Özil e Cristiano Ronaldo são símbolos de um Real Madrid que, por ora, padece nos momentos decisivos (getty images)
"Talvez esse Real Madrid tenha um pouco menos de fantasia do que no passado", disse Jupp Heynckes, técnico do Bayern de Munich. Embora tenha admitido que os blancos são muito perigosos e uma das melhores equipes do mundo, o treinador campeão europeu com o Real Madrid em 98 não hesitou em soltar essa. Os números mostram o contrário: só o fato de contar com 108 gols na Liga Espanhola joga por água baixo a confirmação do alemão. Mas a análise de Heynckes, baseada nos jogos contra equipes grandes do Real Madrid, teve sua validade comprovada há pouco, na derrota por 2x1 para o Bayern de Munich na partida de ida das semifinais da Uefa Champions.
Quando falamos em fantasia, quase toda comparação que se faça com o Madrid campeão pela última vez da Uefa Champions League será ingrata. Afinal, a força motriz daquele time era um meio-campo com Makélélé, Figo, Zidane e Mcnamanam. A formação inicial de hoje não foi diferente da habitual. Teve Xabi Alonso, Khedira, Di María, Özil e Cristiano Ronaldo. Mas aí vem o questionamento sobre o poderio dessa equipe em partidas que requer múltiplo esforço. Di María esteve bastante opaco e errou quase tudo que tentou. Cristiano Ronaldo não foi nem 40% do jogador de 53 gols na temporada e passou em branco perante Phillip Lahm. Özil e Benzema tentaram, mas não tiveram muito sucesso. O alemão teve lampejos, marcou até o gol de honra, mas em certos momentos da partida foi anulado pelo compatriota Schweinsteiger.
Talvez faltasse mais ousadia por parte de Mourinho. O recuo inexplicável após o tento de Özil, quando o Real Madrid dominava, chamou o Bayern ao jogo. Saíram Di María e Özil, entraram Marcelo e Granero. Aí vem mais um questionamento: por que não apostar na ofensividade da equipe e tentar sentenciar ainda em Munich. Havia espaços para isso. A defesa do Bayern, como explicada no preview, não é nada confiante. Tirar Di María, que ainda mostra uma falta de forma física ideal em relação ao pré-lesão, não é nada anormal, mas por que não Kaká? O brasileiro vem crescendo de produção e é mais confiável nesses tipos de jogos.
Quando falamos em fantasia, quase toda comparação que se faça com o Madrid campeão pela última vez da Uefa Champions League será ingrata. Afinal, a força motriz daquele time era um meio-campo com Makélélé, Figo, Zidane e Mcnamanam. A formação inicial de hoje não foi diferente da habitual. Teve Xabi Alonso, Khedira, Di María, Özil e Cristiano Ronaldo. Mas aí vem o questionamento sobre o poderio dessa equipe em partidas que requer múltiplo esforço. Di María esteve bastante opaco e errou quase tudo que tentou. Cristiano Ronaldo não foi nem 40% do jogador de 53 gols na temporada e passou em branco perante Phillip Lahm. Özil e Benzema tentaram, mas não tiveram muito sucesso. O alemão teve lampejos, marcou até o gol de honra, mas em certos momentos da partida foi anulado pelo compatriota Schweinsteiger.
Talvez faltasse mais ousadia por parte de Mourinho. O recuo inexplicável após o tento de Özil, quando o Real Madrid dominava, chamou o Bayern ao jogo. Saíram Di María e Özil, entraram Marcelo e Granero. Aí vem mais um questionamento: por que não apostar na ofensividade da equipe e tentar sentenciar ainda em Munich. Havia espaços para isso. A defesa do Bayern, como explicada no preview, não é nada confiante. Tirar Di María, que ainda mostra uma falta de forma física ideal em relação ao pré-lesão, não é nada anormal, mas por que não Kaká? O brasileiro vem crescendo de produção e é mais confiável nesses tipos de jogos.
É também importante entender a cabeça de Mourinho em grandes jogos. O tímido 4-3-2-1 após o gol de empate, com Cristiano Ronaldo distante do gol, é mais uma mostra de que ele prioriza a defesa nessas circunstâncias. A opção por Fábio Coentrão no lugar de Marcelo (aquele que "é tudo, menos um lateral" na visão do treinador português à época de Inter de Milão) só evidencia essa tese. Acontece que a temporada do brasileiro é mais sólida de sua carreira na Europa. O lateral tem balanceado as subidas ao ataque com a ajuda na marcação na hora do contra-ataque adversário. Em campo, Coentrão sofreu. Na primeira etapa, quando Robben caia pela seu setor; em partes da segunda etapa, quando Ribéry inverteu de lado; e nos minutos finais, quando, precisando de qualquer forma da vitória, Lahm abandonou a marcação a Cristiano Ronaldo e se lançou ao ataque. Fez a jogada do gol de Mario Gómez justamente driblando o lateral gajo.
É preciso ver a importancia do gol de Özil por um lado. "Não precisaremos de milagre nenhum. Basta jogarmos o nosso futebol e fazer, pelo menos, um gol para irmos à final", disse Mourinho após o jogo. Ainda que possa sofrer um gol num contra-ataque bem encaixado pelos bávaros no Bernabéu, as palavras de Mourinho tem um quê de realista. O problema é a atenção necessária ao Bayern na partida de volta. O outro é como irá se comportar o Real Madrid caso receba o primeiro gol ou volte do intervalo com o marcador zerado. Mais uma vez ficou ratificado que os blancos não sabem jogar pressionado. A falta para expulsão de Marcelo em Thomas Müller exemplifica o nervosismo em situações adversas. Enquanto isso, antes da última parada rumo à final, o Real Madrid tem pela frente o Barcelona. Tudo que Mourinho não queria.
É preciso ver a importancia do gol de Özil por um lado. "Não precisaremos de milagre nenhum. Basta jogarmos o nosso futebol e fazer, pelo menos, um gol para irmos à final", disse Mourinho após o jogo. Ainda que possa sofrer um gol num contra-ataque bem encaixado pelos bávaros no Bernabéu, as palavras de Mourinho tem um quê de realista. O problema é a atenção necessária ao Bayern na partida de volta. O outro é como irá se comportar o Real Madrid caso receba o primeiro gol ou volte do intervalo com o marcador zerado. Mais uma vez ficou ratificado que os blancos não sabem jogar pressionado. A falta para expulsão de Marcelo em Thomas Müller exemplifica o nervosismo em situações adversas. Enquanto isso, antes da última parada rumo à final, o Real Madrid tem pela frente o Barcelona. Tudo que Mourinho não queria.
acontece, no bernabeu o Real irá sacrementar sua classificação. o time nao foi metade do que é hoje, mas não da pra manter sempre. em uma parte concordo, mourinho fez umas loucuras. uma delas foi colocar o fraco coentrao (na minha opinião) no lugar do marcelo.
ResponderExcluirFalta um Messi
ResponderExcluirAquele time de 2002 tinha a solidez que o Mourinho conseguiu implantar nesse time e o diferêncial de um Zidane num grande momento, Raul e Morientes entrosadíssimos e capacidade para decidir nas adversidades, como na vitória por 2 a 0 contra o Bayern então campeão, por 2 a 0. Resta saber se esse conseguiria repetir tal feito, contra um Bayern melhor que aquele que enfrentou há dez anos...
ResponderExcluirAquele time tinha o Hierro, enquanto este tem o Pepe.
ResponderExcluirÉ brincadeira, mas nem tanto. Observem quem, no time merengue, falha nos momentos capitais.