A melhor notícia que Vicente Del Bosque poderia receber após a vitória da seleção espanhola frente ao Chile na última sexta-feira aconteceu perto do final da partida. Após um tranco de Vidal em cima de Iniesta, os merengues Arbeloa e Sergio Ramos tomaram as dores do barcelonista e partiram para cima do apoiador chileno (ver vídeo). Em outro lance, a situação se inverteu: após empurrão de Carmona em Arbeloa, o azulgrená Busquets foi tirar satisfação com o zagueiro chileno, que acabou expulso.
Os seguidos atritos destes e outros jogadores espanhóis da seleção nos últimos superclássicos colocaram em xeque a atual amizade formada dentro da Fúria. Especulações quanto à formação de grupinhos divididos entre culés e merengues foram enormes e os últimos resultados da seleção treinada por Vicente Del Bosque deixaram um alerta: no pós-jogo, foram disputados cinco jogos contra seleções de maior nível e, dentro de campo, uma Espanha para lá de preguiçosa e sem a raça vista na Euro e Copa do Mundo sucumbiu diante de seus adversários. Resultado: cinco derrotas, entre elas goleadas acachampantes para Argentina e Portugal, e a perda da liderança do ranking da Fifa, que Del Bosque logo tratou de amenizar.
O capitão Casillas já havia acenado com a possibilidade de lavar a roupa suja. Logo após o último superclássico - pela Supercopa da Espanha -, que, como de praxe, acabou em briga, o goleiro havia ligado para Puyol para conversar sobre a situação da seleção espanhola, além de ter deixado um SMS para Xavi, que acabou não respondendo pois havia trocado de celular. A ligação, como todos sabem, acabou não agradando a José Mourinho, que não gostou nada da atitude de seu goleiro e, segundo especulou a imprensa de Madrid, resolveu deixá-lo 90 minutos no banco na partida amistosa disputada contra o Galatasaray.
Neste sábado, Iniesta acabou com qualquer problema de relacionamento no grupo espanhol. "A confusão mostrou como somos uma equipe", disse. Fàbregas, um dos destaquess da partida, também destacou o entendimento entre os jogadores: "nada irá mudar que somos um grupo", afirmou Cesc. O Marca exemplificou bem o sentimento após o apito final: "Espanha se une para defender-se".
O jogo
Apesar da vitória de virada ante os chilenos e da clara união entre os jogadores, ainda há algumas coisas para Del Bosque se preocupar. Em Genebra, na Suiça, o treinador voltou a utilizar o 4-3-3, que havia deixado de lado no amistoso contra a Itália, em agosto. A cega insistência do madrilenho na tática resulta nas más partidas da Fúria, que fica com um meio-campo muito passador, é verdade, mas sem um homem que desequilibre partidas. Entretanto, há um fator chave: Iniesta. Nos últimos jogos com esse módulo tático, o treinador optou por adiantar o blaugrana para a segunda linha de três, jogando preso à esquerda.
Contra o Chile, no entanto, Andrés entrou no segundo tempo, quando os chilenos venciam por dois a zero, mas jogando na posição que costuma jogar no Barcelona: na linha de três do meio-campo, com Xavi ao seu lado. El Albino, junto com Fàbregas, mudou a cara da partida e foi eleito o principal responsável pela virada da Fúria por Del Bosque após a partida. Cesc, autor de um doblete, por sua vez, confirma o ótimo momento após a transferência para o Barcelona: em cinco jogos foram marcados cinco gols. A entrada de Pedro no lugar de um opaco Villa também foi boa. O canário colocou fogo no setor direito da defesa chilena e levou muito perigo à meta de Bravo.
A partida também marcou algumas marcas históricas. Xavi, que começou como titular, alcançou a marca de 102 jogos com a camisa roja, igualando a marca de Raúl. Na próxima terça-feira, a Espanha entra em campo para um jogo oficial válido pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2012. Se não perder para Liechtenstein, a Roja estará classificada para a fase final do torneio, onde irá tentar a manuntenção do título. Para a partida, Del Bosque tem em mente a titularidade de Thiago Alcântara, que, se atuar, dará, definitivamente, adeus às possibilidades - que são mínimas - de atuar um dia com a seleção brasileira. Nos treinos para o confronto, Del Bosque ensaiou algumas mudanças no esquema de jogo da seleção. O 4-3-3 finalmente deve dar vez a algum outro módulo tática - provavelmente o 4-5-1 utilizado na reta final da Copa do Mundo. A conferir.
Os seguidos atritos destes e outros jogadores espanhóis da seleção nos últimos superclássicos colocaram em xeque a atual amizade formada dentro da Fúria. Especulações quanto à formação de grupinhos divididos entre culés e merengues foram enormes e os últimos resultados da seleção treinada por Vicente Del Bosque deixaram um alerta: no pós-jogo, foram disputados cinco jogos contra seleções de maior nível e, dentro de campo, uma Espanha para lá de preguiçosa e sem a raça vista na Euro e Copa do Mundo sucumbiu diante de seus adversários. Resultado: cinco derrotas, entre elas goleadas acachampantes para Argentina e Portugal, e a perda da liderança do ranking da Fifa, que Del Bosque logo tratou de amenizar.
O capitão Casillas já havia acenado com a possibilidade de lavar a roupa suja. Logo após o último superclássico - pela Supercopa da Espanha -, que, como de praxe, acabou em briga, o goleiro havia ligado para Puyol para conversar sobre a situação da seleção espanhola, além de ter deixado um SMS para Xavi, que acabou não respondendo pois havia trocado de celular. A ligação, como todos sabem, acabou não agradando a José Mourinho, que não gostou nada da atitude de seu goleiro e, segundo especulou a imprensa de Madrid, resolveu deixá-lo 90 minutos no banco na partida amistosa disputada contra o Galatasaray.
Neste sábado, Iniesta acabou com qualquer problema de relacionamento no grupo espanhol. "A confusão mostrou como somos uma equipe", disse. Fàbregas, um dos destaquess da partida, também destacou o entendimento entre os jogadores: "nada irá mudar que somos um grupo", afirmou Cesc. O Marca exemplificou bem o sentimento após o apito final: "Espanha se une para defender-se".
O jogo
Apesar da vitória de virada ante os chilenos e da clara união entre os jogadores, ainda há algumas coisas para Del Bosque se preocupar. Em Genebra, na Suiça, o treinador voltou a utilizar o 4-3-3, que havia deixado de lado no amistoso contra a Itália, em agosto. A cega insistência do madrilenho na tática resulta nas más partidas da Fúria, que fica com um meio-campo muito passador, é verdade, mas sem um homem que desequilibre partidas. Entretanto, há um fator chave: Iniesta. Nos últimos jogos com esse módulo tático, o treinador optou por adiantar o blaugrana para a segunda linha de três, jogando preso à esquerda.
Contra o Chile, no entanto, Andrés entrou no segundo tempo, quando os chilenos venciam por dois a zero, mas jogando na posição que costuma jogar no Barcelona: na linha de três do meio-campo, com Xavi ao seu lado. El Albino, junto com Fàbregas, mudou a cara da partida e foi eleito o principal responsável pela virada da Fúria por Del Bosque após a partida. Cesc, autor de um doblete, por sua vez, confirma o ótimo momento após a transferência para o Barcelona: em cinco jogos foram marcados cinco gols. A entrada de Pedro no lugar de um opaco Villa também foi boa. O canário colocou fogo no setor direito da defesa chilena e levou muito perigo à meta de Bravo.
A partida também marcou algumas marcas históricas. Xavi, que começou como titular, alcançou a marca de 102 jogos com a camisa roja, igualando a marca de Raúl. Na próxima terça-feira, a Espanha entra em campo para um jogo oficial válido pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2012. Se não perder para Liechtenstein, a Roja estará classificada para a fase final do torneio, onde irá tentar a manuntenção do título. Para a partida, Del Bosque tem em mente a titularidade de Thiago Alcântara, que, se atuar, dará, definitivamente, adeus às possibilidades - que são mínimas - de atuar um dia com a seleção brasileira. Nos treinos para o confronto, Del Bosque ensaiou algumas mudanças no esquema de jogo da seleção. O 4-3-3 finalmente deve dar vez a algum outro módulo tática - provavelmente o 4-5-1 utilizado na reta final da Copa do Mundo. A conferir.
Detalhe para o Torres assumindo a braçadeira de capitão depois que o Xavi saiu (teoricamente, seria Sergio Ramos o vice-capitao neste momento, se não me engano).
ResponderExcluirEspero que tenha dado certo usar essa estrategia pra ver se o Torres se motiva e volta aos trilhos.