O Mallorca é o décimo colocado da Liga Espanhola, com 38 pontos, três a menos que o Sevilla, sétimo colocado e último da zona de Liga Europa. Quem vê a tabela de classificação do Campeonato Espanhol e lembra de tudo que aconteceu no início de temporada com o clube de Palma de Mallorca fica boquiaberto, fatalmente. Antes de tudo, vamos relembrar como terminou a temporada 2009/08 dos malloquíns.
De grão em grão, o time comandado por Gregório Manzano, hoje no Sevilla, passou a brigar ferrenhamente com Valencia e Sevilla por uma das vagas na Champions. Utilizando o Ono Estadi como a maior arma (conquistaram 82% dos pontos em seu domicílio), os rojos chegaram a última rodada com apenas um ponto atrás do Sevilla e com um compromisso fácil contra um Espanyol que já não almejava mais nada na temporada. O Sevilla, por sua vez, foi até o Juegos Mediterráneos encarar o rival regional Almería. Ao final do jogo na Ilha Balear, o Mallorca venceu por 2 a 0 o Espanyol e esperava alegre pelo término do jogo na Andaluzia, que estava empatado até os 47 minutos do segundo tempo. Acabou que, no último lance do jogo, Rodri aproveitou sobra da rojiblanca e arrematou firme para as redes de Diego López, decretando a vitória sevillista e a classificação para a Uefa Champions League 10/11.
Apesar dos bons resultados conquistados dentro das quatro linhas, internamente o clube passava por sérios problemas. Os jogadores passaram a temporada praticamente inteira com os salários atrasados; mas, honrando a camisa do time, em momento algum denunciou o caso à CEDD. Porém, logo após o término da Copa do Mundo, não teve jeito: com uma divida de mais de 50 milhões de euros, sendo que mais de 15 milhões eram para o ministério da Fazenda da Espanha - principal motivo alegado pela Uefa, que não permite aos participantes de suas competições tal dívida. Com isso, restou à diretoria entrar em lei concursal e vender seus principais jogadores. Mario Suárez, Trejo, Borja Valero e o técnico Gregório Manzano tiveram que sair para outras equipes na tentativa de sanar as dívidas do clube. Além disso, outro problema envolvendo o clube balear foi o fato do Athletic Bilbao ter denunciado o clube por não ter cumprido com os pagamentos da venda de Áduriz (hoje no Valencia).
Apesar de ter entrado em Lei Concursal e passar a pagar seus credores, a UEFA deu um prazo de 24 horas para o Mallorca recorrer. Porém, a entidade não aceitou o pedido dos dirigentes do Mallorca e a equipe acabou excluída da Liga Europa, dando lugar ao Villarreal, que está muito próximo das quartas de finais. O mercado foi cirúrgico e, como já era de se esperar, poucos jogadores foram contratados. De nome, apenas De Guzmán e o técnico Michael Laudrup. As previsões para a temporada eram terríveis, principalmente após a péssima pré-temporada, mas a equipe deu a volta por cima. Logo em sua estreia na Liga BBVA, fez José Mourinho provar de seu veneno: contra o Real Madrid, Laudrup jogou no 5-4-1, com Gonzalo Castro, a única referência que sobrou do time da temporada passada, escalado como atacante. O 0 a 0 foi bastante comemorado, e marcou um novo início à equipe mallorquina.
O segredo da recuperação do Mallorca está no encaixe do novo esquema. A grande vitória sobre o Espanyol provou que Laudrup não depende apenas de seus principais jogadores. A linha de três ofensiva não é tão feroz, mas Nsue, à direita, Castro, centralizado, e Pereira, aberto na esquerda, cumprem bem seus respectivos papéis. O 4-2-3-1 passa também proteção para a zaga, com De Guzmán de primeiro volante e João Victor saindo para o jogo e ajudando na criação das jogadas. Webó, referência no ataque, voltou à ótima forma de algumas temporadas atrás e foi o principal responsável por essa vitória. Os jovens Kevin e Cendrós estão à disposição e são suficientemente bons para, quando Laudrup quiser, estarem entre os titulares. No fim das contas, o treinador dinamarquês ratificou seu alto patamar de saber trabalhar com elencos limitados - como já havia feito no Getafe de algumas temporadas - e consagrar um esquema - com Manzano, a equipe atuava no 4-1-4-1 -, outrora baseado quase exclusivamente em princípios defensivos, para superar uma das maiores dificuldades da história do Mallorca. A vaga na Liga Europa é possível e o Mallorca está na disputa.
De grão em grão, o time comandado por Gregório Manzano, hoje no Sevilla, passou a brigar ferrenhamente com Valencia e Sevilla por uma das vagas na Champions. Utilizando o Ono Estadi como a maior arma (conquistaram 82% dos pontos em seu domicílio), os rojos chegaram a última rodada com apenas um ponto atrás do Sevilla e com um compromisso fácil contra um Espanyol que já não almejava mais nada na temporada. O Sevilla, por sua vez, foi até o Juegos Mediterráneos encarar o rival regional Almería. Ao final do jogo na Ilha Balear, o Mallorca venceu por 2 a 0 o Espanyol e esperava alegre pelo término do jogo na Andaluzia, que estava empatado até os 47 minutos do segundo tempo. Acabou que, no último lance do jogo, Rodri aproveitou sobra da rojiblanca e arrematou firme para as redes de Diego López, decretando a vitória sevillista e a classificação para a Uefa Champions League 10/11.
Apesar dos bons resultados conquistados dentro das quatro linhas, internamente o clube passava por sérios problemas. Os jogadores passaram a temporada praticamente inteira com os salários atrasados; mas, honrando a camisa do time, em momento algum denunciou o caso à CEDD. Porém, logo após o término da Copa do Mundo, não teve jeito: com uma divida de mais de 50 milhões de euros, sendo que mais de 15 milhões eram para o ministério da Fazenda da Espanha - principal motivo alegado pela Uefa, que não permite aos participantes de suas competições tal dívida. Com isso, restou à diretoria entrar em lei concursal e vender seus principais jogadores. Mario Suárez, Trejo, Borja Valero e o técnico Gregório Manzano tiveram que sair para outras equipes na tentativa de sanar as dívidas do clube. Além disso, outro problema envolvendo o clube balear foi o fato do Athletic Bilbao ter denunciado o clube por não ter cumprido com os pagamentos da venda de Áduriz (hoje no Valencia).
Apesar de ter entrado em Lei Concursal e passar a pagar seus credores, a UEFA deu um prazo de 24 horas para o Mallorca recorrer. Porém, a entidade não aceitou o pedido dos dirigentes do Mallorca e a equipe acabou excluída da Liga Europa, dando lugar ao Villarreal, que está muito próximo das quartas de finais. O mercado foi cirúrgico e, como já era de se esperar, poucos jogadores foram contratados. De nome, apenas De Guzmán e o técnico Michael Laudrup. As previsões para a temporada eram terríveis, principalmente após a péssima pré-temporada, mas a equipe deu a volta por cima. Logo em sua estreia na Liga BBVA, fez José Mourinho provar de seu veneno: contra o Real Madrid, Laudrup jogou no 5-4-1, com Gonzalo Castro, a única referência que sobrou do time da temporada passada, escalado como atacante. O 0 a 0 foi bastante comemorado, e marcou um novo início à equipe mallorquina.
O segredo da recuperação do Mallorca está no encaixe do novo esquema. A grande vitória sobre o Espanyol provou que Laudrup não depende apenas de seus principais jogadores. A linha de três ofensiva não é tão feroz, mas Nsue, à direita, Castro, centralizado, e Pereira, aberto na esquerda, cumprem bem seus respectivos papéis. O 4-2-3-1 passa também proteção para a zaga, com De Guzmán de primeiro volante e João Victor saindo para o jogo e ajudando na criação das jogadas. Webó, referência no ataque, voltou à ótima forma de algumas temporadas atrás e foi o principal responsável por essa vitória. Os jovens Kevin e Cendrós estão à disposição e são suficientemente bons para, quando Laudrup quiser, estarem entre os titulares. No fim das contas, o treinador dinamarquês ratificou seu alto patamar de saber trabalhar com elencos limitados - como já havia feito no Getafe de algumas temporadas - e consagrar um esquema - com Manzano, a equipe atuava no 4-1-4-1 -, outrora baseado quase exclusivamente em princípios defensivos, para superar uma das maiores dificuldades da história do Mallorca. A vaga na Liga Europa é possível e o Mallorca está na disputa.
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