melhor posicionamento em campo. No dérbi da capital, o Real entrou em campo no 4-1-4-1, com uma linha defensiva, mais um volante (Lassana Diarra e Xabi Alonso se revezando na função) à frente desta linha defensiva. Logo a frente uma linha composta por Ronaldo pela esquerda, Xabi Alonso e Khedira centralizados e Özil aberto pela direita. No comando do ataque, Benzema. Com essa formação, o Real se fechava para sustentar a pressão do Atlético e tinha rápidos contra-ataques com Özil e Ronaldo pelas beiradas do campo, além de ser um esquema que favorece a subida dos laterais, pela grande cobertura dada pelos três volantes (Diarra, Alonso e Khedira).
Nessa partida, o Real teve o seu lado esquerdo como determinante para a vitória. Marcelo, de grande inspiração ofensiva, junto a Cristiano Ronaldo e Özil, quando este caía por ali, armavam a maior parte das jogadas de ataque. Outro ponto positivo no Real atualmente tem sido o reencontro de Benzema com seu bom futebol, fazendo lembrar o jogador dos tempos de Lyon. Benzema não só tem feito os gols, como tem participado efetivamente das jogadas de ataque da equipe, com grande qualidade nos passes e muita movimentação. Essa nova formatação merengue dá maior estabilidade ao setor defensivo, principalmente pelas laterais do campo, onde Marcelo tem o apoio de pelo menos dois jogadores capazes de fazerem a sua cobertura, o que diminui suas falhas defensivas, ao meu ver, sua maior deficiência.
Essa equipe do Real está se tornando mais madura e prestes a enfrentar seu algoz novamente. Contra o Barcelona, o Real será testado novamente, porém desta vez não vejo as mesmas deficiências defensivas, apesar de ser uma equipe com menor capacidade de retenção de bola do que os catalães. O grande ponto que Mourinho ainda necessita corrigir é o espaço atrás de seus volantes, principalmente quando se utiliza de um esquema com duas linhas de quatro e dois atacantes. Nesse espaço, Messi participa constantemente do jogo, além de Iniesta e Xavi que infiltram por ali diversas vezes. O esquema utilizado contra o Atlético pode ser a prova de que o Real encontrou esse equilíbrio, pois ali Diarra faz a cobertura desses espaços atrás da linha de meio-campo.
Já no 4-4-2 (uma variação defensiva do 4-2-3-1 para quando a equipe não possui a bola), Mourinho normalmente opta pela utilização de Arbeloa pelo lado esquerdo, principalmente pela necessidade de uma melhor marcação naquele lado do campo, já que sem Diarra, Marcelo acabaria por ficar muito exposto aos ataques adversários. Nesse esquema, quando o Real tem a bola a equipe se articula no 4-2-3-1, com Ronaldo fechando uma linha com Di María e Özil, para armar o jogo. No 4-4-2, Mourinho ainda não encontrou o mesmo equilíbrio defensivo, ainda que tenha maior efetividade ofensiva. Com a nova lesão de Ronaldo, Mourinho deve optar pela manutenção do esquema 4-1-4-1, com Di María sendo o substituto natural para o craque português.
O Real Madrid ainda não atingiu seu auge, tendo ainda um potencial muito alto pelas peças que Mourinho possui no elenco. É uma equipe mais pronta que aquele que fora derrotada pelo Barcelona no 1º turno do espanhol, mas isso não garante que vá sair vencedora do próximo confronto. O Real é uma equipe que está subindo de produção, o que pode ser crucial para sua campanha na Champions League. No último jogo, uma prova de sua força: a equipe goleou o surpreendente Tottenham por 4 a 0 e deu um passo enorme rumo à semifinal.
Excelente, Rodrigo.
ResponderExcluirParabéns!
Excelente post, como sempre!!
ResponderExcluirAcho que o Real de Mourinho ainda pode evoluir bastante, e ainda acreditou que a equipe merengue fará alguma contratação no mercado de inverno!
Sempre leio os posts e gosto muito do trabalho de vocês.
Abraço
Obrigado pelos elogios, galera.
ResponderExcluirAbração!