Iniesta e o gol que marcou um novo rumo na Era Guardiola. O divisor d'águas na história da geração vencedora do Barcelona (telegraph)
O Barcelona já sabe quem será seu rival na semifinal da Liga dos Campeões da Uefa. Após eliminar Bayer Leverkusen e Milan, vem aí o Chelsea, rival do polêmico confronto de três temporadas atrás. Após eliminar o Benfica, os blues chegam com sede de vingança ao confronto contra os azulgrenás. As duas equipes protagonizaram verdadeiras batalhas entre 2005 e 2009, quando José Mourinho (sempre ele) colocava fogo antes das partidas. Com o treinador português, os londrinos venceram duas vezes, empataram duas e perderam duas. Em 2004/2005, avançou de fase após um gol de Terry nos minutos finais. Na temporada posterior, o Barcelona deu o troco com as mesmas moedas, em partidas que mostraram o talento do ainda promissor Messi ao mundo.
Stamford Bridge, palco da partida de ida, é, de alguma maneira, o lugar onde tudo começou para o Barcelona de Josep Guardiola. A partida, o estádio, o momento no qual o barcelonismo foi à euforia e começou a sonhar que tudo era possível. A data 6 de maio de 2009 certamente nunca será esquecida dos corações de cada torcedor culé. Quatro dias depois de praticamente sentenciar a Liga Espanhola ao golear o Real Madrid no Bernabéu por 6x2, o Barcelona escreveu mais um capítulo de sua história vencedora. Um capítulo maior ainda. Na partida de ida no Camp Nou, os blaugranas não foram capazes de furarem a muralha construída por Guus Hiddink e ficaram apenas no 0x0, que trazia olhares de desconfiança de alguns torcedores pelo fato de o cenário ser semelhante ao da eliminação na Champions anterior para o Manchester United de Cristiano Ronaldo.
Assim como a história da atual geração da seleção espanhola está ligada ao triunfo nos pênaltis contra a Itália na Eurocopa de 2008, a do Barcelona está ligado a esses confrontos contra o Chelsea. Foi o divisor d'águas para o esquadrão de Guardiola, que, três anos depois, é taxado por muitos como a melhor equipe da história. No jogo da volta, o Chelsea resolveu jogar para frente. Pressionou o Barcelona, marcou forte, congestionou o meio-campo e, com inteligência, não deixou Messi atuar. Com Rafa Márquez lesionado após lesão no joelho e Puyol suspenso, Guardiola teve que mandar a campo uma defesa totalmente remendada: Piqué e Yaya Touré foram os responsáveis por proteger a retaguarda azulgrená, com o ainda desconhecido Busquets sendo lançado à prova de fogo na volância. Henry, também lesionado, deu a vez a Keita, com Iniesta sendo adiantado à ponta esquerda.
Os piores presságios cumpriram-se após o golaço de Essien logo no começo da primeira etapa. Veio à tona o gol de Scholes uma temporada atrás, também no começo da partida e também no ângulo de Víctor Valdés. Contudo, s sorte, desde o começo, parecia estar ao lado do Barcelona. O Chelsea pressionava atrás do gol, mas esbarravam em um excelente Víctor Valdés, Drogba desperdiçava chances claras frente ao arqueiro catalão e os blues reclamavam de pênaltis não marcados pelo árbitro Tom Henning. Enquanto isso, Xavi era muito bem marcado, Eto'o passava despercebido no ataque e Messi, sempre cercado por Essien e Ashley Cole, que não deixaram-o em paz, tentava fazer algo, ainda que sem sucesso.
Mas apareceu Andrés Iniesta. Com o tempo regulamentar já acabado e os acréscimos sendo computado, El Ilusionista entrou para a história. Após ser desarmado por Lampard no campo defensivo, a bola de Andrés caiu nos pés de Xavi, que acionou Daniel Alves pela direita. O baiano disparou em direção à área e cruzou. Terry cortou, Eto'o dominou mal e Essien não conseguiu chutar para a frente. Messi, apagado, recebeu na perna direita e, sem escolhas, ajeitou para Iniesta, que vinha de trás. Em jogo, uma final, a história. E Iniesta disse presente para entrar na rol de heróis do futebol mundial. Chutou com força, no ângulo de Cech, indefensável para o goleiro tcheco, levando os aficionados culés atrás do gol do goleiro blue à loucura.
O tento agitou a cidade de Barcelona. Nove meses depois, as celebrações pelo passaporte à final colheram frutos. Fontes do Hospital Quirón de Barcelona reconheceram que os partos dispararam e coincidiram com o dia da classificação barcelonista. Iniesta provocou baby booms em Barcelona. As coincidências entre aquela temporada, a primeira de Guardiola sob comando da equipe, e a atual são evidentes. Os azulgrenás têm chances de conquistar a tríplice coroa, encaram o Chelsea na semifinal da Champions League e, além disso, reencontram o Athletic Bilbao na final da Copa do Rei. Até a sequência entre os confrontos contra os londrinos é semelhante: entre a ida e a volta, há um superclássico para ser feito, como há três temporadas.
Stamford Bridge, palco da partida de ida, é, de alguma maneira, o lugar onde tudo começou para o Barcelona de Josep Guardiola. A partida, o estádio, o momento no qual o barcelonismo foi à euforia e começou a sonhar que tudo era possível. A data 6 de maio de 2009 certamente nunca será esquecida dos corações de cada torcedor culé. Quatro dias depois de praticamente sentenciar a Liga Espanhola ao golear o Real Madrid no Bernabéu por 6x2, o Barcelona escreveu mais um capítulo de sua história vencedora. Um capítulo maior ainda. Na partida de ida no Camp Nou, os blaugranas não foram capazes de furarem a muralha construída por Guus Hiddink e ficaram apenas no 0x0, que trazia olhares de desconfiança de alguns torcedores pelo fato de o cenário ser semelhante ao da eliminação na Champions anterior para o Manchester United de Cristiano Ronaldo.
Assim como a história da atual geração da seleção espanhola está ligada ao triunfo nos pênaltis contra a Itália na Eurocopa de 2008, a do Barcelona está ligado a esses confrontos contra o Chelsea. Foi o divisor d'águas para o esquadrão de Guardiola, que, três anos depois, é taxado por muitos como a melhor equipe da história. No jogo da volta, o Chelsea resolveu jogar para frente. Pressionou o Barcelona, marcou forte, congestionou o meio-campo e, com inteligência, não deixou Messi atuar. Com Rafa Márquez lesionado após lesão no joelho e Puyol suspenso, Guardiola teve que mandar a campo uma defesa totalmente remendada: Piqué e Yaya Touré foram os responsáveis por proteger a retaguarda azulgrená, com o ainda desconhecido Busquets sendo lançado à prova de fogo na volância. Henry, também lesionado, deu a vez a Keita, com Iniesta sendo adiantado à ponta esquerda.
Os piores presságios cumpriram-se após o golaço de Essien logo no começo da primeira etapa. Veio à tona o gol de Scholes uma temporada atrás, também no começo da partida e também no ângulo de Víctor Valdés. Contudo, s sorte, desde o começo, parecia estar ao lado do Barcelona. O Chelsea pressionava atrás do gol, mas esbarravam em um excelente Víctor Valdés, Drogba desperdiçava chances claras frente ao arqueiro catalão e os blues reclamavam de pênaltis não marcados pelo árbitro Tom Henning. Enquanto isso, Xavi era muito bem marcado, Eto'o passava despercebido no ataque e Messi, sempre cercado por Essien e Ashley Cole, que não deixaram-o em paz, tentava fazer algo, ainda que sem sucesso.
Mas apareceu Andrés Iniesta. Com o tempo regulamentar já acabado e os acréscimos sendo computado, El Ilusionista entrou para a história. Após ser desarmado por Lampard no campo defensivo, a bola de Andrés caiu nos pés de Xavi, que acionou Daniel Alves pela direita. O baiano disparou em direção à área e cruzou. Terry cortou, Eto'o dominou mal e Essien não conseguiu chutar para a frente. Messi, apagado, recebeu na perna direita e, sem escolhas, ajeitou para Iniesta, que vinha de trás. Em jogo, uma final, a história. E Iniesta disse presente para entrar na rol de heróis do futebol mundial. Chutou com força, no ângulo de Cech, indefensável para o goleiro tcheco, levando os aficionados culés atrás do gol do goleiro blue à loucura.
O tento agitou a cidade de Barcelona. Nove meses depois, as celebrações pelo passaporte à final colheram frutos. Fontes do Hospital Quirón de Barcelona reconheceram que os partos dispararam e coincidiram com o dia da classificação barcelonista. Iniesta provocou baby booms em Barcelona. As coincidências entre aquela temporada, a primeira de Guardiola sob comando da equipe, e a atual são evidentes. Os azulgrenás têm chances de conquistar a tríplice coroa, encaram o Chelsea na semifinal da Champions League e, além disso, reencontram o Athletic Bilbao na final da Copa do Rei. Até a sequência entre os confrontos contra os londrinos é semelhante: entre a ida e a volta, há um superclássico para ser feito, como há três temporadas.
Inesquecível. El ilusionista
ResponderExcluirAs vezes eu me pego lembrando sobre aquela semana. Me pego lembrando daqueles dias, ou de 30 dias, pra começar dia 02 de Maio, a histórica goleada Culé sobre os Merengues, 6 a 2 eu ouvindo pelo rádio tamanha piaba que o Madrid tomava enquanto eu trabalhava. Durante a semana apostei com alguns colegas que o Barça classificaria, e eles simplesmente imaginaram que eu estava louco. E sai do trabalho ouvindo o jogo, sabendo que já estava 1 a 0 Chelsea, assisti boa parte da segunda etapa numa banca de jornal, com um sujeito até gente boa que assisti a partida até os 36 minutos. O resto segui num ônibus cheio ouvindo pelo rádio. O jogo acabando, outras pessoas também ouvindo a partida, e o gol do Iniesta, confesso me arrepiei pela dramaticidade que a partida teve. Fiquei ainda mais impressionado quando já em casa, vi o gol. O futebol é um esporte incrível, pelos dramas e superações presentes e envolvidas em 90 minutos, já havia tido sensação parecida (guardadas as devidas proporções) do jogo entre Colo Colo e Palmeiras, num gol (guardadas as devidas proporções) muito parecido com o gol do Cleiton Xavier aos 41 minutos da segunda etapa. Após o gol do Iniesta, imaginei quantos torcedores poderiam estar sentindo aquela emoção como eu senti uma semana antes... O quanto choraram de alegria, o quanto gritaram, o quanto transaram (haja vista o numero gigante de partos descritos no post 9 meses depois dessa partida). Uma semana mais tarde, meu coração foi posto a prova contra o Sport, na Copa Libertadores, emoção a toda a prova, algo que não aconteceria em grande dramaticidade. Mas aquilo era Libertadores, e o Palmeiras era massacrado, mas havia um ilusionista, ou mágico, mas um santo pegando tudo o que se imaginava ser gol. Tomou um mas manteve o nível fora de série nas penalidades, pegando três e replicando a mesma emoção que os torcedores de Barcelona sentiram. 15 dias depois, o Barcelona venceu o Manchester e eu imaginei a emoção daqueles "culés" que foram a Roma, lembrando de cada instante daquela temporada gloriosa, das vitórias consistentes sobre o Atlético de Madrid, da fantástica goleada sobre o Real e principalmente: o gol de Iniesta!!! Ah, o futebol!!!
ResponderExcluirAs vezes eu me pego lembrando sobre aquela semana. Me pego lembrando daqueles dias, ou de 30 dias, pra começar dia 02 de Maio, a histórica goleada Culé sobre os Merengues, 6 a 2 eu ouvindo pelo rádio tamanha piaba que o Madrid tomava enquanto eu trabalhava. Durante a semana apostei com alguns colegas que o Barça classificaria, e eles simplesmente imaginaram que eu estava louco. E sai do trabalho ouvindo o jogo, sabendo que já estava 1 a 0 Chelsea, assisti boa parte da segunda etapa numa banca de jornal, com um sujeito até gente boa que assisti a partida até os 36 minutos. O resto segui num ônibus cheio ouvindo pelo rádio. O jogo acabando, outras pessoas também ouvindo a partida, e o gol do Iniesta, confesso me arrepiei pela dramaticidade que a partida teve. Fiquei ainda mais impressionado quando já em casa, vi o gol. O futebol é um esporte incrível, pelos dramas e superações presentes e envolvidas em 90 minutos, já havia tido sensação parecida (guardadas as devidas proporções) do jogo entre Colo Colo e Palmeiras, num gol (guardadas as devidas proporções) muito parecido com o gol do Cleiton Xavier aos 41 minutos da segunda etapa. Após o gol do Iniesta, imaginei quantos torcedores poderiam estar sentindo aquela emoção como eu senti uma semana antes... O quanto choraram de alegria, o quanto gritaram, o quanto transaram (haja vista o numero gigante de partos descritos no post 9 meses depois dessa partida). Uma semana mais tarde, meu coração foi posto a prova contra o Sport, na Copa Libertadores, emoção a toda a prova, algo que não aconteceria em grande dramaticidade. Mas aquilo era Libertadores, e o Palmeiras era massacrado, mas havia um ilusionista, ou mágico, mas um santo pegando tudo o que se imaginava ser gol. Tomou um mas manteve o nível fora de série nas penalidades, pegando três e replicando a mesma emoção que os torcedores de Barcelona sentiram. 15 dias depois, o Barcelona venceu o Manchester e eu imaginei a emoção daqueles "culés" que foram a Roma, lembrando de cada instante daquela temporada gloriosa, das vitórias consistentes sobre o Atlético de Madrid, da fantástica goleada sobre o Real e principalmente: o gol de Iniesta!!! Ah, o futebol!!!
ResponderExcluirBelas palavras, Douglas.
ResponderExcluirAbraço!