Os motivos para comemorar são muitos no Rayo Vallecano. Equipe superou adversidades por mais um ano e irá se manter na elite espanhola (getty images)
No complemento da 33ª rodada, o Rayo Vallecano foi derrotado pelo Valencia por 4x1. Um resultado que poderia até ter sido maior devido ao domínio amplo dos chés, impussionados pelo empate conquistado no Santiago Bernabéu. O assunto em questão é o derrotado da noite. Goleado e sem saber o que fazer perante a avalanche ché, os rayistas foram por água abaixo. Entretanto, a temporada feita pela equipe treinada por Ramón Sandoval é digna de orgulho. No último sábado, por exemplo, ao golear o Osasuna por 6x0 chegou a maior vitória de sua história. Apesar da sequência ruim, com apenas duas vitórias em seis jogos, é muito provável que o Rayo se mantenha na elite espanhola. Para isso, basta somar mais três pontos em 15 disputados.
É preciso voltar a meados da temporada passada, quando os vallecanos disputavam a Liga Adelante. A primeira demonstração de que esse time poderia além foi vencer as adversidades e conquistar uma vaga no grupo de acesso à Liga BBVA. Durante a disputa da Liga Adelante as dívidas chegaram a estar entre 40 e 80 milhões de euros, fora o quase um ano de salários atrasados — a ponto de torcedores terem organizado movimentos para arrecadar dinheiro e ajudar no pagamento de jogadores, garotos da base e funcionários do clube. Em matéria ao site da Trivela, Lincoln Chaves escreveu com palavras certas a situação dos franjiroys.
"Para complicar, em fevereiro do ano passado, a Nueva Rumasa, conglomerado de empresas (dentre as quais fazia parte o Rayo) presidido por José Maria Ruiz-Mateos, entrou na fase que antecede ao que os espanhois chamam de Ley Concursal — em linhas gerais, é quando a gestão fiscal da agremiação passa a ocorrer sob intervenção jurídica. Mas a situação ainda ficaria mais complicada. Em maio, Ruiz-Mateos se desfez de quase 99% das ações dos Franjirrojos e jogou a bomba para o empresário Raúl Martín Presa. Embora inicialmente receoso, o novo dono viu que o buraco era grande demais e solicitou a entrada do Rayo na etapa seguinte da Ley Concursal, confiando que isso deixaria a adminstração mais tranquila para tocar o dia-a-dia do clube, ainda que sem a completa autonomia de outrora.
Com um elenco limitado até para a disputa da segundona espanhola, viria a parte mais preocupante de todo o processo da volta à elite: o pouco dinheiro para reforçar o plantel. O clube iniciou a temporada diante de gravíssima crise financeira. Diversas tentativas de renegociação de salários e dívidas foram buscadas, com reduções de ordenados que chegavam a 80%. Havia o risco até mesmo de que vários jogadores e membros da comissão técnica — dentre eles o próprio técnico José Ramón Sandoval (que até chegou a pedir demissão, mas acabou permanecendo) — fossem liberados. Tudo isso semanas antes da estreia na Liga contra o Athletic Bilbao. Não a toa, pouquíssimos imaginavam que o Rayo tivesse alguma chance de escapar do rebaixamento. Aliás, havia dúvidas até mesmo das condições do clube sobreviver até o fim do campeonato.Assim como na temporada anterior, se administrativamente a crise persistia, em campo as coisas caminharam muito melhor que a encomenda".
Após 33 rodadas, o Rayo Vallecano não figurou uma única vez na zona de rebaixamento. A manuntenção de jogadores como Casado, Movilla e Michu tem sido um golpe na manga da diretoria. Michu, por exemplo, faz Liga incontestável: autor de 15 gols, é o artilheiro da equipe e tem um repertório maior de jogadas e de finalizações Dos reforços, quem mais chama atenção é Diego Costa. Contratado sob dúvidas após um ano e meio parado devido a uma lesão séria no joelho, o brasileiro tem estado acima das expectativas. Tornou-se peça chave do esquema de Sandoval e conquistou a torcida. O Marca já especula a contratação definitiva do atacante, que pertence ao Atlético de Madrid.
No segundo turno, o Rayo mostrou uma faceta mais impressionante: seguro, pressionando o adversário com e sem a bola e criando chances incotáveis de gols. A maior demonstração de poderio foi na, ironicamente, derrota para o Real Madrid. O dérbi levou os merengues a um cenário de desconforto pouco visto na temporada, mas um tento de calcanhar de Cristiano Ronaldo decidiu o jogo (sem esquecer dos possíveis pênaltis não marcados). Se a Europa, há algumas rodadas, chegou a ser um sonho possível, atualmente é improvável uma vaga na Liga Europa. Mas o importante é que os rayistas estão a um passo da salvação, o que pode ser comemorado como um título pela fanática torcida.
É preciso voltar a meados da temporada passada, quando os vallecanos disputavam a Liga Adelante. A primeira demonstração de que esse time poderia além foi vencer as adversidades e conquistar uma vaga no grupo de acesso à Liga BBVA. Durante a disputa da Liga Adelante as dívidas chegaram a estar entre 40 e 80 milhões de euros, fora o quase um ano de salários atrasados — a ponto de torcedores terem organizado movimentos para arrecadar dinheiro e ajudar no pagamento de jogadores, garotos da base e funcionários do clube. Em matéria ao site da Trivela, Lincoln Chaves escreveu com palavras certas a situação dos franjiroys.
"Para complicar, em fevereiro do ano passado, a Nueva Rumasa, conglomerado de empresas (dentre as quais fazia parte o Rayo) presidido por José Maria Ruiz-Mateos, entrou na fase que antecede ao que os espanhois chamam de Ley Concursal — em linhas gerais, é quando a gestão fiscal da agremiação passa a ocorrer sob intervenção jurídica. Mas a situação ainda ficaria mais complicada. Em maio, Ruiz-Mateos se desfez de quase 99% das ações dos Franjirrojos e jogou a bomba para o empresário Raúl Martín Presa. Embora inicialmente receoso, o novo dono viu que o buraco era grande demais e solicitou a entrada do Rayo na etapa seguinte da Ley Concursal, confiando que isso deixaria a adminstração mais tranquila para tocar o dia-a-dia do clube, ainda que sem a completa autonomia de outrora.
Com um elenco limitado até para a disputa da segundona espanhola, viria a parte mais preocupante de todo o processo da volta à elite: o pouco dinheiro para reforçar o plantel. O clube iniciou a temporada diante de gravíssima crise financeira. Diversas tentativas de renegociação de salários e dívidas foram buscadas, com reduções de ordenados que chegavam a 80%. Havia o risco até mesmo de que vários jogadores e membros da comissão técnica — dentre eles o próprio técnico José Ramón Sandoval (que até chegou a pedir demissão, mas acabou permanecendo) — fossem liberados. Tudo isso semanas antes da estreia na Liga contra o Athletic Bilbao. Não a toa, pouquíssimos imaginavam que o Rayo tivesse alguma chance de escapar do rebaixamento. Aliás, havia dúvidas até mesmo das condições do clube sobreviver até o fim do campeonato.Assim como na temporada anterior, se administrativamente a crise persistia, em campo as coisas caminharam muito melhor que a encomenda".
Após 33 rodadas, o Rayo Vallecano não figurou uma única vez na zona de rebaixamento. A manuntenção de jogadores como Casado, Movilla e Michu tem sido um golpe na manga da diretoria. Michu, por exemplo, faz Liga incontestável: autor de 15 gols, é o artilheiro da equipe e tem um repertório maior de jogadas e de finalizações Dos reforços, quem mais chama atenção é Diego Costa. Contratado sob dúvidas após um ano e meio parado devido a uma lesão séria no joelho, o brasileiro tem estado acima das expectativas. Tornou-se peça chave do esquema de Sandoval e conquistou a torcida. O Marca já especula a contratação definitiva do atacante, que pertence ao Atlético de Madrid.
No segundo turno, o Rayo mostrou uma faceta mais impressionante: seguro, pressionando o adversário com e sem a bola e criando chances incotáveis de gols. A maior demonstração de poderio foi na, ironicamente, derrota para o Real Madrid. O dérbi levou os merengues a um cenário de desconforto pouco visto na temporada, mas um tento de calcanhar de Cristiano Ronaldo decidiu o jogo (sem esquecer dos possíveis pênaltis não marcados). Se a Europa, há algumas rodadas, chegou a ser um sonho possível, atualmente é improvável uma vaga na Liga Europa. Mas o importante é que os rayistas estão a um passo da salvação, o que pode ser comemorado como um título pela fanática torcida.
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