Canterano do Valencia, Farinós chegou a disputar uma final de Champions League com os chés (eleganche.es)
Atualmente, Francisco Javier Farinós Zapata defende as cores do Hércules, que está na 18ª colocação do campeonato espanhol. Quem o vê de início, pensa que se trata de um jogador como outro qualquer. Mas não é bem assim. No fim dos anos 90, o meio-campista era considerado um jogador de grande potencial. Não à toa, assumiu a camisa 8 do Valencia com apenas 19 anos. Três anos mais tarde, disputaria sua primeira final de Champions League (derrota de 3x0 para o Real Madrid) e seria vendido à Internazionale. Um salto importante para consolidar sua carreira. Farinós só não contava que sua passagem pela Itália fosse mal-sucedida. Deslumbrou-se com as lojas de Milão, sofreu com as lesões e, desde então, não reencontrou seu futebol.
A temporada 1996/97 foi a primeira de Fari como profissional. O responsável por sua promoção ao elenco principal do Valencia foi o argentino Jorge Valdano. Logo de cara, impressionou por sua mobilidade e por sua capacidade de roubar bola e sair jogando. Comparando com meio-campistas da atualidade, podemos dizer que ele tinha as mesmas características de Xavi Hernández, do Barcelona. Nos dois anos seguintes, mesmo com Gaizka Mendieta, Killy González e Stefan Schwarz na equipe, Farinós conseguiu se manter na equipe titular. Ter nascido na cidade e ser um atleta formado no clube o ajudaram a conquistar a torcida.
A Inter foi o grande divisor de águas para a carreira de Farinós. Contratado no verão de 2000 por 12 milhões de euros, esperava-se muito do volante na Itália. Ele tinha o perfil ideal para triunfar no time nerazzurro: força, técnica e raça. No início, recebeu várias chances. Formava o meio junto com Luigi Di Biagio, Vladimir Jugovic e Clarence Seedorf. Mas não rendeu o que se esperava. Para piorar, uma suposta hérnia (que depois não se confirmou) e lesões no púbis o deixaram afastado dos gramados por um ano, no total. Quando voltou, com Héctor Cúper, passou a ser figura assídua no banco de reservas.
Apesar de insatisfeito com a situação, segurou a onda e acatou as ordens do treinador. Porém, em 2002/03, ao entrar em campo apenas duas vezes durante todo o segundo semestre, acabou emprestado ao Villarreal, onde não se destacou. Também sem ser brilhante no Submarino Amarelo, Farinós não teve seu vínculo renovado. Assim, foi obrigado a voltar à Milão. Não ficou por lá nem duas semanas e acertou um novo empréstimo, desta vez com o Real Mallorca.
Mesmo após uma temporada mediana, o clube espanhol decidiu prolongar seu contrato. Desta vez, o negócio se deu de uma forma um pouco diferente. O vínculo com a Inter havia expirado e, como Moratti não tinha mais interesse em contar com ele, ficou livre para acertar com qualquer outra equipe. O Mallorca lhe deu uma segunda chance e assinou com Fari por um ano. Só que o volante, novamente, não aproveitou. Passou meses longe de seu preparo físico ideal e acabou dispensado em junho de 2006.
Aos 28 anos, estava desempregado. Precisou apelar ao Charlton, da Inglaterra, para que treinasse no clube enquanto procurava uma nova equipe. O tempo foi passando e nada. Nem os ingleses tinham interesse em contar com ele. Até que, quando menos esperava, recebeu um telefonema do Hércules, de Alicante. Não pensou duas vezes e aceitou o desafio de levar o clube de volta à primeira divisão. Além do mais, estaria perto de sua Valencia.
Passados quatro anos da ida para o Hércules, o sonho de Farinós continua o mesmo: lutar para que os blanquiazules permaneçam na Liga BBVA. Além disso, quer mostrar ao público que não é mais um ex-jogador em atividade. Para ele, sair da elite do futebol mundial e acabar na Liga Adelante foi um golpe duro, que só pode ser assimilado há pouco tempo. O segredo de Farinós foi justamente fazer o oposto do que esteve acostumado em suas passagens por Inter, Villarreal e Mallorca: se dedicar ao máximo nos treinamentos e estar focado somente no futebol.
Passagem pela Fúria
No dia 18 de agosto de 1999, Fari recebeu sua primeira oportunidade na seleção espanhola. Foi em um amistoso contra a Polônia, em Varsóvia, quando substituiu Mendieta no intervalo. Receberia mais uma chance no ano seguinte, diante da Holanda, mas nunca mais voltaria ao selecionado principal. Muito em função do futebol apresentado (ou não apresentado, como preferir) na Inter.
Javier Farinós
Nome completo: Francisco Javier Farinós Zapata
Data de nascimento: 29/03/1978
Local de nascimento: Valencia, Espanha
Clubes: Valencia, Internazionale, Villarreal, Mallorca e Hércules
Títulos: 1 Copa do Rei, 1 Supercopa da Espanha, 1 Copa da Itália, 1 Eurocopa Sub-21, 1 Copa Intertoto da Uefa
A temporada 1996/97 foi a primeira de Fari como profissional. O responsável por sua promoção ao elenco principal do Valencia foi o argentino Jorge Valdano. Logo de cara, impressionou por sua mobilidade e por sua capacidade de roubar bola e sair jogando. Comparando com meio-campistas da atualidade, podemos dizer que ele tinha as mesmas características de Xavi Hernández, do Barcelona. Nos dois anos seguintes, mesmo com Gaizka Mendieta, Killy González e Stefan Schwarz na equipe, Farinós conseguiu se manter na equipe titular. Ter nascido na cidade e ser um atleta formado no clube o ajudaram a conquistar a torcida.
A Inter foi o grande divisor de águas para a carreira de Farinós. Contratado no verão de 2000 por 12 milhões de euros, esperava-se muito do volante na Itália. Ele tinha o perfil ideal para triunfar no time nerazzurro: força, técnica e raça. No início, recebeu várias chances. Formava o meio junto com Luigi Di Biagio, Vladimir Jugovic e Clarence Seedorf. Mas não rendeu o que se esperava. Para piorar, uma suposta hérnia (que depois não se confirmou) e lesões no púbis o deixaram afastado dos gramados por um ano, no total. Quando voltou, com Héctor Cúper, passou a ser figura assídua no banco de reservas.
Apesar de insatisfeito com a situação, segurou a onda e acatou as ordens do treinador. Porém, em 2002/03, ao entrar em campo apenas duas vezes durante todo o segundo semestre, acabou emprestado ao Villarreal, onde não se destacou. Também sem ser brilhante no Submarino Amarelo, Farinós não teve seu vínculo renovado. Assim, foi obrigado a voltar à Milão. Não ficou por lá nem duas semanas e acertou um novo empréstimo, desta vez com o Real Mallorca.
Mesmo após uma temporada mediana, o clube espanhol decidiu prolongar seu contrato. Desta vez, o negócio se deu de uma forma um pouco diferente. O vínculo com a Inter havia expirado e, como Moratti não tinha mais interesse em contar com ele, ficou livre para acertar com qualquer outra equipe. O Mallorca lhe deu uma segunda chance e assinou com Fari por um ano. Só que o volante, novamente, não aproveitou. Passou meses longe de seu preparo físico ideal e acabou dispensado em junho de 2006.
Aos 28 anos, estava desempregado. Precisou apelar ao Charlton, da Inglaterra, para que treinasse no clube enquanto procurava uma nova equipe. O tempo foi passando e nada. Nem os ingleses tinham interesse em contar com ele. Até que, quando menos esperava, recebeu um telefonema do Hércules, de Alicante. Não pensou duas vezes e aceitou o desafio de levar o clube de volta à primeira divisão. Além do mais, estaria perto de sua Valencia.
Passados quatro anos da ida para o Hércules, o sonho de Farinós continua o mesmo: lutar para que os blanquiazules permaneçam na Liga BBVA. Além disso, quer mostrar ao público que não é mais um ex-jogador em atividade. Para ele, sair da elite do futebol mundial e acabar na Liga Adelante foi um golpe duro, que só pode ser assimilado há pouco tempo. O segredo de Farinós foi justamente fazer o oposto do que esteve acostumado em suas passagens por Inter, Villarreal e Mallorca: se dedicar ao máximo nos treinamentos e estar focado somente no futebol.
Passagem pela Fúria
No dia 18 de agosto de 1999, Fari recebeu sua primeira oportunidade na seleção espanhola. Foi em um amistoso contra a Polônia, em Varsóvia, quando substituiu Mendieta no intervalo. Receberia mais uma chance no ano seguinte, diante da Holanda, mas nunca mais voltaria ao selecionado principal. Muito em função do futebol apresentado (ou não apresentado, como preferir) na Inter.
Javier Farinós
Nome completo: Francisco Javier Farinós Zapata
Data de nascimento: 29/03/1978
Local de nascimento: Valencia, Espanha
Clubes: Valencia, Internazionale, Villarreal, Mallorca e Hércules
Títulos: 1 Copa do Rei, 1 Supercopa da Espanha, 1 Copa da Itália, 1 Eurocopa Sub-21, 1 Copa Intertoto da Uefa
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