Luis Rubiales, presidente da AFE, acompanhado de Llorente, Casillas, Xabi Alonso, Puyol e centenas de atletas: greve pode adiar início da Liga BBVA da nova temporada (EFE)
Demorou, mas aconteceu novamente. O assunto greve no futebol espanhol voltou à tona nesta semana após o sindicato dos jogadores do futebol espanhol ameaçarem não entrarem em campo nas duas primeiras rodadas da Liga BBVA. A maior exigência da greve prosseguir foi que os clubes deem garantias de que vão ter capital para pagar todos os atletas até o fim da temporada, para que as dívidas não fiquem acumuladas para anos seguintes, algo que vem se tornando muito comum no futebol espanhol.
A LFP, entidade que organiza o torneio, diz não compreender o anúncio da greve, já que um possível acordo de regulação financeira já havia sido firmado. Tudo indica, porém, que os clubes terão que ceder ainda mais para que o campeonato espanhol comece. Caso os estes assumam o compromisso de pagar todas as suas dívidas acumuladas com jogadores e também garantam que vão ter dinheiro para abonar todo mundo até o fim da temporada, a sangria deve ser tendência nos próximos meses.
É por problemas como este que a Liga Espanhola perdeu seu glamour há um bom tempo. Na temporada passada, a AFE ameaçou por duas vezes esse tipo de greve, mas a LFP ironizou, não levou a sério e, consequentemente, nada aconteceu. O impasse ocorreu devido às transmissões das partidas por canal aberto, o que, por lei, deve ocorrer a cada rodada. Como não houve acordo para aumento dos valores das cotas, a associação, em protesto, anunciou uma greve, cancelando todos os jogos do fim de semana. A atitude foi aprovada pela maioria dos clubes, mas seis da primeira divisão foram contrários e buscaram os caminhos judiciais. A juíza Purificación Puyol, porém, acatou medida cautelar da minoria e não alterou o calendário.
José Luis Astiazarán, presidente da LFP, mostrou oposição da entidade à greve e criticou a postura da AFE. Em entrevista à Europa Press, Astiazarán disse: "não entendemos por que a AFE convoca uma greve, não creio que tenha motivos para isso no momento. Levamos mais de dois meses trabalhando com eles para configurar um novo convênio coletivo e aprovamos questões importantes para as relações dos jogadores com o resto dos membros da família do futebol. O importante é que muitas solicitações estão na mesa e avançam. Não entendemos o sentido desta greve".
A última greve séria no futebol espanhol aconteceu em setembro de 1984 durante as rodadas do dia 9, que foi disputada com jogadores das divisões de base, e do dia 16, na qual não houve jogos depois que a Justiça proibiu a escalação dos atletas mais novos. Em 18 de setembro, os jogadores puseram fim à greve depois que os clubes acataram seus pedidos, entre elas a cobrança de dívidas, a modificação das normas sobre licenças federativas e a participação dos jogadores nas negociações sobre direitos de televisão.
Veja o que Paulo Calçade, comentarista dos canais Espn, disse sobre o assunto em seu blog no site do canal. Clique aqui.
Eu preferiria “ver” os times parados tentando operar no azul, definitivamente. Principalmente pois abre um bom procedente de economia de dinheiro, podendo este ser investido em categorias de base, tentando a formação de bons valores e podendo vir a lucrar algum com eles no futuro, caso necessario.
ResponderExcluirLogico que seria um projeto a longo prazo, a curto prazo seria um sofrimento para os times…