Como jogador do Real Madrid, Redondo conquistou 3 liga dos campeões e é um dos maiores idolos do clube (wordpress)
Historicamente, os volantes argentinos sempre tiveram uma fama ruim ao redor do mundo, acusados de serem jogadores violentos e desleais dentro de campo. É claro que houve muitos atletas que confirmavam essa fama, mas também tiveram exceções. A principal delas foi Fernando Redondo, considerado por muitos o melhor volante argentino de todos os tempos e, também, um dos maiores de todo o mundo. Com seu estilo clássico e elegante, Redondo marcou época nos anos 90, principalmente no Real Madrid, e poderia ter tido uma carreira ainda mais brilhante se não fossem as contusões que sempre o acompanharam.
Nascido no dia 6 de julho de 1969, na cidade de Adrogué, na Argentina, Fernando Redondo iniciou a carreira no Argentinos Juniors, em 1985, com apenas 16 anos. Na época, o pequeno clube de Buenos Aires vivia a sua fase mais gloriosa: era o atual campeão nacional e da Copa Libertadores. Mas Redondo só começou a aparecer como titular da equipe em 1988. O meio-campista logo se destacou e em 1990 foi vendido para o Tenerife, da Espanha, sem sequer passar por um time grande da Argentina, algo raro para a época.
Com a camisa do Tenerife, Redondo começou a ganhar destaque na Espanha, mesmo com a equipe sendo apenas coadjuvante no campeonato nacional. Mas na temporada 91/92 o Tenerife acabou decidindo o título espanhol. O time terminou a competição na 13ª colocação, mas na última rodada recebeu o Real Madrid, que precisava de uma vitória para ser campeão. O time madrileno vencia por 2 a 0 e estava com o título nas mãos. Mas, no segundo tempo, o Tenerife conseguiu a impressionante virada para 3 a 2 e ajudou o Barcelona, que venceu o Athletic Bilbao, a garantir a taça.
Na temporada 92/93 o Tenerife contratou o argentino Jorge Valdano para ser o treinador da equipe. E a aposta deu resultado: o time acabou o Campeonato Espanhol em 5° lugar, naquela que foi a melhor campanha da história do clube. Redondo era o grande destaque da equipe e ganhou a admiração de Valdano, que o levaria para o Real Madrid em 1994. O sucesso no Tenerife também valeu para Redondo as primeiras convocações para a seleção argentina, comandada na época por Alfio Basile. O volante participou da conquista da Copa das Confederações, em 1992 e, também, do título da Copa América de 1993. Este, aliás, foi o último torneio conquistado pela seleção principal da Argentina.
Em 1994, Redondo já era titular absoluto da seleção que disputou a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Ele fez uma grande Copa, mas acabou ofuscado pelo escândalo de doping que tirou Maradona da competição. A Argentina foi eliminada nas oitavas-de-final após perder por 3 a 2 para a Romênia, em um dos melhores jogos daquele mundial.
Após a Copa, Daniel Passarella assumiu o comando da seleção argentina. Com ele, Redondo nunca teve oportunidades. Alguns dizem que era por causa de seus cabelos longos. Outros falavam que Passarella queria que Redondo jogasse pelo lado esquerdo do campo. O fato é que os dois nunca tiveram um relacionamento amigável e Redondo ficou de fora da Copa do Mundo de 1998, na França. Cláudio Cannigia, outro cabeludo, também ficou de fora. Já Gabriel Batistuta foi convocado, mas com o cabelo devidamente aparado.
Redondo só voltou a jogar pela seleção em 1999, quando o treinador já era Marcelo Bielsa, mas não disputou nenhuma competição oficial. Seu último grande momento com a camisa da Argentina foi em setembro daquele ano, em um amistoso diante do Brasil, em Buenos Aires, quando os donos da casa venceram por 2 a 0 e Redondo anulou Rivaldo. Três dias depois houve a revanche no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Dessa vez o Brasil venceu por 4 a 2 e Redondo não conseguiu evitar o show de Rivaldo, que marcou três gols.
O “Príncipe de Madri”, contusões e o fim da carreira
No início da temporada 94/95, Redondo foi contratado pelo Real Madrid por cerca de 5 milhões de dólares a pedido do técnico Jorge Valdano. E foi no Santiago Bernabéu que ele viveu a sua melhor fase. Apesar de um início complicado devido a uma contusão, Redondo conquistou espaço no meio-campo da equipe assim que se recuperou e foi figura importante na conquista do título espanhol daquela temporada, que acabou com a sequência de quatro títulos seguidos do rival Barcelona.
Com um futebol de muita qualidade, Redondo se tornou o melhor volante do mundo e ídolo no Real Madrid na segunda metade dos anos 90, o que lhe valeu o apelido de “Príncipe de Madri”. Na temporada 96/97, o Real Madrid conquistou mais um Campeonato Espanhol, dessa vez sob o comando do italiano Fabio Capello. Enquanto o Barcelona encantava e aplicava goleadas frequentemente, com Ronaldo, Giovanni e Figo em grande fase, o Real Madrid, sem muito alarde, vencia seus jogos, muitos deles por 1 a 0, e ficava com a taça.
Em 1998 Redondo entrou de vez para a história do clube. O Real Madrid conquistou a Liga dos Campeões, após um jejum de 32 anos sem o maior troféu do continente. No fim daquele ano, o time madrileno ainda conquistou o Mundial Interclubes, vencendo o Vasco, por 2 a 1, em Tóquio. Ao lado do holandês Seedorf, Redondo teve uma atuação magnífica naquela partida.
Mas, talvez, a melhor temporada de Redondo tenha sido a de 1999/2000. O Real Madrid venceu novamente a Liga dos Campeões e Redondo foi eleito o melhor jogador da competição. O jogo mais marcante daquela campanha foi contra o Manchester United, em Old Trafford, pelas quartas-de-final. Após empatar por 0 a 0 no jogo de ida, o Real Madrid venceu o então atual campeão europeu por 3 a 2. Em um dos gols, Redondo fez grande jogada pela esquerda, deu um drible espetacular no zagueiro Berg e presenteou Raul, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o gol. Na final, a equipe venceu o Valencia por 3 a 0, em outra grande atuação de Redondo, e garantiu o título.
Em junho de 2000, Redondo se transferiu para o Milan. Mas na Itália ele jamais repetiu as atuações dos tempos de Real Madrid. Isso porque antes mesmo de estrear pela nova equipe ele rompeu os ligamentos do joelho durante um treinamento e ficou mais de dois anos parado. Mesmo quando se recuperou, o argentino não conseguiu ter uma sequência de jogos, pois sofreu seguidas lesões. Apesar de pouco jogar, Redondo acrescentou ao seu currículo os títulos da Liga dos Campeões e da Copa da Itália de 2003, além do Campeonato Italiano de 2004. Mas o seu momento mais marcante com a camisa do Milan foi no dia 12 de março de 2003, quando o Milan enfrentou o Real Madrid no Santiago Bernabéu, pela Liga dos Campeões. Os espanhóis venceram por 3 a 1 mas as atenções ficaram voltadas para Redondo, que foi aplaudido de pé por todo o estádio ao ser substituído no segundo tempo.
Em novembro de 2004, Redondo encerrou a carreira. No ano passado, em eleição realizada no site oficial do Real Madrid, o volante foi eleito o 13° maior ídolo da história do clube.
FICHA TÉCNICA
Nome completo: Fernando Carlos Redondo Neri
Data de nascimento: 06/07/1969
Posição: Volante
Clubes que defendeu: Argentinos Juniors, Tenerife-ESP, Real Madrid-ESP e Milan-ITA
Títulos: 2 Liga BBVA, 1 Supercopa da Espanha, 3 Liga dos Campeões da Uefa, 1 Mundial Interclubes, 1 Campeonato Italiano, 1 Copa da Itália, 1 Copa Juvenil Sul-americana, 1 Copa América
Nascido no dia 6 de julho de 1969, na cidade de Adrogué, na Argentina, Fernando Redondo iniciou a carreira no Argentinos Juniors, em 1985, com apenas 16 anos. Na época, o pequeno clube de Buenos Aires vivia a sua fase mais gloriosa: era o atual campeão nacional e da Copa Libertadores. Mas Redondo só começou a aparecer como titular da equipe em 1988. O meio-campista logo se destacou e em 1990 foi vendido para o Tenerife, da Espanha, sem sequer passar por um time grande da Argentina, algo raro para a época.
Com a camisa do Tenerife, Redondo começou a ganhar destaque na Espanha, mesmo com a equipe sendo apenas coadjuvante no campeonato nacional. Mas na temporada 91/92 o Tenerife acabou decidindo o título espanhol. O time terminou a competição na 13ª colocação, mas na última rodada recebeu o Real Madrid, que precisava de uma vitória para ser campeão. O time madrileno vencia por 2 a 0 e estava com o título nas mãos. Mas, no segundo tempo, o Tenerife conseguiu a impressionante virada para 3 a 2 e ajudou o Barcelona, que venceu o Athletic Bilbao, a garantir a taça.
Na temporada 92/93 o Tenerife contratou o argentino Jorge Valdano para ser o treinador da equipe. E a aposta deu resultado: o time acabou o Campeonato Espanhol em 5° lugar, naquela que foi a melhor campanha da história do clube. Redondo era o grande destaque da equipe e ganhou a admiração de Valdano, que o levaria para o Real Madrid em 1994. O sucesso no Tenerife também valeu para Redondo as primeiras convocações para a seleção argentina, comandada na época por Alfio Basile. O volante participou da conquista da Copa das Confederações, em 1992 e, também, do título da Copa América de 1993. Este, aliás, foi o último torneio conquistado pela seleção principal da Argentina.
Em 1994, Redondo já era titular absoluto da seleção que disputou a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Ele fez uma grande Copa, mas acabou ofuscado pelo escândalo de doping que tirou Maradona da competição. A Argentina foi eliminada nas oitavas-de-final após perder por 3 a 2 para a Romênia, em um dos melhores jogos daquele mundial.
Após a Copa, Daniel Passarella assumiu o comando da seleção argentina. Com ele, Redondo nunca teve oportunidades. Alguns dizem que era por causa de seus cabelos longos. Outros falavam que Passarella queria que Redondo jogasse pelo lado esquerdo do campo. O fato é que os dois nunca tiveram um relacionamento amigável e Redondo ficou de fora da Copa do Mundo de 1998, na França. Cláudio Cannigia, outro cabeludo, também ficou de fora. Já Gabriel Batistuta foi convocado, mas com o cabelo devidamente aparado.
Redondo só voltou a jogar pela seleção em 1999, quando o treinador já era Marcelo Bielsa, mas não disputou nenhuma competição oficial. Seu último grande momento com a camisa da Argentina foi em setembro daquele ano, em um amistoso diante do Brasil, em Buenos Aires, quando os donos da casa venceram por 2 a 0 e Redondo anulou Rivaldo. Três dias depois houve a revanche no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Dessa vez o Brasil venceu por 4 a 2 e Redondo não conseguiu evitar o show de Rivaldo, que marcou três gols.
O “Príncipe de Madri”, contusões e o fim da carreira
No início da temporada 94/95, Redondo foi contratado pelo Real Madrid por cerca de 5 milhões de dólares a pedido do técnico Jorge Valdano. E foi no Santiago Bernabéu que ele viveu a sua melhor fase. Apesar de um início complicado devido a uma contusão, Redondo conquistou espaço no meio-campo da equipe assim que se recuperou e foi figura importante na conquista do título espanhol daquela temporada, que acabou com a sequência de quatro títulos seguidos do rival Barcelona.
Com um futebol de muita qualidade, Redondo se tornou o melhor volante do mundo e ídolo no Real Madrid na segunda metade dos anos 90, o que lhe valeu o apelido de “Príncipe de Madri”. Na temporada 96/97, o Real Madrid conquistou mais um Campeonato Espanhol, dessa vez sob o comando do italiano Fabio Capello. Enquanto o Barcelona encantava e aplicava goleadas frequentemente, com Ronaldo, Giovanni e Figo em grande fase, o Real Madrid, sem muito alarde, vencia seus jogos, muitos deles por 1 a 0, e ficava com a taça.
Em 1998 Redondo entrou de vez para a história do clube. O Real Madrid conquistou a Liga dos Campeões, após um jejum de 32 anos sem o maior troféu do continente. No fim daquele ano, o time madrileno ainda conquistou o Mundial Interclubes, vencendo o Vasco, por 2 a 1, em Tóquio. Ao lado do holandês Seedorf, Redondo teve uma atuação magnífica naquela partida.
Mas, talvez, a melhor temporada de Redondo tenha sido a de 1999/2000. O Real Madrid venceu novamente a Liga dos Campeões e Redondo foi eleito o melhor jogador da competição. O jogo mais marcante daquela campanha foi contra o Manchester United, em Old Trafford, pelas quartas-de-final. Após empatar por 0 a 0 no jogo de ida, o Real Madrid venceu o então atual campeão europeu por 3 a 2. Em um dos gols, Redondo fez grande jogada pela esquerda, deu um drible espetacular no zagueiro Berg e presenteou Raul, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o gol. Na final, a equipe venceu o Valencia por 3 a 0, em outra grande atuação de Redondo, e garantiu o título.
Em junho de 2000, Redondo se transferiu para o Milan. Mas na Itália ele jamais repetiu as atuações dos tempos de Real Madrid. Isso porque antes mesmo de estrear pela nova equipe ele rompeu os ligamentos do joelho durante um treinamento e ficou mais de dois anos parado. Mesmo quando se recuperou, o argentino não conseguiu ter uma sequência de jogos, pois sofreu seguidas lesões. Apesar de pouco jogar, Redondo acrescentou ao seu currículo os títulos da Liga dos Campeões e da Copa da Itália de 2003, além do Campeonato Italiano de 2004. Mas o seu momento mais marcante com a camisa do Milan foi no dia 12 de março de 2003, quando o Milan enfrentou o Real Madrid no Santiago Bernabéu, pela Liga dos Campeões. Os espanhóis venceram por 3 a 1 mas as atenções ficaram voltadas para Redondo, que foi aplaudido de pé por todo o estádio ao ser substituído no segundo tempo.
Em novembro de 2004, Redondo encerrou a carreira. No ano passado, em eleição realizada no site oficial do Real Madrid, o volante foi eleito o 13° maior ídolo da história do clube.
FICHA TÉCNICA
Nome completo: Fernando Carlos Redondo Neri
Data de nascimento: 06/07/1969
Posição: Volante
Clubes que defendeu: Argentinos Juniors, Tenerife-ESP, Real Madrid-ESP e Milan-ITA
Títulos: 2 Liga BBVA, 1 Supercopa da Espanha, 3 Liga dos Campeões da Uefa, 1 Mundial Interclubes, 1 Campeonato Italiano, 1 Copa da Itália, 1 Copa Juvenil Sul-americana, 1 Copa América
foi um dos maoires volantes que eu vi jogar
ResponderExcluirfoi o maior e melhor volante canhoto da historia.
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