Sastrus foi o grande nome dos dois únicos títulos de Liga Espanhola da Real Sociedad, na década de 80 (realsociedad.com)
No próximo dia 5 de maio completará 30 anos do primeiro título de Liga Espanhola da Real Sociedad. Em 1981, a equiqe donostiarra do País Basco deixou de ser sombra de seu maior rival, Athletic Bilbao, para alcançar o topo do futebol espanhol pela primeira vez em sua história. E isso se deve ao atacante navarro Satrústegui, que mais tarde tornaria-se o maior artilheiro da história da Real Sociedad, com 196 gols. Então, pode-se dizer com a maior naturalidade possível que a história da Real Sociedad está diretamente ligada ao atacante bigodudo, que teve que encerrar sua carreira precocemente por uma lesão no menisco.
Incansável e goleador, Satrústegui jogava sempre enfiado entre os zagueiros, puxando a marcação dos mesmos para ajudar seus companheiros a se desmarcarem. Destava-se também por sua velocidade e pela sua potente cabeçada. Celebrava cada tento marcado sempre da mesma maneira: com o punho fechado no ar. Sastrus começou jogando em uma equipe amadora de sua cidade natal, Pamplona. Com 17 anos, chamou a atenção dos olheiros da Real Sociedad, que resolveram contratá-lo.
Inicialmente, o centroavante jogou no Sanse, filial da Real Sociedad, onde estreou na terceira divisão em 1971. Após duas temporadas na filial do clube txuri-urdin, Sastrus passou a ser constantemente chamado para as partidas do time A pelo técnico Rafael Iriondo e sua estreia não tardou a chegar. No dia 8 de setembro de 1973, com 19 anos, Satrústegui estreou numa partida contra o Múrcia, que acabara empatada por 1 a 1. Após essa partida, fixou seu lugar entre os jogadores reservas, e nunca mais atuou pela equipe B euskara.
Sastrus, porém, só foi conseguir sucesso pela Real Sociedad cinco temporadas depois de seu debut. Em 1979/80, a Real Sociedad conseguiu pela primeira vez em sua história terminar entre os quatro primeiros da Liga. O vice-campeonato foi um prenúncio das maravilhosas temporadas que estavam por virem. Em 1980/81 e 1981/82, a Real Sociedad logrou o bi-campeonato (os dois únicos de sua história) e o atacante foi o principal protagonista dos títulos, sendo autor de 16 gols no primeiro título e 13 gols no segundo. Apesar dos gols e dos títulos, a artilharia dessas temporadas acabou nas mãos do matador Quini, do Barcelona.
O sucesso da Real Sociedad em âmbito nacional acabou não se repetindo em cenário europeu. Na Liga dos Campeões de 81/82, os blanquiazules acabaram eliminados pelo CSKA Sofia na primeira fase, enquanto que em 1982/83 a equipe foi longe, mas caiu nas quartas-de-finais para o Hamburgo, que viria a se tornar o campeão após bater a Juventus na final. Nessa temporada, porém, Sastrus começou a ver os problemas que o fizeram encerrar a carreira cedo. Num dérbi contra o Athletic Bilbao, em novembro de 82, Satrústegui sofreu uma grave lesão no menisco e teve seus ligamentos rompidos, após uma entrada criminosa do zagueiro Zayas. A lesão foi tão grave que o bigodudo ficou duas temporadas e meia indisponível. O seu retorno aos gramados aconteceu em fevereiro de 85, mas Jesús nunca mais mostrou o brilhantismo de outrora, assim como a equipe blanquiazul.
Em 1986, Sastrus perdeu a titularidade para aquele que viria a se tornar um grande ídolo da Real Sociedad e do Barcelona: José Mari Bakero. Desgastado e convivendo com lesões, resolveu abandonar o futebol, com 32 anos. Pela seleção espanhola, o sucesso na Real Sociedad nunca fora repetido. Em 34 jogos, Sastrus anotou apenas quatro gols, e passou em branco na Eurocopa de 1980 e na Copa do Mundo de 1982, disputada na Espanha. Após o Mundial, acabou sendo um dos jogadores que mais fora criticado pela imprensa e torcedores, devido a péssima campanha feita pela Fúria na competição para a qual o país era mandante.
Após aposentar-se das quatro linhas, resolveu se dedicar à comercialização de vinhos e tentou a carreira, sem sucesso, como treinador, que durou apenas uma temporada. Apesar da frustração e do fracasso na Eurocopa e, principalmente, na Copa do Mundo de 1982, a figura que será lembrada de Satrústegui como jogador é a de goleador nato, veloz, forte, que formou junto com Arconada, Zamora, Ufarte e Alon, uma das maiores gerações futebolístas da história da Real Sociedad.
Jesús Satrústegui
Nome completo: Jesús María Satrústegui Azpiroz
Data de nascimento: 12 de janeiro de 1954, em Pamplona, Navarra
Clubes: Real Sociedad
Títulos: 2 Campeonato Espanhol, 1 Supercopa da Espanha
Incansável e goleador, Satrústegui jogava sempre enfiado entre os zagueiros, puxando a marcação dos mesmos para ajudar seus companheiros a se desmarcarem. Destava-se também por sua velocidade e pela sua potente cabeçada. Celebrava cada tento marcado sempre da mesma maneira: com o punho fechado no ar. Sastrus começou jogando em uma equipe amadora de sua cidade natal, Pamplona. Com 17 anos, chamou a atenção dos olheiros da Real Sociedad, que resolveram contratá-lo.
Inicialmente, o centroavante jogou no Sanse, filial da Real Sociedad, onde estreou na terceira divisão em 1971. Após duas temporadas na filial do clube txuri-urdin, Sastrus passou a ser constantemente chamado para as partidas do time A pelo técnico Rafael Iriondo e sua estreia não tardou a chegar. No dia 8 de setembro de 1973, com 19 anos, Satrústegui estreou numa partida contra o Múrcia, que acabara empatada por 1 a 1. Após essa partida, fixou seu lugar entre os jogadores reservas, e nunca mais atuou pela equipe B euskara.
Sastrus, porém, só foi conseguir sucesso pela Real Sociedad cinco temporadas depois de seu debut. Em 1979/80, a Real Sociedad conseguiu pela primeira vez em sua história terminar entre os quatro primeiros da Liga. O vice-campeonato foi um prenúncio das maravilhosas temporadas que estavam por virem. Em 1980/81 e 1981/82, a Real Sociedad logrou o bi-campeonato (os dois únicos de sua história) e o atacante foi o principal protagonista dos títulos, sendo autor de 16 gols no primeiro título e 13 gols no segundo. Apesar dos gols e dos títulos, a artilharia dessas temporadas acabou nas mãos do matador Quini, do Barcelona.
O sucesso da Real Sociedad em âmbito nacional acabou não se repetindo em cenário europeu. Na Liga dos Campeões de 81/82, os blanquiazules acabaram eliminados pelo CSKA Sofia na primeira fase, enquanto que em 1982/83 a equipe foi longe, mas caiu nas quartas-de-finais para o Hamburgo, que viria a se tornar o campeão após bater a Juventus na final. Nessa temporada, porém, Sastrus começou a ver os problemas que o fizeram encerrar a carreira cedo. Num dérbi contra o Athletic Bilbao, em novembro de 82, Satrústegui sofreu uma grave lesão no menisco e teve seus ligamentos rompidos, após uma entrada criminosa do zagueiro Zayas. A lesão foi tão grave que o bigodudo ficou duas temporadas e meia indisponível. O seu retorno aos gramados aconteceu em fevereiro de 85, mas Jesús nunca mais mostrou o brilhantismo de outrora, assim como a equipe blanquiazul.
Em 1986, Sastrus perdeu a titularidade para aquele que viria a se tornar um grande ídolo da Real Sociedad e do Barcelona: José Mari Bakero. Desgastado e convivendo com lesões, resolveu abandonar o futebol, com 32 anos. Pela seleção espanhola, o sucesso na Real Sociedad nunca fora repetido. Em 34 jogos, Sastrus anotou apenas quatro gols, e passou em branco na Eurocopa de 1980 e na Copa do Mundo de 1982, disputada na Espanha. Após o Mundial, acabou sendo um dos jogadores que mais fora criticado pela imprensa e torcedores, devido a péssima campanha feita pela Fúria na competição para a qual o país era mandante.
Após aposentar-se das quatro linhas, resolveu se dedicar à comercialização de vinhos e tentou a carreira, sem sucesso, como treinador, que durou apenas uma temporada. Apesar da frustração e do fracasso na Eurocopa e, principalmente, na Copa do Mundo de 1982, a figura que será lembrada de Satrústegui como jogador é a de goleador nato, veloz, forte, que formou junto com Arconada, Zamora, Ufarte e Alon, uma das maiores gerações futebolístas da história da Real Sociedad.
Jesús Satrústegui
Nome completo: Jesús María Satrústegui Azpiroz
Data de nascimento: 12 de janeiro de 1954, em Pamplona, Navarra
Clubes: Real Sociedad
Títulos: 2 Campeonato Espanhol, 1 Supercopa da Espanha
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