Arriba. Variações táticas de Guardiola durante o jogo deram um nó tático em Mourinho (reuters)
Após Juande Ramos e Manuel Pellegrini, um novo treinador do Real Madrid caiu nas mãos de Guardiola: em um de seus raros momentos de "derrotas individuais", Mourinho recebeu um nó tático do catalão na derrota de ontem. Vitor Sergio, blogueiro e comentarista do Esporte Interativo, definiu muito bem o superclássico: o craque do jogo foi Josep Guardiola. Do banco, mudou a história do clássico alterando o posicionamento tático de seu time no meio do primeiro tempo.
Inicialmente, não inventou. Mandou a campo o 4-3-3 usual, com Puyol e Piqué na zaga. Ao longo da semana, muitas dúvidas foram aparecendo quanto à escalação de Villa, Sánchez, Pedro ou Fàbregas para fazer companhia a Messi. E, na frente, o treinador optou pela fase, mostrando que foi o melhor a fazer: Alexis Sánchez e Fàbregas começaram entre os titulares e marcaram uma vez cada. Cuenca, que também aparecia como opção, acabou cortado, e nem no banco de reservas ficou. Guardiola afirmou após a partida que preferiu deixar à sua disposição apenas os jogadores da equipe A.
O plano de Guardiola caiu por água abaixo em questão de segundos, com o gol de Benzema aos 25. Puyol marcava Cristiano Ronaldo, Busquets colava em Özil, Piqué cercava Benzema e Abidal vigiava Di María. A pressão provocada pelo Real Madrid nos primeiros quinze minutos não deu a Pep a chance de pensar duas vezes: para sair da armadilha de Mourinho, só mudando o módulo tático. Após o Real Madrid dar uma desafogada na marcação pressão, Pep repaginou o Barcelona: recuou Busquets para jogar com zagueiro, deslocou Puyol para marcar no mano a mano Cristiano Ronaldo e deixou Daniel Alves mais à vontade.
Os dois Barcelona do primeiro tempo. O primeiro (4-3-3), antes dos 30 minutos, e o segundo (4-4-2), após os 30 minutos (clique na imagem para ampliar)
Fábregas e Iniesta passaram a alternar na esquerda, enquanto mais à frente Messi voltava e flutuava às costas dos volantes adversários, com Alexis Sánchez alternando pelos flancos e o centro. O gol de Sánchez nasceu após Messi arrancar na zona morta, como quis Guardiola. Deixou Özil, Xabi Alonso e Lass para trás e tocou para o chileno, com calma, esperar a hora certa para finalizar e empatar.
No segundo tempo, a mudança que marcou a primeira vitória definitiva de Guardiola sobre Mourinho: um 3-4-3 com Puyol, Piqué e Abidal fixos na linha de três, não avançando em nenhum momento. Daniel Alves, como ala direita, pôde ter mais facilidade para avançar devido a Puyol sempre estar na cobertura de seu setor. O brasileiro era o principal revés do esquema, porque avançava muito e ninguém ficava em sua cobertura. O gol de Fàbregas ratificou bem o poderio do esquema. Messi avançou novamente e tocou para Daniel Alves cruzar como um ponta na medida para Cesc sentenciar o superclássico.
Se a primeira etapa foi marcada pelo equilíbrio das ações, com o Real Madrid levando um pouco de vantagem, o segundo tempo deixou bem claro quem -continua sendo - é a melhor equipe do mundo. O Barcelona simplesmente engoliu o time de Mourinho nos 45 minutos finais. Técnica, tática, psicologica e fisicamente. O primeiro nítido triunfo estratégico de Guardiola sobre Mourinho.
Os blaugranas soubera se adequarem às circunstâncias da disputa. Apesar da fase inconstante, ainda sobra em grandes jogos e reforça o favoritismo absoluto no Japão para fechar 2011 com mais um título e nas demais competições. Mourinho ainda terá muito tempo para trabalhar, mas pelo visto tanto em âmbito espanhol, quanto em solo europeu, o dono do futebol no momento continuará copando as taças.
Inicialmente, não inventou. Mandou a campo o 4-3-3 usual, com Puyol e Piqué na zaga. Ao longo da semana, muitas dúvidas foram aparecendo quanto à escalação de Villa, Sánchez, Pedro ou Fàbregas para fazer companhia a Messi. E, na frente, o treinador optou pela fase, mostrando que foi o melhor a fazer: Alexis Sánchez e Fàbregas começaram entre os titulares e marcaram uma vez cada. Cuenca, que também aparecia como opção, acabou cortado, e nem no banco de reservas ficou. Guardiola afirmou após a partida que preferiu deixar à sua disposição apenas os jogadores da equipe A.
O plano de Guardiola caiu por água abaixo em questão de segundos, com o gol de Benzema aos 25. Puyol marcava Cristiano Ronaldo, Busquets colava em Özil, Piqué cercava Benzema e Abidal vigiava Di María. A pressão provocada pelo Real Madrid nos primeiros quinze minutos não deu a Pep a chance de pensar duas vezes: para sair da armadilha de Mourinho, só mudando o módulo tático. Após o Real Madrid dar uma desafogada na marcação pressão, Pep repaginou o Barcelona: recuou Busquets para jogar com zagueiro, deslocou Puyol para marcar no mano a mano Cristiano Ronaldo e deixou Daniel Alves mais à vontade.
Os dois Barcelona do primeiro tempo. O primeiro (4-3-3), antes dos 30 minutos, e o segundo (4-4-2), após os 30 minutos (clique na imagem para ampliar)
Fábregas e Iniesta passaram a alternar na esquerda, enquanto mais à frente Messi voltava e flutuava às costas dos volantes adversários, com Alexis Sánchez alternando pelos flancos e o centro. O gol de Sánchez nasceu após Messi arrancar na zona morta, como quis Guardiola. Deixou Özil, Xabi Alonso e Lass para trás e tocou para o chileno, com calma, esperar a hora certa para finalizar e empatar.
No segundo tempo, a mudança que marcou a primeira vitória definitiva de Guardiola sobre Mourinho: um 3-4-3 com Puyol, Piqué e Abidal fixos na linha de três, não avançando em nenhum momento. Daniel Alves, como ala direita, pôde ter mais facilidade para avançar devido a Puyol sempre estar na cobertura de seu setor. O brasileiro era o principal revés do esquema, porque avançava muito e ninguém ficava em sua cobertura. O gol de Fàbregas ratificou bem o poderio do esquema. Messi avançou novamente e tocou para Daniel Alves cruzar como um ponta na medida para Cesc sentenciar o superclássico.
O 3-4-3 da segunda etapa que engoliu os merengues. Daniel Alves, sem preocupação com a marcação, fez ótima partida, cruzando para Fàbregas marcar
Se a primeira etapa foi marcada pelo equilíbrio das ações, com o Real Madrid levando um pouco de vantagem, o segundo tempo deixou bem claro quem -continua sendo - é a melhor equipe do mundo. O Barcelona simplesmente engoliu o time de Mourinho nos 45 minutos finais. Técnica, tática, psicologica e fisicamente. O primeiro nítido triunfo estratégico de Guardiola sobre Mourinho.
Os blaugranas soubera se adequarem às circunstâncias da disputa. Apesar da fase inconstante, ainda sobra em grandes jogos e reforça o favoritismo absoluto no Japão para fechar 2011 com mais um título e nas demais competições. Mourinho ainda terá muito tempo para trabalhar, mas pelo visto tanto em âmbito espanhol, quanto em solo europeu, o dono do futebol no momento continuará copando as taças.
Parabéns ao Barcelona. Foi um espetáculo este jogo.
ResponderExcluirDepois do jogo, fiquei o dia todo pensando no Barça. Timaço com T maiusculo.
Realmente, ontem o Barcelona mostrou outra faceta. Não foi a melhor exibição tecnicamente, mas taticamente falando foi a melhor desde que Guardiola chegou.
ResponderExcluirSem dúvidas!!
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