Hugo Sánchez, que talvez seja o maior futebolista mexicano de todos os tempos, fez história na Espanha, principalmente nos sete anos de Real Madrid (BBC)
Como o próprio apelido “Hugol” já deixa claro, o atacante mexicano marcou época pela facilidade em colocar a bola na rede. Só na Liga espanhola foram 234 gols em 347 partidas, ficando atrás apenas de Telmo Zarra. A velocidade, a facilidade em se desmarcar e a precisão de sua canhota, impulsionaram a sua carreira futebolística. Outra característica no jogo de “El niño de oro” eram as suas excêntricas comemorações, com diversos movimentos da ginástica olímpica, esporte praticado pela sua irmã. A atleta olímpica ensinou as acrobacias para o irmão, que comemorava seus gols dando os incríveis saltos.
A trajetória de Hugo Sánchez começa em campos de várzea na Cidade do México, onde mostrava sua facilidade em lidar com a bola jogando contra meninos mais velhos. A partir disso, estava claro, ele queria seguir os passos do pai – ex-futebolista semi-profissional. Desde cedo, “Hugol” era presença constante em convocações para seleções juvenis do país. Em 1976, ele disputou a Olimpíada de Montreal, competição que a sua irmã também esteve presente.
Porém, Hugo Sánchez não abandonou os estudos. Enquanto jogava pelo Pumas UNAM, concluiu a faculdade de odontologia, na Universidade que mantêm o clube. A sua trajetória futebolística no clube mexicano foi meteórica: em 1977, ganhou seu primeiro Campeonato Mexicano e, em 1979, com 26 gols no Mexicano, “Hugol” pela primeira vez foi artilheiro de um torneio profissional. Depois de passagem rápida pelo futebol dos Estados Unidos, Hugo Sánchez ganhou mais um título mexicano, o que garantiu seu passaporte para o futebol espanhol.
Porém, na chegada ao Atlético de Madrid, a desconfiança rondava o mexicano pouco conhecido no mercado europeu. Os colchoneros passavam por um momento ruim e a primeira experiência espanhola não foi tão positiva para Hugo Sánchez, mesmo com dois títulos (Copa Del Rey e Supercopa) e o seu primeiro Troféu Pichichi. “Hugol” chegou a acertar uma volta ao México. Mas, ao final, acabou ficando em Madrid, agora para defender o gigante Real Madrid.
Nos merengues nada de decepção e uma primeira temporada muito boa. Com 38 gols em La Liga, garantiu a artilharia e ajudou o time a conseguir o título do Campeonato Espanhol. À época, o Real Madrid dominava o futebol da Península Ibérica e os títulos vieram em grande quantidade para o artilheiro mexicano. Foram cinco taças da Liga Espanhola, uma Copa Del Rey, três supercopas e uma Copa Uefa. Hugo Sánchez sempre foi importante para as conquistas, levando o Pichichi quatro vezes com os blancos, além de uma vez com o Atléti, o que o coloca como o segundo maior vencedor da disputa junto à Di Stéfano e Quini e atrás apenas de Telmo Zarra, que tem seis conquistas.
A grande temporada de Hugo Sánchez foi a de 1989-90. Com 38 gols, o “Pentapichichi” ajudou no pentacampeonato espanhol dos madrilenhos. Além disso, o mexicano ganhou a Chuteira de Ouro da temporada, ao lado do barcelonista Stoichkov. Mesmo marcando tantas vezes – com a camisa blanca foram 251 vezes –, o artilheiro de belos gols tem uma grande frustração: jamais ter levantado a taça das grandes orelhas.
Nas últimas duas temporadas pelos merengues, Hugo Sánchez acumulou lesões e até problemas extra-campo. Após deixar o Real, “Hugol” ficou um ano no América do México e venceu mais uma Liga dos Campeões da Concacaf. Nisso, o Rayo Vallecano apareceu como uma oportunidade para retornar à Espanha. E o artilheiro mexicano não hesitou em vestir a camisa do terceiro time da capital espanhola. Após a passagem tímida, Hugo Sánchez rodou mais um pouco e terminou a carreira em 1997, no Club Celaya.
Na seleção, o maior jogador mexicano de todos os tempos, participou de três Copas do Mundo (1978, 1986 e 1994) e fez apenas um gol nelas. Seu comportamento explosivo, fez com que Hugo Sánchez perdesse algumas chances na seleção.
Depois de pendurar as chuteiras, “Hugol” se tornou treinador. Passou por apenas dois clubes e logo assumiu “El Tri”, onde passou dois anos. Não ganhou nenhum título, mas levou a seleção à um terceiro lugar na Copa América de 2007, na campanha em que Nery Castillo se destacou muito. No mesmo, ainda havia ficado no segundo lugar da Copa Ouro. Fora dos campos, a Espanha voltou ao seu caminho e, em 2009, ajudou o Almería a escapar do rebaixamento, sendo eleito o melhor treinador substituto de La Liga.
Hugo Sánchez
Nascimento: 11 de julho de 1958, na Cidade do México, México
Posição:
Clubes como jogador: Pumas de UNAM (1972-79 e 1980-81), San Diego Sockers (1979-80), Atlético de Madrid (1981-85), Real Madrid (1985-92), América do México (1992-93), Rayo Vallecano (1993-94), Atlante (1994-95), FC Linz (1995-96), Dallas Burn (1996) e Club Celaya (1997)
Clubes como treinador: Pumas de UNAM (2000-05), Necaxa (2006), Seleção mexicana (2006-08), Seleção mexicana sub-23 (2008) e Almería (2009)
Títulos: 4 Campeonatos Mexicanos (1976-77, 1980-81, Clausura 2004 e Apertura 2004), 5 Campeonatos Espanhois (1985-86, 1986-87, 1987-88, 1988-89 e 1989-90), 2 Copas Del Rey (1984-85 e 1988-89), 4 Supercopas da Espanha (1985, 1988, 1989 e 1990), Copa Uefa (1985-86), 2 Liga dos Campeões da Concacaf (1980 e 1992), Copa Interamericana (1981) e Copa Ouro (1977)
Seleção mexicana: 58 partidas e 29 gols
A trajetória de Hugo Sánchez começa em campos de várzea na Cidade do México, onde mostrava sua facilidade em lidar com a bola jogando contra meninos mais velhos. A partir disso, estava claro, ele queria seguir os passos do pai – ex-futebolista semi-profissional. Desde cedo, “Hugol” era presença constante em convocações para seleções juvenis do país. Em 1976, ele disputou a Olimpíada de Montreal, competição que a sua irmã também esteve presente.
Porém, Hugo Sánchez não abandonou os estudos. Enquanto jogava pelo Pumas UNAM, concluiu a faculdade de odontologia, na Universidade que mantêm o clube. A sua trajetória futebolística no clube mexicano foi meteórica: em 1977, ganhou seu primeiro Campeonato Mexicano e, em 1979, com 26 gols no Mexicano, “Hugol” pela primeira vez foi artilheiro de um torneio profissional. Depois de passagem rápida pelo futebol dos Estados Unidos, Hugo Sánchez ganhou mais um título mexicano, o que garantiu seu passaporte para o futebol espanhol.
Porém, na chegada ao Atlético de Madrid, a desconfiança rondava o mexicano pouco conhecido no mercado europeu. Os colchoneros passavam por um momento ruim e a primeira experiência espanhola não foi tão positiva para Hugo Sánchez, mesmo com dois títulos (Copa Del Rey e Supercopa) e o seu primeiro Troféu Pichichi. “Hugol” chegou a acertar uma volta ao México. Mas, ao final, acabou ficando em Madrid, agora para defender o gigante Real Madrid.
Nos merengues nada de decepção e uma primeira temporada muito boa. Com 38 gols em La Liga, garantiu a artilharia e ajudou o time a conseguir o título do Campeonato Espanhol. À época, o Real Madrid dominava o futebol da Península Ibérica e os títulos vieram em grande quantidade para o artilheiro mexicano. Foram cinco taças da Liga Espanhola, uma Copa Del Rey, três supercopas e uma Copa Uefa. Hugo Sánchez sempre foi importante para as conquistas, levando o Pichichi quatro vezes com os blancos, além de uma vez com o Atléti, o que o coloca como o segundo maior vencedor da disputa junto à Di Stéfano e Quini e atrás apenas de Telmo Zarra, que tem seis conquistas.
A grande temporada de Hugo Sánchez foi a de 1989-90. Com 38 gols, o “Pentapichichi” ajudou no pentacampeonato espanhol dos madrilenhos. Além disso, o mexicano ganhou a Chuteira de Ouro da temporada, ao lado do barcelonista Stoichkov. Mesmo marcando tantas vezes – com a camisa blanca foram 251 vezes –, o artilheiro de belos gols tem uma grande frustração: jamais ter levantado a taça das grandes orelhas.
Nas últimas duas temporadas pelos merengues, Hugo Sánchez acumulou lesões e até problemas extra-campo. Após deixar o Real, “Hugol” ficou um ano no América do México e venceu mais uma Liga dos Campeões da Concacaf. Nisso, o Rayo Vallecano apareceu como uma oportunidade para retornar à Espanha. E o artilheiro mexicano não hesitou em vestir a camisa do terceiro time da capital espanhola. Após a passagem tímida, Hugo Sánchez rodou mais um pouco e terminou a carreira em 1997, no Club Celaya.
Na seleção, o maior jogador mexicano de todos os tempos, participou de três Copas do Mundo (1978, 1986 e 1994) e fez apenas um gol nelas. Seu comportamento explosivo, fez com que Hugo Sánchez perdesse algumas chances na seleção.
Depois de pendurar as chuteiras, “Hugol” se tornou treinador. Passou por apenas dois clubes e logo assumiu “El Tri”, onde passou dois anos. Não ganhou nenhum título, mas levou a seleção à um terceiro lugar na Copa América de 2007, na campanha em que Nery Castillo se destacou muito. No mesmo, ainda havia ficado no segundo lugar da Copa Ouro. Fora dos campos, a Espanha voltou ao seu caminho e, em 2009, ajudou o Almería a escapar do rebaixamento, sendo eleito o melhor treinador substituto de La Liga.
Hugo Sánchez
Nascimento: 11 de julho de 1958, na Cidade do México, México
Posição:
Clubes como jogador: Pumas de UNAM (1972-79 e 1980-81), San Diego Sockers (1979-80), Atlético de Madrid (1981-85), Real Madrid (1985-92), América do México (1992-93), Rayo Vallecano (1993-94), Atlante (1994-95), FC Linz (1995-96), Dallas Burn (1996) e Club Celaya (1997)
Clubes como treinador: Pumas de UNAM (2000-05), Necaxa (2006), Seleção mexicana (2006-08), Seleção mexicana sub-23 (2008) e Almería (2009)
Títulos: 4 Campeonatos Mexicanos (1976-77, 1980-81, Clausura 2004 e Apertura 2004), 5 Campeonatos Espanhois (1985-86, 1986-87, 1987-88, 1988-89 e 1989-90), 2 Copas Del Rey (1984-85 e 1988-89), 4 Supercopas da Espanha (1985, 1988, 1989 e 1990), Copa Uefa (1985-86), 2 Liga dos Campeões da Concacaf (1980 e 1992), Copa Interamericana (1981) e Copa Ouro (1977)
Seleção mexicana: 58 partidas e 29 gols
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