Se no jogo de ida, Messi foi importante nas assistências, hoje ele decidiu: gol, artilharia isolada da Champions e quebra de marca pessoal (AP Photos)
Se, no jogo de ida das quartas-de-finais da Liga dos Campeões, o Barcelona abriu o placar cedo e suportou uma mini pressão do Shakthar, o confronto de volta só foi decidido no fim do primeiro tempo, com gol de Lionel Messi, que chegou ao seu nono tento nesta edição Champions League. A derrota para o Barcelona sacramentou uma semana negra para Shakhtar Donetsk, que nunca havia sido derrotado atuando no Donbass Arena desde sua inauguração, em 2009. No domingo, porém, os kroty perderam para o Obolon Kiev pelo campeonato ucraniano, dando adeus à invencibilidade caseira. Guardiola, nem um pouco adepto à euforia, não quis poupar ninguém para o superclássico de sábado. À exceção de Iniesta, suspenso, e Puyol, lesionado, o treinador mandou a campo todas as suas forças. Pedro, voltando de recente lesão, deu lugar a Afellay, autor de uma bela partida. O holandês foi importante nas infiltrações pelo lado esquerdo do campo.
Mantendo o esquema sem um centroavante de referência na área, Messi mantinha uma função de muita movimentação no ataque, dificultando a marcação ucraniana. Sem poder contar com Iniesta e Puyol, ainda lesionado, Guardiola optou por Mascherano na zaga, com Busquets de volante. Na frente, Afellay entrou na vaga de Iniesta, enquanto Keita ocupava o setor de meio-campo. O Shakhtar veio a campo com o mesmo esquema do jogo de ida: o 4-2-3-1. Utilizando uma nova dupla de laterais (Kobin e Shevchuk), Mircea Lucescu manteve a base do seu time. Os brasileiros do ataque continuavam com a responsabilidade ofensiva do clube ucraniano. O Shakhtar tinha consciência da dificuldade do jogo, uma vez que seria necessário aplicar uma goleada histórica sobre um time que perdeu apenas três vezes na temporada.
Willian e Douglas Costas, os dois meias que jogam pelos flancos da linha de três, deveriam orientar o ritmo do Shakthar na busca do quase impossível resultado, mas não conseguiram superar a marcação azulgrená. Jadson, o criador da equipe, passou nulo nos dois jogos, e foi apenas uma presa da marcação de Mascherano, na partida de ida, e Busquets, hoje. Dessa maneira, sem seus três principais jogadores de meio-campo, Luis Adriano ficou vulnerável a Piqué e Mascherano, que hoje inverteu de posição com Busquets. Suspenso para o superclássico, o argentino fez partida impecável na zaga e - quem diria - será desfalque sentido no jogo. Sem a mínima confiança em Gabriel Milito, que entrou no segundo tempo e, um minuto depois, foi amarelado, o treinador terá dor-de-cabeça para montar a equipe titular. Em enquete realizada pelo Sport, o nome do canterano Fontás aparece entre os primeiros para suprir a ausência dos lesionados e suspensos.
Após as primeira investidas do Shakhtar, o Barcelona tomou, por completo, o controle do jogo. Se, no início, o Barça tinha dificuldades para trocar passes, na última meia hora do primeiro tempo, o clube espanhol conseguia jogar no seu estilo próprio: posse de bola superior e controle da partida, ditando o ritmo. Após os primeiros trinta minutos do primeiro tempo, o Barcelona já conseguia chegar com mais perigo à meta de Pyatov em chutes de fora da área, em especial com Messi, Xavi e Afellay. Porém, foi em uma tabela característica do clube catalão que o placar foi aberto. Aos 43 minutos, Messi tabelou com Daniel Alves e recebeu na entrada da área. A Pulga já dominou a bola invadindo a área e após deixar Rakitskiy para trás e ganhar na dividida de Shevchuk, chutou consciente à esquerda de Pyatov, chegando ao gol de número 48 na temporada e superando a melhor marca de sua carreira – em 2009-10, balançou as redes 47 vezes. O maior artilheiro de um clube espanhol por temporada é o húngaro Ferenc Puskas, que marcou 49 vezes no Real Madrid, em 1959-60.
No segundo tempo, o Barcelona ainda era superior, cadenciando o jogo como queria. À medida que os azulgrenáis cozinhavam o jogo, Guardiola, preocupado com as questões físicas de seus jogadores, começou a poupar seus comandados. Lucescu também alterava o seu time, colocando-o mais à frente. Qualquer tipo de reação do Shakhtar era inútil, já que, além de a vantagem espanhola ser grande, o Barcelona era superior. Os ucranianos ainda chegaram em algumas oportunidades, mas sempre parando no goleiro Valdés, que realizou uma bela partida. Nos minutos finais, o domínio do Barça continou e Messi ainda se deu ao luxo de tentar lances de efeito, como chutes de cavadinha, buscando encobrir Pyatov. É importante ressaltar que o time de Lucescu, em momento algum, parou de atacar, só que o Barcelona era muito superior e tinha conhecimento da sua grande vantagem. A classificação às semifinais e a vitória em Donetsk pôs fim à seca do Barcelona de Guardiola em não ganhar fora de casa em confrontos de mata-mata da Champions: em oito confrontos, cinco empates (Lyon, Bayern, Chelsea, Stuttgart e Arsenal), duas derrotas (Internazionale de Milão e Arsenal) e a vitória de hoje na Donbass Arena.
A classificação para as semifinais foi a quarta em quatro anos, o que põe o Barcelona num grupo de times históricos: antes, apenas três equipes havia conseguido tal feito. O feito do Barcelona mereceu comemoração especial de Guardiola na coletiva pós-jogo. “É algo muito grandioso. O Barcelona jamais havia conseguido isso. É um grande prazer estar nesta equipe”, disse. Com o gol marcado, Messi caminha para ser o mais artilheiro da Champions League. Em uma rápida comparação, Raúl, o maior artilheiro da competição, chegou à marca dos 34 tentos (número de gols de Messi) com 24 anos e 322 dias, um ano a mais que Messi. A espera agora é pelo Real Madrid e uma maratona de superclássico está pronta para começar. Sábado será realizado o primeiro round, no Santiago Bernabéu, seguido de quarta-feira, no Mestalla, pela final da Copa do Rei. Quem levará a melhor?
Shakthar Donetsk 0x1 Barcelona
Shakthar Donestk: Pyatov; Kobin, Ishchenko, Rakitskiy e Shevchuk; Hubschmann (Fernandinho), Mkhitaryan, Jadson, Douglas Costa (Eduardo) e Willian; Luiz Adriano (Marcelo Moreno).
Barcelona: Victor Valdés; Daniel Alves, Piqué (Gabriel Milito), Busquets e Adriano; Mascherano, Xavi (Pedro Rodríguez) e Keita; Afellay, Messi e David Villa (Jeffren).
Árbitro: Florian Mayer (ALE)
Gol: Messi, aos 43' do primeiro tempo.
Cartão Amarelo: Mkhitaryan e Ishchenko (Shakhtar); Gabriel Milito (Barcelona)
Mantendo o esquema sem um centroavante de referência na área, Messi mantinha uma função de muita movimentação no ataque, dificultando a marcação ucraniana. Sem poder contar com Iniesta e Puyol, ainda lesionado, Guardiola optou por Mascherano na zaga, com Busquets de volante. Na frente, Afellay entrou na vaga de Iniesta, enquanto Keita ocupava o setor de meio-campo. O Shakhtar veio a campo com o mesmo esquema do jogo de ida: o 4-2-3-1. Utilizando uma nova dupla de laterais (Kobin e Shevchuk), Mircea Lucescu manteve a base do seu time. Os brasileiros do ataque continuavam com a responsabilidade ofensiva do clube ucraniano. O Shakhtar tinha consciência da dificuldade do jogo, uma vez que seria necessário aplicar uma goleada histórica sobre um time que perdeu apenas três vezes na temporada.
Willian e Douglas Costas, os dois meias que jogam pelos flancos da linha de três, deveriam orientar o ritmo do Shakthar na busca do quase impossível resultado, mas não conseguiram superar a marcação azulgrená. Jadson, o criador da equipe, passou nulo nos dois jogos, e foi apenas uma presa da marcação de Mascherano, na partida de ida, e Busquets, hoje. Dessa maneira, sem seus três principais jogadores de meio-campo, Luis Adriano ficou vulnerável a Piqué e Mascherano, que hoje inverteu de posição com Busquets. Suspenso para o superclássico, o argentino fez partida impecável na zaga e - quem diria - será desfalque sentido no jogo. Sem a mínima confiança em Gabriel Milito, que entrou no segundo tempo e, um minuto depois, foi amarelado, o treinador terá dor-de-cabeça para montar a equipe titular. Em enquete realizada pelo Sport, o nome do canterano Fontás aparece entre os primeiros para suprir a ausência dos lesionados e suspensos.
Após as primeira investidas do Shakhtar, o Barcelona tomou, por completo, o controle do jogo. Se, no início, o Barça tinha dificuldades para trocar passes, na última meia hora do primeiro tempo, o clube espanhol conseguia jogar no seu estilo próprio: posse de bola superior e controle da partida, ditando o ritmo. Após os primeiros trinta minutos do primeiro tempo, o Barcelona já conseguia chegar com mais perigo à meta de Pyatov em chutes de fora da área, em especial com Messi, Xavi e Afellay. Porém, foi em uma tabela característica do clube catalão que o placar foi aberto. Aos 43 minutos, Messi tabelou com Daniel Alves e recebeu na entrada da área. A Pulga já dominou a bola invadindo a área e após deixar Rakitskiy para trás e ganhar na dividida de Shevchuk, chutou consciente à esquerda de Pyatov, chegando ao gol de número 48 na temporada e superando a melhor marca de sua carreira – em 2009-10, balançou as redes 47 vezes. O maior artilheiro de um clube espanhol por temporada é o húngaro Ferenc Puskas, que marcou 49 vezes no Real Madrid, em 1959-60.
No segundo tempo, o Barcelona ainda era superior, cadenciando o jogo como queria. À medida que os azulgrenáis cozinhavam o jogo, Guardiola, preocupado com as questões físicas de seus jogadores, começou a poupar seus comandados. Lucescu também alterava o seu time, colocando-o mais à frente. Qualquer tipo de reação do Shakhtar era inútil, já que, além de a vantagem espanhola ser grande, o Barcelona era superior. Os ucranianos ainda chegaram em algumas oportunidades, mas sempre parando no goleiro Valdés, que realizou uma bela partida. Nos minutos finais, o domínio do Barça continou e Messi ainda se deu ao luxo de tentar lances de efeito, como chutes de cavadinha, buscando encobrir Pyatov. É importante ressaltar que o time de Lucescu, em momento algum, parou de atacar, só que o Barcelona era muito superior e tinha conhecimento da sua grande vantagem. A classificação às semifinais e a vitória em Donetsk pôs fim à seca do Barcelona de Guardiola em não ganhar fora de casa em confrontos de mata-mata da Champions: em oito confrontos, cinco empates (Lyon, Bayern, Chelsea, Stuttgart e Arsenal), duas derrotas (Internazionale de Milão e Arsenal) e a vitória de hoje na Donbass Arena.
A classificação para as semifinais foi a quarta em quatro anos, o que põe o Barcelona num grupo de times históricos: antes, apenas três equipes havia conseguido tal feito. O feito do Barcelona mereceu comemoração especial de Guardiola na coletiva pós-jogo. “É algo muito grandioso. O Barcelona jamais havia conseguido isso. É um grande prazer estar nesta equipe”, disse. Com o gol marcado, Messi caminha para ser o mais artilheiro da Champions League. Em uma rápida comparação, Raúl, o maior artilheiro da competição, chegou à marca dos 34 tentos (número de gols de Messi) com 24 anos e 322 dias, um ano a mais que Messi. A espera agora é pelo Real Madrid e uma maratona de superclássico está pronta para começar. Sábado será realizado o primeiro round, no Santiago Bernabéu, seguido de quarta-feira, no Mestalla, pela final da Copa do Rei. Quem levará a melhor?
Shakthar Donetsk 0x1 Barcelona
Shakthar Donestk: Pyatov; Kobin, Ishchenko, Rakitskiy e Shevchuk; Hubschmann (Fernandinho), Mkhitaryan, Jadson, Douglas Costa (Eduardo) e Willian; Luiz Adriano (Marcelo Moreno).
Barcelona: Victor Valdés; Daniel Alves, Piqué (Gabriel Milito), Busquets e Adriano; Mascherano, Xavi (Pedro Rodríguez) e Keita; Afellay, Messi e David Villa (Jeffren).
Árbitro: Florian Mayer (ALE)
Gol: Messi, aos 43' do primeiro tempo.
Cartão Amarelo: Mkhitaryan e Ishchenko (Shakhtar); Gabriel Milito (Barcelona)
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