Com Xavi inspirado, o Barcelona encerrou a série invicta do Valencia e assumiu a segunda posição (getty images)
Se neste início de temporada dava uma impressão de que o título do Campeonato Espanhol não seria polarizado entre os dois gigantes do futebol espanhol, isso parece ter mudado de rumo. Com uma vitória do Barcelona no Camp Nou ante o ex-líder Valencia e uma goleada num ritmo frenético do Real Madrid perante o Málaga na Andaluzia, Real Madrid e Barcelona já assumiram as duas primeiras colocações e, dependendo do jogo do Villarreal, parece que irão polarizar daqui para frente a disputa do título.
O sábado também viu um Atlético de Madrid vencer por, principalmente, Arteche - ídolo rojiblanco que faleceu nesta semana aos 53 anos - contra um Getafe sem padrão de jogo. Mesmo sem Forlán, no banco por decisão técnica, os rojiblancos foram superiores e mereceram sair do Vicente Calderón com três pontos. Apesar da vitória, o Atléti ainda continua na quinta posição, com treze pontos.
Atlético de Madrid 2x0 Getafe
No mini dérbi de Madrid, o Getafe mostrou um futebol carente e não contou com a sorte. Melhor para o Atlético de Madrid, que soube aproveitar os espaços deixados pela defesa azulona e, apesar de ter pecado demais nas finalizações, construiu mais uma vitória na competição. Sem Forlán, sem marcar há sete partidas, e Agüero, lesionado, e num 4-2-3-1 com Diego Costa como única referência no ataque o Atlético de Madrid jogava por Juan Carlos Arteche. Depois de uma linda homenagem, o Getafe mostrou uma imagem nos primeiros trinta de minutos de que dificultaria a vida dos rivais.
Os colchoneros encontraram certa dificuldade no começo de jogo. Além de parar na forte marcação dos azulones, viu o Getafe levar certo perigo, principalmente com Manu e Colunga. Após o gol de Simão, o Atléti soube se impor e anulou o meio-campo do Getafe. Com Colunga isolado no ataque e Mané anulado por Assunção, o Getafe só levava perigo nas bolas aéreas levantadas por Víctor Sánchez. Porém, os azulones não chegavam a levar perigo ao gol de De Gea. Quando o jogo ficava sonolento e com o resultado já definido, apareceu Valera. O lateral-esquerdo desceu em velocidade pela direita e deixou Diego Costa livre para concluir para os fundos das redes. Quique ainda animou a torcida, colocando Forlán em campo. O atacante entrou em campo ovacionado e com muitos gritos de "uruguaio!" vindo das arquibancadas.
Barcelona 2x1 Valencia
No grande jogo da rodada, tempos opostos e Xavi definiram a vitória blaugrana. O Barcelona ainda não havia engrenado no Campeonato Espanhol. A equipe entrou em campo nesta sétima rodada ocupando a quinta colocação na tabela, e sem as tradicionais atuações que encantavam os olhos de seus torcedores e o mundo. A partida deste sábado, porém, pôde marcar a ressurreição da equipe na competição. Em um primeiro tempo no Camp Nou, o Barça começou sem muita inspiração e sua habitual magia dentro de campo. As duas equipes não criavam reais chances de gol e o Valencia mostrava uma tática eficiente de marcação sobre o ataque catalão, anulando Messi e as subidas de Daniel Alves pela direita. O Valencia asfixiava o Barcelona na saída de bola. Soldado, Pablo Hernándes e Banega obrigava Puyol, Piqué ou Busquets a darem chutões para frente após receber de Valdés. A pressão do Valencia logo teve resultado, com um gol de Pablo após descida com velocidade de um cada vez mais brilhante Mathie.
O primeiro tempo insonso do Barcelona criou dúvidas nos seus torcedores. Porém, todas as dúvidas foram embora quando Iniesta tabelou com Xavi e empatou o jogo aos cinco do segundo tempo. Os azulgrenás mostraram que voltaram à etapa complementar realmente com outra postura. O velho futebol de toque de bola começou a funcionar e Messi apareceu mais para o jogo. Com Xavi com 80% da forma física em noite inspirada, a vitória chegou com Puyol, que mandou um coração ao Camp Nou inteiro. A vitória do Barcelona poderia ser elástica se Messi estivesse inspirado. A Pulga mostrou certo cansaço, perdendo alguns gols e sendo desarmado no mano a mano facilmente por Ricardo Costa. No final de jogo, uma dura discussão entre Daniel Alves e Vicente (ver foto) representou o que foi esse duelo.
Málaga 1x4 Real Madrid
O Real Madrid navegou nos dois primeiros meses de competição entre dúvidas, críticas e desconfiança por causa de seu jogo e por causa das intuições acerca de José Mourinho. Porém, chegado a esse ponto do debate, um debate eterno que só acabará no fim da Liga, o Real Madrid é líder da competição. Pendente do que o Villarreal fará no seu próximo jogo contra o Hércules, na segunda. Quem encontra respostas em números e na classificação, considerará impecável a trajetória desse Real Madrid. Porém, quem se anima com o futebol, exigirá cada vez mais dessa equipe. Pedirão cada vez mais que o Real Madrid se pareça mais com Özil do que com Khedira.
O triunfo do Real Madrid em Málaga foi inquestionável. Administrou os tempos da partida do jeito que quis, salve um pequeno deslize depois de ter levado o gol. Apesar do choque ter estado longe do massacre contra o Deportivo, a equipe rendeu a um nível alto no ataque. Viu Cristiano Ronaldo mais solidário, goleador e assistente, generoso com Higuaín, que também fez doblete, assim como o português. E Özil também esteve à altura dos dois, com uma belíssima jogada no terceiro gol, o segundo do gajo. O jogo do Real Madrid cresce à medida que o talento do turco-alemão vai se deixando notar. Os três situaram Mourinho na liderança do campeonato, que deu uma alegria também para Pedro León.
O contundente placar final reflete a enorme distância que existe entre as duas equipes. O Madrid controlou a partida de forma muito profissional, com trabalho e arte. Pinceladas de Özil, Cristiano ou de Di Maria, de acordo com as ordens de Mourinho. Xabi Alonso geriu a equipe de forma impecável, pois é o cérebro e a alma do time. Até Khedira esteve mais animado do que de costume e aproveitou para se exibir um pouco no ataque. Deixou sua assinatura em um potente chute, que parou na trave. Na frente de todos eles, o homem que justifica todo o trabalho: Gonzalo Higuaín, que responde as críticas e dúvidas com gols, pois o melhor argumento é esse. Agora, fica a concentração toda para o jogo de terça pela LC contra o Milan, no qual este Real Madrid terá o primeiro grande teste na temporada.
O sábado também viu um Atlético de Madrid vencer por, principalmente, Arteche - ídolo rojiblanco que faleceu nesta semana aos 53 anos - contra um Getafe sem padrão de jogo. Mesmo sem Forlán, no banco por decisão técnica, os rojiblancos foram superiores e mereceram sair do Vicente Calderón com três pontos. Apesar da vitória, o Atléti ainda continua na quinta posição, com treze pontos.
Atlético de Madrid 2x0 Getafe
No mini dérbi de Madrid, o Getafe mostrou um futebol carente e não contou com a sorte. Melhor para o Atlético de Madrid, que soube aproveitar os espaços deixados pela defesa azulona e, apesar de ter pecado demais nas finalizações, construiu mais uma vitória na competição. Sem Forlán, sem marcar há sete partidas, e Agüero, lesionado, e num 4-2-3-1 com Diego Costa como única referência no ataque o Atlético de Madrid jogava por Juan Carlos Arteche. Depois de uma linda homenagem, o Getafe mostrou uma imagem nos primeiros trinta de minutos de que dificultaria a vida dos rivais.
Os colchoneros encontraram certa dificuldade no começo de jogo. Além de parar na forte marcação dos azulones, viu o Getafe levar certo perigo, principalmente com Manu e Colunga. Após o gol de Simão, o Atléti soube se impor e anulou o meio-campo do Getafe. Com Colunga isolado no ataque e Mané anulado por Assunção, o Getafe só levava perigo nas bolas aéreas levantadas por Víctor Sánchez. Porém, os azulones não chegavam a levar perigo ao gol de De Gea. Quando o jogo ficava sonolento e com o resultado já definido, apareceu Valera. O lateral-esquerdo desceu em velocidade pela direita e deixou Diego Costa livre para concluir para os fundos das redes. Quique ainda animou a torcida, colocando Forlán em campo. O atacante entrou em campo ovacionado e com muitos gritos de "uruguaio!" vindo das arquibancadas.
Barcelona 2x1 Valencia
No grande jogo da rodada, tempos opostos e Xavi definiram a vitória blaugrana. O Barcelona ainda não havia engrenado no Campeonato Espanhol. A equipe entrou em campo nesta sétima rodada ocupando a quinta colocação na tabela, e sem as tradicionais atuações que encantavam os olhos de seus torcedores e o mundo. A partida deste sábado, porém, pôde marcar a ressurreição da equipe na competição. Em um primeiro tempo no Camp Nou, o Barça começou sem muita inspiração e sua habitual magia dentro de campo. As duas equipes não criavam reais chances de gol e o Valencia mostrava uma tática eficiente de marcação sobre o ataque catalão, anulando Messi e as subidas de Daniel Alves pela direita. O Valencia asfixiava o Barcelona na saída de bola. Soldado, Pablo Hernándes e Banega obrigava Puyol, Piqué ou Busquets a darem chutões para frente após receber de Valdés. A pressão do Valencia logo teve resultado, com um gol de Pablo após descida com velocidade de um cada vez mais brilhante Mathie.
O primeiro tempo insonso do Barcelona criou dúvidas nos seus torcedores. Porém, todas as dúvidas foram embora quando Iniesta tabelou com Xavi e empatou o jogo aos cinco do segundo tempo. Os azulgrenás mostraram que voltaram à etapa complementar realmente com outra postura. O velho futebol de toque de bola começou a funcionar e Messi apareceu mais para o jogo. Com Xavi com 80% da forma física em noite inspirada, a vitória chegou com Puyol, que mandou um coração ao Camp Nou inteiro. A vitória do Barcelona poderia ser elástica se Messi estivesse inspirado. A Pulga mostrou certo cansaço, perdendo alguns gols e sendo desarmado no mano a mano facilmente por Ricardo Costa. No final de jogo, uma dura discussão entre Daniel Alves e Vicente (ver foto) representou o que foi esse duelo.
Málaga 1x4 Real Madrid
O Real Madrid navegou nos dois primeiros meses de competição entre dúvidas, críticas e desconfiança por causa de seu jogo e por causa das intuições acerca de José Mourinho. Porém, chegado a esse ponto do debate, um debate eterno que só acabará no fim da Liga, o Real Madrid é líder da competição. Pendente do que o Villarreal fará no seu próximo jogo contra o Hércules, na segunda. Quem encontra respostas em números e na classificação, considerará impecável a trajetória desse Real Madrid. Porém, quem se anima com o futebol, exigirá cada vez mais dessa equipe. Pedirão cada vez mais que o Real Madrid se pareça mais com Özil do que com Khedira.
O triunfo do Real Madrid em Málaga foi inquestionável. Administrou os tempos da partida do jeito que quis, salve um pequeno deslize depois de ter levado o gol. Apesar do choque ter estado longe do massacre contra o Deportivo, a equipe rendeu a um nível alto no ataque. Viu Cristiano Ronaldo mais solidário, goleador e assistente, generoso com Higuaín, que também fez doblete, assim como o português. E Özil também esteve à altura dos dois, com uma belíssima jogada no terceiro gol, o segundo do gajo. O jogo do Real Madrid cresce à medida que o talento do turco-alemão vai se deixando notar. Os três situaram Mourinho na liderança do campeonato, que deu uma alegria também para Pedro León.
O contundente placar final reflete a enorme distância que existe entre as duas equipes. O Madrid controlou a partida de forma muito profissional, com trabalho e arte. Pinceladas de Özil, Cristiano ou de Di Maria, de acordo com as ordens de Mourinho. Xabi Alonso geriu a equipe de forma impecável, pois é o cérebro e a alma do time. Até Khedira esteve mais animado do que de costume e aproveitou para se exibir um pouco no ataque. Deixou sua assinatura em um potente chute, que parou na trave. Na frente de todos eles, o homem que justifica todo o trabalho: Gonzalo Higuaín, que responde as críticas e dúvidas com gols, pois o melhor argumento é esse. Agora, fica a concentração toda para o jogo de terça pela LC contra o Milan, no qual este Real Madrid terá o primeiro grande teste na temporada.
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