Mascherano chegou sob dúvidas, mas hoje, adaptado ao estilo de jogo do Barcelona, caiu nas graças da torcida (AP Photos)
Javier Mascherano, capitão da Argentina e uma das estrelas do Liverpool, chegou ao Barcelona com uma missão muito clara - e difícil: suprir a saída de Yaya Touré para o Manchester City como segunda opção para a volância. O argentino aceitou com naturalidade a profissionalidade, destacou as grandes virtudes de Busquets, titular indiscutível da posição, sempre que possível nas coletivas e/ou entrevistas e seguiu trabalhando em silêncio. Nos primeiros dois meses como blaugrana, ficou nítido o quão é difícil se adaptar ao estilo de jogo do Barcelona. Para Mascherano foi mais complicado ainda, pois não estava acostumado a exercer um futebol característico do estilo de jogo azulgrená.
Mas o volante, que custou a "entender" a dinâmica de jogo do Barcelona, havia tomado uma decisão: queria triunfar trajando azulgrená e não iria desistir cedo. Quando teve oportunidades, Guardiola pediu para que continuasse jogando de maneira igual aos dos tempos de Liverpool, importando-se na hora da recuperação da bola; entretanto, Pep também pediu para que participasse com frequência dos ataques, como Busquets e, antigamente, Yaya Touré - outro que demorou para se adaptar ao esquema do Barcelona, à época comandado por Frank Rijkaard - faziam. Mais: Guardiola queria, sobretudo, que Mascherano ajudasse na criação do jogo juntamente com Xavi. Aconteceu que o volante titular da albiceleste não conseguiu coinciliar todas as funções ordenas por Guardiola, o que o fez seu início como barcelonista um desastre.
Em seu jogo de estreia, contra o Hércules, atuou por apenas quarenta e cinco minutos e, por bondade do árbitro, deixou de ser expulso e estrear com o pé esquerdo. El Jefecito sofreu para se adaptar a um processo onde ele foi enquadrado para ficar mais perto da bola e utilizar mais sua vocação ofensiva. Mesmo assim, Guardiola continuou confiando em Mascherano, que foi ganhando espaços na equipe titular pouco a pouco, sobretudo para dar descanso a Busquets, desgastado fisicamente após uma Copa na qual jogo todos os jogos como titular. Na atual temporada, foi titular apenas 15 vezes, enquanto, um ano atrás, era indiscutivelmente o dono do meio-campo do Liverpool, que sentiu muito a ausência de Xabi Alonso, que havia se transferido para o Real Madrid.
Nos últimos meses - mais precisamente entre o final de fevereiro e maio - o Barcelona passou a conviver com uma série de lesões, principalmente com seus zagueiros. Puyol, por exemplo, foi baixa durante três meses, só voltando a campo no duelo contra o Real Madrid, pela Liga BBVA. Sem escolha, Guardiola foi obrigado a fazer algumas improvisações no time titular e deslocou Busquets para companheiro de Piqué abrindo uma brecha para a titularidade de Mascherano na volância. As lesões de Puyol e Abidal, que descobriu um tumor no fígado, deixaram o plantel barcelonista sem um jogador com uma velocidade suficiente para realizar as coberturas a seus companheiros na linha defensiva. Na partida das oitavas de finais da Champions contra o Arsenal, no Camp Nou, El Jefecito havia demonstrado que poderia ser esse tipo de jogador, quando consertou com maestria um erro de Adriano que quase permitiu a Bendtner marcar um gol que classificaria o Arsenal às quartas de finais da principal competição europeia.
Guardiola, porém, decidiu testar Busquets como central ao lado de Piqué, uma solução de urgência que começou a criar dúvidas após o gol contra do volante improvisado contra o mesmo Arsenal. Além disso, o Barcelona perdia um pouco da qualidade no toque de bola com Mascherano escalado na volância. Dada a necessidade de encontrar uma garantia confiável, Pep optou por inverter Mascherano e Busquets de posição contra o Shakthar Donetsk: o argentino jogaria improvisado na zaga e o espanhol voltaria à sua posição de origem. O experimento saiu com perfeição. "Eu queria um jogador mais rápido para cobrir as constantes subidas de Piqué para o ataque. Ele [Mascherano] tem muita experiência e eu sempre tinha certeza de que testar um meia inteligente e rápido como central daria certo. É um jogador, taticamente e profissionalmente, muito disciplinado", havia dito Guardiola logo após a partida contra os ucranianos.
A partir de então, Mascherano estabeleceu-se cada vez mais em uma posição apropriada para suas características defensivas. Andoni Zubizarreta destacou que "tranquiliza constatar a capacidade de adaptação que tem Mascherano para ocupar mais de um setor do campo e manter um bom rendimento". A maratona de superclássicos contra o Real Madrid foi uma prova de fogo para El Jefecito, que só não foi titular no confronto da Liga. A solvência de Mascherano em sua "nova posição" é tão confiante que Guardiola não tem nenhum problema ou dor-de-cabeça para improvisar Puyol na lateral esquerda no confronto da Champions. O argentino vai ganhando pontos com Guardiola e os torcedores culés a cada jogo e hoje é homem de confiança do técnico catalão.
Mas o volante, que custou a "entender" a dinâmica de jogo do Barcelona, havia tomado uma decisão: queria triunfar trajando azulgrená e não iria desistir cedo. Quando teve oportunidades, Guardiola pediu para que continuasse jogando de maneira igual aos dos tempos de Liverpool, importando-se na hora da recuperação da bola; entretanto, Pep também pediu para que participasse com frequência dos ataques, como Busquets e, antigamente, Yaya Touré - outro que demorou para se adaptar ao esquema do Barcelona, à época comandado por Frank Rijkaard - faziam. Mais: Guardiola queria, sobretudo, que Mascherano ajudasse na criação do jogo juntamente com Xavi. Aconteceu que o volante titular da albiceleste não conseguiu coinciliar todas as funções ordenas por Guardiola, o que o fez seu início como barcelonista um desastre.
Em seu jogo de estreia, contra o Hércules, atuou por apenas quarenta e cinco minutos e, por bondade do árbitro, deixou de ser expulso e estrear com o pé esquerdo. El Jefecito sofreu para se adaptar a um processo onde ele foi enquadrado para ficar mais perto da bola e utilizar mais sua vocação ofensiva. Mesmo assim, Guardiola continuou confiando em Mascherano, que foi ganhando espaços na equipe titular pouco a pouco, sobretudo para dar descanso a Busquets, desgastado fisicamente após uma Copa na qual jogo todos os jogos como titular. Na atual temporada, foi titular apenas 15 vezes, enquanto, um ano atrás, era indiscutivelmente o dono do meio-campo do Liverpool, que sentiu muito a ausência de Xabi Alonso, que havia se transferido para o Real Madrid.
Nos últimos meses - mais precisamente entre o final de fevereiro e maio - o Barcelona passou a conviver com uma série de lesões, principalmente com seus zagueiros. Puyol, por exemplo, foi baixa durante três meses, só voltando a campo no duelo contra o Real Madrid, pela Liga BBVA. Sem escolha, Guardiola foi obrigado a fazer algumas improvisações no time titular e deslocou Busquets para companheiro de Piqué abrindo uma brecha para a titularidade de Mascherano na volância. As lesões de Puyol e Abidal, que descobriu um tumor no fígado, deixaram o plantel barcelonista sem um jogador com uma velocidade suficiente para realizar as coberturas a seus companheiros na linha defensiva. Na partida das oitavas de finais da Champions contra o Arsenal, no Camp Nou, El Jefecito havia demonstrado que poderia ser esse tipo de jogador, quando consertou com maestria um erro de Adriano que quase permitiu a Bendtner marcar um gol que classificaria o Arsenal às quartas de finais da principal competição europeia.
Guardiola, porém, decidiu testar Busquets como central ao lado de Piqué, uma solução de urgência que começou a criar dúvidas após o gol contra do volante improvisado contra o mesmo Arsenal. Além disso, o Barcelona perdia um pouco da qualidade no toque de bola com Mascherano escalado na volância. Dada a necessidade de encontrar uma garantia confiável, Pep optou por inverter Mascherano e Busquets de posição contra o Shakthar Donetsk: o argentino jogaria improvisado na zaga e o espanhol voltaria à sua posição de origem. O experimento saiu com perfeição. "Eu queria um jogador mais rápido para cobrir as constantes subidas de Piqué para o ataque. Ele [Mascherano] tem muita experiência e eu sempre tinha certeza de que testar um meia inteligente e rápido como central daria certo. É um jogador, taticamente e profissionalmente, muito disciplinado", havia dito Guardiola logo após a partida contra os ucranianos.
A partir de então, Mascherano estabeleceu-se cada vez mais em uma posição apropriada para suas características defensivas. Andoni Zubizarreta destacou que "tranquiliza constatar a capacidade de adaptação que tem Mascherano para ocupar mais de um setor do campo e manter um bom rendimento". A maratona de superclássicos contra o Real Madrid foi uma prova de fogo para El Jefecito, que só não foi titular no confronto da Liga. A solvência de Mascherano em sua "nova posição" é tão confiante que Guardiola não tem nenhum problema ou dor-de-cabeça para improvisar Puyol na lateral esquerda no confronto da Champions. O argentino vai ganhando pontos com Guardiola e os torcedores culés a cada jogo e hoje é homem de confiança do técnico catalão.
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