Texto de Pierre Andrade, do Futebol Espanhol.
Era começo de tarde, e o radialista Juan Prieto se dirigia ao Los Carménes para, 35 anos depois, voltar a narrar um jogo do Granada na primeira divisão espanhola. Ao chegar aos portões do estádio com sua equipe de transmissão foi prontamente barrado pelos seguranças e impedido de entrar.
Isso porque, tentando arrumar formas de pagar suas enormes dívidas, os clubes, juntamente com a LFP e Mediapro, canal de Tv que detêm os direitos de transmissão, decidiram começar a cobrar das rádios uma taxa para a difusão dos jogos. Estipularam valores que vão de 1,5 milhões de euros até 4 milhões de euros por rádio, a depender da sua audiência.
Ou seja, a emissora que não pagar a taxa não poderá transmitir os jogos de dentro do estádio. É a primeira vez em oitenta anos que isso acontece. Para burlar esse tipo de censura, as empresas radiofônicas farão as transmissões através das imagens da Tv. E os repórteres irão ao estádio munidos de telefone celular para passar as informações da tribuna de honra.
Sem as rádios para transmitir os jogos, mais pessoas irão procurando os canais a pago da Mediapro para assinar o pay-per-view e ver seu time de coração em campo. Não à toa, essa atitude coincide com a diminuição do número de partidas televisionadas nos canais abertos do país. É a tentativa dos clubes de jogar a conta final das suas dívidas em cima dos torcedores e das rádios.
Porém, essa batalha tem motivos para não se estender por muito tempo. E ela deve pender a favor das emissoras. Isso porque o artigo 20 da Constituição Espanhola estabelece o direito fundamental à informação, direito de obter e disseminá-las livremente, sem restrições. Além disso, Sevilla e Zaragoza, duas equipes que lutam por uma repartição mais justas dos direitos de Tv entre os clubes, se recusaram a aderir ao movimento. Assim, quando essas equipes jogarem em casa, qualquer rádio poderá transmitir suas partidas, como irá acontecer no duelo entre Zaragoza-Real Madrid e Sevilla-Málaga nesta rodada.
Pelo menos por enquanto, Juan Prieto terá uma espera mais agônica para narrar os jogos do estádio, que a de ver o Granada definhar pelas divisões inferiores da Espanha.
Era começo de tarde, e o radialista Juan Prieto se dirigia ao Los Carménes para, 35 anos depois, voltar a narrar um jogo do Granada na primeira divisão espanhola. Ao chegar aos portões do estádio com sua equipe de transmissão foi prontamente barrado pelos seguranças e impedido de entrar.
Isso porque, tentando arrumar formas de pagar suas enormes dívidas, os clubes, juntamente com a LFP e Mediapro, canal de Tv que detêm os direitos de transmissão, decidiram começar a cobrar das rádios uma taxa para a difusão dos jogos. Estipularam valores que vão de 1,5 milhões de euros até 4 milhões de euros por rádio, a depender da sua audiência.
Ou seja, a emissora que não pagar a taxa não poderá transmitir os jogos de dentro do estádio. É a primeira vez em oitenta anos que isso acontece. Para burlar esse tipo de censura, as empresas radiofônicas farão as transmissões através das imagens da Tv. E os repórteres irão ao estádio munidos de telefone celular para passar as informações da tribuna de honra.
Sem as rádios para transmitir os jogos, mais pessoas irão procurando os canais a pago da Mediapro para assinar o pay-per-view e ver seu time de coração em campo. Não à toa, essa atitude coincide com a diminuição do número de partidas televisionadas nos canais abertos do país. É a tentativa dos clubes de jogar a conta final das suas dívidas em cima dos torcedores e das rádios.
Porém, essa batalha tem motivos para não se estender por muito tempo. E ela deve pender a favor das emissoras. Isso porque o artigo 20 da Constituição Espanhola estabelece o direito fundamental à informação, direito de obter e disseminá-las livremente, sem restrições. Além disso, Sevilla e Zaragoza, duas equipes que lutam por uma repartição mais justas dos direitos de Tv entre os clubes, se recusaram a aderir ao movimento. Assim, quando essas equipes jogarem em casa, qualquer rádio poderá transmitir suas partidas, como irá acontecer no duelo entre Zaragoza-Real Madrid e Sevilla-Málaga nesta rodada.
Pelo menos por enquanto, Juan Prieto terá uma espera mais agônica para narrar os jogos do estádio, que a de ver o Granada definhar pelas divisões inferiores da Espanha.
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