Assediado por Wenger, Sarabia amadureceu e deve render bons frutos para o Real Madrid (realmadrid.com)
Originalmente do site Olheiros
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Os números comprovam: atualmente, a Espanha também é sinônimo de domínio entre as seleções de base do futebol mundial. Dentre os maiores feitos e conquistas, está o bicampeonato europeu na categoria sub-17 de 2007 e 2008, quando Bojan Krkic e Sergio García, respectivamente, comandaram outros jovens rumo ao estrelato. O fato não se repetiu na edição de 2009, quando a Fúria foi eliminada ainda na fase de grupos após três empates sem gols contra Itália, Suíça e França.
No entanto, dentre a disparidade nas atuações coletivas, destacaram-se três jogadores: o artilheiro Borja Bastón, sucessor de Fernando “El Niño” Torres no Atlético de Madrid, Isco Alarcon, meia habilidoso do Valencia, e Pablo Sarabia, canhoto e companheiro de posição que atua nos juvenis do Real Madrid, cujo espaço desta seção está reservado.
Por muito pouco, Sarabia não seguiu os passos dos compatriotas Fran Mérida e Cesc Fabregas, este último um sucesso tanto no Arsenal, quanto na seleção principal da Espanha. Atencioso com o futebol juvenil, Arsène Wenger encontrou em Sarabia mais uma de suas pedras preciosas.
Com boas atuações no Juvenil C do Real Madrid após crescer numa escola de futebol na mesma cidade, o meia já figurava na seleção espanhola sub-15 mesmo sendo um dos mais novos de sua geração. Como de praxe, o relativo sucesso ganhou notoriedade em outros países, como na Inglaterra e, consequentemente, acelerou o processo de “apropriação” pelo qual passam muitos jovens ao se transferirem.
Em 2007, agentes dos Gunners vieram negociar diretamente com os pais de Sarabia. Foram duas tentativas rejeitadas de prontidão. Nem o emprego para os pais e o futuro promissor do jogador no time principal do Arsenal garantiram que a negociação avançasse, por mais que a FIFA só interviesse a partir dos 16 anos, idade que pode proibir a ruptura unilateral de contratos e vínculos maiores do que três anos. Um exemplo à época foi a perda do argentino Gerardo Bruna, que rumou para o Liverpool nos mesmos moldes de negociação. Sarabia optou pela vontade da família e ficou.
Parece ter sido sua melhor decisão. Entre os juvenis, em que é um dos destaques, ocupa um cargo de um dos donos do time. Não à toa provou isso na edição da Eurocopa de 2009, ao classificar a Espanha com um chutaço contra a República Tcheca, na partida que definiu a passagem para a fase de grupos e evitou um desastre – um empate eliminaria a Fúria precocemente na busca do tricampeonato seguido. Antes, o camisa 11 já havia marcado contra Bélgica, Armênia e Estônia.
Outro fato que chama a atenção em Sarabia são os elogios do novo treinador. Ginés Meléndez, ex-técnico da categoria sub-19, substituiu o vencedor e companheiro Juan Santisteban no comando da seleção sub-17. E, mesmo acostumado a um futebol mais encorpado e evoluído de uma geração adiante, não economizou quando o assunto foi Pablo Sarabia.
Titular no Real Madrid? Futuro incerto
Se no Brasil o também jovem Neymar é dono da posição e escolhe camisa no Santos, o panorama é um tanto quanto diferente em Madri. Embora Juande Ramos tenha levado aos merengues uma consistência rara na década – ainda que a anos-luz do rival Barcelona –, o material humano, principalmente no meio-campo, é escasso. Não à toa o lateral de origem Marcelo fora utilizado em muitas rodadas do Campeonato Espanhol mais avançado, ao lado dos holandeses Robben e Sneijder.
Sarabia pode e deve ser a solução em médio prazo. E terá bons testes nos torneios de maior apelo entre as seleções de base. O Real Madrid, hoje um elenco heterogêneo, mediano e sem identificação, necessita dos bons valores da casa. Ele não ficou à toa e merece atenção especial.
Ficha técnica
Nome completo: Pablo Sarabia Garcia
Data de nascimento: 11/05/1992
Local de nascimento: Madrid, Espanha
Clubes que defendeu: Real Madrid
Seleções de base que defendeu: Espanha Sub-17 e Sub-15
No entanto, dentre a disparidade nas atuações coletivas, destacaram-se três jogadores: o artilheiro Borja Bastón, sucessor de Fernando “El Niño” Torres no Atlético de Madrid, Isco Alarcon, meia habilidoso do Valencia, e Pablo Sarabia, canhoto e companheiro de posição que atua nos juvenis do Real Madrid, cujo espaço desta seção está reservado.
Por muito pouco, Sarabia não seguiu os passos dos compatriotas Fran Mérida e Cesc Fabregas, este último um sucesso tanto no Arsenal, quanto na seleção principal da Espanha. Atencioso com o futebol juvenil, Arsène Wenger encontrou em Sarabia mais uma de suas pedras preciosas.
Com boas atuações no Juvenil C do Real Madrid após crescer numa escola de futebol na mesma cidade, o meia já figurava na seleção espanhola sub-15 mesmo sendo um dos mais novos de sua geração. Como de praxe, o relativo sucesso ganhou notoriedade em outros países, como na Inglaterra e, consequentemente, acelerou o processo de “apropriação” pelo qual passam muitos jovens ao se transferirem.
Em 2007, agentes dos Gunners vieram negociar diretamente com os pais de Sarabia. Foram duas tentativas rejeitadas de prontidão. Nem o emprego para os pais e o futuro promissor do jogador no time principal do Arsenal garantiram que a negociação avançasse, por mais que a FIFA só interviesse a partir dos 16 anos, idade que pode proibir a ruptura unilateral de contratos e vínculos maiores do que três anos. Um exemplo à época foi a perda do argentino Gerardo Bruna, que rumou para o Liverpool nos mesmos moldes de negociação. Sarabia optou pela vontade da família e ficou.
Parece ter sido sua melhor decisão. Entre os juvenis, em que é um dos destaques, ocupa um cargo de um dos donos do time. Não à toa provou isso na edição da Eurocopa de 2009, ao classificar a Espanha com um chutaço contra a República Tcheca, na partida que definiu a passagem para a fase de grupos e evitou um desastre – um empate eliminaria a Fúria precocemente na busca do tricampeonato seguido. Antes, o camisa 11 já havia marcado contra Bélgica, Armênia e Estônia.
Outro fato que chama a atenção em Sarabia são os elogios do novo treinador. Ginés Meléndez, ex-técnico da categoria sub-19, substituiu o vencedor e companheiro Juan Santisteban no comando da seleção sub-17. E, mesmo acostumado a um futebol mais encorpado e evoluído de uma geração adiante, não economizou quando o assunto foi Pablo Sarabia.
Titular no Real Madrid? Futuro incerto
Se no Brasil o também jovem Neymar é dono da posição e escolhe camisa no Santos, o panorama é um tanto quanto diferente em Madri. Embora Juande Ramos tenha levado aos merengues uma consistência rara na década – ainda que a anos-luz do rival Barcelona –, o material humano, principalmente no meio-campo, é escasso. Não à toa o lateral de origem Marcelo fora utilizado em muitas rodadas do Campeonato Espanhol mais avançado, ao lado dos holandeses Robben e Sneijder.
Sarabia pode e deve ser a solução em médio prazo. E terá bons testes nos torneios de maior apelo entre as seleções de base. O Real Madrid, hoje um elenco heterogêneo, mediano e sem identificação, necessita dos bons valores da casa. Ele não ficou à toa e merece atenção especial.
Ficha técnica
Nome completo: Pablo Sarabia Garcia
Data de nascimento: 11/05/1992
Local de nascimento: Madrid, Espanha
Clubes que defendeu: Real Madrid
Seleções de base que defendeu: Espanha Sub-17 e Sub-15
vai garoto!
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