Stamford Bridge tem sido um pesadelo para o Valencia nos últimos anos. Chés perdem para o Chelsea e não vão às oitavas da Champions (getty images)
O Valencia deu adeus à Uefa Champions League. A derrota para o Chelsea em Stamford Bridge condicionou a classificação ché, que necessitava apenas de um empate para avançar de fase pela segunda vez consecutiva. Junto com o Villarreal, que já havia sido eliminado da competição há duas rodadas, o Valencia deixa para Barcelona e Real Madrid a representação da Espanha no principal torneio do velho continente. Pela primeira vez desde 2004/2005 apenas duas equipes espanholas seguem vivas na primeira fase fase do mata. Na ocasião, Deportivo e Valencia caíram em seus grupos. Ao Valencia, fica o prêmio de consolação: a vaga na Liga Europa, pela terceira colocação do grupo.
Mesmo tendo quase 69% da posse de bola, perder em Londres é aceitável. A sensação, correta, é de que o Valencia falhou além da conta nos três jogos diante de Chelsea, Genk e Bayer Leverkusen, nas primeiras três rodadas, que acabaram por eliminar da Champions a terceira melhor equipe da Espanha. No entanto, a "lerdeza" futebolística na Bélgica, as falhas capitais na Alemanha e os muitos descuidos defensivos no jogo de ontem não devem sacrificar um trabalho que, de forma geral, tem sido muito bem administrado. O que vai ficar marcado nesta campanha valencianista é a maneira com a qual, principalmente, a equipe perdeu pontos contra Genk e Bayer Leverkusen. Não se pode empatar por 0 a 0 com uma equipe que foi o saco de pancadas do grupo e, na visita ao Mestalla, perdeu de 7 a 1, o que deixa mais claro a incompetência blanquinegra.
O que parece, também, é que alguns jogadores sentiram o peso de uma "final". Ontem, todo o sistema defensivo que, até então, estava bastante sólido pareceu estar em um outro mundo. Já havia sido assim contra Barcelona e Real Madrid, nos dois principais jogos dos comandados de Unai Emery na Liga. Víctor Ruíz, principalmente, falhou quando não poderia: deixou Ramírez se antecipar à marcação e marcar um gol que praticamente sentenciou a classificação londrina. Na frente, mais decepções: Soldado foi um zero à esquerda e caiu levemente na marcação de Terry, muito por causa das partidas desastrosas daqueles que o dão suporte. Feghouli e Jonas erraram tudo que tentaram e não levaram perigo à meta de Cech.
O sorteio impôs aos valencianos um Bayer que mostra-se uma verdadeira incógnita e um Chelsea forte, dedicado e repleto de referências ofensivas treinado pelo competente Andrés Villas Boas. Talvez, algumas ideias de Unai continuam sendo bastantes erradas. Poupar Pablo Hernández em dentrimento de centralizar Jonas, não acostumado à posição, é uma delas. Sem qualidade no passe, o brasileiro foi, de fato, mal improvisado na linha de três. Jordi Alba e Mathieu têm ido muito bem na esquerda, mas o fato de Unai deixar com lateral um garoto franzino ao invés do francês, mais experiente, também é um erro. Por ali, Sturridge deu trabalho, apesar de estar em um mal dia. Mata, mais centralizado, foi um inferno para Tino Costa e Albelda e Drobga deu show contra o esteio defensivo ché. O ex-Valencia só fez valer a lei do ex por completo: deu duas assistências para os gols de Drogba.
O pior é que a iminente eliminação mal tem um lado positivo. Uns dizem que o Valencia pode se dedicar mais à Liga Espanhola e se concentrar para terminar em terceiro novamente. Os chés podem, também, dar mais atenção à Copa do Rei, competição onde não chega ao menos na semifinal há cinco temporadas, e à Liga Europa, para tentar ganhar um dinheiro bom em caso de título (Unai afirmou ontem após a partida que vai, sim, buscar o título europeu). Até vai, mas o elenco é grande e homogêneo o bastante para anular qualquer problema de cansaço. Unai erra, mas não tem outro técnico competente no mercado - talvez Rafa Benítez, que já aprovou uma possível volta ao Mestalla. Os chés não devem maximizar o fracasso, porém tem muito a lamentar.
Lá em Barcelona...
... se alguém falasse que o Barcelona B disputou um jogo de Champions pela primeira vez em sua história não seria nenhuma mentira. Do 11 inicial, mais da metade dos jogadores fazem parte da equipe que disputa a Liga Adelante. Jonathan dos Santos, Sergi Roberto, Marc Bartra, Rafinha Alcântara, Martin Montoya e Isaac Cuenca começaram como titulares e ganharam bastante pontos com Guardiola. Principalmente Cuenca, que volta e meia aparece como titular da equipe A e é, curiosamente, o líder de assistências dos blaugranas na Champions.
A vitória por 4 a 0 ante o BATE foi uma boa para Pedro, que marcou duas vezes e ganhou uma injeção de ânimos. "Ele liderou uma equipe repleta de jovens. Foi magnífico", disse Guardiola na coletiva pós-jogo. Pedro dificilmente será titular no superclássico de sábado, mas começa a reconquistar a confiança do treinador, que, hoje, tem Alexis Sánchez, Villa e até mesmo Cuenca à frente do canário como escolhas para fazer parte do onze inicial da partida no Bernabéu.
Mesmo tendo quase 69% da posse de bola, perder em Londres é aceitável. A sensação, correta, é de que o Valencia falhou além da conta nos três jogos diante de Chelsea, Genk e Bayer Leverkusen, nas primeiras três rodadas, que acabaram por eliminar da Champions a terceira melhor equipe da Espanha. No entanto, a "lerdeza" futebolística na Bélgica, as falhas capitais na Alemanha e os muitos descuidos defensivos no jogo de ontem não devem sacrificar um trabalho que, de forma geral, tem sido muito bem administrado. O que vai ficar marcado nesta campanha valencianista é a maneira com a qual, principalmente, a equipe perdeu pontos contra Genk e Bayer Leverkusen. Não se pode empatar por 0 a 0 com uma equipe que foi o saco de pancadas do grupo e, na visita ao Mestalla, perdeu de 7 a 1, o que deixa mais claro a incompetência blanquinegra.
O que parece, também, é que alguns jogadores sentiram o peso de uma "final". Ontem, todo o sistema defensivo que, até então, estava bastante sólido pareceu estar em um outro mundo. Já havia sido assim contra Barcelona e Real Madrid, nos dois principais jogos dos comandados de Unai Emery na Liga. Víctor Ruíz, principalmente, falhou quando não poderia: deixou Ramírez se antecipar à marcação e marcar um gol que praticamente sentenciou a classificação londrina. Na frente, mais decepções: Soldado foi um zero à esquerda e caiu levemente na marcação de Terry, muito por causa das partidas desastrosas daqueles que o dão suporte. Feghouli e Jonas erraram tudo que tentaram e não levaram perigo à meta de Cech.
O sorteio impôs aos valencianos um Bayer que mostra-se uma verdadeira incógnita e um Chelsea forte, dedicado e repleto de referências ofensivas treinado pelo competente Andrés Villas Boas. Talvez, algumas ideias de Unai continuam sendo bastantes erradas. Poupar Pablo Hernández em dentrimento de centralizar Jonas, não acostumado à posição, é uma delas. Sem qualidade no passe, o brasileiro foi, de fato, mal improvisado na linha de três. Jordi Alba e Mathieu têm ido muito bem na esquerda, mas o fato de Unai deixar com lateral um garoto franzino ao invés do francês, mais experiente, também é um erro. Por ali, Sturridge deu trabalho, apesar de estar em um mal dia. Mata, mais centralizado, foi um inferno para Tino Costa e Albelda e Drobga deu show contra o esteio defensivo ché. O ex-Valencia só fez valer a lei do ex por completo: deu duas assistências para os gols de Drogba.
O pior é que a iminente eliminação mal tem um lado positivo. Uns dizem que o Valencia pode se dedicar mais à Liga Espanhola e se concentrar para terminar em terceiro novamente. Os chés podem, também, dar mais atenção à Copa do Rei, competição onde não chega ao menos na semifinal há cinco temporadas, e à Liga Europa, para tentar ganhar um dinheiro bom em caso de título (Unai afirmou ontem após a partida que vai, sim, buscar o título europeu). Até vai, mas o elenco é grande e homogêneo o bastante para anular qualquer problema de cansaço. Unai erra, mas não tem outro técnico competente no mercado - talvez Rafa Benítez, que já aprovou uma possível volta ao Mestalla. Os chés não devem maximizar o fracasso, porém tem muito a lamentar.
Lá em Barcelona...
... se alguém falasse que o Barcelona B disputou um jogo de Champions pela primeira vez em sua história não seria nenhuma mentira. Do 11 inicial, mais da metade dos jogadores fazem parte da equipe que disputa a Liga Adelante. Jonathan dos Santos, Sergi Roberto, Marc Bartra, Rafinha Alcântara, Martin Montoya e Isaac Cuenca começaram como titulares e ganharam bastante pontos com Guardiola. Principalmente Cuenca, que volta e meia aparece como titular da equipe A e é, curiosamente, o líder de assistências dos blaugranas na Champions.
A vitória por 4 a 0 ante o BATE foi uma boa para Pedro, que marcou duas vezes e ganhou uma injeção de ânimos. "Ele liderou uma equipe repleta de jovens. Foi magnífico", disse Guardiola na coletiva pós-jogo. Pedro dificilmente será titular no superclássico de sábado, mas começa a reconquistar a confiança do treinador, que, hoje, tem Alexis Sánchez, Villa e até mesmo Cuenca à frente do canário como escolhas para fazer parte do onze inicial da partida no Bernabéu.
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