Na temporada da conquista do título espanhol 1994/95 pelo Real Madrid, o atacante Raúl surgia para o mundo do futebol, sendo eleito como a revelação daquele campeonato. Naquela mesma época, a futura lenda merengue faria seu primeiro gol no dérbi com o Real, se tornando o mais jovem a marcar pelo clube, com 17 anos e 131 dias. O recorde foi derrubado mais cedo do que se poderia imaginar.
Dentre jovens lançados por Jorge Valdano, estava o volante Alberto Rivera, que naquela mesma campanha, quebraria o recorde de Raúl e parecia poder ser aproveitado da mesma forma que o colega - que depois se tornaria um dos maiores jogadores da história do Real. Com uma única aparição naquela temporada, Rivera seria aproveitado na equipe principal novamente, vagando pelas equipes C e Real Madrid Castilla (o time B), até deixar o Bernabéu com apenas quatro partidas pela equipe principal em quase oito anos. O talentoso meio-campo ainda seria importante em campanhas de outras equipes de menor expressão como Levante e Betis. Mas bem distante de todas as glórias alcançadas pelo colega famoso de base.
Formado nas canteras do próprio Real Madrid, Alberto Rivera teve uma chance que soa improvável na equipe merengue da atualidade, de elenco repleto de estrelas do futebol mundial: com o Campeonato Espanhol de 1994/95 ganho, o técnico Jorge Valdano resolveu dar chance para o garoto, um volante que também gosta de apoiar o ataque quando necessário.
Valdano já tinha dado chance para Raúl, então um garoto, estrear naquela mesma temporada, na qual ele marcou impressionantes nove gols no Espanhol, com pouco mais de 17 anos. Porém, o recorde de goleador mais jovem, conseguido pelo atacante naquela mesma temporada - quando marcou diante do Atlético de Madrid - cairia na mesma temporada, algumas partidas depois. Aos 17 anos e 111 dias, Rivera marcou na vitória diante do Celta de Vigo e se tornou o mais jovem atleta a marcar pelo Real, marca que permanece até hoje. À época, era também o mais jovem a marcar na liga espanhola – marca quebrada apenas em 2003, pelo meia Xisco, do Valencia.
Em alta pela ótima estreia, o volante retornou ao time C para pegar mais experiência para um futuro retorno ao elenco principal. Em 1995/96, fez boa temporada, que lhe deu vaga para o Real Madrid Castilla, onde atuou por três anos. Ainda sem chances no time principal, foi emprestado ao Numancia, na temporada 1999/2000. Nos Rojillos, foi uma das principais peças do time que evitou o descenso para a segunda divisão. Porém, a boa temporada fora do clube merengue não foi suficiente para que Rivera emplacasse uma série de jogos no Real Madrid de 2000/01 (que já tinha seu colega de cantera Raúl mais do que consagrado na equipe). Apenas três partidas e um novo empréstimo, desta vez para o Olympique de Marseille.
Apesar da passagem regular, a estadia de Rivera em Marselha não deixou saudades. Não conseguiu se firmar na equipe titular, mas ainda assim conseguiu marcar dois gols em 12 partidas. Contudo, o nono lugar na Ligue 1 de 2001/02 trouxe uma reformulação ao OM e o volante foi devolvido ao Real, que acabou vendendo seus direitos ao Levante, integrante da segunda divisão espanhola. A versatilidade de Rivera no auxílio à defesa e o apoio ao ataque fez com que logo ele se tornasse uma das principais figuras dos Granotes. Quase conseguiu o acesso em sua primeira temporada no clube. E foi de grande valia na temporada seguinte, que marcou o retorno do clube após 40 anos à primeira divisão, ao marcar 11 gols – marca elevada, em se tratando de um volante. Também foi a primeira temporada em que trabalhou com o técnico Manuel Preciado, com quem desenvolveu boa relação pessoal.
Em 2004/05, conseguiu novamente se destacar ao marcar cinco gols no Espanhol, mesmo com o Levante retornando para a divisão de acesso. Precisando reduzir gastos após a queda, o clube aceitou a proposta de 3,4 milhões de euros do Betis - prestes a disputar a Liga dos Campeóes da temporada seguinte após uma ótima quarta colocação no Espanhol. Era uma boa vitrine para o futebol crescente de Rivera. Titular em todas as partidas do Betis no torneio continental, não conseguiu ajudar a equipe até a classificação à fase seguinte, em um grupo que contava com Chelsea e Liverpool. Ainda assim, ficou no terceiro posto da chave e garantiu uma vaga na Copa da Uefa, na qual a equipe caiu diante do Steaua Bucareste, nas oitavas de final. As boas jornadas nos béticos renderam ao volante sua primeira convocação para a Espanha de Luís Aragonés, em outubro de 2005.
Rivera ficaria por quatro temporadas na equipe de Sevilha. Após o bom início, ele foi perdendo espaço gradualmente, aliado à crise que o clube atravessou no final da década passada. Com a queda concretizada para a segundona, em 2008/09, o volante decidiu não renovar seu vínculo com o Betis e numa transferência livre, rumou ao Sporting Gijón, a pedido do técnico Preciado, velho parceiro de Levante. Novamente, foi titular absoluto do treinador na equipe, que conseguiu se manter na elite espanhola para 2010/11. Disputou 34 das 38 partidas e anotou um gol.
Rivera acumula duas convocações para a seleção espanhola, mas nunca defendeu a equipe principal em campo. A primeira chamada veio em novembro de 2005, para a partida das Eliminatórias para a Copa de 2006, contra a Eslováquia. Antes disso, integrou a equipe sub-18 da Fúria, da qual, curiosamente, é um dos maiores artilheiros da história, com sete gols, entre 1995 e 1996. Esteve na equipe vice-campeã do Europeu Sub-19 de 1995/96, que se classificou ao Mundial Sub-20 do ano seguinte, disputado na Malásia. No torneio, Rivera foi um dos destaques da Espanha - que perdeu da Irlanda nas quartas de final por 1 a 0. Marcou gols contra a Costa Rica (fase de grupos) e Canadá (oitavas). Apesar de algumas glórias na carreira, ficou muito distante do que se suponha. Basta olhar até onde foi o ex-companheiro Raúl.
Texto de André Augusto
Alberto Rivera
Nome completo: Alberto Rivera Pizarro
Data de nascimento: 16/02/1978
Local de nascimento: Puertollano, Espanha
Clubes que defendeu: Real Madrid, Numancia, Olympique Marseille, Levante, Betis e Sporting Gijón
Dentre jovens lançados por Jorge Valdano, estava o volante Alberto Rivera, que naquela mesma campanha, quebraria o recorde de Raúl e parecia poder ser aproveitado da mesma forma que o colega - que depois se tornaria um dos maiores jogadores da história do Real. Com uma única aparição naquela temporada, Rivera seria aproveitado na equipe principal novamente, vagando pelas equipes C e Real Madrid Castilla (o time B), até deixar o Bernabéu com apenas quatro partidas pela equipe principal em quase oito anos. O talentoso meio-campo ainda seria importante em campanhas de outras equipes de menor expressão como Levante e Betis. Mas bem distante de todas as glórias alcançadas pelo colega famoso de base.
Formado nas canteras do próprio Real Madrid, Alberto Rivera teve uma chance que soa improvável na equipe merengue da atualidade, de elenco repleto de estrelas do futebol mundial: com o Campeonato Espanhol de 1994/95 ganho, o técnico Jorge Valdano resolveu dar chance para o garoto, um volante que também gosta de apoiar o ataque quando necessário.
Valdano já tinha dado chance para Raúl, então um garoto, estrear naquela mesma temporada, na qual ele marcou impressionantes nove gols no Espanhol, com pouco mais de 17 anos. Porém, o recorde de goleador mais jovem, conseguido pelo atacante naquela mesma temporada - quando marcou diante do Atlético de Madrid - cairia na mesma temporada, algumas partidas depois. Aos 17 anos e 111 dias, Rivera marcou na vitória diante do Celta de Vigo e se tornou o mais jovem atleta a marcar pelo Real, marca que permanece até hoje. À época, era também o mais jovem a marcar na liga espanhola – marca quebrada apenas em 2003, pelo meia Xisco, do Valencia.
Em alta pela ótima estreia, o volante retornou ao time C para pegar mais experiência para um futuro retorno ao elenco principal. Em 1995/96, fez boa temporada, que lhe deu vaga para o Real Madrid Castilla, onde atuou por três anos. Ainda sem chances no time principal, foi emprestado ao Numancia, na temporada 1999/2000. Nos Rojillos, foi uma das principais peças do time que evitou o descenso para a segunda divisão. Porém, a boa temporada fora do clube merengue não foi suficiente para que Rivera emplacasse uma série de jogos no Real Madrid de 2000/01 (que já tinha seu colega de cantera Raúl mais do que consagrado na equipe). Apenas três partidas e um novo empréstimo, desta vez para o Olympique de Marseille.
Apesar da passagem regular, a estadia de Rivera em Marselha não deixou saudades. Não conseguiu se firmar na equipe titular, mas ainda assim conseguiu marcar dois gols em 12 partidas. Contudo, o nono lugar na Ligue 1 de 2001/02 trouxe uma reformulação ao OM e o volante foi devolvido ao Real, que acabou vendendo seus direitos ao Levante, integrante da segunda divisão espanhola. A versatilidade de Rivera no auxílio à defesa e o apoio ao ataque fez com que logo ele se tornasse uma das principais figuras dos Granotes. Quase conseguiu o acesso em sua primeira temporada no clube. E foi de grande valia na temporada seguinte, que marcou o retorno do clube após 40 anos à primeira divisão, ao marcar 11 gols – marca elevada, em se tratando de um volante. Também foi a primeira temporada em que trabalhou com o técnico Manuel Preciado, com quem desenvolveu boa relação pessoal.
Em 2004/05, conseguiu novamente se destacar ao marcar cinco gols no Espanhol, mesmo com o Levante retornando para a divisão de acesso. Precisando reduzir gastos após a queda, o clube aceitou a proposta de 3,4 milhões de euros do Betis - prestes a disputar a Liga dos Campeóes da temporada seguinte após uma ótima quarta colocação no Espanhol. Era uma boa vitrine para o futebol crescente de Rivera. Titular em todas as partidas do Betis no torneio continental, não conseguiu ajudar a equipe até a classificação à fase seguinte, em um grupo que contava com Chelsea e Liverpool. Ainda assim, ficou no terceiro posto da chave e garantiu uma vaga na Copa da Uefa, na qual a equipe caiu diante do Steaua Bucareste, nas oitavas de final. As boas jornadas nos béticos renderam ao volante sua primeira convocação para a Espanha de Luís Aragonés, em outubro de 2005.
Rivera ficaria por quatro temporadas na equipe de Sevilha. Após o bom início, ele foi perdendo espaço gradualmente, aliado à crise que o clube atravessou no final da década passada. Com a queda concretizada para a segundona, em 2008/09, o volante decidiu não renovar seu vínculo com o Betis e numa transferência livre, rumou ao Sporting Gijón, a pedido do técnico Preciado, velho parceiro de Levante. Novamente, foi titular absoluto do treinador na equipe, que conseguiu se manter na elite espanhola para 2010/11. Disputou 34 das 38 partidas e anotou um gol.
Rivera acumula duas convocações para a seleção espanhola, mas nunca defendeu a equipe principal em campo. A primeira chamada veio em novembro de 2005, para a partida das Eliminatórias para a Copa de 2006, contra a Eslováquia. Antes disso, integrou a equipe sub-18 da Fúria, da qual, curiosamente, é um dos maiores artilheiros da história, com sete gols, entre 1995 e 1996. Esteve na equipe vice-campeã do Europeu Sub-19 de 1995/96, que se classificou ao Mundial Sub-20 do ano seguinte, disputado na Malásia. No torneio, Rivera foi um dos destaques da Espanha - que perdeu da Irlanda nas quartas de final por 1 a 0. Marcou gols contra a Costa Rica (fase de grupos) e Canadá (oitavas). Apesar de algumas glórias na carreira, ficou muito distante do que se suponha. Basta olhar até onde foi o ex-companheiro Raúl.
Texto de André Augusto
Alberto Rivera
Nome completo: Alberto Rivera Pizarro
Data de nascimento: 16/02/1978
Local de nascimento: Puertollano, Espanha
Clubes que defendeu: Real Madrid, Numancia, Olympique Marseille, Levante, Betis e Sporting Gijón
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